quinta-feira, 28 de novembro de 2013

L’Oréal aposta no turismo para ganhar 1 bilhão de clientes

 

Companhia de produtos de beleza criou uma nova divisão voltada exclusivamente ao mercado de viagens

Fabrice Dimier / Bloomberg
Prédio da L'Oreal na França

Prédio da L'Oréal na França: empresa cria divisão para cuidar exclusivamente do varejo de viagens

São Paulo – A L’Oréal, uma das principais empresas de cosméticos do mundo, anunciou na última quinta-feira a criação de uma divisão na companhia que será responsável exclusivamente pelos produtos comercializados em canais de distribuição de viagens: aeroportos, companhias aéreas, cruzeiros, lojas duty free, entre outros.

Segundo a empresa, o objetivo é angariar mais de um bilhão de novos consumidores com a estratégia, já que democratização de viagens, especialmente em países emergentes, tem elevado o número de turistas e, consequentemente, o consumo de produtos comercializados nestes locais.

A divisão incluirá marcas de diversos segmentos da companhia, como a L'Oréal Luxe; cosméticos activas; produtos de linhas profissionais e consumo e os da The Body Shop.

De acordo com dados divulgados pela empresa, o mercado de varejo de viagem mundial movimentou no ano passado 55,8 bilhões de dólares nos Estados Unidos, crescimento de 9,4% em relação a 2011.

Para Jean-Paul Agon, presidente o grupo L'Oréal, a área será essencial para a empresa ganhar mais clientes. “Além de estar presente em todo o mundo, este mercado pode ser considerado como um sexto continente, e a L’Oréal vê um grande futuro para o canal", disse o executivo por meio de comunicado à imprensa.

Barbara Lavernos será responsável pela nova divisão é a executiva, que se reportará diretamente ao presidente da divisão de seletivos, Nicolas Hieronimus.

Changi, que levou Galeão, quer fechar mais negócios no país


Em entrevista exclusiva à EXAME.com, See Ngee Muoy, vice-presidente executiva da companhia de Singapura, diz que busca novas oportunidades no Brasil


Luis Ascui/Getty Images
Avião da Singapore Airlines no Aeroporto de Changi, em Cingapura

Aeroporto de Changi: "Galeão será motivo de orgulho para os brasileiros, como Changi é para Singapura", diz See

São Paulo – As péssimas condições do sistema aéreo brasileiro não assustam a Changi, empresa que levou a concessão do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, junto com a Odebrecht. Pelo contrário: “são uma ótima oportunidade de investimento”, afirmou See Nge Muoy, vice-presidente executiva da Changi Airport International, que cuida dos negócios estrangeiros da companhia, em entrevista exclusiva à EXAME.com.

Segundo ela, a Changi está à procura de novos investimentos no país, mas enquanto eles não acontecem, a companhia faz planos de tornar o Galeão um dos melhores aeroportos do mundo. As melhorias começam já no próximo ano. Veja, a seguir, os principais trechos da entrevista concedida por See, que conversou com EXAME.com por e-mail:

EXAME.com: Além do aeroporto do Galeão, vocês têm novos planos de negócios para o Brasil?

See Nge Muoy: Esta é a primeira vez que nós participaremos da administração de um aeroporto na América Latina, mas já prestamos consultoria para o aeroporto de Confins, em Minas Gerais. No momento, estamos envolvidos nas obras de ampliação do aeroporto de Brasília. Além disso, continuamos à procura de oportunidades no Brasil e no continente, que têm grande potencial de crescimento no setor de aeroportos.

EXAME.com: O Changi de Singapura foi eleito várias vezes o melhor aeroporto do planeta. Vocês administram outros 40 pelo mundo. Como fazem para manter o padrão de excelência?

See: Como planejadores, consultores, administradores e investidores de aeroporto, nosso objetivo é compartilhar nossa experiência com os clientes de modo que eles consigam elevar o padrão de qualidade deles, não importa onde estejam. O objetivo é que todas as necessidades que os passageiros possam ter dentro de um aeroporto sejam atendidas ali, e que eles tenham sempre a melhor experiência possível.

EXAME.com: No Galeão, quais são as melhorias que podemos esperar no curto prazo? 

See: As tarefas imediatas serão a apresentação de um novo planejamento de investimentos e a melhora do nível dos serviços básicos, como banheiros, wi-fi e outras instalações.

EXAME.com: E no médio e longo prazo?

See: Num médio prazo, construiremos estacionamentos para 21 aeronaves e 26 novos portões de embarque. Além disso, ampliaremos o estacionamento para carros e a área de manobra dos aviões. O plano é aumentar a capacidade em 70 milhões passageiros, consolidando, assim, o Galeão como o principal portão para o Brasil e para a América do Sul.

Uma cerveja e dois copos! Mas qual das cem?


  • Por Heloisa Lupinacci
Dia desses, em um restaurante de comida baiana, o cliente entrou, sentou e perguntou ao garçom: “Que cerveja tem?” O garçom pegou o cardápio e respondeu: “Mais de cem”. Faz mais ou menos 10 anos que tudo começou a mudar – e de três anos para cá, de forma cada vez mais intensa. Estamos no meio de uma transição, batizada, pelos entusiastas, de revolução cervejeira. Ela consiste, principalmente, em ampliar tanto a variedade da oferta quanto da demanda de cervejas. Ela é responsável pela propagação de termos como ale e lager, porter e stout, dunkel e krytal. 

No Brasil, essa revolução tem dois marcos iniciais. Começou a fermentar com a chegada da Erdinger, em 2001, que ensinou para quase todo mundo que cerveja pode ser de trigo, que pode ter ritual de serviço e que não precisa não ter gosto. E com a ampliação da distribuição da Colorado, que, aberta em meados dos anos 1990, ganhou força de distribuição também no começo dos anos 2000. Pronto, agora além de cerveja importada especial, havia cerveja brasileira especial também.

Dez anos depois, o mercado no Brasil deu o primeiro sinal de mudança: “Em 2010, pela primeira vez, houve desaceleração do crescimento das cervejas populares; enquanto as microcervejarias crescem sem parar”, diz José Raimundo Padilha, sommelier da The Beer Planet.

As novas cervejas começaram a conquistar os bebedores. Cada vez mais gente passou a explorar esse novo terreno e a cansar da cerveja comum.


FOTO: Fernando Sciarra/Estadão

A cerveja comum é conhecida como “tipo Pilsen”, referência ao estilo criado em Pilsen, na República Tcheca. Mas na verdade o que vem na garrafa é uma american light lager. O que isso quer dizer? É uma lager, ou seja, uma cerveja que fermenta em baixa temperatura – o que gera menos compostos de sabor –, é clara e tem origem nos EUA. É uma cerveja com “baixa carga sensorial”, um jeito chique de falar que não tem gosto. É feita para matar a sede, para ser tomada bem gelada, e, por ter pouco álcool, para ser bebida em grandes quantidades. Ela quase não tem amargor, não tem muito cheiro, é desenhada para agradar um amplo espectro de paladares (ou melhor, para não desagradar).

Em contraponto, a cerveja especial pode ser de muitos tipos, pode ter todos os aromas imagináveis e complexidade de sabor que exige bom vocabulário para ser descrita. Viva a revolução, que tem como principal vitória a diversificação da oferta – o Paladar prefere muitas opções a poucas. Mas na esteira dessa transformação, submersos no mar de cerveja, se falam e se ouvem algumas besteiras.

A primeira delas é: “agora não bebo mais cerveja industrial”. “Do ponto de vista do processo, toda cerveja é industrial”, crava a sommelière de cerveja Cilene Saorin. “A diferença é o porte: há cervejarias de grande porte e de pequeno porte.” Mas antes de dizer “é isso, eu não tomo cerveja de cervejaria de grande porte”, continue ouvindo Saorin: “As cervejarias de grande porte têm acesso a uma série de tecnologias e competências que garantem a qualidade da cerveja.”

Se industrial é um adjetivo objetivo, grande é bem relativo. Tão relativo que, na Holanda, grande é a cervejaria que produz mais de 200 mil hectolitros por ano; na Alemanha, é aquela que produz mais de 500 mil hectolitros por ano, e nos EUA, é a que passa de 7 milhões de hectolitros anuais. Noves fora, quer dizer, tirando as megacervejarias, fizemos uma prova dos nove, com rótulos percebidos como artesanais, mas produzidos em fábricas industriais e em escala suficiente para que sejam distribuídos ao redor do globo.


Tamanho não é fermento


Nos EUA, segundo definição da Brewers Association, uma cervejaria que produz até 18 mil hectolitros por ano é micro. Entre 18 mil e 7 milhões de hectolitros/ano, é pequena. Uma série de outros parâmetros foram criados para justificar que, mesmo com produção imensa, a cervejaria seja considerada artesanal (matéria-prima usada e quem é o dono da cervejaria, por exemplo). No Brasil, foi criada há um mês a Associação Brasileira dos Microcervejeiros. Um de seus objetivos é definir quem é pequeno e quem é grande – para reduzir incongruências relativas a imposto. “Vamos nos espelhar no modelo dos EUA”, diz Marcelo Carneiro, presidente da Associação e da Colorado. Para se ter uma ideia de escala, em duas horas, a Ambev faz a mesma quantidade de cerveja que a Colorado produz em um ano (Caros leitores, na edição impressa do Paladar, essa frase saiu formulada de maneira equivocada, dando a entender que a produção de uma hora da Ambev é igual à produção anual da Colorado. O que apenas comprova a máxima de que jornalista, e em especial esta aqui, é ruim de conta).

Clique na imagem para ampliá-la. Foto e Infográfico: Fernando Sciarra/Estadão

FGV avalia Risco Brasil em seminário no Rio de Janeiro



As incertezas da economia brasileira são geradas internamente, afirma o economista do Centro de Economia Mundial fda FGV, Carlos Langoni. E por isso a nova edição do seminário “Reavaliação do Risco Brasil” se dedicará a avaliar a questão.

Nesta segunda-feira, 2 de dezembro, o Centro de Economia Mundial da Fundação Getulio Vargas (FGV/CEM) – em parceria com a Federação das Indústrias do Rio (Firjan), a Standart & Poor´s e o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) – realiza o seminário “Reavaliação do Risco Brasil”. O encontro reunirá o mercado financeiro, empresários, agências de rating e o governo para discutir as incertezas da economia brasileira e suas consequências para a classificação de risco do país.

“O nível de incerteza da economia brasileira está acima do normal”, comenta o presidente do CEM, Carlos Langoni. “E são incertezas geradas internamente, e não causadas por fatores externos. Por isso, o foco deste seminário será como lidar com elas”, explica o economista.

Participarão do debate o presidente do BNDES, Luciano Coutinho; o presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira; o CEO do Grupo AGN, Roger Agnelli; o presidente o IBP, João Carlos de Luca; o economista-chefe do Bradesco, Octavio Barros; o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa; a representante da Standart & Poor´s no Brasil, Regina Nunes, entre outros.

O seminário “Reavaliação do Risco Brasil” acontece de 9h às 13h na sede da Firjan, no Rio de Janeiro.

Executivo retratado em reportagem é desmentido


Empresário cita, sem autorização, ex-presidente da Embraer como conselheiro

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Ao ser entrevistado para uma reportagem do Estado sobre carreiras executivas, Yelisetty Udaya Bhaskar, indiano naturalizado brasileiro, citou passagens por empresas como Mercedes-Benz e Visanet (hoje Cielo) em seu currículo, e disse representar os interesses de famílias indianas no País, por meio da consultoria Nilla Business. Bhaskar foi apontado por empresas de recrutamento como um bom exemplo de executivo com vivência no exterior.

Após a publicação da reportagem, no caderno "Fóruns Estadão Brasil Competitivo", na última quinta-feira, porém, o Estado recebeu um e-mail com denúncias relativas à empresa e constatou uma série de inconsistências nas informações fornecidas pelo executivo.



O indiano Yelisetty Udaya Bhaskar (Foto: Sergio Castro/Estadão)

Segundo Bhaskar, a Nilla Business presta consultoria em fusões e aquisições e governança corporativa a empresas e tem escritórios em São Paulo, Londres e Índia. Mas quem decidir ir à sede do grupo em São Paulo vai se deparar com uma empresa de paisagismo, localizada numa área residencial. Lá, uma funcionária recebeu a reportagem e informou que se trata de uma unidade provisória.

A companhia também lista o executivo Ozires Silva, ex-presidente da Embraer e da Petrobrás, entre seus conselheiros. No entanto, procurado, ele afirmou não ter qualquer relação com a Nilla. Em e-mail enviado à reportagem, diz que vai procurar a empresa para regularizar a situação. "Não sei do que essa participação se trata", disse Silva. "Tomarei minhas providências pessoais quanto à inclusão do meu nome no site."

Outro negócio ligado à Nilla, a Indian Business Alliance (IBA) se diz uma espécie de aliança para empresários e investidores indianos. O site da empresa, que podia ser acessado na segunda-feira, mas havia saído do ar ontem, citava uma sede em São Paulo. A reportagem constatou que, na verdade, o endereço fica em Guarulhos e abriga uma unidade da escola de inglês CNA. As atendentes afirmaram que nunca ouviram falar de uma aliança de executivos indianos.

Após Ozires Silva negar e dizer estar surpreso com a posição de conselheiro na Nilla, a reportagem voltou a conversar com Bhaskar. Ele disse, porém, que se tratava de um mal-entendido. Afirmou ter oferecido o cargo de conselheiro ao ex-presidente da Embraer por telefone, em "acordo verbal". Admitiu que não existe qualquer documento assinado com Silva.

Sobre o fato de uma empresa que pretende atender grandes clientes corporativos estar sediada dentro de uma empresa de paisagismo, Bhaskar justifica que essa empresa "pertence ao grupo Nilla". Diz também que a companhia em breve vai alugar uma sede própria, em uma área nobre de escritórios da capital. Quando à sede da IBA, a Nilla justifica que o prédio pertence a um dos investidores na companhia. Afirma também que o instituto "está sendo desativado".

Construtoras se negam a depor sobre fraude em ISS de SP


A recusa abre caminho para que o Ministério Público peça a quebra de sigilo dessas empresas

Artur Rodrigues e Bruno Ribeiro e Fábio Leite, do
Lia Lubambo/EXAME
Operários da Tecnisa

Tecnisa: as construtoras que declinaram do convite para prestar depoimento nos próximos dias foram a Tarjab, Tecnisa, BKO e Trisul

São Paulo - Quatro construtoras se recusaram a colaborar com as investigações do Ministério Público Estadual (MPE) sobre a fraude no Imposto sobre Serviços (ISS). Isso abre caminho para que os promotores peçam a quebra de sigilo dessas empresas e também requisitem uma fiscalização por parte da Receita Federal.

De acordo com o promotor Roberto Bodini, responsável pelas investigações, as construtoras que declinaram do convite para prestar depoimento nos próximos dias foram a Tarjab, Tecnisa, BKO e Trisul.

"Já esperava essa postura das empresas. Uma delas chegou a propor ser ouvida em fevereiro, o que eu não podia aceitar. As investigações seguem", disse Bodini. Ele quer saber agora quanto cada empresa pagou.

As quatro empresas foram citadas como beneficiárias do esquema, que daria desconto de cerca de 50% no pagamento de impostos, pelo auditor fiscal Luis Alexandre Cardoso de Magalhães. Pelo relato, só 10% do tributo eram recolhidos aos cofres municipais.

Os responsáveis pelas empresas não foram localizados nesta quarta à noite.
Anteriormente, disseram que colaborariam com as autoridades. Bodini reiterou que as empresas não se portaram como vítimas. Outras duas construtoras foram citadas no depoimento do auditor Magalhães.

A Brookfield já assumiu ter pago R$ 4,1 milhões em propina aos fiscais da Secretaria Municipal de Finanças. Uma testemunha protegida do MPE afirmou que a construtora Alimonti foi extorquida em R$ 460 mil pelos servidores.

Bodini passou a tarde de ontem ouvindo representante de outra construtora, que colaborou com informações para a investigação. A reportagem teve acesso a depoimentos de representantes das empresas que desmentem a versão dos fiscais de que não eram obrigadas a colaborar com o esquema.

Segundo os relatos, os fiscais criavam dificuldades que obrigavam os empresários, apertados pelo prazo de entrega dos empreendimentos, a pagar propina. 


Depoimento
Ex-companheira de Magalhães, Vanessa Caroline Alcântara foi ouvida por dois promotores ontem. Durante o dia, ela prestou depoimento ao promotor Cesar Dario Mariano no inquérito por enriquecimento ilícito de Amilcar Cançado Lemos, e também em outra investigação, sobre corrupção praticada na Secretaria de Finanças.

À noite, ela foi ouvida pelo promotor Marcelo Daneluzzi, pelo inquérito de improbidade administrativa de Magalhães. A previsão é de que o segundo depoimento fosse até as 22h.

A Promotoria pretende acelerar as investigações para obter o máximo de informações antes do recesso de 20 de dezembro. Entre os procedimentos importantes que ainda podem ser feitos neste ano está o depoimento de Mauro Ricardo, secretário municipal de Finanças durante a gestão de Gilberto Kassab (PSD). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acredite: o Bob's está comemorando a chegada de concorrentes


Para Marcello Farrel, diretor geral da rede, rivais estrangeiros são estímulo à formalidade em mercado cada vez mais disputado