sábado, 12 de abril de 2014

O Boticário desbanca Natura e vira líder em perfumes


Dados da Euromonitor mostram que a companhia superou as duas maiores concorrentes, em 2013, e detém 28,8% do segmento

Divulgação
O Boticário
O Boticário: rede faturou R$ 7,6 bilhões em 2013, 10% mais que no ano anterior

São Paulo - O Boticário deixou para trás as concorrentes Natura e Avon e assumiu a liderança do mercado brasileiro de perfumaria em 2013, segundo dados do Instituto Euromonitor.

De acordo com as informações, o Boticário lidera o segmento com 28,8% de participação no mercado, enquanto a Natura detém uma fatia de 27,7%.

A americana Avon segue em terceiro no ranking, com 8,4% de participação em 2013.
Com a conquista, a marca assume a liderança do maior mercado de perfumaria no mundo, atrás apenas do Japão.

Com 15 bilhões de vendas, o Brasil ocupa a posição desde 2010, quando desbancou os Estados Unidos no consumo de perfumes.

No ano passado, as vendas do Boticário cresceram 10% e chegaram a 7,6 bilhões de reais, por meio de 3.650 lojas em mais de 1.700 cidades do país.

“Uma conquista como essa revela o quanto o consumidor reconhece e valoriza a qualidade do nosso trabalho e dos nossos produtos”, diz Andrea Mota, diretora executiva de O Boticário.

A rede de cosméticos é hoje a maior em número de franquias e conta com 100 itens de perfumaria no portfólio.

Campanha da Avon causa impacto negativo na web

 

 

 

Filme já tem mais de 470 mil visualizações no YouTube e uma maioria de comentários negativos

Renato Rogenski, do
Reprodução/YouTube/AvonBR
Campanha da Avon causa impacto negativo na web
Campanha da Avon causa impacto negativo na web: vídeo “quilinhos” mostra dilemas de mulher que conversa com sua própria imagem no espelho

São Paulo - A linha entre a ousadia e a polêmica é sempre tênue. Na era da velocidade e do poder de compartilhamento das redes sociais, qualquer fagulha pode gerar um incêndio de proporções maiores para as marcas na web.

Para a propaganda, ao mesmo tempo em que a internet potencializa a audiência, o feedback positivo ou negativo é algo praticamente instantâneo e exige muito mais de todos os profissionais envolvidos com a comunicação da marca.

Desta vez, é um filme da Avon no YouTube, criado pela JWT, que está no centro das discussões sobre a abordagem criativa da propaganda.

O vídeo “quilinhos”, da campanha #megapracima, que promove o produto Mega Cílios, mostra os dilemas de uma mulher que conversa com a sua própria imagem no espelho e reclama por que comeu o último brigadeiro da festa e “acordou parecendo um balão de gás hélio”, entre outros “autoinsultos”.

O filme usa o cotidiano e o questionamento pessoal para explorar o conceito de que assim como o próprio ato de passar a máscara, de baixo para cima, as mulheres também podem dar uma virada em situações menos favoráveis do seu dia a dia.

O público não entendeu dessa maneira e o filme já tem mais de 470 mil visualizações no YouTube e uma maioria de comentários negativos. O Adnews já procurou Avon e JWT para saber qual é a posição e opinião delas a respeito do impacto da campanha junto ao público.
Confira o filme:

 https://www.youtube.com/watch?v=W5Lkqbcuobg

Minha Casa, Minha Vida teve 15.720 denúncias em 5 anos


As denúncias incluem ameaças e até apropriação indevida das unidades habitacionais, inclusive com expulsão de famílias

Helena Martins -, da
Roberto Stuckert Filho/PR
Presidenta Dilma Rousseff durante cerimônia de entrega de 1.788 unidades habitacionais do Residencial Costa Esmeralda I, II, III e IV, do Programa Minha Casa Minha Vida

Presidenta Dilma Rousseff durante cerimônia de entrega do programa: as queixas representam 0,98% do todo

O primeiro balanço de investigação das denúncias de irregularidades no Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV) foi divulgado na noite de hoje (11), e registra 15.720 denúncias de ilegalidades ao longo dos cinco anos de execução do programa.

Do total, 8.964 (57%) notificações foram julgadas improcedentes, após investigação. Em 1.561 casos, as unidades ocupadas ilegalmente foram retomadas e devolvidas aos beneficiários originais e 5.195 denúncias continuam em apuração.

Os números foram divulgados pelo presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, e os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e das Cidades, Gilberto Magalhães Occhi, avaliaram ser pequena a quantidade de queixas, considerando-se a magnitude do programa, que já entregou 1,6 milhão de moradias. 

As queixas representam 0,98% do todo, e cai para 0,43% quando deduzidas as notificações consideradas improcedentes.

As denúncias incluem ameaças e até apropriação indevida das unidades habitacionais, inclusive com expulsão de famílias. Diante dos problemas, os ministros destacaram a necessidade de intensas investigações. 

De acordo com Cardozo, a Polícia Federal (PF) recebeu a determinação de dar prioridade às investigações das ações de milícias, ou outros tipos de organizações criminosas, em programas habitacionais instituídos pelo governo federal.

Na última terça-feira (8) um grupo de trabalho foi instituído para coordenar as investigações. No mesmo dia, os ministérios das Cidades e da Justiça firmaram convênio com o governo do Rio de Janeiro para integrar ações de repressão e prevenção de condutas ilícitas. 

Hoje, o ministro da Justiça informou que outros estados serão convidados a firmar parcerias semelhantes. No topo da fila de prioridades estão Maranhão, Minas Gerais e Bahia. Muitos dos delitos não são de competência da PF, daí a importância das parcerias com os estados e de termos um trabalho articulado entre as polícias - avaliou Cardozo.

Questionado sobre a autoria de condutas ilícitas, o ministro da Justiça disse que não há um padrão de atuação em todo o país, podendo ser feitas por ações de indivíduos ou de organizações criminosas, a depender da região. Para contribuir com as investigações, a população pode fazer denúncias por meio do telefone 0800 721-6268, de forma anônima.

Petrobras diz que não pagou contrato com Ecoglobal


A empresa está sendo investigada pela Polícia Federal por contratos com a estatal

Sabrina Valle, do
Dado Galdieri/Bloomberg
Tanques de armazenagem de gás natural da Petrobras, na Baia do Guanabara

Tanques de armazenagem de gás natural da Petrobras: a estatal diz que o contrato de R$ 444 milhões foi assinado em 30 de julho de 2013

Rio - A Petrobras informou hoje em nota que não houve qualquer desembolso em relação ao contrato de R$ 444 milhões com a Ecoglobal, empresa que está sendo investigada pela Polícia Federal (PF) por contratos com a estatal.

A Petrobras diz que o contrato em questão foi assinado em 30 de julho de 2013 e "precedido de regular procedimento licitatório", firmado para fornecimento de equipamentos, pela Ecoglobal Overseas LLC, e prestação de serviços de Avaliação de Formações, pela Ecoglobal Ambiental Comércio e Serviços Ltda.

O prazo previsto de 4 anos, a contar de 24 de julho de 2014, "quando há previsão de início dos serviços".
"A partir desta data o contrato estará disponível no Portal da Transparência, pois até o momento não houve qualquer desembolso por parte da companhia no referido contrato".

A Petrobras esclareceu ainda que, em virtude de haver fornecimento de equipamentos, que necessitam de prazo para fabricação, "é dado um prazo de mobilização para o início dos serviços, que neste caso é de 1 ano, sendo prática comum para contratos similares".

"Não está sendo negociado aditivo de valor para o contrato", disse a empresa. "A Petrobras informa, ainda, que vem colaborando com as investigações da Polícia Federal".

Não faço negócio com esse tipo de gente, diz Ecoglobal


Vladimir Magalhães da Silveira negou que tenha fechado o negócio com os dois presos na Operação Lava Jato da Polícia Federal

Murilo Rodrigues Alves e Andreza Matais, do
Polícia Federal/Divulgação
Brasão da Polícia Federal

Brasão da PF: o empresário foi acordado hoje às seis da manhã por agentes da PF que o levaram para prestar esclarecimentos sobre a negociação

Brasília - O dono da Ecoglobal Ambiental Serviços e Comércio, Vladimir Magalhães da Silveira, confirmou nesta sexta-feira que recebeu proposta para vender a empresa que presta serviços para a Petrobras desde 2006 ao doleiro Alberto Youssef e ao ex-diretor da petroleira Paulo Roberto da Costa. Ele nega, porém, que tenha fechado o negócio com os dois presos na Operação Lava Jato da Polícia Federal.

Silveira foi acordado hoje às seis da manhã por agentes da PF que o levaram para prestar esclarecimentos sobre a negociação. O depoimento durou 30 minutos. Silveira admitiu que recebeu uma carta-proposta para vender 75% da empresa por R$ 18 milhões, mas afirmou ter desistido da operação quando soube que a operação envolvia também o doleiro.

"Não faço negócio com esse tipo de gente. Quando vi que o Youssef tinha sido condenado e que estava cumprindo pena em liberdade, desisti do negócio", afirmou Silveira. Segundo ele, ainda tentaram intimidá-lo para prosseguir na operação: "Você vai perder muito dinheiro. Eles têm muita influência, o braço grande", contou.

A oferta veio depois que a Ecoglobal Ambiental, de Macaé (RJ), e uma filial da empresa no estado de Nevada (EUA), a Ecoglobal Overseas, fecharam contrato com a Petrobras em 2013 no valor de R$ 443,8 milhões para prestação de serviços por quatro anos a partir de julho deste ano.

O dono da Ecoglobal confirmou que a compra estava condicionada à efetivação do contrato da empresa com a estatal. A compra, pelo valor de R$ 18 milhões, está registrada numa carta-proposta assinada por Youssef, Paulo Roberto e uma terceira empresa, a Tino Real Participações - cujos titulares são, segundo a PF, Maria Thereza Barcellos da Costa e Pedro Carlos Storti Vieira. Silveira afirmou que Storti foi um dos responsáveis por apresentar a ele a proposta de compra, juntamente com Paulo Júris.

Para a PF, causou "estranheza" que, depois de obter contrato de R$ 443,8 milhões, 75% das cotas da empresa fossem negociadas por apenas R$ 18 milhões. Silveira disse, porém, que para executar o contrato, a Ecoglobal precisa adquirir R$ 60 milhões em equipamentos, processo que está sendo executado, segundo ele, que agora teme que o contrato seja rescindido.

Segundo Vladimir Magalhães da Silveira, a localização de uma filial no exterior é exigência da Petrobras para que as operações se enquadrem nas normas do Repetro - regime aduaneiro especial de exportação e importação de bens destinados às atividades de pesquisa e lavra das jazidas de petróleo e gás.

O objetivo da exceção criada em setembro de 1999 é dar maior competitividade à indústria nacional. No caso, não há a cobrança de impostos de importação entre as empresas do mesmo grupo. "Está tudo dentro da lei. Não é nada de fachada", disse Silveira.

"A Ecoglobal executa satisfatoriamente, dentro das melhores práticas, os serviços para os quais foi contratada, resultantes de regular processo licitatório conduzido pela Petrobras", diz o comunicado divulgado pela empresa, que colocou à disposição os contratos que mantém com a petroleira.

Diretor da Petrobras passava dinheiro a políticos, diz mídia


Documentos indicam que engenheiro preso pela Polícia Federal intermediava favores e recursos para partidos, de acordo com a Folha e a Veja


Agência Petrobras
Diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa

Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, preso pela PF

São Paulo - O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso na Operação Lava Jato da Polícia Federal, intermediava o repasse de dinheiro de empreiteiras para políticos.

A denúncia foi feita em reportagens da Folha de São Paulo e da revista Veja neste sábado e tem com base uma tabela apreendida a qual as publicações tiveram acesso.

Nela, há três colunas com as categorias "nome da empresa", "executivo" e "solução".
Nesta última, Costa descreve o andamento de alguma negociação (como, por exemplo, "está disposto a colaborar. Iria falar com executivo para saber se já ajudam em algo").

O relatório de análise da PF diz que o documento traz "diversas anotações que indicam possíveis pagamentos para 'candidatos', podendo indicar financiamento de campanha".

De acordo com a Veja, uma anotação na agenda do engenheiro registra o repasse, em 2010, de 28,5 milhões de reais ao PP (Partido Progressista), responsável por sua indicação ao cargo.

Governo tenta diminuir impacto na conta de luz



O empenho do governo Dilma é "total" para que as taxas de juros e condições gerais do empréstimo sejam as melhores possíveis, disse superintendente da CCEE

João Villaverde, do
REUTERS/Stringer/Files
Trabalahdores reparam torre de eletricidade
Trabalhadores reparam torre de eletricidade: Luiz Eduardo Barata garantiu que as distribuidoras de energia terão o dinheiro até o dia 28 deste mês

Brasília - O custo financeiro do empréstimo de R$ 11,2 bilhões que 13 bancos farão à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) será fechado na semana que vem, e o superintendente da CCEE, Luiz Eduardo Barata, afirmou que o empenho da instituição e do governo Dilma Rousseff é "total" para que as taxas de juros e condições gerais sejam as melhores possíveis.

Em sua primeira entrevista exclusiva após o início das negociações, Barata garantiu que as distribuidoras de energia terão o dinheiro até o dia 28 deste mês.

"Como esse custo do empréstimo será repassado, depois, para a conta de luz de todos os consumidores, há um empenho geral para que essa taxa seja reduzida ao mínimo", afirmou Barata.

A operação envolverá os seguintes bancos: Bradesco, Itaú Unibanco, Santander, BTG Pactual, Citibank, J.P. Morgan, HSBC, Votorantim, Credit Suisse, Bank of America, Goldman Sachs, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. "São vários bancos, de vários tamanhos, então acreditamos que a taxa de juros possa ser boa."

Barata afirmou que há uma "força-tarefa" no governo para que tudo saia do papel até 28 de abril, quando as distribuidoras devem pagar suas obrigações referentes a fevereiro - a liquidação financeira da energia comercializada em fevereiro e o custo com combustíveis usados pelas geradoras naquele mês. O preço da energia neste ano tem sido mais alto pelo uso de combustíveis fósseis nas termoelétricas.

Esse pagamento já deveria ter sido feito, mas foi excepcionalmente prorrogado pelo governo para evitar uma crise financeira nas distribuidoras. Diante da estiagem verificada no País desde o fim do ano passado, o preço da energia no mercado livre disparou.

As distribuidoras, então, ficaram com exposição involuntária às condições mais adversas, e o governo federal esquematizou uma saída para evitar tanto uma crise nas distribuidoras quanto um gasto elevado do Tesouro Nacional - assim nasceu a ideia do empréstimo bancário à CCEE.

A CCEE fechará a operação com os bancos na semana que vem, e então remeterá as condições aos seus associados em assembleia no dia 22.

"A aprovação será quase unânime, tenho certeza", disse ele. Depois, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai homologar o empréstimo, e os bancos vão efetivamente depositar o dinheiro na conta das distribuidoras, que pagarão no dia 28 os custos com geradoras e a liquidação referente a fevereiro.
Fluxo


"Não vamos tomar de imediato os R$ 11,2 bilhões junto aos bancos", explicou Barata. "Esse valor representa o teto, e a cada mês vamos cruzar a exposição involuntária das distribuidoras com aquilo que já está contemplado pela tarifa, que é uma informação da Aneel, e a diferença será coberta com o dinheiro do empréstimo, que sairá mês a mês."

Segundo o superintendente da CCEE, somente após a realização do leilão de energia existente, previsto para o dia 30 de abril, é que a Aneel e a CCEE saberão se o empréstimo dos 13 bancos "será suficiente, ou acima das necessidades, ou se faltará dinheiro".

As distribuidoras estão, hoje, com uma descontratação de 3,3 mil megawatts por hora (MWh), e o objetivo do leilão emergencial é suprir as companhias com energia mais barata do que aquela que vigora no mercado livre. Há dois meses, o preço está no teto permitido para o ano, de R$ 822 por Mwh.

Segundo Barata, a sinalização de interesse dos bancos, de diferentes tamanhos, públicos e privados, em participar da operação demonstra "que o negócio foi bem feito, é robusto, e isso nos deixa muito seguros". (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)