- Integrante do grupo austríaco Kopf, a Zinkpower investiu R$ 60
milhões na instalação de sua primeira fábrica no Brasil. Especializada
em galvanização a fogo, a unidade irá atender fabricantes de estruturas
metálicas para a construção civil, estufas agrícolas, torres de
transmissão, braços de iluminação, semáforos e defesas metálicas de
rodovias.
A
unidade terá capacidade para galvanizar três mil toneladas de aço por
mês. Instalada em Artur Nogueira (SP), a 150 km da capital paulista, em
área de 60 mil m², com 7.800 m² de área construída. “Fizemos uma
pesquisa que identificou onde estão situados hoje os maiores fabricantes
de estruturas metálicas e implementos de irrigação agrícola e acabamos
decidindo pela região metropolitana de Campinas”, explica Martin
Feldenheimer, gerente-geral da empresa no Brasil.
De
acordo com Feldenheimer, o Grupo Kopf compra grandes quantidades de
zinco da Votorantim Metais, que por diversas ocasiões mostrou aos
austríacos que seria interessante abrir uma fábrica no Brasil. Isso
porque o mercado está crescendo, já que se perde muito com a corrosão de
metais no País. Além disso, a proximidade dos jogos olímpicos deve
aumentar a demanda por estruturas metálicas, que, junto de estufas e
implementos agrícolas, são os itens mais galvanizados atualmente no
Brasil.
Galvanização
- O processo de galvanização a fogo é composto essencialmente de duas
partes: na primeira, a decapagem, é feita uma limpeza para a remoção de
resíduos ou corrosões já existentes no metal. Em seguida a peça é
mergulhada em um banho de zinco líquido em uma temperatura de até 450ºC.
Esse
banho faz com que haja uma fusão superficial entre o zinco e o aço,
criando uma película de zinco na parte externa do metal. “É como a
cobertura de um bolo: fica uma camada externa, uma interna e uma
intermediária com a mistura dos dois”, explicou Feldenheimer.
Essa
fusão é o principal diferencial da galvanização a fogo com relação aos
outros tipos de proteção com zinco. No processo eletrolítico, por
exemplo, o zinco gruda no metal por uma diferença entre energia positiva
e negativa. Porém é possível raspar o zinco e removê-lo, como se fosse
uma tinta. Já na galvanização a fogo, os dois metais ficam fundidos.
“Hoje,
as chapas utilizadas na produção de carros são galvanizadas a fogo, por
isso não enferrujam”, informa. No caso das plantas da Zinkpower, o
processo é feito com uma tecnologia verde exclusiva, que utiliza a luz
natural e a captação de águas pluviais para a economia de energia. O
conceito utilizado é o do green-dip galvanizing, dando prioridade total à
responsabilidade ambiental do processo.
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