DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
A China permitirá que investidores privados adquiram até 15% de
participação em empresas estatais, informou o jornal estatal "China
Daily", em meio a expectativa acerca da reunião do Partido Comunista
sobre reformas no país.
Líderes chineses estão reunidos em Pequim esta semana para estabelecer
um plano para os próximos dez anos. A entidade encarregada pela
administração de mais de cem das maiores estatais do país, Sasac na
sigla em inglês, tem afirmado que a reforma das companhias controladas
pelo Estado é um importante foco do governo.
O jornal cita Bai Yingzi, diretor da divisão de reforma de empresas da
Sasac, que afirmou que investidores privados poderão criar consórcios
próprios de investimento para comprarem participações diretas nas
estatais equivalentes a 10% a 15% dos ativos.
A mudança poderia significar maior poder de decisão na mão dos investidores.
Investidores privados atualmente podem comprar ações de grandes estatais
listadas em bolsas de valores da China, mas as entidades controladas
pelo Estado normalmente mantêm uma participação de controle. Casos como o
do conglomerado Fosun Group, que detém 49% da China National Medicine,
contudo, são uma exceção, como citou o próprio "China Daily".
Em junho, a agência oficial de notícias Xinhua publicou que empresas de
serviços públicos seriam abertas ao investimento privado.
No mês passado, um importante centro de análise, o Centro de Pesquisa de
Desenvolvimento do Conselho de Estado, recomendou o fim de monopólios
controlados pelo governo nos setores de ferrovia, óleo e gás e
eletricidade.