Agência Brasil
Luiza Helena Trajano, CEO do Magazine Luiza: ela falou sobre o déficit
habitacional ainda existente no país e considerou que, com a necessidade
de se construir casas, "ainda tem muita geladeira para vender"
Dayanne Sousa, do Estadão Conteúdo
São Paulo - A presidente do Magazine Luiza,
Luiza Helena Trajano, avaliou que este ano o cenário de vendas é
difícil e, além do ambiente de crise, a companhia trabalha com uma base
de comparação forte do ano passado.
"Vendemos tanto no ano passado que estamos até com dificuldade, porque
trabalhar em cima de números bons é difícil e 2014 foi o melhor ano da
empresa", afirmou.
Para uma plateia de pequenos e médios empreendedores durante um evento
em São Paulo, Luiza Helena aconselhou o público a dar atenção ao fluxo
de caixa das companhias.
Ela disse que é possível criar soluções para vender ou para negociar com
fornecedores, mas ressaltou que é preciso foco em gastar menos.
Ela citou um projeto do Magazine Luiza para redução dos custos com
equipamentos de loja que conseguiu diminuir em 55% gastos com itens como
mobiliário e instalação elétrica.
Questionada por jornalistas sobre as perspectivas para o Natal,
a empresária afirmou que as compras que a rede de lojas está fazendo da
indústria estão acontecendo, embora com maior foco em produtos que
vendem mais e de preço mais acessível.
"Não queremos apertar os fornecedores, mas acredito na relação de ganha-ganha", afirmou.
Luiza considerou que hoje o Brasil vive uma crise política e econômica,
mas disse que a companhia está buscando soluções. "Estou muito focada em
vender, é preciso mesmo porque o negócio está difícil", disse.
"Tenho conversado com fornecedores, ajudado na área de compras, todo
mundo na empresa tem que virar vendedor para atravessar este momento",
acrescentou.
Respondendo a pergunta sobre o cenário político, Luiza defendeu que é
preciso uma "união" entre partidos em nome do desafio de "destravar a
economia", apesar do ajuste fiscal.
A presidente do Magazine Luiza ainda defendeu que o mercado consumidor
brasileiro tem grande potencial. Ela falou sobre o déficit habitacional
ainda existente no país e considerou que, com a necessidade de se
construir casas, "ainda tem muita geladeira para vender".
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