segunda-feira, 11 de novembro de 2013

CEOs têm a palavra final em processos de inovação


Por Edson Valente
 
Yagi Studio/Getty Images


DE SÃO PAULO  -  A autonomia de áreas de comitês de inovação das empresas consideradas mais inovadoras no Brasil é restrita no que diz respeito à aprovação de novos projetos. Essa é uma das conclusões da pesquisa Gestão da Inovação no Brasil, realizada pela IAE Business School da Argentina e pela consultoria Symnetics e apresentada hoje em evento em São Paulo.

A tomada de decisão sobre aprovar ou rejeitar projetos de inovação cabe ao CEO da empresa em 34% das ocasiões nas companhias consideradas as mais inovadoras das que responderam à pesquisa – 12 de um total de 29, sendo 17 de menor destaque nesse quesito. A amostra abarca setores diversos – indústria, bancos, hospitais, serviços de internet e de TI, energia, agroquímicos, siderurgia, educação e materiais de construção. 

Em 21% das vezes, a palavra final sobre um projeto de inovação é dada pelo CEO acompanhado de outro diretor. Outros 10% correspondem a decisões do CEO com a participação de um comitê de inovação. O comitê decide com um diretor em 7% dos casos, e em 10% estabelece o veredito final sobre o destino do projeto sozinho.

Além da centralização das decisões, o estudo mostrou que as empresas em geral não possuem indicadores e processos específicos para medir os resultados da inovação. Outro problema é o desalinhamento entre recompensas monetárias e os objetivos alcançados pelos projetos.

A pressão por resultados de curto prazo, por sua vez, foi apontada como um fator limitante para descobrir oportunidades e dedicar um tempo maior às atividades de pesquisa.
(Edson Valente)

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