Só um terço dos analistas consultados pela Bloomberg prevê dado positivo e previsão de retomada para o resto do ano está atrelada à reforma da Previdência
O PIB
do primeiro trimestre deve mostrar leve recuo na comparação trimestral,
interrompendo a série de 8 trimestres consecutivos de avanço, impactado
pelo choque de produção da Vale, crise argentina e incertezas sobre a
agenda de reformas.
Ainda assim, o mercado mantém aposta em uma recuperação moderada da economia brasileira à frente, em boa medida condicionada à aprovação da Previdência.
A última vez em que o PIB recuou na base trimestral foi no quarto
final de 2016. Para os primeiros três meses de 2019, a mediana das
projeções para a contração da atividade é -0,2%, na comparação
trimestral, segundo pesquisa Bloomberg com 22 analistas. As estimativas
variam de +0,5% a -1,0%, sendo que apenas sete casas apostam em
resultado positivo.
O arrefecimento da recuperação gradual na margem, já sinalizado pelo
Banco Central no último Copom, forçou a revisão de estimativas mais
otimistas dos maiores bancos para o crescimento no acumulado do ano.
Há duas semanas, o Itaú cortou a previsão para o PIB de 1,3% para 1% em 2019, enquanto o Bradesco rebaixou de 1,9% para 1,1%.
O Goldman Sachs foi outro que entrou na onde de cortes de projeção,
diminuindo a sua previsão de 1,7% para 1,2%. “No geral, dado do primeiro
trimestre será decepcionante”, diz Alberto Ramos, economista-sênior
para América Latina do banco.
Ele espera uma retração de 0,1% do PIB na base trimestral, com
declínio de investimentos e contribuição líquida negativa das
exportações pela menor competitividade brasileira e os problemas da
economia argentina.
https://exame.abril.com.br/economia/pib-do-brasil-pode-cair-pela-primeira-vez-desde-2016-numero-sai-amanha/
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