Atuação:
Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
Valor do projeto vai gerar cerca de 80 novos empregos diretos
A Hydrostec Tubos Equipamentos Ltda, companhia instalada no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, terá sua capacidade fabril ampliada, com investimentos estimados em R$ 10 milhões.
De acordo com o Diretor da empresa paulista, Sérgio Ferreira, o investimento vai estimular a criação de novos empregos na região.
“As obras já estão sendo iniciadas e deverão durar aproximadamente 9 meses. Essa ampliação deverá mais que dobrar a capacidade produtiva da fábrica e gerar pelo menos 40 postos de trabalho por turno”, diz Sérgio Ferreira.
A expectativa é que ao todo sejam gerados 80 novos empregos diretos após a conclusão da obra de ampliação, prevista para ser concluída no primeiro semestre de 2020.
“A ampliação dessa fábrica, que está dentro da nossa
área industrial, mostra o quanto estamos buscando desenvolver a
economia do Ceará. Nosso objetivo é seguir atraindo cada vez mais
investimentos para o Complexo do Pecém”, disse Danilo Serpa – Diretor-Presidente do Complexo Industrial e Portuário do Pecém – CIPP.
Quando inaugurada, em 2010, a Hydrostec foi a primeira fábrica da região Nordeste na produção automatizada de tubos de aço para barragens, adutoras e grandes obras. Hoje, a produção da fábrica atende a todo o mercado nacional.
Em outubro de 2007 a Alstom Hydro Energia Brasil
Ltda concluiu a venda de sua Divisão de Irrigação e Saneamento a um
experiente e reconhecido grupo de Diretores daquela Divisão, os quais constituíram a hydrostec tecnologia e equipamentos Ltda.
A hydrostec assumiu os profissionais experientes na área, além de
toda a propriedade intelectual, física e material pertencente àquela
Divisão, que ao longo dos anos passou por várias alterações societárias,
iniciando como Mecânica Pesada S.A. e finalizando como Alstom Hydro Energia Brasil Ltda.
A hydrostec além de adquirir a tecnologia das empresas acima citadas,
recepciona, ainda, a tecnologia das sociedades de renome internacional,
tais como Neyrpic, Neyrtec, Bergeron e Rateau, que são hoje partes integrantes da Alstom.
No primeiro semestre, empresa faturou R$ 1,4 bilhão a partir da unidade de caixas de papelão e sacos industriais
Maior produtora de papéis para embalagem e embalagens de papelão ondulado do Brasil, a Klabin S/A planeja erguer uma nova fábrica de papelão ondulado no Nordeste.
De acordo com fontes de mercado, a companhia manteve negociações com
governos da região do Vale do São Francisco e do Ceará acerca do investimento, estimado em cerca de R$ 500 milhões.
Conforme a mídia local, a companhia já teria escolhido o Ceará como sede da fábrica, que deve contemplar uma máquina de papel reciclado.
As conversas estão avançadas e, neste momento, voltadas à definição da data de lançamento da pedra fundamental do projeto. Procurada, a Klabin informou que não comenta o assunto.
A maior exposição à região deve-se ao bom desempenho dos negócios
sobretudo com o setor hortifrúti, para o qual a companhia fornece
embalagens que garantem a integridade do produto e são resistentes à
umidade e empilhamento no transporte, por exemplo.
Os estados nordestinos são grandes produtores de frutas e contribuem
para que o Brasil esteja entre os cinco maiores do mundo nessa área. No
Nordeste, a Klabin já opera unidade fabril de embalagens de papelão ondulado e sacos industriais no município de Goiana, em Pernambuco.
Mediante investimentos de R$ 400 milhões, a fábrica
foi ampliada há cerca de cinco anos, refletindo a aposta no crescimento
da demanda no mercado nordestino especialmente por alimentos industrializados, frutas e na construção civil.
Foram instaladas novas onduladeiras e impressoras e
uma máquina de papel reciclado, que elevou de 50 mil para 160 mil
toneladas a capacidade de produção desse tipo de papel no local.
Em outro lance, de expansão geográfica, a Klabin anunciou em outubro
de 2016 a compra de duas fabricantes de embalagens de papelão, a
paranaense Embalplanm e a amazonense Hevi Embalagens, pelo valor total de R$ 187 milhões. As aquisições marcaram o início da operação de conversão de caixas da companhia nesses Estados.
No total, a Klabin pode produzir anualmente cerca de 750 mil toneladas de caixas de papelão ondulado e é líder no mercado brasileiro, com participação de 18%, à frente da WestRock, International Paper, Celulose Irani e Smurfit Kappa.
A participação no mercado de frutas tem contribuído para mitigar o efeito negativo do baixo crescimento econômico na expedição brasileira de embalagens como um todo.
No primeiro semestre, a companhia teve receitas de R$ 1,4 bilhão
a partir da unidade de caixas de papelão e sacos industriais, com alta
de 5% na comparação anual, apesar da queda de 2% em volume, uma vez que
as vendas foram direcionadas a mercados de maior rentabilidade.
De acordo com a Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO),
das expedições de caixas, acessórios e chapas de papelão no país
cresceram 1% de janeiro a junho, para 1,74 milhão de toneladas. Para
2019, a expectativa é de crescimento de 1,7%.
A Klabin também está investindo na expansão da produção de papel kraftliner,
usado na fabricação de embalagens. O projeto Puma II, aprovado no
primeiro semestre pelo conselho de administração, prevê a construção de
duas máquinas de papel, integradas à produção de celulose.
Juntas, as novas máquinas terão capacidade para 920 mil toneladas anuais de kraftliner.
O início da primeira máquina está programado para o segundo trimestre
de 2021, e o da segunda, para o segundo trimestre de 2023.
Conforme a Klabin, dois terços dos investimentos
serão concentrados entre 2019 e 2021, uma vez que a maior parte dos
equipamentos será instalada na primeira etapa do projeto, que será
financiado principalmente por caixa próprio e geração de caixa dos negócios existentes.
Investimento vai acrescentar mais 9 mil empregos aos 13.600 já gerados
O BVMI confirmou que a FCA (Fiat Chrysler) vai realizar um investimento direto de R$ 7,5 bilhões até 2023 em sua fábrica de Goiana (PE) para o desenvolvimento e fabricação de novos produtos e tecnologias.
Hoje a planta da Fiat Chrysler Automobiles em
Goiana, é considerada a mais moderna da montadora no mundo, completou
quatro anos e, para marcar a data, vem confirmando seus novos
investimentos.
A expectativa é ampliar a capacidade produtiva da unidade, investir em novas tecnologias e atrair novas fábricas para o parque de fornecedores do polo automotivo da Jeep até 2023.
Neste período, a linha de produção será ampliada de 250 mil para 350 mil veículos por ano, além de acrescentar mais 9 mil empregos aos 13.600 já gerados.
A planta do polo automotivo da Jeep em Goiana conta, atualmente, com a planta da própria montadora, além de dos 16 fornecedores do parque. Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Bruno Schwambach, a chegada da montadora injetou R$ 47 bilhões na cadeia produtiva do estado e R$ 450 milhões de renda na região de Goiana.
“O impacto da Jeep mudou a matriz econômica estadual, inclusive aumentando a exportação pernambucana”, afirma.
De 2015 a 2019, os automóveis representam 17% de todo o valor
exportado pelo estado e esta é a segunda maior carga exportada entre
2017 e 2018.
A Argentina é o país que mais recebe automóveis, seguida do Chile, Colômbia, Uruguai e Peru. A planta de Goiana está produzindo em três turnos desde março do ano passado, entregando mil carros por dia.
“Pouquíssimas fábricas na América Latina estão trabalhando nos três
turnos. E a nossa produção está muito voltada também para a exportação e
temos que levar em consideração que a Argentina está absorvendo menos,
então podemos dizer que temos um projeto sustentável e temos que
celebrar isso nesses quatro anos. Agora vamos pensar em crescer,
trazendo mais tecnologias e novos fornecedores”, ressalta Antonio Filosa, CEO da FCA para a América Latina.
O objetivo é incrementar o parque de fornecedores.
“Este plano de investimento muito ambicioso se baseia na atração de
novas tecnologias e fornecedores. Tudo que é a base da indústria já
temos lá no polo automotivo e agora precisamos não ter apenas a base de
sustentação e olhar para frente e, para isso, precisamos trazer tecnologias, novos materiais e visões mais tecnológicas. Estamos lançando um projeto de integração de novos fornecedores
e são todos relacionados às novas tecnologias e materiais do futuro do
setor. Temos o suporte da nossa matriz, já estamos negociando com muitos
fornecedores e esperamos crescer rapidamente”, acrescenta Filosa.
Para o governor Paulo Câmara, o investimento previsto para os próximos quatro anos mostra a confiança do grupo em Pernambuco.
“Com a decisão desse aporte, é um olhar para o futuro, com a geração
de mais emprego e renda para o estado. Além disso, essa fábrica não
apenas constrói automóveis, ela pensa na indústria automotiva do mundo quando ela implanta um centro de tecnologia aqui, então é um momento muito importante”, destaca.
A FCA instalou um Centro de Inovação no Porto Digital e hoje desenvolve software para a Jeep mundial e também para a Maserati.
Dica de negócios – Clientes CityCorp já faturaram no primeiro quadrimestre de 2019 mais de US$ 446 milhões. Isto porque já sabiam deste e dezenas de outros investimentos com antecedência e estão realizando excelentes negócios na nova cadeia de fornecedores formada para atender as necessidades de ampliação desta planta fabril. Este e mais de 18 mil investimentos industriais estão à disposição de nossos clientes ativos, conheça o Projeto OObi e venda com relacionamento, inteligência e rentabilidade no mercado industrial.
O desembargador João
Pedro Gebran Neto, da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª
Região, concedeu Habeas Corpus ao ex-deputado federal Indio da Costa. A decisão, desta quinta-feira (12/9), revoga prisão preventiva decretada no dia 6 pela 7ª Vara Federal de Florianópolis.
O ex-parlamentar foi investigado pela Polícia Federal em inquérito que apura suposto esquema de fraude nos Correios.
O
desembargador acolheu manifestação da defesa do ex-deputado e afirmou
que a preventiva baseou-se em “argumentos genéricos como a grande
potencialidade lesiva da conduta supostamente praticada e seus nefastos
reflexos sociais".
"A decisão que decretou a prisão
preventiva carece de apresentação de justificativa específica em relação
à custódia preventiva, malgrado tenha discorrido detalhadamente sobre
fatos e autoria. Desse modo, viável a concessão de liberdade provisória
ao paciente", disse o magistrado.
Na decisão, Gebran
determinou a soltura do investigado e impôs medidas cautelares, dentre
elas, o pagamento de fiança, no montante 200 salários mínimos. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRF-4.
Processo: 5038806-06.2019.4.04.0000
Revista Consultor Jurídico, 12 de setembro de 2019, 19h24
As demais empresas do Grupo Ferrarin não fazem parte do acordo
Da Redação
redacao@amanha.com.br
A Bunge anunciou nesta
quinta-feira (12) um acordo para adquirir 30% da Agrofel Grãos e Insumos
(foto), revenda de insumos agrícolas do Rio Grande do Sul. A
multinacional norte-americana, que no Sul tem sede em Gaspar (SC), quer
fortalecer sua posição em originação de grãos no país. As empresas não
revelaram o valor da negociação. “Unir o amplo relacionamento e a
expertise da Agrofel com produtores locais à nossa gestão logística e
capacidade existente de originação no Brasil é ideal para aumentarmos
nossa capilaridade de originação em um dos estados mais relevantes em
cultivo de soja”, comenta Raúl Padilla, presidente de operações globais
da Bunge.
A Agrofel, com 42
anos de atuação, tem sua estratégia de originação voltada para 15 mil
agricultores e apoiada por 38 unidades, entre armazéns e lojas, com
capacidade estática combinada de quase 450 mil toneladas, além de 470
funcionários. A revenda origina mais de um milhão de toneladas anuais de
grãos, entre soja, milho e trigo. As demais empresas do Grupo Ferrarin
não fazem parte do acordo.
Para
a Agrofel, a união é resultado de uma parceria baseada na confiança
entre as duas partes. “Compartilhamos dos mesmos valores e princípios
voltados para ética e produção sustentável e acreditamos que essa
transação maximiza oportunidades para as duas empresas expandirem suas
atuações no Rio Grande do Sul”, afirma Wilson Ferrarin, presidente do
Conselho da Agrofel. “A Bunge tem experiência em gestão de risco e
capacidade logística completa e contar com essa expertise nos coloca em
outro patamar no mercado de grãos do país”, completa ele.
Campus Rebouças de Criação e Inovação tem 150 estações de trabalho
Da Redação
redacao@amanha.com.br
Curitiba inaugurou nesta
quinta-feira (12) o Campus Rebouças de Inovação e Aceleração (CRIA). O
prefeito Rafael Greca agradeceu aos empreendedores do CRIA por apostarem
na revitalização do antigo imóvel no bairro que já foi a primeira
região industrial da capital paranaense. "A tradicional fábrica das
Ceras Canário agora recebe empreendedores voltados a negócios de cidades
inteligentes, construções sustentáveis e energias renováveis”, afirmou
Greca, que chegou ao local a bordo de um carro elétrico cedido pela
montadora Renault para teste pela prefeitura.
Carlos
German, um dos idealizadores do CRIA, agradeceu a presença do prefeito à
inauguração do hub (concentrador) de inovação e afirmou que o espaço é
um empreendimento privado que se orgulha de integrar o Vale do Pinhão,
movimento de Curitiba para promover ações de Cidades Inteligentes.
“Criamos um ambiente para promover intensa colaboração entre empresas,
empreendedores, mercado e a sociedade”, observou ele, ao lado de Ricardo
Cansian, também idealizador do CRIA. O hub ocupa uma área de 16 mil
metros quadrados e está recebendo em um ambiente colaborativo empresas
como iCities, Jupter, Smart Sky, NRG HUB, Enjoy e Nano4You. O local
abriga 150 estações de trabalho, uma área de FabLab, espaço comum para
convivência e eventos, bem como um setor gastronômico aberto ao público e
estacionamento.
Para
a inauguração, 30 startups curitibanas parceiras do CRIA apresentaram
seus produtos e serviços na área de convivência do campus. Uma delas era
a Favo Tecnologia, que comercializa hortas automatizadas para pequenos
espaços, programadas via smartphone para se autoirrigar. “Além de
estarmos expondo, também implantamos uma horta no CRIA que será
cultivada pelos empreendedores”, contou Marcelo Pinhel, diretor
executivo da Favo. Também estavam expondo empresas como Prevision,
Beenoculus, Bley Energia, Smart Green, Weefor, Mobi7 e Fohat.
A proposta é colaborar no entendimento de expressões e conceitos que
fazem parte da dinâmica de negociação, pois o momento é único às
empresas, muitas vezes, por dois motivos: é a oportunidade que têm para
obter recursos para colocar em ação seu plano de negócios e, também, o primeiro em que partem em busca de recursos financeiros com terceiros.
Ativos é conjunto de bens pertencentes a uma
empresa, podendo ser tangíveis (estoque, terrenos, edifícios ou
equipamentos) ou intangíveis que englobam patentes, conhecimentos
técnicos e marcas, por exemplo.
Balanço patrimonial é uma demonstração financeira que detalha e quantifica os ativos, passivos e patrimônio de uma empresa.
Fundos de pensão são opções de investimento com o
propósito de proporcionar uma aposentadoria complementar. No Brasil,
existem 369 fundos que administram patrimônio de R$ 460 bilhões. São investidores permanentes
que almejam dividendos e segurança na rentabilidade e entre seus alvos
estão empresas muito bem estruturadas e sem problemas de reputação.
Middle Market é o termo que designa empresas consideradas de médio porte que contam com uma série de oportunidades de expansão e crescimento.
Incorporação é o termo usado para descrever a operação em que uma empresa absorve as operações de outra, que deixa de existir.
Participação societária corresponde à parcela do capital social de determinada empresa e que pode ser representada por ações, quinhões ou quotas, dependendo do tipo de sociedade.
Tese de investimento é a reunião de ideias
fundamentais que determinam os tipos de investimentos que um fundo de
investimento vai fazer para atingir seus objetivos financeiros.
A startup Liv Up, de comida saudável, recebeu um aporte de R$
90 milhões, liderado pelo fundo de investimento americano ThornTree
Capital Partners e participações dos fundos Kaszek, Spectra e Endeavor
Catalyst. O dinheiro será usado na expansão geográfica da empresa no
País e na ampliação do portfólio, que passará a oferecer refeições
voltadas ao público infantil, bem como saladas e bebidas.
O presidente e cofundador da empresa, Victor Santos, conta que desde a
fundação da Liv Up, em 2016, tem recebido retorno dos clientes,
sobretudo de mães em busca de alimentação saudável – e prática – para os
filhos. Com base nessa demanda, ele decidiu criar uma linha voltada
para o lanche escolar das crianças e comida para bebês. “Estamos
construindo uma marca com foco na opinião e necessidade de nossos
clientes”, diz o executivo.
Atualmente a empresa atende 30 cidades no Brasil, nas Regiões Sul e
Sudeste, além da Brasília. A partir do próximo trimestre, vai estrear na
Região Nordeste, onde começará a atender às cidades de Recife,
Fortaleza e Salvador. A startup também vai iniciar operação em
Florianópolis e Vitória.
Além da expansão geográfica e do portfólio, a Liv Up também vai
estrear este ano um serviço de restaurantes para operação de delivery.
Serão três unidades em São Paulo, com planos para expandir para outros
locais. “Estamos num ritmo de crescimento muito acelerado, triplicando o
tamanho da empresa a cada ano”, diz Santos. Segundo ele, a empresa que
começou com cinco pessoas e funcionava num espaço de 100 m², hoje tem
450 pessoas e dez centros de distribuição que fornecem 250 mil refeições
por mês. Até o fim do ano, serão 14 centros.
Com um apelo saudável, a Liv Up aposta especialmente no aumento dos
ingredientes orgânicos em seus pratos para cativar o público. Cerca de
70% dos legumes e vegetais que hoje compõem as refeições feitas pela
empresa têm esse “selo natural”. “Temos 20 famílias parceiras que
produzem mais de 30 toneladas de ingredientes orgânicos todos os meses”,
diz Santos. A expectativa dele é que a empresa fature R$ 100 milhões
neste ano.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Projeto de R$ 152 milhões vai gerar 160 empregos diretos
Da Redação
redacao@amanha.com.br
A cidade de Ipiranga, nos Campos Gerais, vai receber o maior
investimento da história. A Tirol Alimentos confirmou a instalação de
uma planta no município de aproximadamente 15 mil habitantes. O
investimento total da fábrica de laticínios será de R$ 152 milhões por
meio do programa Paraná Competitivo. O anúncio foi feito durante reunião
de executivos da empresa com o governador Carlos Massa Ratinho Junior
nesta quarta-feira (11), no Palácio Iguaçu. No encontro foram
apresentados detalhes da unidade que a empresa vai erguer, a primeira no
Paraná. A previsão é que a operação comece em fevereiro de 2021,
gerando inicialmente 160 empregos diretos.
Ratinho Junior destacou
que a nova planta contribuirá para movimentar toda a cadeia leiteira do
Estado, já que a empresa estima produzir 600 mil litros de leite por
dia na primeira fase. A capacidade total da estrutura industrial pode
chegar a até 2 milhões de litros de leite/dia. O governador lembrou
ainda que o Paraná é um dos maiores produtores de leite do Brasil, com
cerca de 13% do mercado nacional. A cadeia leiteira estadual engloba
aproximadamente 90 mil pecuaristas no Estado. No ano passado, a produção
de leite rendeu R$ 5,8 bilhões no Valor Bruto da Produção Agropecuária
do Estado, segundo dados preliminares do Departamento de Economia Rural
(Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, valor menor que
as produções de frango, soja e milho.
“Anúncios como esse consolidam o
Paraná como uma grande bacia leiteira do país”, comemorou Ratinho
Junior.
O
gerente de Projetos da Tirol, Maicon Spada (foto), explicou que a opção
por investir no Paraná se deu pelas facilidades logísticas ofertadas,
além de o Estado ser o segundo principal mercado da empresa no País,
perdendo apenas para Santa Catarina, sede da indústria. Atualmente a
Tirol possui parceria com a fábrica Frísia, instalada em Ponta Grossa,
onde parte da produção é processada e embalada. “O Paraná é um Estado
muito interessante, estratégico para investimentos, ampliando a
competitividade da empresa”, afirmou. “Em um primeiro momento, a
produção será focada no leite longa vida, com aplicação da mais alta
tecnologia. Não existe no país uma planta com tamanha tecnologia
aplicada”, completou.
A área para a construção da nova unidade já
recebeu a preparação inicial e está toda terraplanada. O terreno é
localizado às margens da BR-373 tem 222 mil metros quadrados. A área
construída será de 22,6 mil metros quadrados, com possibilidade de
expansão. “Vai mudar a cara de Ipiranga. As contratações já estão
acontecendo, gerando emprego e renda para a cidade, que sempre foi muito
dependente do fumo”, destacou Luiz Carlos Blum, prefeito de Ipiranga.
A ACE espera investir em 10 a 15 negócios até o fim deste ano.
O investimento por ser seguido por outros e ser feito
em parceria com investidores-anjo e outros fundos de investimento
semente. “O primeiro aporte é um ponto de partida no relacionamento com a
startup”, afirma Arthur Garutti, sócio da ACE. Os setores
mais olhados são os que o fundo de investimento semente já tem um bom
volume em sua base, como agricultura, fintech, logística e saúde. As
startups já devem ter um MVP, clientes pagantes e apresentarem algum
faturamento.
“Somos fortes na conexão com grandes empresas, tendo quase 50
clientes corporativos. Por isso as startups aproveitam mais quando já
têm produtos validados e podem aumentar sua aquisição de clientes e suas
contratações de funcionários”, diz Garutti.
Inscrição, seleção e investimento
A ACE avaliou em seus sete anos de aceleradora 20 mil projetos,
sendo 300 deles acelerados, 100 investidos e 14 adquiridos por outras
empresas (como a Love Mondays, vendida para a Glassdoor, e a Hiper, para
a Linx).
O agora fundo de investimento semente compilou essas
informações em uma plataforma de autoatendimento. A associação afirma
que terá uma capacidade quatro vezes maior de ir ao mercado, passando de
cinco para 20 mil startups avaliadas por ano.
Por meio do site, startups cadastram suas informações sobre
fundadores, negócio e mercado e elas são comparados com o histórico da
associação. Os empreendedores recebem um diagnóstico da empresa e uma
nota baseados em 44 variáveis sobre capacidade do time fundador
(histórico educacional e de empreendedorismo); tamanho da oportunidade
de mercado; e a própria startup (como produto e distribuição de
participação entre os sócios, ou cap table).
O score é acompanhado por três
possíveis respostas: sem aderência à tese de investimentos da ACE; com
aderência, mas precisando de ajustes para que a startup receba aportes; e
com aderência e pronta para captar investimentos.
Nos dois últimos casos, o comitê de investimentos da ACE se
reúne para analisar os negócios e oferecer acompanhamento do score pela
plataforma. Os empreendedores podem marcar conversas um a um com a rede
de 150 mentores, 30 grandes empresas em projeto de transformação digital
e 50 mil membros cadastrados na comunidade da associação.
O principal objetivo das mentorias é a criação de uma “máquina
de escala” para a startup, por meio de seis trilhas de conhecimento:
captação de investimentos, estratégia, gestão, pessoas, processos e
visão de mercado. O passo final desse processo deverá ser um
investimento semente.
O investimento da ACE só se converterá em participação quando a startup realizar o série A. O movimento, conhecido como notas conversíveis, é uma forma de evitar comer muita participação dos empreendedores ainda no início da empresa.
Por três votos a dois, o Tribunal de Justiça de São Paulo
decidiu, na manhã desta terça-feira, 10, não decretar a falência da
companhia aérea Avianca Brasil. O plano de recuperação judicial da
empresa continua, portanto, em vigor – apesar dos entraves na Agência da
Aviação Civil (Anac).
Foram necessárias três sessões na 2ª Câmara de Direito Empresarial para os magistrados chegarem a uma conclusão.
O desembargador Sérgio Shimura, que inicialmente tinha sido a favor da falência, mudou seu voto.
Shimura lembrou que nenhum dos credores da Avianca havia pedido a
falência da empresa e afirmou que manter o plano de recuperação seria
uma solução menos “traumática” para as partes.
O desembargador Ricardo Negrão havia proposto a falência em julho por considerar a empresa inviável economicamente.
O plano de recuperação da Avianca previa a divisão dos horários de
pouso e decolagem (slots) da empresa em Unidades Produtivas Isoladas
(UPIs), que foram leiloadas há quase dois meses.
A Anac, no entanto, por entender que os slots não podem ser vendidos,
os redistribuiu entre as empresas solicitantes. Azul, MAP e Passaredo
ficaram com eles.
A
Amazon Prime chega ao Brasil com preço agressivo e com gama de
serviços: frete grátis em todas as compras e assinaturas aos serviços de
streaming, música e livros da empresa
Chega ao Brasil o Amazon Prime, serviço de assinatura da
gigante do e-commerce que traz aos clientes um pacote fechado com frete
grátis para todas as compras feitas no site, acesso ao streaming
homônimo e aos serviços de músicas e livros da empresa de Jeff Bezos.
A assinatura chega ao Brasil no preço promocional de R$ 9,99 ao mês
ou R$ 89 no plano anual (que garante desconto de 25%), muito mais barato
que os preços praticados nos Estados Unidos, cujos valores mensais e
anuais são respectivamente US$ 12,99 e US$ 119 (R$ 53 e R$ 487 na
conversão).
O Prime é um dos principais dispositivos da Amazon
para fidelizar seus clientes e um grande sucesso nos Estados Unidos,
onde sua principal função é a entrega em até dois dias sem custos, e que
também serve como serviço de entregas da rede de mercado da empresa,
Whole Foods. Segundo levantamento feito pela Amazon, em 2018 clientes
Prime gastaram em média US$ 1.400 no ano, enquanto consumidores que não
fazem parte do serviço gastaram em média US$ 600.
No Brasil, além do frete grátis para qualquer compra independente do
valor, a assinatura irá oferecer acesso ao Prime Video, Prime Music,
Prime Reading e Twitch Prime, com 30 dias disponíveis para testes. O
objetivo é trazer para todo o Brasil a possibilidade de entrega de
produtos em até dois dias, mas no momento isso só é possível nas regiões
metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro. Clientes com assinatura
também terão acesso a promoções exclusivas para assinantes. Não se sabe
se o Prime Day – dia de promoção exclusiva para clientes fiéis do site –
acontecerá no Brasil.
A startup de aluguel de casas Quinto Andar se tornou nesta
terça-feira (10) o oitavo unicórnio brasileiro, seleto grupo de startups
que atingiram valor de mercado de US$ 1 bilhão. Aplicativo
especializado em gerenciar aluguel de residências recebeu um novo aporte
de US$ 250 milhões liderados pelos fundos Dragoneer, que já investiu em
Uber e Nubank, e Softbank, célebre fundo japonês que também investiu no
aplicativo de transporte além de Creditas, Rappi, Loggi e Gympass.
A norte-americana General Atlantic e a argentina Kaszek Ventures, que
já haviam investido na companhia, também participaram do aporte, que
foi o quarto da empresa. O negócio acontece apenas 10 meses após a startup ter recebido outra rodada de investimento, de 250 milhões de reais.
O app hoje está em plena expansão, com notícias recentes de que o
Quinto Andar começaria a reformar apartamentos, e uma média de 4.500
contratos de aluguel fechados por mês, número cinco vezes maior do que
em 2018. A empresa hoje está presente em 25 cidades brasileiras das
regiões sudeste, sul, e centro-oeste, com o estado de São Paulo
representando 30% de seus acordos
Com o aporte, a empresa agora mira expansão para dentro e fora do País, além de aumentar sua equipe de tecnologia para aumentar a gama de serviços oferecidos pela startup.
Não se admire se, durante à peça "Bin ich
Angekommen?" (Eu cheguei?, em português), achar que partes do texto
foram inspiradas em sua vida. Assistir ao monólogo escrito a partir da
experiência da baiana Katia Hofacker, que reside na Suíça desde 2004,
tem mesmo esse objetivo.
É um convite ao olhar através do espelho, ao questionamento da
realidade migratória de cada um e à superação dessa vivência, tão rica e
desafiadora ao mesmo tempo.
Escrita
e dirigida pela alemã Jasmin Hoch, a peça é encenada pela própria fonte
de inspiração, Kátia Hofacker. O texto em alemão, que já fez a atriz
chorar nos ensaios, traz à tona as dificuldades enfrentadas por essa
baiana, mas também por milhares de migrantes que deixam seus países e se
veem perdidos, lidando com questões identitárias, com poucas chances no
mercado de trabalho e com todos as diferenças culturais que vêm junto
com a mudança. "O meu sotaque ao interpretar é o meu diferencial nesse
país. Quero que quem assista saia com essa mensagem. Somos diferentes,
mas essa é a nossa vantagem", diz.
A montagem é inusitadamente encenada em um salão de cabeleireiro, apresentada enquanto a atriz tem cabelo e unhas feitos. Bin ich angekommen? é uma produção do Teatro MaximLink externo.
A peça integra o Festival Intercutural de Teatro de Zurique, o About UsLink externo, que acontece entre os dias 6 e 21 de setembro na cidade.
Informação:
Apresentações dias 9 e 11 de setembro – 20 horas.
Local: Fórum Brasil, Langstrasse, 21 – primeiro andar
Gratuito – necessário fazer reserva Link externo Aqui termina o infobox
swissinfo.ch: A peça é um monólogo sobre sua vivência aqui na Suíça. No que exatamente foca o texto?
Katia
Hofacker: Claro que é a visão da autora sobre a minha vida. É um texto
biográfico, fruto de uma série de entrevistas, que conta minha história
desde quando eu cheguei à Suíça, em 2004. A Jasmin conseguiu captar a
essência dos meus desafios. Como é uma diretora experiente, colocou com
primazia na linguagem teatral.
Falo sobre diversos pontos da
minha vida de estrangeira, que com certeza deve ter muitas semelhanças
com a de muitos outros que migraram. Entramos no campo do "eu me sinto
em casa?" O que significa para mim me sentir em casa?
Temos
sketches sobre a dificuldade com a língua alemã, que é a minha maior
barreira. Aliado a esse obstáculo, vem a ameaça à minha carreira de
atriz, mas que vem sendo construída a duras penas.
Abordo
momentos em que eu questiono a minha decisão de viver fora do Brasil, em
que sofro muito com os inúmeros nãos que recebi, a maternidade no
exterior, a necessidade de relação com os suíços, quase que como uma
bola mestra para entender a cultura desse país. Esse fio me conduz à
dificuldade de se fazer amizade com eles. E por aí vai. Mas a peça não é
um mar de lamentações, é um convite à reflexão. Tem partes cômicas,
incentivo o público a participar.
swissinfo.ch: E como se desenvolve a peça? Explique um pouco sobre a encenação em um salão de cabeleireiro.
K.H.:
Como o espetáculo acontece dentro de um salão de beleza, enquanto eu
falo o texto, profissionais farão meus cabelos e unhas. Eu vou contar
minha história como se fosse uma conversa de salão mesmo, como se eu
estivesse dialogando com o cabeleireiro.
Acho a proposta
interessante porque o ambiente é muito brasileiro, faz parte do nosso
cotidiano. E ali, durante a explanação, eu rio, eu choro, eu teorizo,
sempre em alemão. Mas o resto eu não vou contar por que é surpresa.
swissinfo.ch: E quem é a Katia, como ela se enxerga nesse contexto?
K.H.:
A Katia (risos) é uma atriz baiana negra, mãe de duas crianças, que
veio parar em Zurique por amor. Essa mudança deu uma reviravolta em sua
vida. Até aqui, muito parecido com a maioria das brasileiras que moram
na Suíça e que vieram porque encontraram um marido, um parceiro local.
Só que a partir daí é que o bicho pega.
Eu sou uma pessoa que ama o
teatro, sempre estive envolvida de alguma maneira com a atuação. A
minha primeira formação é de psicóloga, mas posteriormente fiz várias
formações em Teatro, ainda em Salvador. Morei durante um ano em Paris
para estudar na Escola de Teatro de Jacques Le Coc.
A barreira da
língua alemã, entretanto, veio para cortar minhas asas. Pelo menos era
como que eu via. Até eu entender que não necessariamente deveria ser
assim. Em 2010, eu conheci o teatro Maxim de Zurique, que promove a
diversidade. Aí tudo mudou.
Jovens talentosos brasileiros, que estudam música numa escola da
Suíça, fizeram um concerto em Genebra com a participação de músicos do
projeto ...
Por Valéria Maniero, Genebra
Então, eu acho que a Katia é uma brasileira que nadava contra a maré e hoje usa a correnteza para se reinventar.
swissinfo.ch: E como você se reinventa? Como usar essa correnteza a favor?
K.H.:
Em um determinado momento da minha caminhada, depois de sofrer muito
por não falar um alemão perfeito, de levar tantos nãos, eu descobri que a
minha maior ferramenta era ser exatamente quem eu sou. Eu sou
estrangeira e não posso mudar.
Não adianta querer falar igual ou
competir com os suíços. Então, falar com sotaque é o que me torna
diferente. Isso dá poder. A coragem vem de você usar a sua
matéria-prima, que é você mesma.
Até o fato de eu converter
minhas dificuldades, meus dilemas e anseios em monólogo é um exemplo de
como eu me transformo no meu próprio insumo.
Acho que a minha
vivência de teatro me ajudou muito a transformar dificuldade em arte, em
uma ferramenta para dar voz a uma comunidade enorme que passa pelos
mesmos desafios, mas que nem sempre encontra acolhida para expor o que
sente.
swissinfo.ch: E qual a mensagem que você e a diretora gostariam de passar ao público?
K.H.:
A da possibilidade de transformação. Entre as missões que tenho,
enquanto estou no palco, não cabe só a de entreter. Quero mostrar a
capacidade de rir das nossas gafes, de conviver com as diferenças e
transformar os nãos em novos caminhos nunca pensados. É uma
responsabilidade social, não é?
Escritório de advocacia quer disseminar o conceito de Nudge no Brasil
Porto Filho (à dir.) e Araujo, sócios do
Porto Advogados, escritório que colaborou na regulamentação da Lei Geral
das Telecomunicações, defendem a independência da ANPD como forma de
garantir a transparência das ações envolvendo a coleta e o tratamento de
dados
Rosenildo Ferreira
Você, caro leitor, provavelmente nunca deve ter parado para
refletir porque adota determinada postura ou toma uma atitude
específica. Não, não estou falando do “efeito manada” que pode ser visto
em situações curiosas, como a formação de um grupo olhando para o céu,
simplesmente porque uma ou duas pessoas passaram a apontar para cima.
Mas sim de uma doutrina científica desenvolvida pelo ganhador do Prêmio
Nobel de Economia, em 2016, Richard Thaler, e seu colega Cass Sustein.
Batizada de Nudge, que numa tradução literal significa cutucão ou
empurrão, a tese se apoia em estratégias de mudança de comportamento dos
indivíduos ou grupos a partir de estímulos que favoreçam a melhor
tomada de decisão.
Dois exemplos mais destacados ocorreram em Portugal e nos Estados
Unidos. No primeiro, o governo português mudou a legislação para doações
de órgãos, transformando toda a população em doadora. Aqueles que não
quisessem aderir teriam de preencher um formulário manifestando essa
opção. Resultado, o país se tornou um dos líderes da Europa neste
ranking. No outro, a base foi a campanha “Don’t mess with Dallas!” (Não
bagunce Dallas!, em tradução literal), destinada a enquadrar os
porcalhões que não se importavam com as multas para quem despejasse lixo
ao longo das rodovias e autoestradas que cortam a famosa cidade do
Texas. No primeiro ano, a redução do lixo foi de 29%, atingindo 72% ao
longo de seis anos.
A adoção de medidas e estratégias baseadas na Economia do
Comportamento, ou Nudge, deve intensificar-se daqui para a frente,
especialmente por conta da disseminação das redes sociais. Contudo, para
que esta realidade não se transforme em abuso, é preciso que seja
garantida uma governança firme na Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), criada a partir da sanção da Lei 13.853, em 9 de julho.
“O grande temor é que as decisões de cunho político se sobreponham às
de natureza técnica, considerando que a ANPD foi criada como órgão do
governo, diretamente ligada à Presidência da República”, diz o advogado
Pedro Paulo de Rezende Porto Filho, sócio do Porto Advogados.
Fundado em 1936 por seu avô, Benedicto Pereira Porto, o escritório
ajudou a regulamentar a Lei Geral de Telecomunicações do Brasil e
redigiu a Lei de Licitações de Moçambique, a pedido do Banco Mundial.
Num cenário em que pairam enormes dúvidas sobre a ação de empresas
baseadas em plataformas de internet, Porto Filho defende a alteração do
tratamento legal dado à ANPD . “No Brasil, já temos o modelo das
agências regulatórias – ANATEL, ANAC, dentre outras – , de maneira que
melhor seria enquadrar a ANPD nesse modelo”, diz.
Para Juliano Barbosa de Araujo, sócio do Porto Advogados, a
utilização da teoria do Nudge pode ampliar a eficiência da
regulamentação de políticas públicas. “Mais do que simplesmente punir,
as políticas públicas podem ser desenhadas a partir de dispositivos
pedagógicos ou indutores. E é nisso que devemos investir. Deve-se
aperfeiçoar modelos de verificação do desempenho das políticas
públicas”, destaca.
A tese, de acordo com os dois especialistas vale tanto para o Brasil,
quanto para o resto do mundo. “As gigantes da área de tecnologia
ganharam um poder incomensurável e, apesar disso, continuam operando
livremente, sem praticamente nenhum controle”, diz. O estabelecimento de
regras claras, monitoradas por uma agência independente e autônoma,
poderia garantir que houvesse um maior equilíbrio na relação entre estas
corporações e a sociedade em geral.
Instituição financeira brasileira estaria considerando alternativas para reforçar seu negócio de banco de investimento
Por Reuters
Banco do Brasil: instituição financeira estaria buscando reforça negócio em bancos de investimentos (Pilar Olivares/Reuters)
São Paulo — O Banco do Brasil SA e o suíço UBS Group AG estão em negociações avançadas para formar uma joint venture em banco de investimento, que poderia ser anunciada em breve, disseram duas fontes com conhecimento do assunto.
O Banco do Brasil, segundo maior banco da maior economia da
América Latina, vem considerando alternativas para reforçar seu negócio
de banco de investimento há algum tempo. No ano passado, iniciou um
processo formal para encontrar um parceiro e conversou com vários bancos
estrangeiros.
Mas o processo foi interrompido pelas eleições
presidenciais.
Rubem Novaes, presidente do BB indicado pelo ministro da Economia,
Paulo Guedes, reiniciou o processo formal de procura de um parceiro em
março.
Um acordo entre o Banco do Brasil e o UBS poderia ser assinado já no
mês que vem, segundo uma das fontes. A estrutura do negócio hoje em
discussão combinaria o banco de investimento do Banco do Brasil, BB BI, e
a estrutura do UBS no Brasil.
O UBS e o Banco do Brasil preferiram não comentar o assunto.
Segundo o modelo em discussão, o UBS seria majoritário na joint
venture para evitar problemas operacionais comuns em empresas estatais.
Mas a governança seria dividida de maneira equilibrada, com indicação de
número semelhante de diretores pelas duas instituições na joint
venture, de acordo com as fontes.
Não se espera que haja pagamento no negócio, que está sendo desenhado
para que o Banco do Brasil tenha acesso à plataforma de banco de
investimento do UBS, que aumentaria a oferta de produtos para os
clientes pessoa jurídica do banco.
Para o UBS, a vantagem seria contar com a possibilidade de
empréstimos do BB em determinadas transações de banco de investimento,
como financiamentos a aquisições. Neste caso, os créditos ficariam no
balanço do Banco do Brasil e não no da joint venture, segundo uma das
fontes.
A joint venture no Brasil é um projeto aprovado pela executiva Ros
Stephenson, que acabou de assumir o cargo de co-chefe de banco de
investimento global com Javier Oficialdegui, numa reestruturação global
do UBS anunciada esta semana, segundo uma das fontes.
O banco suíço tem ficado atrás de seus concorrentes americanos nos
rankings de assessoria a fusões e aquisições e ofertas de ações no
Brasil.
Segundo dados da Refinitiv, o UBS está em vigésimo primeiro lugar na
assessoria a fusões e aquisições e em nono lugar na emissão de ações,
neste ano até o início de setembro. O Banco do Brasil, não muito ativo
em assessoria a fusões, está em décimo lugar no ranking de emissão de
ações.
A reestruturação global do UBS tenta cortar custos e melhorar os
resultados depois que as suas ações listadas na Suíça caíram 30% nos
últimos 12 meses.
Não é a primeira vez que o UBS tenta aumentar sua presença no mercado
brasileiro. Em 2006, o grupo suíço comprou o controle do banco de
investimentos brasileiro Pactual de seus sócios por 2,5 bilhões de
dólares.
Três anos depois, o banqueiro André Esteves comprou de volta o
controle do banco com seus sócios por um preço similar, e mudou seu nome
para BTG Pactual, hoje o maior banco de investimento independente da
América Latina. https://exame.abril.com.br/negocios/banco-do-brasil-negocia-joint-venture-com-banco-suico-dizem-fontes/
Virgin Atlantic vai começar a voar para o Brasil a partir de
2020. O primeiro voo entre o Aeroporto Heathrow, em Londres, e São
Paulo, está previsto para o dia 29 de março. As passagens, porém,
começarão a ser vendidos na terça-feira, dia 10.
A empresa anunciou que fez um acordo de codeshare (quando duas ou
mais companhias aéreas compartilham voos e serviços) com a Gol. Assim,
as conexões da empresa britânica para 37 aeroportos do País serão feitas
pela companhia da família Constantino. A Virgin e a Gol também
pretendem expandir a parceria incluindo voos para Argentina, Chile e
Uruguai.
Os voos da Virgin Atlantic utilizarão o Boeing 787-9.
“Temos grande prazer em anunciar nosso acordo codeshare com a Gol. O
Brasil é um país rico e diversificado, e essa parceria nos permitirá
oferecer aos clientes do nosso mais novo serviço de Londres-Heathrow a
São Paulo conexões para 37 destinos em todo o País. Em breve, nossos
clientes poderão aproveitar o exclusivo serviço da Virgin Atlantic para o
maior país da América do Sul, ” comenta Juha Jarvinen, Chief Commercial
Officer da Virgin Atlantic.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
A Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa
Econômica (Cade) aprovou sem restrições a operação de aquisição de
participação societária envolvendo o Banco BTG Pactual S.A. e Ourinvest
Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. O despacho pela
aprovação está publicado na edição desta quinta-feira, 5, do Diário
Oficial da União.
Segundo informações disponibilizadas pelo Cade, a operação refere-se à
aquisição, pelo BTG Pactual, de 80% das ações ordinárias e
preferenciais da Ourinvest DTVM, atualmente detidas apenas por pessoas
físicas. A proposta também será notificada ao Banco Central.
De acordo com o parecer da superintendência do Cade, as partes
envolvidas na operação acreditam que a transação permitirá ao BTG
Pactual a expansão da sua plataforma digital e, à Ourinvest DTVM
melhorar e incrementar sua oferta de serviços a partir do acesso de seus
clientes à plataforma digital desenvolvida pelo BTG Pactual, com
extenso portfólio de produtos.
A compra da construtora AHS Residential, nos Estados Unidos,
pode ser o primeiro passo para uma atuação global da MRV Engenharia.
“Pretendemos ser uma plataforma mundial de construção”, afirmou o
controlador do grupo, Rubens Menin, em entrevista ao Estadão/Broadcast.
A MRV vai investir US$ 236 milhões (cerca de R$ 1 bilhão) para ficar
com 51% na AHS, empresa fundada e controlada por Menin. A medida causou
desconfiança de acionistas, que viram possível conflito de interesses. A
ação fechou em queda de mais de 6% no pregão de quarta-feira, mas se
recuperou nesta quinta-feira, 5, com alta de 0,79%.
Na quinta, Menin convocou reunião com analistas e investidores para
explicar que a operação foi endossada por um comitê independente com
quatro membros e pelo conselho de administração. Falta agora a aprovação
dos acionistas na assembleia marcada para 4 de outubro. Questionado se
vai votar na assembleia, não quis comentar. Menin detém 32,6% da MRV. É,
portanto, decisivo em qualquer deliberação.
O executivo também ressaltou que todos os recursos investidos na AHS
vão para projetos. “Não estou botando nenhum dinheiro no bolso. Tudo
está entrando na empresa”, disse.
Os atuais acionistas da AHS – Rubens Menin (95%) e o fundo Silverpeak
(5%) – não venderão ações, sendo diluídas para 46,3% e 2,7%,
respectivamente.
Os resultados da AHS aparecerão no balanço da MRV já no quarto
trimestre. O investimento virá de recursos próprios da MRV, que tinha R$
2,5 bilhões em caixa no fim de junho.
Aposta.
Com a AHS, fundada em 2012, Menin acredita que pode
ser competitivo em um segmento onde diz haver pouca concorrência: a
construção de moradias para pessoas de classe média baixa nos EUA. Esse
segmento, disse ele, é hoje atendido apenas por empresas regionais, sem
escala.
Ao contrário da MRV, a AHS aluga os apartamentos, em vez de
vendê-los. A companhia atua em todo o ciclo: compra de terrenos,
desenvolvimento de projetos, construção, locação, administração dos
prédios e venda a fundos de investimento.
O plano para a AHS é ampliar o portfólio de apartamentos sob gestão
de 700 unidades, em 2019, para 5 mil, em 2023, quando se concretiza o
novo ciclo de investimentos. Além de Miami, a previsão é ir para
Atlanta, Dallas, Houston e Denver.
A ocupação dos imóveis, segundo a AHS, é hoje de 97% dos imóveis e a
inadimplência está abaixo de 1%. A receita da companhia com locações é
de US$ 20 milhões. A previsão é de fechar o ano com lucro líquido de US$
6 milhões – resultado auxiliado pela venda de um prédio a um fundo de
investimento.
Apesar do otimismo do empresário, analistas ainda entendem que a
empreitada embute riscos. “Se o mercado lá é tão lucrativo, por que
ninguém fez isso até agora?”, questionou um profissional. Outro analista
teme que a MRV possa perder o foco das operações nacionais. “O mercado
aqui está cheio. Se de alguma forma perderem o foco vão ser
ultrapassados.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Há um universo de 80 milhões de painéis a serem instalados no país, prevê Alcione Belache, CEO da empresa de Chapecó
Por Marcos Graciani
graciani@amanha.com.br
Ao contemplar a paisagem de
sua sala na sede da Renovigi, em Chapecó (SC), o CEO Alcione Belache
(foto) não sorri apenas para o sol que contempla. O executivo está
confiante que a receptividade dos consumidores e industriais brasileiros
pela energia solar só tenderá a crescer nos próximos anos. Com mais de
500 mil painéis fotovoltaicos distribuídos em todo o país, a empresa
detém cerca de 15% do market share. Com o incremento esperado, Belache
prevê que a companhia alcançará 25% do mercado até dezembro deste ano.
“A
receptividade com relação à instalação dos painéis fotovoltaicos é
grande e está aumentando. Não somente no Sul, mas em todo o país. O
mercado brasileiro ultrapassou mais de 100 mil unidades instaladas,
então é um mar azul de oportunidades em um universo de mais de 80
milhões que podem ser comercializadas”, revela. Segundo a Greener,
empresa de pesquisa e consultoria especializada em energia solar
fotovoltaica, o segmento movimentou R$ 7,4 bilhões no ano passado. E de
acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), cerca
de 886.723 sistemas fotovoltaicos serão instalados em todo o território
até 2024.
“Atualmente,
a maior demanda da Renovigi vem do Sudeste, seguido do Sul,
especificamente o Rio Grande do Sul. Minas Gerais lidera o ranking de
instalações por ter sido o primeiro estado a incentivar através da
redução do ICMS. A segunda maior praça é a gaúcha”, conta Belache. O
crescimento da empresa do oeste catarinense é astronômico. Em 2015, a
Renovigi faturava apenas R$ 5 milhões. Três anos depois, multiplicou as
vendas por 30 (R$ 150 milhões) e, neste ano, alcançará R$ 500 milhões. A
meta é dobrar a receita em 2020 chegando ao primeiro bilhão.
Por
ser uma fabricante, a Renovigi não instala sistemas. Quem faz isso são
os credenciados, que totalizam mais de 5 mil parceiros comerciais de
Norte a Sul. Para uma residência que tem um custo mensal de R$ 500 com
energia elétrica, o investimento previsto para um sistema fotovoltaico
varia entre R$ 20 mil e R$ 30 mil. Naturalmente que a tarifa pode variar
de acordo com a bandeira da concessionária de energia local. Já para
uma indústria, o aporte pode ser bem elástico, pois tudo dependerá do
ramo de atividade e do porte da companhia. “Nesse caso, os sistemas
podem custar de R$ 30 mil até mais de R$ 1 milhão. O que vai definir é a
necessidade e o custo mensal”, explica o CEO.
Na
semana passada, durante sua convenção de vendas anual, a Renovigi
apresentou o RenoBusiness, a primeira plataforma do mercado para gestão
de negócios on-line. O novo sistema é totalmente integrado às diferentes
frentes de captação de futuros clientes da Renovigi e faz a
distribuição automática de oportunidades de negócios. “No ano passado, o
departamento de marketing fez uma pesquisa e constatou que pelo menos
25% dos nossos clientes chegavam pelos canais on-line. Por isso,
resolvemos potencializar essa relação e investir em uma plataforma
robusta para atendê-los de forma eficiente”, detalha Belache. Afinal, o
sol nasce para todos, mas para a Renovigi ele ainda aumenta o
faturamento.
Controladora das redes Bob’s e Yoggi, a Brazil Fast Food
Corporation (BFFC) fechou a compra de 100% da Internacional Restaurantes
do Brasil (IRB), maior detentora de franquias da Pizza Hut no País. O
grupo já tinha 60% da empresa e agora adquiriu os 40% que pertenciam aos
demais sócios. O valor da operação não foi revelado. O negócio faz
parte da estratégia de fortalecer o braço de ativos próprios da BFFC,
que inclui ainda lojas da KFC.
A meta é em cinco anos dobrar o total de pontos de venda próprios,
para 350, segundo Ricardo Bomeny, presidente da holding. O investimento
previsto é de R$ 200 milhões. O montante a ser investido é parte do
plano de investimento de R$ 1 bilhão até 2023, do grupo com seus
franqueados. Noticiado em setembro do ano passado pelo Estado, a estratégia deve elevar o total de pontos de venda da BFFC de 1.145 para cerca de 1.600.
A unidade de ativos próprios da BFFC engloba 153 restaurantes
administrados diretamente pelo grupo, com capital próprio. Além de lojas
do Bob’s, a lista inclui franquias próprias de KFC e Pizza Hut – marcas
da americana Yum! Brands, que tem como master franqueado no Brasil o
Grupo Sforza. A divisão de ativos próprios responde hoje por 30% da
receita da BFFC, de R$ 1,5 bilhão em 2018. “Acreditamos que existe muito
espaço para potencializar e ter um crescimento mais rápido nesse
negócio”, diz Bomeny.
A unidade de ativos franqueados, por sua vez, cuida da gestão de
marcas e dá suporte aos franqueados das marcas Bob’s e Yoggi. Eles são
os responsáveis pelos investimentos nas próprias lojas. Ao todo são 992
franquias sob essa divisão. A estratégia de criar duas holdings
distintas nasceu quando a BFFC fechou capital nos Estados Unidos, em
2015.
Rio-São Paulo.
A expansão da unidade de ativos próprios será
concentrada no eixo Rio-São Paulo. As 42 lojas Pizza Hut que pertenciam à
IRB estão na região metropolitana paulista. Com a compra da empresa, a
holding de negócios próprios da BFFC ficará agora sob o comando de Jorge
Aguirre. Veterano do setor de alimentação, o empresário era sócio da
IRB e cuidou por duas décadas da marca Pizza Hut na Grande São Paulo.
Em 2019, o plano da BFFC é abrir mais 20 lojas próprias. Em São
Paulo, só na marca Bob’s, a empresa passou de nove pontos de venda
próprios, em junho de 2018, para 39 em menos de um ano. Até dezembro
serão mais 11 lojas próprias no Estado, além de três no Rio. “A BFFC tem
planos de inaugurar ainda este ano mais três pontos de venda da Pizza
Hut, dois em São Paulo e um em Botafogo, no Rio de Janeiro, e quatro do
KFC no Rio”, complementa Bomeny.
Exterior.
Ele descarta retomar planos de expansão
internacional no momento. O grupo já chegou a ter restaurantes em
Portugal, Angola e Chile. Apesar de o cenário de retomada gradual da
economia, com desemprego alto, renda estagnada e confiança do consumidor
ainda em baixa, a aposta da dona do Bob’s é o mercado doméstico.
“A gente acredita no interior do Brasil, onde ainda temos muito
potencial para crescer, principalmente com franquias do Bob’s”, diz.
“Vejo hoje no País o início de um novo ciclo de prosperidade. Estamos
aproveitando a nossa experiência para fazer esse desenvolvimento no
momento em que os ativos estão mais baratos.”
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.