Chris Ratcliffe/Bloomberg
O maior negócio deste ano: a compra das operações do HSBC no Brasil pelo Bradesco somou US$ 5,2 bilhões
As fusões e aquisições
no Brasil caíram 44,4% nos três primeiros trimestres de 2015 na
comparação com igual período do ano passado, de acordo com dados
divulgados nesta semana pela Mergermarket, empresa que monitora este
mercado em várias regiões do mundo. A queda é reflexo da recessão
econômica, que tem afetado a confiança dos investidores e empresários,
de acordo com o relatório.
O volume de negócios no Brasil somou US$ 21,6 bilhões de janeiro a
setembro. Ao todo, foram realizados 191 negócios no período, o
equivalente a 51,2% do total de operações de toda a América Latina.
Apesar de responder por metade das fusões e aquisições da região, a
participação do País no total este ano caiu para o menor nível desde
2009.
O maior negócio este ano na América Latina
foi a compra das operações do HSBC no Brasil pelo Bradesco, anunciada
em agosto e que somou US$ 5,2 bilhões, de acordo com o levantamento. NA
região, foram fechados 373 negócios este ano até setembro. Na América
Latina, as fusões e aquisições caíram 56,6% nos três primeiros
trimestres, movimentando US$ 44,5 bilhões. Além da piora das operações
no Brasil, os negócios tiveram queda em países como México, com recuo de
38%, e Chile, com retração de 78%.
Para os analistas da Mergermarket, a deterioração das condições
macroeconômicas na região, que sofre com a queda dos preços das
commodities, além de problemas domésticos em alguns países, como
inflação alta e desvalorização das moedas, estão afetando o apetite por
negócios. Nesse ambiente, 2015 foi até agora um ano "decepcionante" para
as fusões e a expectativa é que as coisas melhorem em 2016.
Ranking
A Mergermarket também divulgou os rankings das instituições financeiros e
escritórios de advocacia mais ativos em estruturar e tocar operações de
fusões e aquisições em 2012. Entre os bancos, considerando apenas o
Brasil, o Rothschild foi o primeiro colocado quando se considera o
levantamento por valor de operações, seguido pelo Goldman Sachs. Quando
considerado o ranking por número de negócios, os líderes foram BTG
Pactual, com 14 operações, e Itaú BBA, com 13. Nas firmas de advocacia, o
Lefosse Advogados foi o líder no ranking por valor de operações no
Brasil e o Pinheiro Neto Advogados ficou em primeiro lugar no ranking
por número de negócios.
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