quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Pequenas empresas não sabem o que fazer com seu conhecimento

FELIPE GUTIERREZ
DE SÃO PAULO
| Christin Pfeiffer é secretária-geral de uma rede internacional de apoio a pequenas empresas 

Christin Pfeiffer é secretária-geral de uma rede internacional de apoio a pequenas empresas



Para crescer, uma pequena empresa precisa investir em tecnologia e pensar em maneiras para que essas novidades sejam rentáveis.
Quem afirma é a alemã Christin Pfeiffer, secretária-geral da INSME, uma rede internacional de apoio ao empreendedorismo que atua com estudos de melhores práticas e lobby. O Sebrae é um dos sócios.

Na última semana, Pfeiffer esteve em Foz do Iguaçu durante o Fórum Mundial de Desenvolvimento Econômico Local, um evento no qual foram discutidas estratégias para crescimento sustentável e pequenos negócios.
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Folha - Como aumentar a porcentagem das pequenas empresas no PIB?

Christin Pfeiffer - Na Europa, algo na casa dos 65% do PIB vem das pequenas empresas. Lá, para aumentarmos ainda mais essa porcentagem, temos trabalhado com gerenciamento de inovação e administração dos direitos de propriedade intelectual. Elas têm conhecimentos, mas não sabem como monetizar isso. Os governos estão ajudando as pequenas empresas e os centros de pesquisa a trabalharem juntos. Na Europa, tradicionalmente, eles não são próximos. 

Mas e as empresas, o que elas podem fazer?

Incentivamos que elas olhem negócios do mesmo porte, mas de outros países, para saber o que eles estão fazendo. 

Nos EUA, as pequenas empresas foram vistas como uma possível solução para o mercado de trabalho, mas ele continua fraco. O que aconteceu?

Posso responder pela Europa. Lá, elas criaram novos empregos assim que saíram da crise. Elas conseguem se reinventar com mais rapidez, desde que bem orientadas a não tomar decisões erradas, como cortar pesquisa.




A história da Taylor's, em sete taças



A história da Taylor's, em sete taças

Tradicional casa do vinho do Porto, fundada em 1692, faz prova vertical de seus vintages para lançar um Porto Colheita de 50 anos

por Suzana Barelli

A Taylor's, tradicional casa de vinho do Porto, escolheu o mercado brasileiro para fazer o lançamento de seu “novo” vinho: é um Porto Colheita 1964, que chegará ao mercado no começo de 2014. O vinho, que desde o ano de sua safra está envelhecendo nos cascos de madeira de Vila Nova de Gaia, em Portugal, tem uma cor âmbar característica e os típicos aromas de oxidação, com boa complexidade. O lançamento visa aqueles que querem brindar os 50 anos, seja de nascimento, de casamento ou de algum evento especial do ano de 1964. "É uma demanda dos nossos clientes, principalmente do mercado norte-americano", afirma o inglês Adrian Bridge, CEO da The Fladgate Partnership, grupo que reúne as casas do Porto Taylor’s, Fonseca e Croft. 
 
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Armazém da Taylor's em Vila Nova de Gaia, onde os Portos envelhecem
 
Para marcar a novidade, que será importada pela Qualimpor, por preço ainda não definido, Bridge promoveu uma degustação com sete Porto Vintage da casa, de 1963 ao 2011. Na seleção das garrafas trazidas especialmente para o Brasil, foram eleitos aqueles vintages considerados o melhor de cada década – vale lembra que vintage é o estilo de Porto elaborado com uvas de apenas uma safra, que ficam em barricas por dois anos e meio e depois envelhecem na garrafa. Só são declarados Vintage safras de boa qualidade. A degustação começou com o Vintage 1963, e nem poderia ser diferente. Este é considerado um dos melhores anos Vintage da história do vinho do Porto. 
 
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A Quinta da Vargellas, uma das três quintas que dão origem ao vinho do Porto
 
Na época, o vinho nascia na Quinta de Vargellas, que ficava a 8 horas da cidade do Porto, e eletricidade não havia por lá. De cor âmbar, com muitos sedimentos, tinha agradáveis notas de evolução, com destaque com para o que os especialistas chamam de caixa de charuto e couro. E boa acidez. O vinho já viveu o seu auge, mas não esta decadente, muito pelo contrario. O Vintage 1977 marca a chegada da eletricidade à vinícola e também das uvas da Quinta da Terra Feita, propriedade comprada pela Taylor’s em 1974. De cor rubi para âmbar e nítidas notas florais e de compota de cereja e boa concentração. Na década seguinte foi eleito o 1885, já elaborado com a preocupação de se controlar melhor a temperatura da fermentação, preservando melhor as notas frutadas. 
 
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O Porto Colheira 1964, para quem comemora 50 anos em 2014
 
Seus aromas de fruta lembram cereja e frutas silvestres. No paladar, taninos bem sedosos, gosto de figo e algo de evolução. O de 1994 se mostrou bem jovem, encorpado, com taninos mais evidentes, boa intensidade de fruta (amoras), boa acidez. O Vintage 2000, o primeiro representante do novo século, tem cor rubi escura, com taninos mais presentes, muita fruta escura (amoras, groselhas), mais exuberante, com notas de chocolate no final, bem elegante. É também a safra que marca a chegada das uvas da Quinta do Junco, à Taylor’s, caracterizada pelas suas vinhas velhas. No painel, traz a impressão de uma mudança no estilo da casa – que Bridge nega. “Desde 1992 começamos a escolher a nossa aguardente e isso reflete no vinho”, afirma. 
 
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Os vintages da prova vertical
 
A aguardente que é adicionada para interromper a fermentação nos vinhos do Porto é adquirida em Bordeaux. “Hoje, sabemos escolher aquelas aguardentes capazes de acompanhar a evolução de vinho e durar por décadas”, conta. Em seguida, o 2007 se mostrou bem jovem, com cor violácea intensa, densa, com notas de frutas secas, algo de ervas finas, e taninos potentes. O final do painel traz o 2011, o mais recente vintage da história, e considerado ano vintage pela qualidade da safra. É o vintage perfeito para fechar com chave de ouro a degustação, vendido por R$ 700, na Qualimpor. É um Porto de cor rubi bem escura, denso, com uma densidade de frutas imensa, com frescor, força e complexidade. É uma história contada nas taças.

Cinco dicas para uma rede social profissional bem-sucedida


O potencial de exposição é inquestionável, mas é preciso tomar alguns cuidados na hora de atualizar seu perfil

Por Geovana Pagel

As redes sociais, principalmente as profissionais como LinkedIn e Plaxo são cada vez mais utilizadas pelos departamentos de RH das empresas. O potencial dessas redes é inquestionável, mas é preciso tomar alguns cuidados na hora de atualizar seu perfil. De acordo com a gerente da divisão de RH da Michael Page, Renata Wright, é importante escolher bem as informações e imagens postadas. “Os comentários e assuntos são seu cartão de visita, por isso é fundamental focar em assuntos da sua área de atuação e evitar temas polêmicos”, diz.

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É importante manter-se ativo na rede

Segundo Renata, os cargos de média gerência para cima são os principais alvos dos recrutadores nas redes sociais profissionais. Portanto, um perfil correto pode aumentar a visibilidade de seu trabalho, melhorar sua presença na web e fortalecer sua marca global profissional. Além disso, explica a especialista, ter um perfil numa rede profissional não significa necessariamente que você está procurando emprego, mas atualizado e trocando experiências com outros profissionais da sua área.

Outro ponto importante, de acordo com Renata, é engajar as pessoas que endossam suas competências e manter-se ativo na rede para não cair no esquecimento.

Confira cinco dicas para criar e manter uma rede social profissional bem-sucedida:
 
- Evite assuntos polêmicos  e compartilhe conteúdos interessantes e relevantes sobre sua área de atuação
- Pratique a escrita "empática", ou seja, coloque-se no lugar do leitor ao opinar ou comentar
- Cuidado com erros de português e com o uso inadequado de expressões estrangeiras
- Escolha uma foto que transmita uma imagem profissional e que mostre como você se veste no trabalho
- Atualize sempre suas informações curriculares atentando para a veracidade dos fatos

Consultorias e bancos esperam PIB menor no 3º trimestre

Por Beatriz Bulla e Ricardo Leopoldo

O resultado do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de setembro, divulgado nesta quinta-feira, 14, pelo Banco Central, reduziu o otimismo de consultorias e economistas para o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre do ano, que será conhecido no início de dezembro. O recuo de 0,01% do índice no mês acima, em relação a agosto, reforçou, na opinião do banco ABC Brasil, a expectativa de que o resultado do PIB no penúltimo trimestre de 2013 seja negativo.
 
Diante do resultado mais fraco do que o esperado no indicador, o Banco ABC Brasil decidiu revisar a projeção para o PIB do período para uma variação negativa de 0,10%. Antes, a instituição previa estabilidade na passagem do segundo para o terceiro trimestre. "Veio pior do que estávamos esperando (o IBC-Br), o que reforça a ideia de um PIB do terceiro trimestre fraco", comentou o economista-chefe do Banco ABC Brasil, Luis Otavio de Souza Leal. O ABC Brasil esperava que o IBC-Br viesse próximo a 0,30% em setembro ante agosto.

Para o quarto trimestre, a expectativa, no entanto, é de recuperação, com previsão de número próximo a 0,5%. "Esse recuo foi muito na margem, podemos ter uma surpresa positiva no quarto trimestre", disse Leal, explicando: "Até pela discussão da renovação ou não do PSI (Programa de Sustentação do Investimento), que pode gerar uma antecipação de compras de caminhões e puxar os investimentos".

O economista ressalta, contudo, que as projeções para o PIB levam em conta os modelos atuais, mas o IBGE irá inserir novas pesquisas no cálculo, o que pode alterar o resultado. "Ninguém sabe como a incorporação de novos resultados vai influenciar o indicador e isso pode trazer alterações bastante razoáveis no resultado final", disse Leal. Mesmo assim, ele aponta que, "sem dúvida", o pior período do ano será o terceiro trimestre. O Banco ABC Brasil projeta crescimento de 2,6% no PIB neste ano.


Tendências


O economista Rafael Bacciotti, da Tendências consultoria, estima queda de 0,3% do PIB no terceiro trimestre em função do resultado do IBC-Br de setembro. Ele cita dois indicadores que teriam colaborado para a pequena redução do nível da atividade entre julho e setembro: a queda de 1,4% da indústria de transformação no período e uma redução expressiva da velocidade das vendas no varejo pelo conceito ampliado, que inclui os setores de automóveis e construção civil. Em sua avaliação, esse indicador apresentou uma alta 0,2% no terceiro trimestre, na margem, depois de ter registrado avanço de 1% entre abril e junho pelo mesmo critério de comparação.

Diferentemente do economista do ABC, Bacciotti opina que o PIB do quarto trimestre não deve ter uma evolução significativa, pois estima estabilidade na margem. Um dos fatores, diz ele, que devem influenciar esse desempenho do nível de atividade no último trimestre do ano é um fraco ritmo para a produção industrial. Para ele, o setor manufatureiro deve ter registrado alta de 0,1% em outubro, na margem, o que é bem mais fraco do que a elevação de 0,7% registrada em setembro ante agosto.

"Um fator que deve colaborar para isso é a produção de automóveis. Com base em dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) dessazonalizados, a fabricação de veículos subiu 9,8% em setembro ante agosto, mas registrou retração de 8,4% em outubro em relação a setembro", comentou.

O economista destaca que a desaceleração do nível de atividade no segundo semestre em relação à primeira metade deste ano está sendo em boa parte causada por uma redução da velocidade dos investimentos. Para ele, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) cresceu 7,4% no primeiro semestre ante o segundo de 2012. No entanto, prevê que esse indicador deve apresentar retração de 1,1% entre julho e dezembro deste ano em relação aos primeiros seis meses de 2013. "Deve influenciar essa redução do ritmo dos investimentos a diminuição da confiança de empresários e consumidores que começou a ser registrada há alguns meses."


LCA


Já a LCA Consultores projeta que o PIB do terceiro trimestre fique no intervalo entre uma queda de 0,2% e uma alta de 0,2%, na série dessazonalizada. Para a consultoria, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de setembro divulgado nesta quinta-feira, 14, foi mais fraco do que a estimativa. 

"Comparativamente ao terceiro trimestre de 2012, o IBC-Br apresentou uma taxa de variação positiva de 2,7%, sugerindo variação semelhante para o PIB", aponta a consultoria, em nota.

A LCA ressalta ainda que, quando se dessazonaliza a série trimestralizada do IBC-Br com o mesmo procedimento adotado pelo IBGE para ajustar o PIB, o resultado do terceiro trimestre é de contração de 0,5% na atividade econômica.

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Bancos poderão ser culpados por darem crédito a consumidores endividados


Aiana Freitas
Do UOL, em São Paulo

O que deve mudar na vida do consumidor

O consumidor brasileiro pode ganhar uma série de direitos em breve. Três projetos de lei que mudam o Código de Defesa do Consumidor estão em análise no Senado e seguem para a Câmara ainda neste ano. Clique nas imagens e veja o que pode mudar na sua vida Arte/UOL
 
Os bancos poderão ser considerados corresponsáveis pelo superendividamento dos consumidores. As instituições poderão ser obrigadas a baixar os juros e ampliar o prazo de pagamento em situações desse tipo.

A previsão consta de um projeto de lei que está no Senado e prevê a atualização do Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990).

Ao todo, três projetos (PL nº 281, nº 282 e nº 283 de 2012) que pedem atualização do Código estão em análise numa comissão especial do Senado.

O relatório final englobando os três textos deverá ir a plenário nos próximos dias. Depois, seguirá para a Câmara dos Deputados. A Câmara poderá pedir novas alterações ao Senado ou encaminhá-lo para sanção da presidente Dilma Rousseff.

Os projetos também preveem mudanças com relação ao comércio eletrônico e ao andamento de ações coletivas.

Texto proíbe propaganda que oferece 'taxa zero'

 

O projeto nº 283/2012, que trata da responsabilização dos bancos, diz que o consumidor deve ser considerado superendividado quando a soma das parcelas para o pagamento de suas dívidas for maior do que 30% da sua renda mensal líquida.

Os bancos terão de ter cautela ao oferecer crédito a esses consumidores. As instituições não poderão, por exemplo, emprestar dinheiro sem fazer consulta a serviços de proteção ao crédito ou sem avaliação da situação financeira do cliente.

O texto também proíbe que a propaganda de financiamentos e outras operações de crédito tenham frases como "sem juros", "gratuito", "sem acréscimo" e "taxa zero".

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10 direitos que muitos consumidores não conhecem

Indenização por atraso na entrega do imóvel, devolução de valores pagos a mais em dobro, suspensão do serviço de TV a cabo por até 120 dias. Especialistas listam a seguir estes e outros direitos do consumidor que muita gente desconhece Arte/UOL
 

Cliente terá 14 dias para desistir de compra pela internet

 

O comércio eletrônico passará a contar com várias regras novas caso os projetos sigam adiante. O PL nº 281/2012 diz que as empresas que vendem produtos ou serviços pela internet terão de fornecer, no site, telefone e endereço físico.

As lojas virtuais também terão de ampliar o chamado "prazo de arrependimento" de sete para 14 dias úteis. Esse é o prazo que o consumidor que faz compras remotamente tem para desistir do negócio sem precisar apresentar motivo. Essa regra, hoje, vale também para compras feitas por telefone e por catálogo, por exemplo.

O projeto tenta, ainda, colocar ordem num problema comum enfrentado pelos consumidores: o envio de propaganda online não desejada, o spam. As empresas não poderão enviar mensagem eletrônica a pessoas que não são suas clientes e não tenham manifestado o desejo de receber os e-mails.


Procons terão mais 'poder'

 

O terceiro projeto (PL nº 281/2012) tem como foco as ações coletivas e o funcionamento dos Procons.
Os Procons passarão a ter mais 'poder' na resolução de conflitos entre consumidores e empresas. Se uma empresa for convocada para uma audiência no órgão por causa de uma reclamação do consumidor e não comparecer, a queixa será automaticamente considerada verdadeira.

Isso permitirá que o consumidor procure a Justiça para exigir providências imediatas, uma vez que já terá um parecer favorável em mãos.

As ações coletivas movidas pelos consumidores deverão ter prioridade de processamento e julgamento. 

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O consumidor nem sempre tem razão

TROCA DE PRESENTES - Depois do Natal, as lojas ficam cheias de consumidores querendo trocar presentes. Mas a lei diz que o lojista só é obrigado a trocar se o produto tiver defeito. "Comerciantes permitem a troca, mas isso é uma cortesia", diz o advogado Alexandre Berthe. A exceção é para compras feitas pela internet ou por telefone, que podem ser devolvidas, seja qual for o motivo, em até sete dias Leia mais Shutterstock
 

Propostas devem ajudar a desafogar Judiciário

 

Especialistas em direitos do consumidor consideram as mudanças, como estão definidas nos projetos analisados no Senado, positivas.

"O fortalecimento dos Procons vai ajudar a evitar que muitas demandas cheguem ao Judiciário. No caso do superendividamento, o projeto obriga os bancos a concederem crédito de forma responsável e transparente", avalia Renan Ferraciolli, assessor chefe do Procon de São Paulo.

Leonardo Furlaneto, advogado da área cível do escritório Peixoto e Cury Advogados, também vê as mudanças com otimismo. "Apesar de o código ser um dos melhores e mais modernos do mundo, ele precisa de atualizações. O comércio eletrônico praticamente não existia quando o CDC foi criado", afirma.


Especialistas aprovam mudanças, mas temem retrocessos

 

Mudanças no código, no entanto, sempre foram vistas com relutância. Justamente por ser uma lei de caráter mais generalista, o Código é aplicável em várias situações. O temor é que, com mudanças pontuais, a lei perca essa abrangência.

"No nosso entendimento, o código era uma lei geral, que poderia ser regulamentada por leis especiais para cada assunto. Mas o momento de se discutir essa posição passou. Como ele será mesmo atualizado, o que esperamos é que o CDC continue a ter a eficácia que sempre teve", diz Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da associação de consumidores Proteste.

Essa é a mesma posição do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).
"Acreditamos que a lei nunca deve chegar a detalhes muito específicos, senão ela corre o risco de envelhecer rapidamente. Mas, agora, temos de ficar atentos ao momento em que os projetos forem para a Câmara, para que nenhum tipo de lobby imponha perdas de direitos que já estão assegurados para o consumidor", afirma Carlos Thadeu de Oliveira, gerente técnico do instituto.

O temor do presidente da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, manifestado pelo seu presidente, Ludovino Lopes, é que pequenas e médias empresas tenham mais dificuldade de cumprir novas regras.
Procurada, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) não se pronunciou sobre o assunto. 

Quer pagar como? Conheça seus direitos na hora da compra12 fotos

Pagar bala com cartão, usar cheque de outra praça ou recusar venda casada. Pode ou não pode? Saiba quais são os seus direitos na hora de escolher o meio de pagamento de sua compra. O UOL ouviu a assessora técnica do Procon-SP Cristina Martinussi e a gerente jurídica do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), Maria Elisa Novais. Confira nas fotos a seguir Arte/UOL

Juros cobrados dos consumidores sobem a atingem maior nível em um ano


As taxas de juros cobradas dos consumidores tiveram alta de outubro e atingiram o maior nível em um ano, segundo pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).
Os juros médios das operações de crédito tiveram alta de 0,03 ponto percentual, passando de 5,53%, em setembro, para 5,56% ao mês, em outubro. A taxa anual média subiu de 90,77% ao ano para 91,42%.
Essas são as maiores taxas médias registradas desde novembro de 2012.
 
 

Cinco linhas tiveram alta e uma ficou estável

 

Das seis linhas de crédito pesquisadas pela Anefac, cinco tiveram alta. A taxa média de juros cobrada no comércio saiu de 4,14% para 4,19% ao mês. Os juros do cheque especial, que eram de 7,83% ao mês em setembro, passaram para 7,89% em outubro.
Nas linhas de Crédito Direto ao Consumidor, a taxa média saiu de 1,64% para 1,65% ao mês. No empréstimo pessoal oferecido pelos bancos, a taxa ficou em 3,16% ao mês, ante 3,12% em setembro. Nas financeiras, os juros passaram de 7,07% para 7,09%.
Apenas uma das taxas pesquisadas pela Anefac não subiu. Os juros cobrados no crédito rotativo do cartão de crédito ficaram estáveis em 9,37% ao mês. Ainda assim, essa é uma das maiores taxas cobradas no mercado de crédito no Brasil. Equivale a 192,94% ao ano.
 
 

Expectativa é de mais aumentos nos próximos meses

 

O coordenador da pesquisa de juros da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, diz que o aumento pode ser atribuído à última elevação da Selic promovida pelo Banco Central. A taxa básica da economia brasileira passou, no dia 9 de outubro, de 9% para 9,5% ao ano.
A expectativa, segundo Oliveira, é de mais alta nos próximos meses, até porque a tendência é de que a Selic tenha nova alta na próxima reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central, no fim de novembro.
 
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Quer limpar o nome? Fuja de armadilhas 

 

Quem está com dívidas não vê a hora de limpar o nome e, por isso, pode acabar se deixando levar por promessas de ajuda que nem sempre são interessantes. Clique na imagem acima e conheça as armadilhas mais comuns para quem quer limpar o nome Leia mais Getty Images/iStockphoto
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Sete armadilhas de compras, dívidas e investimentos

 

ACHAR QUE TODAS AS DECISÕES SÃO RACIONAIS - A psicanalista Márcia Tolotti diz que, quando tomamos decisões relacionadas ao dinheiro, sofremos duas interferências negativas: da má educação financeira e das emoções. É um erro, assim, achar que basta conhecimento técnico para se dar bem nos investimentos. É preciso também ter autoconhecimento emocional Leia mais Thinkstock

Lucro do BNDES sobe 3,5% no ano até setembro, para R$ 4,9 bi

BNDES/COUTINHO

SÃO PAULO, 14 Nov (Reuters) - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) teve lucro líquido de R$ 4,9 bilhões de janeiro a setembro, alta de 3,5% sobre igual período do ano passado, informou o banco de fomento nesta quinta-feira.

"O fator que mais contribuiu para o desempenho positivo foi o resultado com financiamentos a projetos de investimentos, confirmando a capacidade do BNDES de conciliar a redução de suas taxas de juros com resultados financeiros consistentes", informou a instituição em comunicado.