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Marcelo Odebrecht: a decisão é a 2ª ordem de prisão contra os
executivos, acusados de pagamento de R$ 137 milhões em propinas em oito
contratos da Petrobras, entre 2004 e 2011
Julia Affonso, do Estadão Conteúdo
Ricardo Brandt, do Estadão Conteúdo
Fausto Macedo e Mateus Coutinho, do Estadão Conteúdo
São Paulo - O juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Operação Lava Jato,
decretou nesta segunda-feira, 19, nova prisão preventiva do presidente
da maior empreiteira do país, Marcelo Bahia Odebrecht, e de dois
executivos ligados ao grupo, Rogério Araújo e Marcio Faria nesta
segunda-feira, 19.
O magistrado aceitou também a nova denúncia apresentada na sexta-feira contra a cúpula da empreiteira.
Os empresários estão presos deste o dia 19 de junho na deflagração da
Operação Erga Omnes, a 14ª fase da Lava Jato. A decisão de hoje é a
segunda ordem de prisão contra os executivos, desta vez acusados de
pagamento de R$ 137 milhões em propinas em oito contratos da Petrobras,
entre 2004 e 2011.
Moro indeferiu o pedido do Ministério Público Federal para nova ordem de
prisão preventiva contra o executivo César Ramos Rocha, que também está
preso desde 19 de junho.
"Defiro parcialmente o requerido pelo MPF e decreto, com base no artigo
312 do CPP, em vista dos riscos à investigação, à instrução criminal e à
aplicação da lei penal, nova prisão preventiva de Rogério Santos de
Araújo, Márcio Faria da Silva e Marcelo Bahia Odebrecht, desta feita
instrumental a esta ação penal", escreveu Moro.
A custódia havia sido pedida pelo Ministério Público Federal em nova
denúncia contra os executivos apresentada na sexta. A força-tarefa
imputa a eles a prática de 64 crimes.
Os procuradores da República que subscrevem a denúncia pedem que seja
decretado o perdimento "do proveito e produto dos crimes", em valor
mínimo de cerca de R$ 137 milhões, além do pagamento de danos mínimos de
R$ 275 milhões em favor da estatal referentes aos oito contratos.
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