segunda-feira, 22 de julho de 2013

ANP tem dúvida sobre Tubarão Azul e Martelo, da OGX


A agência analisa plano de desenvolvimento de Tubarão Azul apresentado no fim de abril

Sabrina Valle, do
Divulgação/OGX
Plataforma de petróleo da OGX na Bacia de Campos

Na semana passada, a ANP aceitou o óleo de Tubarão Martelo como garantia para as obrigações da 11ª rodada, mesmo com o campo ainda não em produção

Rio de Janeiro - A Agência Nacional do Petróleo (ANP) encaminhou à OGX, empresa de óleo e gás natural do empresário Eike Batista, algumas dúvidas sobre o volume estimado de óleo em reservatórios tanto para o campo de Tubarão Azul, quanto para Tubarão Martelo, ambos na Bacia de Campos.

No caso do primeiro, a ANP reprovou o plano de desenvolvimento da empresa e recusou a proposta de aceitar o óleo do campo como garantia para as obrigações relativas aos 13 blocos arrematados pela companhia na 11ª rodada de áreas exploratórias, realizada em maio. O motivo foi a incerteza acerca do volume do reservatório.

Para Martelo, aprovou o plano, mas solicitou que a companhia revisasse estimativas de produção.
A ANP analisa plano de desenvolvimento de Tubarão Azul apresentado no fim de abril. Aguarda ainda o novo documento que a OGX anunciou que submeteria à reguladora, em fato relevante de 1º de julho.

A OGX tem três poços produtores em Tubarão Azul, mas apenas dois produziram em junho, somando 9,7 mil barris/dia. A companhia informou em 1º de julho que poderia deixar de produzir no campo, devido à irregularidade do reservatório e ausência de tecnologia.

Na semana passada, a ANP aceitou o óleo de Tubarão Martelo como garantia para as obrigações da 11ª rodada, mesmo com o campo ainda não em produção e com incertezas quanto ao volume que será produzido.

A agência aprovou o plano de desenvolvimento, em junho, mas solicitou "a atualização dos modelos geológicos e de simulação, bem como a apresentação de novas estimativas de produção e reservas a partir da modelagem atualizada, e dos dados reais de produção".

As regras da agência dão seis meses às empresas para apresentar o plano de desenvolvimento de um campo, depois de declararem se a área onde foi encontrado petróleo pode ou não ser explorada comercialmente. A declaração de comercialidade é decisão da empresa e independe da reguladora.

Como conseguir dinheiro para começar um negócio


Especialista afirma que a maioria das empresas brasileiras nasce sem um plano de negócio e, quando ele existe, é bastante básico

Editado por Camila Lam, de

Marcos Santos/USP Imagens
Pessoa retira dinheiro do bolso - notas de cinquenta reais
 
Como conseguir dinheiro para começar um negócio?

Respondido por Rodrigo Zeidan, especialista em finanças

O nascimento das empresas no Brasil envolve dinheiro da família ou dos empresários, aversão a dívidas e limitação ao crescimento. Em mercados mais desenvolvidos, empresários montam planos de negócio em que o início do empreendimento já prescinde de instrumentos de dívida e de capital que não o do empresário, como títulos de dívida (debêntures, por exemplo) e de propriedade (busca de sócios como fundos semente e de venture capital), e recursos públicos.

No Brasil, o mercado de debêntures é acessível às grandes empresas, mas outras formas de capital estão disponíveis aos pequenos empresários. Existem fundos semente, anjo, venture capital e private equity que estão voltados a diferentes tipos e tamanhos de empresa.

Além disso, instituições públicas oferecem recursos a empresas nascentes, como o fundo Criatec do BNDES, o Prime – primeira empresa inovadora da Finep - e as instituições de pesquisa estaduais (Faperj, Fapesp, Fapemig) e o CNPq, via editais de apoio à inovação. 

Em um cenário de taxas de juros baixas, os investidores vão buscar maior retorno em negócios mais arriscados, como empresas nascentes. Há potenciais investidores com apetite para se tornarem sócios de novos negócios, desde que promissores.

Empreendedores preparados, com sólidos planos de negócio, projetos com alta perspectiva de crescimento e rentabilidade e sem medo de dividir o controle podem aproveitar o momento para viabilizar recursos e realizar o sonho do negócio próprio.

Infelizmente, a maioria das empresas brasileiras nasce sem um plano de negócio e, quando existe, é básico e nunca atualizado. Se você é um potencial empresário, lembre-se de que ninguém vai investir na sua ideia - mas sim na sua capacidade de executá-la.

Fusões e aquisições recuaram no 1º semestre, diz PWC


Apesar da leve queda de 1,5% em relação ao mesmo período em 2012 (quando foram realizadas 403 transações), foi mantido o mesmo patamar dos anos anteriores

Gabriela Forlin, do
Ales Cerin/SXC
Aperto de mãos
Concentradas majoritariamente na Região Sudeste do país, as transações em território nacional somaram 352 negócios anunciados

São Paulo - O Brasil encerrou o primeiro semestre do ano com 397 transações de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) anunciadas, segundo levantamento da PWC.

Apesar da leve queda de 1,5% em relação ao mesmo período em 2012 (quando foram realizadas 403 transações), foi mantido o mesmo patamar dos anos anteriores. Em janeiro, foram 53 negócios; fevereiro, 60; março, 71; abril, 74; maio, 73; e junho, 66.

Concentradas majoritariamente na Região Sudeste do país, as transações em território nacional somaram 352 negócios anunciados. São Paulo lidera a procura por investimentos com 48,6% do mercado, somando 193 transações no período de referência. Houve aumento de 12,5% nas transações realizadas no exterior, saltando de 40 negócios em 2012 para 45 em 2013.

Os investidores estrangeiros perderam em número de negócios e apresentaram queda de dois pontos porcentuais em comparação ao primeiro semestre de 2012, passando de 44% para 42% do mercado de aquisições acionárias.

De acordo com a PWC, o destaque foi o aumento no volume de investimento de origem nacional, que passou de 194 transações em 2012 para 203 transações em 2013, com crescimento de 4,6% na demanda.
Em linha com o observado nos últimos 5 anos, o maior volume de procura por negócios no Brasil foi no segmento de TI. Com 56 transações no primeiro semestre, o setor liderou com 14% do mercado brasileiro.
Em segundo lugar está o setor de serviços (segmentos como consultoria, administração/ participação, marketing/propaganda, assessoria/ corretagem), com 12% das procuras e um total de 47 transações.

O mercado de varejo vem em terceira posição, com 10% das procuras e um total de 40 transações no primeiro semestre. Setores menos expressivos como educação, logística e serviços de saúde somam 119 negócios e respondem por 30% do mercado de M&A brasileiro.

Estrangeiros começam a fazer as pazes com ações da Vale


Salto no diferencial entre as ações ordinárias e preferenciais indica retorno do otimismo do investidor estrangeiro com a mineradora, diz Citi

Dario Zalis/EXAME.com
Terminal da Vale em Ponta Madeira, no Maranhão

Os preços do minério de ferro e a produção de aço bruto indicam que a demanda das indústrias chinesas pode estar mais forte do que era esperado

São Paulo - Nas últimas seis semanas, o diferencial entre as ações ordinárias (VALE3) e preferenciais (VALE5) da Vale saltou de 5% para 15%. Essa mudança chama a atenção porque, segundo Alexander Hacking e Thiago Ojea, analistas do Citi Research, representa a volta a um patamar de normalidade.

Ao olhar para o histórico do diferencial, a média fica entre 10% e 20%. O que está por trás dessa retomada, como explicam os analistas, é uma visão relativamente melhor sobre a ação por parte dos investidores estrangeiros. Enquanto os investidores locais são mais inclinados à liquidez local das ações preferenciais, os estrangeiros preferem as ADRs dos papéis ordinários.

Hacking e Ojea acreditam que o aumento no diferencial também pode ser explicado pelos investidores tomando posições compradas em ações da Vale cobertas com uma posição correspondente negativa contra os preços do minério de ferro. “Isso nos parece lógico, com a Vale sendo negociada em uma mínima de vários anos e os preços do minério de ferro recuperando-se e subindo para 130 dólares a tonelada”, explicam os analistas.

Apesar das preocupações com a economia chinesa, principal parceira de negócios da Vale, crescendo a um ritmo mais lento, os preços do minério de ferro e a produção de aço bruto indicam que a demanda das indústrias chinesas pode estar mais forte do que era previsto e os investidores estariam se posicionando para aproveitar o bom momento.

Outro possível fator por trás do diferencial citado pelos analistas é a renovação do acordo de acionistas da Vale, em 2017. No entanto, espera-se que isso ocorra com as ações ordinárias movendo-se dentro do grupo (da Previ para a Valepar), mas não para fora do grupo. “Isto é, a mudança não deve ser relevante para o diferencial, em nossa opinião”, explicam Alexander e Thiago.

 

Governo, através da internet, incentivará exportação de pequenas empresas



 
 
A Secretaria da Micro e Pequena Empresa da presidência da República aprovou a criação de um portal para articular mais de 7 milhões de CNPJs. Será o 1º passo para uma organização para a comercialização com empresas externas, afirmou o ministro Guilherme Afif Domingos (foto), titular da pasta.O ministro, que também é vice-governador de São Paulo, explicou que as empresas serão organizadas no portal Empresa Simples por faturamento em linguagem taxinômica (padronizada) e assim poderão se conhecer. O site, que tem previsão para ser lançado em breve, deve ajudar as empresas que querem exportar, pois funcionará como um catálogo das companhias nacionais.

Além do portal, o ministro lançou diretrizes básicas do seu ministério que tem a ver principalmente com a grande burocracia do país, que segundo ele é " a praga que mais perturba os pequenos". A primeira delas é a "janela única" para a abertura e fechamento das empresas, e que irá fazer as juntas comerciais como única porta de diálogo dos empresários e poder público. Dentro desta ideia de diminuição da burocracia, Afif anunciou que irá criar um CNPJ único nacional.

Segundo o ministro, apesar do sistema tributário Simples ter facilitado a tributação para as empresas de menor porte, o sistema precisa de ajustes. "A questão mais reclamada é a adesão de outros setores, principalmente de serviços. O tratamento do Simples tem que ser pelo porte da empresa e não pelo ramo em que ela está, portanto, este é um ponto fundamental que atinge não só a parte fiscal e tributária, mas também a parte burocrática das empresas", disse Afif.

Outra questão colocada por ele que deve ser revista é o limite de faturamento que uma empresa deve ter para fazer parte do sistema, que atualmente está em uma receita bruta de até R$ 3,6 milhões por ano. 

"A questão das empresas que ultrapassam o faturamento do Simples é um dos pontos em que estamos debruçados, os dados estatísticos ainda apontam que são poucas que estão neste caso, a gente sabe que o empresário não deixa chegar lá e já cria outra empresa para evitar o crescimento, estamos estudando se podermos ter uma tolerância maior para o tempo em que ela pode entrar ou sair sem ser punida", explicou. Ele disse que a regra do sistema permite que as empresas que exportam podem dobrar o valor máximo e portanto é uma forma de expandir sem sair do Simples.

Fonte: DCI – SP
 

Congresso internacional no Brasil foca software livre contra espionagem eletrônica

 
 
 
A utilização de softwares livres, ou seja, programas de internet com códigos abertos, que podem ser copiados e modificados por qualquer pessoa, pode ser uma opção para evitar problemas de espionagem como os que foram denunciados recentemente. A avaliação é do diretor-presidente do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Marcos Mazoni (foto).

“O mundo do software livre é uma belíssima resposta a tudo isso que está acontecendo no mundo hoje. Se nós trabalhamos com códigos fechados, que não nos permitem saber o que estão fazendo, é muito mais propício a uma decisão desse fornecedor se vai nos espionar ou não. No mundo do software livre, a decisão passa para nós, muda de lado, passa para o mundo do usuário”, explica. Mazoni lembra que a implementação do software livre em plataformas de governos sempre teve como foco aumentar a segurança dos dados dos países.

Para debater essas e outras questões, o Serpro promove, de 13 a 15 de agosto, a sexta edição do Congresso Internacional Software Livre e Governo Eletrônico (Consegi), em Brasília. O tema deste ano é Portabilidade, Colaboração e Integração. “São temas muito atuais: estamos trabalhando com a lógica de que o mundo da tecnologia vai ter que suportar mobilidade, rede social, grandes quantidades de informações”, disse Mazoni.

O evento terá 50 oficinas e 150 palestras, com a participação de representantes de diversos países, entre agentes públicos, movimentos sociais, hackativistas, pesquisadores e estudantes para debater tecnologias que podem ampliar o acesso à informação e agilizar a prestação de serviços públicos.

O Consegi também irá prestar uma homenagem ao ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela. “Especialmente pela questão do respeito à individualidade e às diferenças. Associando a tecnologia à razão mais importante do ser humano que é o respeito. E colaboração só acontece com respeito”, diz Mazoni.

No ano passado, o evento reuniu cerca de 5 mil participantes, e a expectativa é que esse número se amplie para até 6 mil participantes neste ano. O evento é gratuito e as inscrições podem ser feitas pelo site da organização . Entre as oficinas oferecidas estão edição de músicas e vídeos ou criação de aplicativos móveis e robôs com softwares livres. Fonte: Serpro

Alemanha quer investir mais no mercado brasileiro de óleo e gás



 
 
Quinto maior país a investir no Brasil, a Alemanha quer aumentar a sua participação no mercado nacional. A declaração foi de Sérgio Boanada (foto), presidente da Câmara de Comércio Brasil-Alemanha (AHK-RJ) em evento realizado pela entidade, no Rio de Janeiro. 

O cônsul-geral da Alemanha no Brasil, Harald Klein e o vice-ministro Hans-Joachim Otto, falaram sobre a importância da parceria entre os dois países, principalmente com relação à troca de experiências e para o entendimento pelos alemães do funcionamento da indústria brasileira. 

"O mercado brasileiro é um verdadeiro desafio para nós, mas queremos estar mais presentes", afirmou Otto. 

Segundo ele, é preciso que o país acelere a execução dos projetos, além de um mercado cada vez mais aberto para a chegada de empresas estrangeiras, como as da Alemanha. Diretamente no setor de óleo e gás, o representante alemão falou das exigências de conteúdo local nos projetos. 

Para Heinz Sattler, da Onip, o conteúdo-local é o termo chave na indústria nacional, que tem até 2020 uma demanda de produtos e serviços para o setor de óleo e gás de US$ 400 bilhões. 
 
Fonte: AHK-RJ