Mesmo com menor demanda, FCC não diminui renovação
do portfólio
Por Laura D'Angelo
laura.cauduro@amanha.com.br
A FCC
começou 2015 prevendo aumentar em 15% o faturamento de R$ 400 milhões
alcançados no ano passado. Ao chegar em setembro, constatou que o plano não
saiu como o esperado. O desaquecimento dos setores da construção civil e o
automotivo, dois dos seus principais clientes, e da economia brasileira em
geral desviou a FCC da rota do crescimento ambicionada: até o momento, o
incremento da receita está em apenas 7%. Mas, como uma boa fabricante química,
a empresa sabe de cor a fórmula para ultrapassar os momentos de crise:
inovação.
“Não
podemos perder o gás, temos de batalhar para passar por este momento difícil. E
a nossa forma de luta é colocar mais intensidade no nosso trabalho, buscar
alternativas para nossos clientes criando novos produtos e com mais inovação”,
atesta Carlos Bremer, CEO da FCC. A renovação do portfólio é constante, ponto
que conta a favor num segmento que a inovação é o grande diferencial. Mais de
30% da receita vem de produtos com menos de dois anos de criação e a média de
lançamento é de um produto a cada seis dias.
E o ritmo
de inovação não deve diminuir. Bremer constata que, em momentos de crise, as
empresas buscam soluções que as ajudem a diminuir os custos, exatamente o que a
fabricante de elastômeros termoplásticos, adesivos e vedantes oferece ao
mercado. A prova mais concreta disso a FCC teve neste primeiro semestre. As
vendas da massa Dundun, que substituiu o cimento no assentamento de tijolos ou
blocos, registraram um aumento de 96% somente nesse período, o que levou a
empresa de Campo Bom (RS) a investir R$ 2 milhões na ampliação da produção do
produto. Tudo isso em um ano que não tem sido fácil para a construção civil. O
setor perdeu mais de 500 mil postos de trabalho entre o primeiro e o segundo
trimestre, reflexo de uma atividade que tem se retraído e colocado poucos
projetos novos no mercado.
O
acréscimo de demanda pela massa Dundun foi observado basicamente no Rio Grande
do Sul, onde está o foco da comercialização do produto. Após a resposta
surpreendentemente positiva no estado gaúcho, a FCC quer potencializar as
vendas nos mercados catarinenses e paranaenses. O principal argumento para
convencer as construtoras está na ponta do lápis: o produto ajuda a diminuir em
até 30% os custos com a alvenaria. “Gera muita eficiência e é mais sustentável,
pois não usa água nem areia. Tem um impacto muito positivo, porque reduz
custos”, explica Bremer.
O ano tem
sido de poucos e cirúrgicos investimentos para a empresa que tem unidades
fabris no Rio Grande do Sul, na Bahia, no Ceará e no Uruguai. Além da ampliação
da produção da massa Dundun, a FCC também aumentou a produção de poliuteranos,
componente dos adesivos e elastômeros, seus carros-chefes. E, numa tentativa de
diversificar o mercado de atuação, no início do ano, em parceria com a
norte-americana Nukote, começou a fabricar poliureia na sede de Campo Bom. O
produto é utilizado para revestimentos de superfícies em obras de
infraestrutura, óleo e gás, energia, saneamento básico e mineração, segmentos
ainda pouco explorados pela FCC. No Brasil, no entanto, ainda não há o hábito
de se utilizar a poliureia, que, até então, chegava ao país somente por
importação. Mais uma amostra de que, na FCC, a novidade e a inovação não baixam
a guarda em nenhuma crise.
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Inovar para combater a crise
Mesmo com menor demanda, FCC não diminui renovação do portfólio
A FCC começou 2015 prevendo aumentar em 15%
o faturamento de R$ 400 milhões alcançados no ano passado. Ao chegar em
setembro, constatou que o plano não saiu como o esperado. O
desaquecimento dos setores da construção civil e o automotivo, dois dos
seus principais clientes, e da economia brasileira em geral desviou a
FCC da rota do crescimento ambicionada: até o momento, o incremento da
receita está em apenas 7%. Mas, como uma boa fabricante química, a
empresa sabe de cor a fórmula para ultrapassar os momentos de crise:
inovação.
“Não
podemos perder o gás, temos de batalhar para passar por este momento
difícil. E a nossa forma de luta é colocar mais intensidade no nosso
trabalho, buscar alternativas para nossos clientes criando novos
produtos e com mais inovação”, atesta Carlos Bremer, CEO da FCC. A
renovação do portfólio é constante, ponto que conta a favor num segmento
que a inovação é o grande diferencial. Mais de 30% da receita vem de
produtos com menos de dois anos de criação e a média de lançamento é de
um produto a cada seis dias.
E
o ritmo de inovação não deve diminuir. Bremer constata que, em momentos
de crise, as empresas buscam soluções que as ajudem a diminuir os
custos, exatamente o que a fabricante de elastômeros termoplásticos,
adesivos e vedantes oferece ao mercado. A prova mais concreta disso a
FCC teve neste primeiro semestre. As vendas da massa Dundun, que
substituiu o cimento no assentamento de tijolos ou blocos, registraram
um aumento de 96% somente nesse período, o que levou a empresa de Campo
Bom (RS) a investir R$ 2 milhões na ampliação da produção do produto.
Tudo isso em um ano que não tem sido fácil para a construção civil. O
setor perdeu mais de 500 mil postos de trabalho entre o primeiro e o
segundo trimestre, reflexo de uma atividade que tem se retraído e
colocado poucos projetos novos no mercado.
O
acréscimo de demanda pela massa Dundun foi observado basicamente no Rio
Grande do Sul, onde está o foco da comercialização do produto. Após a
resposta surpreendentemente positiva no estado gaúcho, a FCC quer
potencializar as vendas nos mercados catarinenses e paranaenses. O
principal argumento para convencer as construtoras está na ponta do
lápis: o produto ajuda a diminuir em até 30% os custos com a alvenaria.
“Gera muita eficiência e é mais sustentável, pois não usa água nem
areia. Tem um impacto muito positivo, porque reduz custos”, explica
Bremer.
O
ano tem sido de poucos e cirúrgicos investimentos para a empresa que
tem unidades fabris no Rio Grande do Sul, na Bahia, no Ceará e no
Uruguai. Além da ampliação da produção da massa Dundun, a FCC também
aumentou a produção de poliuteranos, componente dos adesivos e
elastômeros, seus carros-chefes. E, numa tentativa de diversificar o
mercado de atuação, no início do ano, em parceria com a norte-americana
Nukote, começou a fabricar poliureia na sede de Campo Bom. O produto é
utilizado para revestimentos de superfícies em obras de infraestrutura,
óleo e gás, energia, saneamento básico e mineração, segmentos ainda
pouco explorados pela FCC. No Brasil, no entanto, ainda não há o hábito
de se utilizar a poliureia, que, até então, chegava ao país somente por
importação. Mais uma amostra de que, na FCC, a novidade e a inovação não
baixam a guarda em nenhuma crise.
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