Roberto Stuckert Filho/ PR/Fotos Públicas
Dilma Rousseff durante cerimônia de inauguração do Laboratório de
Biotecnologia Agrícola do Centro de Tecnologia Canavieira, em Piracicaba
Luana Lourenço, da AGÊNCIA BRASIL
Brasília - A presidente Dilma Rousseff voltou a pedir hoje (14) união para superar a crise e ajudar o Brasil a voltar a crescer.
Em discurso durante a inauguração de um laboratório do Centro de
Tecnologia Canavieira da Coopersucar, em Piracicaba (SP), Dilma disse
que o país está mais preparado para enfrentar as dificuldades que em
crises anteriores e que o momento é de construir pontes.
“Este momento de dificuldades é algo muito doloroso para o Brasil
desperdiçar. Esta é a hora de nós nos unirmos e fazermos aquelas
mudanças, aquelas alterações, aquelas iniciativas, aquelas obras que vão
de fato construir as pontes que nos levarão a outro estágio de
desenvolvimento do nosso país”, afirmou a presidente, em discurso ao
lado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e de outras
autoridades.
Para Dilma, apesar da crise,
o país não pode retroceder. “O Brasil, sem dúvida é mais robusto, mais
resiliente, mais forte agora do que foi em qualquer um dos momentos
anteriores. Agora, para enfrentar a crise, não precisamos voltar para
trás, agora temos que seguir adiante.”
Segundo Dilma, uma das apostas para recuperar a economia é aproveitar a desvalorização cambial para aumentar as exportações.
A presidente lembrou que a balança comercial brasileira saiu de um
déficit de US$ 4 bilhões para um superávit de US$ 12 bilhões e disse que
a expectativa é melhorar esses resultados.
De acordo com a presidente, as mudanças no câmbio também vão beneficiar
setores do mercado interno, entre os quais o sucroalcooleiro, com a
substituição de importações.
“Vários setores podem e devem sair na frente. Esse laboratório faz parte
de um processo de construção do futuro do nosso país, contribuindo para
elevar a competitividade do setor.”
Mudança do clima
Além do papel econômico do setor sucroalcooleiro, Dilma destacou a
participação do etanol na estratégia brasileira de redução de emissões
de gases de efeito estufa.
Em dezembro, durante a 21ª Conferência das Partes da Convenção das
Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-21), em Paris, o Brasil vai
apresentar uma meta de redução de 43% das emissões na comparação com os
níveis de 2005.
Parte dessa meta, segundo Dilma, será cumprida por cortes de emissões na
matriz de combustíveis, graças ao uso do etanol de cana-de-açúcar.
“É o segmento mais difícil de propiciar redução de emissões no mundo,
mas no Brasil temos vantagem: nenhum carro se move nesse país sem
etanol”, disse, referindo-se à mistura obrigatória do álcool à gasolina.
“Tenho certeza de que iremos deixar claro em dezembro, em Paris, que as
metas não são só factíveis, mas que o Brasil mais uma vez mostrará que
essa questão da energia renovável, da energia verde e amarela, é, sem
sombra de dúvida, aquilo que o mundo pode esperar de nós como
contribuição nessa área.”
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