Tânia Rêgo/Agência Brasil
CPI: a expectativa é que o PSOL apresente um parecer e os oposicionistas
apresentem emendas à redação final propondo o indiciamento da
presidente Dilma Rousseff e dos ex-presidentes da
Petrobras Graça Foster
e José Sérgio Gabrielli
Daiene Cardoso, do Estadão Conteúdo
Brasília - A CPI da Petrobras retomará
na tarde desta quarta-feira, 21, a discussão em torno do parecer final
apresentado na segunda-feira pelo relator Luiz Sérgio (PT-RJ).
O petista, que não tinha a intenção de recomendar indiciamentos, acabou sendo pressionado a rever sua posição.
Hoje, a expectativa é que o PSOL apresente um parecer paralelo e os
oposicionistas apresentem emendas à redação final propondo o
indiciamento da presidente Dilma Rousseff e dos ex-presidentes da
Petrobras Graça Foster e José Sérgio Gabrielli.
Após oito meses de trabalhos sem resultados significativos, o relator
apresentou um parecer confuso, acabou acatando o pedido de indiciamento
de ao menos 70 pessoas (entre empreiteiros, funcionários e
ex-funcionários da estatal envolvidos no esquema de corrupção
investigado pela Operação Lava Jato),
mas sem deixar claro quem seria efetivamente responsabilizado pelo
esquema de corrupção na estatal. Nenhum político investigado foi
mencionado.
Luiz Sérgio propôs alterações na lei de delação premiada, poupou Dilma,
Graça, Gabrielli e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e ainda
fez críticas à Lava Jato.
"É verdade que precisamos destacar a importância da Lava Jato no combate
à corrupção, mas não podemos ser ingênuos a ponto de achar que tudo o
que foi feito até agora está dentro da estrita normalidade. Pela própria
magnitude que tem, é impossível acreditar que houve rígido controle e
absoluta isenção em todas as etapas ocorridas até agora", diz o
relatório do petista.
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