terça-feira, 6 de outubro de 2015

Alta do dólar desacelera, mas apreensão com pauta política persiste


Dólar

A alta do dólar à vista em relação ao real perdeu força por volta das 9h40 desta terça-feira, 6, quando a moeda renovou a cotação mínima da sessão. Apesar da desaceleração, o comportamento ante a divisa doméstica reflete o movimento em relação a moedas de economias emergentes e países exportadores de commodities nesta manhã.

A valorização do dólar também reflete a volta da cautela antes da votação dos vetos presidenciais pelo Congresso Nacional no fim desta manhã. Além disso, o TSE retoma nesta terça, no início da noite, o julgamento de ação do PSDB que pede a impugnação das contas de campanha da presidente Dilma Rousseff, de 2014.

Às 9h31, o dólar à vista subia 0,49% aos R$ 3,9210, a menor cotação da sessão. Na máxima, chegou a R$ 3,9410.

Nesta manhã, a diretora-gerente da Moody's Latin America, Susan Knapp, afirmou que as forças subjacentes do Brasil ainda são suficientes para manter o grau de investimento, apesar de as dinâmicas atuais de crescimento serem piores do que a agência antecipava. A declaração foi dada na 17ª Conferência Anual da Moody's, em São Paulo.

Em tempo: Os Estados Unidos divulgaram que o déficit comercial em agosto subiu para US$ 48,33 bilhões. A previsão dos analistas era US$ -48,5 bilhões.


 http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/financas/20151006/dolar-desacelera-mas-pauta-politica-preocupa/305585

Entenda o que significa o acordo comercial Ásia-Pacífico



Porto exportação

Acordo considerado histórico reúne doze países e deixa de fora Brasil e China


O Acordo Transpacífico de Associação (TPP, na sigla em inglês), anunciado na segunda-feira (5), abrange 12 países: a Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Cingapura, Estados Unidos e Vietnã. Essas nações representam 40% da economia mundial. O Brasil e a China ficaram de  fora do TPP.

Segundo o Acordo que é considerado o maior da história, haverá redução de uma série de barreiras comerciais entre os países de itens como comodities agrícolas até produtos industrializados, caso dos automóveis.  

O TPP demorou cinco anos para sair do papel e só engrenou graças aos esforços principalmente do presidente americano Barack Obama. Segundo ele, o trabalho “reforça nossas relações estratégicas com nossos sócios e aliados em uma região que será vital no século 21". 

Estima-se que mais de 18 mil impostos de vários países a produtos americanos serão eliminados em função do TPP.

Para o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, o Acordo representa o início de um "novo século" para a Ásia. “Uma grande zona econômica surgirá. O TPP tornará nossas vidas mais prósperas”, afirmou Ube.


China e Brasil


O TPP é na verdade uma resposta dos seus integrantes ao avanço da China no comércio global. Para o presidente Obama, o TPP “fortalece nossa relação estratégica com nossos parceiros e aliados na região, que será vital para o século 21”. “Quando mais de 95% de nossos clientes potenciais vivem fora de nossas fronteiras, nós não podemos deixar países como a China escreverem as regras da economia global", disse.

A China foi convidada a ser parte integral do acordo, mas o rejeitou pelas restrições em setores como o financeiro.

Para o Brasil, segundo analistas de comércio internacional, há um efeito indireto ruim. Isto porque o TPP inclui países latino-americanos como México, Chile e Peru.  Essas nações, além da Colômbia, têm ao longo dos últimos anos fortalecendo suas negociações bilaterais e multilaterais para tentar impulsionar suas economias sem depender somente do Mercosul. 

A disputa por espaço comercial para colocação de produtos brasileiros no exterior tende a ficar mais acirrada. Especula-se, por exemplo, que o Brasil terá mais dificuldade para vender produtos relevantes em sua pauta comercial, como o frango e açúcar. 

A Austrália, por exemplo, vai receber uma cota adicional de 65 mil toneladas anuais para exportar açúcar aos Estados Unidos,  o que torna o açúcar brasileiro menos atrativo para o mercado americano, segundo informações divulgadas.

Brasil vai cair 2 posições para 9ª maior economia, diz FMI




Marcos Santos/USP Imagens
 
Notas de real
Notas de real
São Paulo - O Brasil vai perder duas posições e cair para o nono lugar das maiores economias do mundo em dólar, de acordo com os últimos dados do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O PIB do Brasil em dólar vai terminar 2015 em US$ 1,8 trilhão, segundo as estimativas de hoje, e será ultrapassado por Índia e Itália.

Entre 2002 e 2011, o PIB brasileiro em dólares saltou 366% e chegou a US$ 2,6 trilhões na 6ª posição mundial. O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega chegou a dizer que seríamos 5º lugar em 2015 ou antes.
Mas o resultado passou a piorar. Agora, o FMI acaba de dobrar sua previsão de recessão para o Brasil este ano de 1,5% para 3%, um pouco acima do consenso de mercado. 

A queda no ranking é resultado da economia em queda junto com a depreciação do real, que perdeu 50% do valor em relação ao dólar só este ano.

Com isso, o Brasil será ultrapassado de longe pela Índia, que tirou da China o posto de estrela ascendente da economia global, e um pouco pela Itália.

A mudança já estava prevista desde agosto e o cenário só piorou desde então. O ranking de maiores economias em dólar será, na ordem: Estados Unidos, China, Japão, Alemanha, França, Índia, Itália, Brasil e Canadá.

Veja a trajetória: a Índia está em azul, o Brasil em vermelho e a Itália em laranja:
 
FMI

Trajetória do PIB
Trajetória do PIB em dólar de Brasil, Índia e Itália


No ranking de paridade de poder de compra, que equaliza as cotações das moedas com base em uma medida internacional de poder de compra, o Brasil é o 7ª lugar mundial.

A China passou em 2014 para a liderança nesta medida e deve continuar aumentando a diferença, mesmo já levando em conta a desaceleração em curso. Ela é seguida por Estados Unidos, Índia, Japão, Alemanha, Rússia e Brasil.

Terror! Dilma nas mãos de Cunha e Cunha entre 3 possíveis personagens. Qual o final desta produção trash?

Publicado por Leonardo Sarmento 
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Será a política em sua porção mais putrefata, despida de qualquer espírito de interesse público, moral ou probo, que ditará o futuro do Governo Dilma. Protagonistas e/ou antagonistas da “velha e arcaica política” estarão “mais do que nunca na história deste país” sob os holofotes de uma produção que poderá revelar-se uma grande produção trash certamente de gosto extremamente duvidoso sob o olhar de parcela da sociedade mais discernida.

O motivo para os dois novos arquivamentos alegado pela Secretaria-Geral da Câmara foi que os pedidos não cumpriam requisitos formais. Em verdade, o RI confere ao presidente da Câmara um poder de decidir politicamente como melhor lhe aprouver, sejamos francos, mas sua decisão poderá não ser definitiva.

Pelo regimento interno, o presidente da Casa tem o poder de decidir sozinho pela abertura ou não do processo de impeachment. Caso Eduardo Cunha rejeite todos os pedidos de abertura de impeachment, é possível a apresentação de recurso no plenário contra a decisão, nos termos do RI.

Na hipótese de o recurso vir a ser aprovado – para isso, é necessária maioria simples (257 dos votos dos 513 deputados) – deverá ser criada uma comissão especial responsável por elaborar um parecer a ser votado no plenário da Casa.

Para ser aprovado, o parecer dependerá do apoio de pelo menos dois terços dos 513 deputados (342 votos). Se os parlamentares decidirem pela abertura do processo de impeachment, a presidente Dilma será obrigada a afastar-se do cargo por 180 dias, e o processo seguirá para julgamento do Senado Federal. Desta hipótese fática aduziremos mais adiante.

Tivemos informações de que, em verdade, grande parte dos pedidos estão bem instruídos, fundamentados e foram cumpridos todos os requisitos formais. Mas então o que fundamenta os constantes arquivamentos? Algum dos pedidos receberão uma decisão de continuidade e não o arquivamento?

É a política que fundamenta os constantes arquivamentos. Negociações por blindagens mútuas são regras raramente excepcionadas. O interesse da sociedade, a robustez de indícios capacitadores do disparo do procedimento de impeachment, as vozes das ruas, os índices de reprovação do Governo; todos fatos de menor importância incapazes de superar o tráfico de influências e as imoralidades escambiadas. A “velha política” essencialmente corrompedora será capaz de arquivar ou dar prosseguimento ao procedimento de crime de responsabilidade da presidente Dilma. “Velha política”, que vale dizer seria o termo que demonstraria o que temos hoje que se antagonizaria ao termo “nova política”, absolutamente utópica aos hodirernos dias.

Desta feita, mostra-nos as experiências da vida que Cunha [PMDB] poderá vestir uma de três máscaras, assumir uma de duas personalidades, tomar para si um de dois perfis.

Poderá passar a contar com a força do aparelhamento do PT para mantê-lo distante da Papuda, e para isso os conluios políticos da Cunha com o Governo faz-se-ão a regra, não a exceção. Na mesma toada, o PT precisa do PMDB para manter a governabilidade, assim que negociou ministérios aumentando a participação do PMDB no Governo (de 6 para 7 ministérios). Da mesma forma que Calheiros troca de mascaras segundo os seus interesses, acreditamos que Cunha possua a mesma facilidade artística. Enfim, neste cenário o PT agradece as mazelas de Cunha que poderá permutar o apoio do aparelhamento pela governabilidade perdida. Cunha poderá estender a proteção institucional da casa a outros envolvidos na Operação Lava Jato do Partido dos Trabalhadores.

Nesta produção, Cunha poderia representar ainda um 2º personagem de perfil oposto. Cunha usaria a máquina da Câmara dos Deputados para atacar o governo e estruturar a própria defesa. Se ele for cassado, o processo de tentativa de impeachment da presidente Dilma Rousseff perderia parcela de sua força. Por isso, a oposição não teria interesse que Cunha deixasse o cargo, mas para isso Cunha terá que aceitar e não arquivar algum dos pedidos de impeachment da presidente Dilma e assim liderar o procedimento que levaria a pronúncia da presidente na Câmara dos Deputados por crime de responsabilidade. A possível rejeição das contas de Dilma pelo Tribunal de Contas será importante aditivo para reforçar ainda mais em fundamentos para o não arquivamento de algum pedido de impeachment, mas por ora, o principal pedido formulado pelo jurista Hélio Bicudo, um dos fundadores do PT e pelo ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior, continua em mesa e ainda não foi arquivado.

Pode ocorrer deste pedido também restar arquivado, ocasião que a oposição recorrerá de seu arquivamento levando a questão ao Plenário para que a maioria da Câmara pronuncie ou nao a presidente. Desta forma Cunha desvincularia-se da questão e assumiria um 3º personagem desta saga, o de “homem invisível”.

Quanto a rejeição de suas contas pelo TCU, o Governo partiu para o famoso “ius sperniandi” e tenta afastar o ministro-relator Augusto Nardes por suspeição. O argumento é de que, ao antecipar seu voto, recomendando a rejeição das contas de Dilma, Nardes teria contrariado a lei, pois tentou constranger os demais ministros da Corte. A Advocacia-Geral da União sustenta que ele antecipou voto, descumprindo a Lei Orgânica da Magistratura e normas do próprio TCU. Julgamento do tribunal está marcado para quarta-feira e a meta do governo, ao tentar desqualificar Nardes, que identificou irregularidades de pelo menos R$ 40 bilhões nas contas de Dilma, muitas por meio das pedaladas fiscais, é trocar o relator do processo. A relatoria seria entregue a um ministro mais próximo do Planalto. A substituição levaria ao imediato adiamento do julgamento. Caso a Corregedoria acate o pleito do governo, enviará sua decisão à presidência do Tribunal, que terá de submetê-la ao plenário da corte, ou seja, os próprios colegas de Nardes terão de julgar a sua conduta à frente do processo e com isso Dilma ganha tempo. A tradição no TCU é analisar pedidos de suspeição como questão preliminar, na mesma sessão em que o processo é apreciado. Prevalecendo essa tradição, a solicitação será discutida na quarta-feira (07), pouco antes do debate sobre as contas. 

Foi assim no julgamento sobe a compra da Refinaria de Pasadena (EUA), quando um dos advogados tentou afastar do caso o relator, José Jorge. O plenário se manifestou e não aceitou o pedido. Em verdade o mais correto é a abertura de prazo para que Nardes possa se defender, quando o julgamento seria adiado por 10 dias nos termos do CPC.

Não é demais lembrar que tornou-se prática comezinha ministros do STF (maior instância do Judiciário pátrio) declarar seus votos, antecipá-los, não apenas quado já tiveram contato com o processo, mas muitas vezes mesmo sem ter tido contato com os fatos relatados nos autos. Assim, por exemplo, o nobre ministro Marco Aurélio já antecipara que a “pedalada de Cunha” na PEC da Maioridade Penal seria inconstitucional, sem que tivesse acesso ainda aos autos do processo para voto, antes da questão ter chegado ao Supremo. Será o insigne ministro também afastado por antecipar o seu voto? Lembramos ainda que ao contrário deste episódio protagonizado pelo ministro Marco Aurélio, Nardes pronunciou-se após realizada completa cognição das contas da presidente de 2014, o que já o capacitava para proferir o seu voto, assim seu pronunciamento já estava fundamentado com sua cognição definitiva.

Enfim, em qual dos personagens Eduardo Cunha se travestirá? O futuro de Dilma está umbilicalmente ligado ao “protagonismo/antagonismo” que Cunha escolherá representar. Enquanto isso o Governo luta com as muitas armas que possui. Façam as suas apostas, pois a minha já está feita.


Professor constitucionalista
Professor constitucionalista, consultor jurídico, palestrante, parecerista, colunista do jornal Brasil 247 e de diversas revistas e portais jurídicos. Pós graduado em Direito Público, Direito Processual Civil, Direito Empresarial e com MBA em Direito e Processo do Trabalho pela FGV. Autor de algumas.


 http://leonardosarmento.jusbrasil.com.br/artigos/240141903/terror-dilma-nas-maos-de-cunha-e-cunha-entre-3-possiveis-personagens-qual-o-final-desta-producao-trash?utm_campaign=newsletter-daily_20151006_2067&utm_medium=email&utm_source=newsletter

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Inovar para combater a crise


Mesmo com menor demanda, FCC não diminui renovação do portfólio
Por Laura D'Angelo

laura.cauduro@amanha.com.br
Inovar para combater a crise

A FCC começou 2015 prevendo aumentar em 15% o faturamento de R$ 400 milhões alcançados no ano passado. Ao chegar em setembro, constatou que o plano não saiu como o esperado. O desaquecimento dos setores da construção civil e o automotivo, dois dos seus principais clientes, e da economia brasileira em geral desviou a FCC da rota do crescimento ambicionada: até o momento, o incremento da receita está em apenas 7%. Mas, como uma boa fabricante química, a empresa sabe de cor a fórmula para ultrapassar os momentos de crise: inovação.

“Não podemos perder o gás, temos de batalhar para passar por este momento difícil. E a nossa forma de luta é colocar mais intensidade no nosso trabalho, buscar alternativas para nossos clientes criando novos produtos e com mais inovação”, atesta Carlos Bremer, CEO da FCC. A renovação do portfólio é constante, ponto que conta a favor num segmento que a inovação é o grande diferencial. Mais de 30% da receita vem de produtos com menos de dois anos de criação e a média de lançamento é de um produto a cada seis dias.

E o ritmo de inovação não deve diminuir. Bremer constata que, em momentos de crise, as empresas buscam soluções que as ajudem a diminuir os custos, exatamente o que a fabricante de elastômeros termoplásticos, adesivos e vedantes oferece ao mercado. A prova mais concreta disso a FCC teve neste primeiro semestre. As vendas da massa Dundun, que substituiu o cimento no assentamento de tijolos ou blocos, registraram um aumento de 96% somente nesse período, o que levou a empresa de Campo Bom (RS) a investir R$ 2 milhões na ampliação da produção do produto. Tudo isso em um ano que não tem sido fácil para a construção civil. O setor perdeu mais de 500 mil postos de trabalho entre o primeiro e o segundo trimestre, reflexo de uma atividade que tem se retraído e colocado poucos projetos novos no mercado.

O acréscimo de demanda pela massa Dundun foi observado basicamente no Rio Grande do Sul, onde está o foco da comercialização do produto. Após a resposta surpreendentemente positiva no estado gaúcho, a FCC quer potencializar as vendas nos mercados catarinenses e paranaenses. O principal argumento para convencer as construtoras está na ponta do lápis: o produto ajuda a diminuir em até 30% os custos com a alvenaria. “Gera muita eficiência e é mais sustentável, pois não usa água nem areia. Tem um impacto muito positivo, porque reduz custos”, explica Bremer.

O ano tem sido de poucos e cirúrgicos investimentos para a empresa que tem unidades fabris no Rio Grande do Sul, na Bahia, no Ceará e no Uruguai. Além da ampliação da produção da massa Dundun, a FCC também aumentou a produção de poliuteranos, componente dos adesivos e elastômeros, seus carros-chefes. E, numa tentativa de diversificar o mercado de atuação, no início do ano, em parceria com a norte-americana Nukote, começou a fabricar poliureia na sede de Campo Bom. O produto é utilizado para revestimentos de superfícies em obras de infraestrutura, óleo e gás, energia, saneamento básico e mineração, segmentos ainda pouco explorados pela FCC. No Brasil, no entanto, ainda não há o hábito de se utilizar a poliureia, que, até então, chegava ao país somente por importação. Mais uma amostra de que, na FCC, a novidade e a inovação não baixam a guarda em nenhuma crise.



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Inovar para combater a crise

Mesmo com menor demanda, FCC não diminui renovação do portfólio

Por Laura D'Angelo

laura.cauduro@amanha.com.br
Inovar para combater a crise
A FCC começou 2015 prevendo aumentar em 15% o faturamento de R$ 400 milhões alcançados no ano passado. Ao chegar em setembro, constatou que o plano não saiu como o esperado. O desaquecimento dos setores da construção civil e o automotivo, dois dos seus principais clientes, e da economia brasileira em geral desviou a FCC da rota do crescimento ambicionada: até o momento, o incremento da receita está em apenas 7%. Mas, como uma boa fabricante química, a empresa sabe de cor a fórmula para ultrapassar os momentos de crise: inovação.
“Não podemos perder o gás, temos de batalhar para passar por este momento difícil. E a nossa forma de luta é colocar mais intensidade no nosso trabalho, buscar alternativas para nossos clientes criando novos produtos e com mais inovação”, atesta Carlos Bremer, CEO da FCC. A renovação do portfólio é constante, ponto que conta a favor num segmento que a inovação é o grande diferencial. Mais de 30% da receita vem de produtos com menos de dois anos de criação e a média de lançamento é de um produto a cada seis dias.
E o ritmo de inovação não deve diminuir. Bremer constata que, em momentos de crise, as empresas buscam soluções que as ajudem a diminuir os custos, exatamente o que a fabricante de elastômeros termoplásticos, adesivos e vedantes oferece ao mercado. A prova mais concreta disso a FCC teve neste primeiro semestre. As vendas da massa Dundun, que substituiu o cimento no assentamento de tijolos ou blocos, registraram um aumento de 96% somente nesse período, o que levou a empresa de Campo Bom (RS) a investir R$ 2 milhões na ampliação da produção do produto. Tudo isso em um ano que não tem sido fácil para a construção civil. O setor perdeu mais de 500 mil postos de trabalho entre o primeiro e o segundo trimestre, reflexo de uma atividade que tem se retraído e colocado poucos projetos novos no mercado.
O acréscimo de demanda pela massa Dundun foi observado basicamente no Rio Grande do Sul, onde está o foco da comercialização do produto. Após a resposta surpreendentemente positiva no estado gaúcho, a FCC quer potencializar as vendas nos mercados catarinenses e paranaenses. O principal argumento para convencer as construtoras está na ponta do lápis: o produto ajuda a diminuir em até 30% os custos com a alvenaria. “Gera muita eficiência e é mais sustentável, pois não usa água nem areia. Tem um impacto muito positivo, porque reduz custos”, explica Bremer.
O ano tem sido de poucos e cirúrgicos investimentos para a empresa que tem unidades fabris no Rio Grande do Sul, na Bahia, no Ceará e no Uruguai. Além da ampliação da produção da massa Dundun, a FCC também aumentou a produção de poliuteranos, componente dos adesivos e elastômeros, seus carros-chefes. E, numa tentativa de diversificar o mercado de atuação, no início do ano, em parceria com a norte-americana Nukote, começou a fabricar poliureia na sede de Campo Bom. O produto é utilizado para revestimentos de superfícies em obras de infraestrutura, óleo e gás, energia, saneamento básico e mineração, segmentos ainda pouco explorados pela FCC. No Brasil, no entanto, ainda não há o hábito de se utilizar a poliureia, que, até então, chegava ao país somente por importação. Mais uma amostra de que, na FCC, a novidade e a inovação não baixam a guarda em nenhuma crise.

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"A festa acabou no Brasil", diz Libération






A imprensa francesa volta a comentar a crise no Brasil nesta segunda-feira (5). O jornal Libération dedica duas páginas à degringolada da economia brasileira. A ilustração da matéria é uma imagem da presidente Dilma Rousseff de cabeça baixa, sob o título: "No Brasil, a festa acabou".

"Depois da rica era Lula, é hora da ruína", diz o Libération, ressaltando que, após a posse da presidente Dilma Rousseff, em 2010, o crescimento emperrou no Brasil. A sétima economia mundial entrou em recessão, após um ano de estagnação. O círculo virtuoso iniciado pelo ex-presidente Lula, que conseguiu tirar 40 milhões de brasileiros da pobreza, acabou e foi substituído por um desemprego explosivo, destaca o jornal.

De agosto de 2014 a agosto de 2015, um milhão de brasileiros perderam o emprego, num processo que começou com a revelação do escândalo de corrupção na Petrobras. A taxa de desemprego, que era de 6,5%, passou a 8%. Libération questiona como o Brasil, uma estrela do Brics, o grupo de países emergentes com taxa de crescimento acelerado, caiu nesse buraco.


Ajuste


A queda dos preços das matérias-primas, principal fonte das exportações brasileiras e motor da economia, não é a única razão, segundo o Libération. Houve muita intervenção direta da presidente Dilma na economia e ela fez escolhas nem sempre acertadas. O texto cita, por exemplo, incentivos fiscais exagerados concedidos às empresas. Essa política diminuiu a arrecadação do Estado e agravou o déficit público. Os cortes no orçamento, necessários ao reequilíbrio das contas públicas, atingem os programas sociais do governo, lamenta um dirigente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) ouvido pela reportagem.

O diário francês entrevistou eleitores e opositores da presidente. Um aposentado afirma que Dilma mentiu sobre a situação da economia durante a campanha. Já uma eleitora da presidente, "pega de surpresa pela violência da crise, e que passou a comprar carne só uma vez por semana", acredita nas boas intenções de Dilma. "Ela foi surpreendida pela crise", diz a mulher.


Desconfiança e ressentimentos


<p>"Libération" relata problemas enfrentados pelos brasileiros.</p>© Fornecido por…

Libération relata todos os problemas que os brasileiros estão enfrentando: inflação em alta, juros estratosféricos, insolvência, aumento de impostos, queda da atividade industrial, desemprego em massa.

Um dirigente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) disse ao jornal que só a depreciação do real dá um alento aos industriais. Ele também reclama da falta de apoio da presidente Dilma ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, uma situação que alimenta o clima de desconfiança dos investidores. "Foi preciso a agência Standard and Poor's rebaixar a nota do Brasil para a presidente anunciar um plano de austeridade", escreve o Libération, questionando se Dilma conseguirá aplicá-lo.

Os cortes nas despesas do governo dependem de aprovação do Congresso. Dilma tenta reconstruir a aliança com o PMDB para aprovar as medidas. Mas, como diz um advogado entrevistado no calçadão da avenida Paulista, "o Congresso está cheio de bandidos, o que ela pode fazer?". A realidade é que a presidente só tem 8% de aprovação e é a chefe de Estado mais impopular do Brasil em 25 anos, conclui o Libération.

Magazine Luiza foca em produtos acessíveis para o Natal




Agência Brasil
Luiza Helena Trajano, CEO do Magazine Luiza
Luiza Helena Trajano, CEO do Magazine Luiza: ela falou sobre o déficit habitacional ainda existente no país e considerou que, com a necessidade de se construir casas, "ainda tem muita geladeira para vender"
 
Dayanne Sousa, do Estadão Conteúdo


São Paulo - A presidente do Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano, avaliou que este ano o cenário de vendas é difícil e, além do ambiente de crise, a companhia trabalha com uma base de comparação forte do ano passado.

"Vendemos tanto no ano passado que estamos até com dificuldade, porque trabalhar em cima de números bons é difícil e 2014 foi o melhor ano da empresa", afirmou.

Para uma plateia de pequenos e médios empreendedores durante um evento em São Paulo, Luiza Helena aconselhou o público a dar atenção ao fluxo de caixa das companhias.
Ela disse que é possível criar soluções para vender ou para negociar com fornecedores, mas ressaltou que é preciso foco em gastar menos.

Ela citou um projeto do Magazine Luiza para redução dos custos com equipamentos de loja que conseguiu diminuir em 55% gastos com itens como mobiliário e instalação elétrica.

Questionada por jornalistas sobre as perspectivas para o Natal, a empresária afirmou que as compras que a rede de lojas está fazendo da indústria estão acontecendo, embora com maior foco em produtos que vendem mais e de preço mais acessível.

"Não queremos apertar os fornecedores, mas acredito na relação de ganha-ganha", afirmou.

Luiza considerou que hoje o Brasil vive uma crise política e econômica, mas disse que a companhia está buscando soluções. "Estou muito focada em vender, é preciso mesmo porque o negócio está difícil", disse.

"Tenho conversado com fornecedores, ajudado na área de compras, todo mundo na empresa tem que virar vendedor para atravessar este momento", acrescentou.

Respondendo a pergunta sobre o cenário político, Luiza defendeu que é preciso uma "união" entre partidos em nome do desafio de "destravar a economia", apesar do ajuste fiscal.

A presidente do Magazine Luiza ainda defendeu que o mercado consumidor brasileiro tem grande potencial. Ela falou sobre o déficit habitacional ainda existente no país e considerou que, com a necessidade de se construir casas, "ainda tem muita geladeira para vender".