quarta-feira, 9 de abril de 2014

Brasil crescerá abaixo da média da região, diz Banco Mundial


Segundo relatório, desempenho deverá ser pior do que o da América Latina e Caribe, que deve crescer 2,3% este ano

Julia Carvalho/EXAME.com
Carroceria do New Fiesta Hatch é vistoriada na fábrica da Ford em São Bernardo

Fábrica em São Paulo: "no Brasil, as previsões de consenso mostram um crescimento de 2 por cento ou menos em 2014", avaliou a instituição

O Brasil deverá crescer no máximo 2 por cento este ano por não ter promovido reformas para impulsionar o crescimento, a poupança e os investimentos, afirmou o Banco Mundial em relatório divulgado nesta quarta-feira.

O desempenho do Brasil deverá ser pior do que o da América Latina e Caribe, que deve crescer 2,3 por cento este ano, levemente abaixo dos 2,4 por cento registrados em 2013.

O Banco Mundial atribuiu o pior desempenho da região ao menor crescimento da China, à volatilidade dos preços de matérias-primas e aos maiores custos de capital.

"No Brasil, as previsões de consenso mostram um crescimento de 2 por cento ou menos em 2014, já que ainda não tomou forma a agenda de reformas necessárias para evitar um cenário de baixo crescimento, baixa poupança e baixo investimento", avaliou a instituição no relatório "Fluxos internacionais para América Latina: balançando o barco?".

Para o México, segunda maior economia da região depois do Brasil, o Banco Mundial estimou crescimento de cerca de 3 por cento este ano. E ressaltou que as reformas dos setores de telecomunicações, energia e educação, entre outros, promovidas pelo governo mexicano melhoraram as perspectivas de crescimento do país nos próximos anos.

O Banco Mundial acredita que as economias emergentes vão enfrentar condições financeiras mais restritivas diante da mudança de foco dos investidores para economias avançadas, como os Estados Unidos. Mas disse que o impacto desse cenário é menos significativo neste momento em que a região concentra fluxos de recursos mais estáveis.

Mas isso não dissipa as preocupações com esse padrão de baixo crescimento.
"A pergunta é se a diminuição cíclica (do crescimento de 2013 e 2014) é um sintoma de desaceleração mais permanente no crescimento de longo prazo", afirmou o economista-chefe do banco para América Latina e Caribe, Augusto De la Torre, em nota. "Uma taxa de equilíbrio para o crescimento de cerca de 2,5 por cento seria claramente insuficiente para manter o ritmo de progresso social a que a região se acostumou nos últimos dez anos", disse o banco.

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Credit Suisse e Luis Stuhlberger viram sócios


Luis Stuhlberger será acionista controlador de nova companhia da qual o Credit Suisse e membros da atual equipe do executivo serão minoritários

Fátima Laranjeira, do
REUTERS/Arnd Wiegmann
Banco Credit Suisse
Credit Suisse: segundo o Credit, o novo desenho da parceria é um modelo adotado pela instituição, na divisão de Asset Management no Brasil

São Paulo - O Credit Suisse firmou acordo de longo prazo com o atual diretor da Credit Suisse Hedging-Griffo, Luis Stuhlberger.

Eles tornam-se sócios, renovando a parceria iniciada com a compra, pelo Credit Suisse, de participação na então Hedging-Griffo em 2007, empresa que teve Stuhlberger entre os fundadores. 

Ele será o acionista controlador de uma nova companhia, a Verde Asset Management, da qual o Credit Suisse e membros da atual equipe do executivo serão minoritários.

Segundo o Credit, o novo desenho da parceria é um modelo adotado pela instituição, na divisão de Asset Management no Brasil, para "fortalecer sua equipe por meio de associações com executivos que acumulam ampla experiência no mercado local".

"Oportunamente, será proposto aos cotistas dos fundos das famílias Verde, Ações Long Only, Long/Short e Global, hoje geridos pela CSHG, sob responsabilidade de Luis Stuhlberger, que aprovem a transferência da gestão para a Verde Asset Management", informa o Credit Suisse em nota. 

Uma vez aprovada, a partir de janeiro de 2015, esses fundos passarão a ser geridos pela Verde Asset Management, com a mesma equipe de gestão atual.

O Private Banking da CSHG, que tem mais de R$ 65 bilhões administrados, manterá a parceria com Stuhlberger e sua equipe, por meio da Verde Asset Management. Os fundos imobiliários, de renda fixa e de crédito privado, que somam aproximadamente R$ 15 bilhões, continuam geridos pela CSHG e sua atual equipe de gestores.

De acordo com o Credit, o fundo Verde, desde a sua criação, é um dos mais rentáveis fundos multimercado do país. 

"Apesar de fechado para captação, seu patrimônio vem crescendo de forma expressiva, devido às altas taxas de rentabilidade alcançadas", afirma o banco. "Para manter a qualidade de gestão, Stuhlberger fará uma proposta aos cotistas de redução do patrimônio do fundo Verde Master e dos respectivos fundos investidores, com devolução de recursos aos clientes, de forma igualitária, em quatro parcelas semestrais, sendo cada uma de 10% do patrimônio na data de cada pagamento", diz. 

A intenção é de que a primeira devolução aos cotistas aconteça em janeiro de 2015.

PPSA renegocia com Petrobras limites do pré-sal


Maioria dos potenciais acordos de unificação (unitização) da produção no pré-sal inclui Petrobras como operadora, afirmou presidente da Pré-Sal Petróleo (PPSA)

Sabrina Valle, do
Agência Petrobras
Plataforma da Petrobras
Plataforma da Petrobras: acordo de unificação é necessário quando um reservatório extrapola os limites do bloco concedido a uma empresa

Rio - O presidente da Pré-Sal Petróleo (PPSA), Oswaldo Pedrosa, disse nesta quarta-feira, 9, que estão hoje em discussão de sete a dez potenciais acordos de unificação (unitização) da produção no pré-sal. A maioria inclui a Petrobras como operadora, afirmou.

O acordo de unificação é necessário quando um reservatório extrapola os limites do bloco concedido a uma empresa.

O acordo é feito entre dois operadores ou entre uma empresa operadora e o governo. A PPSA entra quando a discussão inclui uma área do polígono do pré-sal.

Um caso de unitização que está em discussão publicamente é o da acumulação Gato do Mato, operado pela Shell no bloco BM-S-54. 

Os outros não são revelados, mas Pedrosa disse que envolvem a Petrobras, com quem tem se reunido para discutir o assunto. Há hoje dois regimes no país, de concessão e de partilha.

A primeira área licitada pela partilha foi Libra, no ano passado. Todas as outras áreas do pré-sal em atividade foram licitadas anteriormente pelo regime de concessão. 

Haverá casos em que um mesmo reservatório possa obedecer aos dois, mudando de regime no limite do bloco concedido.

Natura: maior varejista da América Latina


Pesquisa da Interbrand aponta que a marca da empresa vale US$ 3,15 bilhões


Marca da Natura vale US$ 3,15 bilhões, de acordo com a Interbrand
+ Marca da Natura vale US$ 3,15 bilhões, de acordo com a Interbrand Crédito: Divulgação

Em estudo divulgado nesta terça-feira, 8, pela Interbrand, chamado Best Retail Brands, foram relacionadas as maiores marcas de varejo do mundo, divididas entre América Latina, América do Norte, Europa e Ásia-Pacífico. Dentre as 20 empresas latinas selecionadas, dez são brasileiras. E a Natura é a marca mais valiosa da região, com US$ 3,15 bilhões. A companhia é seguida pelas mexicanas Oxxo e Bodega Aurrera, cujas marcas  valem US$ 2,61 bilhões e US$ 1 bilhão, respectivamente.

Além da Natura, as outras marcas originárias do Brasil que aparecem no ranking são Casas Bahia (US$ 420 milhões), Renner (US$ 357 milhões), Lojas Americanas (US$ 320 milhões), Extra (US$ 263 milhões), Hering (US$ 261 milhões), Havaianas (US$ 159 milhões), Pão de Açúcar (US$ 147 milhões), Ponto Frio (US$ 147 milhões) e Arezzo (US$ 124 milhões).

Segundo o levantamento, a norte-americana Walmart é a mais valiosa não só na sua região, como no mundo. A marca vale US$ 131 bilhões. Na Europa, a sueca H&M é a mais valiosa, com US$ 18,1 bilhões. Já na Ásia-Pacífico, avaliada em US$ 4,9 bilhões, a rede de supermercados Woolworths sai na frente.

O ranking da Interbrand, que analisa apenas as empresas de bens de consumo que divulgam balanços contábeis, leva em conta as marcas que têm mais de 50% de receita proveniente de lojas ou comércio eletrônico. A Natura, por exemplo, entra na listagem, pois suas revendedoras são interpretadas como lojas, de acordo com Daniella Bianchi, diretora-executiva da consultoria. A Natura ainda oferece duas formas de compra online: a loja virtual e a encomenda de produtos a uma consultora. 

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Acordo do Mercosul com União Europeia pode sair hoje


Segundo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, negociações com a Argentina estão praticamente no final. "Está indo muito bem"

Renata Veríssimo, do
Miguel Rojo/AFP
Cúpula do Mercosul em Montevidéu decidiu o retorno do Paraguai ao bloco
Cúpula do Mercosul: iniciada em 2000 e interrompida em 2006, negociação para acordo de livre comércio Mercosul e União Europeia voltou à pauta no ano passado

Brasília - O Mercosul deve finalizar nesta quarta-feira, 09, em reunião que ocorre em Montevidéu, no Uruguai, a proposta do bloco para um acordo de livre comércio com a União Europeia.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, disse que a oferta deve prever a redução de tarifas de importação para perto de 90% do comércio com os europeus nos próximos anos. "Estou confiante que a gente conclua a oferta comum", disse o ministro.

Segundo ele, as negociações com a Argentina estão praticamente no final. "Está indo muito bem", afirmou. O Brasil espera fazer uma reunião técnica com a União Europeia no final de abril ou início de maio. No entanto, a troca de ofertas só deve ocorrer mais para frente, no final de maio ou início de junho.
Iniciada em 2000 e interrompida em 2006 por falta de qualquer tipo de avanço, a negociação para o acordo de livre comércio Mercosul e União Europeia voltou à pauta no ano passado. 

Havia, no entanto, uma dúvida entre os negociadores brasileiros se seria possível fechar uma proposta conjunta do Mercosul em função das dificuldades enfrentadas pela Argentina. Desde então, o Brasil tenta costurar com Buenos Aires a harmonização de uma proposta a ser levada aos europeus.

Borges disse que já está definido um arcabouço geral do que deve ser uma oferta mínima, mas explicou que a reunião desta quarta é importante para fechar os detalhes técnicos, como a harmonização das nomenclaturas (NCM) dos produtos que sofrerão redução de tarifas.

Bank of America pagará US$ 727 milhões a consumidores


Valor deverá ser pago em assistência a consumidores por práticas relacionadas a produtos complementares de cartão de crédito

Jin Lee/Bloomberg
Bank of America (BofA)
Bank of America: Agência de Proteção Financeira ao Consumidor multou o banco em US$ 20 milhões por alegações de marketing enganoso

Washington - Reguladores dos Estados Unidos determinaram nesta quarta-feira que o Bank of America pague 727 milhões de dólares em assistência a consumidores por práticas relacionadas a produtos complementares de cartão de crédito.

A Agência de Proteção Financeira ao Consumidor dos EUA também multou o Bank of America em 20 milhões de dólares por alegações de marketing enganoso de produtos e práticas injustas de faturamento.
O Departamento da Controladoria da Moeda multou o banco em 25 milhões de dólares extras.