Pela primeira vez, empresário se defende da enxurrada de críticas que vem recebendo do mercado pela crise na EBX
São Paulo – Os problemas com as empresas X, de Eike Batista,
começaram um ano atrás e, pela primeira vez, o empresário falou sobre
eles abertamente. Em um artigo assinado por ele e publicado pelo jornal Valor Econômico,
nesta sexta-feira, Eike reconhece que errou, mas pondera dizendo que
também foi surpreendido tanto quanto cada investidor que acreditou no
potencial de suas companhias, principalmente na OGX.
“Falhei e decepcionei muitas pessoas, em especial por conta da reversão
de expectativas da OGX”, admitiu o bilionário, em um trecho do artigo.
Segundo o empresário, quem mais perdeu com a derrocada no valor da OGX
foi um acionista: ele mesmo. “Ninguém perdeu tanto quanto eu, e é justo
que assim seja. Eu investi em um negócio de risco. É injusto e
inaceitável, por outro lado, ouvir que induzi deliberadamente alguém a
acreditar num sonho ou numa fantasia. Quem mais acreditou na OGX fui
eu”, disse no texto.
Para Eike, a reversão das expectativas na OGX tem contaminado todas as demais empresas que pertencem ao grupo EBX. Ele, no entanto, não assume a culpa sozinho dos problemas enfrentados pela petroleira. “A OGX foi construída por algumas cabeças coroadas por décadas de serviços prestados a empresas de renomes. Eu não investi na indústria de petróleo sem me cercar daqueles mais capacitados profissionais com que se podia contar”.
Segundo ele, ter confiado demais em pessoas que não mereciam esta confiança talvez possa ser uma das razões para as suas companhias estarem enfrentando tanta dúvida do mercado. "Se pudesse voltar no tempo não teria recorrido ao mercado de ações. Teria estruturado um private equity que me permitisse criar do zero e desenvolver ao longo de dez anos cada companhia".
Para Eike, a reversão das expectativas na OGX tem contaminado todas as demais empresas que pertencem ao grupo EBX. Ele, no entanto, não assume a culpa sozinho dos problemas enfrentados pela petroleira. “A OGX foi construída por algumas cabeças coroadas por décadas de serviços prestados a empresas de renomes. Eu não investi na indústria de petróleo sem me cercar daqueles mais capacitados profissionais com que se podia contar”.
Segundo ele, ter confiado demais em pessoas que não mereciam esta confiança talvez possa ser uma das razões para as suas companhias estarem enfrentando tanta dúvida do mercado. "Se pudesse voltar no tempo não teria recorrido ao mercado de ações. Teria estruturado um private equity que me permitisse criar do zero e desenvolver ao longo de dez anos cada companhia".
O empresário afirmou que do próprio bolso já chegou a investir mais de 4
bilhões de dólares nas empresas X e que pretende reestruturar o
controle de cada uma delas. Segundo ele, todas as dívidas serão honradas
e outros investimentos com recursos próprios poderão ser feitos.
"Sempre agi de boa-fé e sempre o farei. Acho que era isso que mais
gostaria de dizer e que, assim espero, sintetiza meu percurso
empresarial nos últimos cinco anos. Com minha estrutura de capital
equacionada, continuarei a empreender e tenho convicção de que ainda vou
gerar riqueza novamente e deixar um país melhor", disse Eike.