DE SÃO PAULO - A
autonomia de áreas de comitês de inovação das empresas consideradas
mais inovadoras no Brasil é restrita no que diz respeito à aprovação de
novos projetos. Essa é uma das conclusões da pesquisa Gestão da Inovação
no Brasil, realizada pela IAE Business School da Argentina e pela
consultoria Symnetics e apresentada hoje em evento em São Paulo.
A tomada de decisão sobre aprovar ou rejeitar
projetos de inovação cabe ao CEO da empresa em 34% das ocasiões nas
companhias consideradas as mais inovadoras das que responderam à
pesquisa – 12 de um total de 29, sendo 17 de menor destaque nesse
quesito. A amostra abarca setores diversos – indústria, bancos, hospitais, serviços de internet e de TI, energia, agroquímicos, siderurgia, educação e materiais de construção.
Em 21% das vezes, a palavra final sobre um
projeto de inovação é dada pelo CEO acompanhado de outro diretor. Outros
10% correspondem a decisões do CEO com a participação de um comitê de
inovação. O comitê decide com um diretor em 7% dos casos, e em 10%
estabelece o veredito final sobre o destino do projeto sozinho.
Além da centralização das decisões, o estudo
mostrou que as empresas em geral não possuem indicadores e processos
específicos para medir os resultados da inovação. Outro problema é o
desalinhamento entre recompensas monetárias e os objetivos alcançados
pelos projetos.
A pressão por resultados de curto prazo, por sua
vez, foi apontada como um fator limitante para descobrir oportunidades e
dedicar um tempo maior às atividades de pesquisa.
(Edson Valente)
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