GettyImages
Cartões de crédito: o BC informou ainda que o total de operações de
crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) passou de 54,8% em
agosto para 55% no mês passado
Célia Froufe e Victor Martins, do Estadão Conteúdo
Brasília - O juro médio total cobrado no cartão de crédito subiu 4,2 pontos porcentuais de agosto para setembro, conforme informou nesta terça-feira, 27, o Banco Central.
Em janeiro, a instituição passou a incorporar dados sobre esse segmento,
que regula desde maio de 2013. Com a alta na margem, a taxa passou de
93,7% ao ano em agosto para 97,9% ao ano no mês passado.
O juro do rotativo é a taxa mais elevada desse segmento e também a mais
alta entre todas as avaliadas pelo BC, batendo até mesmo a do cheque especial.
Atingiu a marca de 414,3% ao ano em setembro ante 403,5% de agosto, uma elevação de 10,8 pontos porcentuais na margem.
No caso do parcelado, ainda dentro de cartão de crédito, o juro diminuiu
0,2 ponto de agosto para setembro, passando de 129,2% ao ano para 129%
ao ano.
O estoque de operações de crédito livre para compra de veículos por
pessoa física recuou 1,1% de agosto para setembro, segundo informou há
pouco o Banco Central.
Com isso, o total de recursos para aquisição de automóveis por esse
grupo de clientes ficou em R$ 166,691 bilhões no mês passado - em
agosto, o volume foi de R$ 168,620 bilhões.
No ano até o mês passado, a queda nesse tipo de crédito é de 9,5% e, em 12 meses até setembro, de 9,4%.
As concessões acumuladas em setembro para financiamento de veículos para
pessoa física somaram R$ 6,226 bilhões, o que representa uma queda de
2,8% em relação ao mês anterior (R$ 6,403 bilhões).
Em 2015 até setembro há queda nesse segmento de 11,9% e, em 12 meses, de 7,9%.
Estoque de crédito
O estoque de operações de crédito do sistema financeiro subiu 0,8% em
setembro ante agosto e chegou a R$ 3,160 trilhões, segundo o BC. Nos
primeiros nove meses do ano, houve alta de 4,7% e, em 12 meses até
setembro, de 9,1%.
Houve aumento de 1,2% para pessoas jurídicas e alta de 0,4% para o
consumidor no mês. De janeiro a setembro, a alta está em 4,4% para as
empresas e em 5,1% para a pessoa física.
No caso do período de 12 meses encerrados no mês passado, as taxas são de crescimento de, respectivamente, 8,9% e 9,4%.
De acordo com a autoridade monetária, o estoque de crédito livre subiu
0,5% no mês, teve alta de 2,0% nos primeiros nove meses de 2015 e de
4,9% em 12 meses até setembro.
Já no caso do direcionado, aumentou 1,1% em setembro ante agosto, 7,7%
nos primeiros nove meses do ano e 13,8% em 12 meses até setembro.
Crédito livre
No crédito livre, houve estabilidade no estoque de crédito para pessoas
físicas no mês, ficando em R$ 795,6 milhões. Nos primeiros nove meses do
ano, houve alta de 1,6% e de 4,0% em 12 meses até setembro.
Para as empresas, no crédito livre, houve alta de 1,0% em setembro e de
2,5% nos primeiros nove meses do ano e de 5,9% em 12 meses encerrados em
setembro.
O BC informou ainda que o total de operações de crédito em relação ao
Produto Interno Bruto (PIB) passou de 54,8% em agosto para 55% no mês
passado.
Veículos
O estoque de operações de crédito livre para compra de veículos por pessoa física recuou 1,1% de agosto para setembro.
Com isso, o total de recursos para aquisição de automóveis por esse
grupo de clientes ficou em R$ 166,691 bilhões no mês passado - em
agosto, o volume foi de R$ 168,620 bilhões.
No ano até o mês passado, a queda nesse tipo de crédito é de 9,5% e, em 12 meses até setembro, de 9,4%.
As concessões acumuladas em setembro para financiamento de veículos para
pessoa física somaram R$ 6,226 bilhões, o que representa uma queda de
2,8% em relação ao mês anterior (R$ 6,403 bilhões).
Em 2015 até setembro há queda nesse segmento de 11,9% e, em 12 meses, de 7,9%.
Avaliação
O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel,
salientou que o crescimento do mercado de crédito em setembro foi
semelhante a de meses anteriores, com taxas moderadas e em linha com a
previsão da instituição de expansão de 9% este ano.
"O crescimento de 0,8% no mês teve o (crédito) direcionado como origem e
é uma parte que tem uma desaceleração mais clara, mais nítida. Em 12
meses passou de 14,7% em agosto para 13,8% em setembro", comparou.
Já a expansão do crédito livre, segundo o técnico, tem sido estável
desde 2013. "Esse segmento encerrou o ano passado com alta de 4,6% e vem
mantendo taxa em torno de 5% já há alguns meses", disse.
A expectativa do BC é de elevação de 5% no caso do crédito livre e de 14% no do direcionado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário