segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Índia investiga suposto suborno em compra de aeronaves da Embraer


Governo da Índia descobriu indícios de subornos de cerca de US$ 5,7 milhões pagos por uma suposta subsidiária da Embraer




Nova Délhi – As autoridades da Índia abriram uma investigação formal para esclarecer se houve suborno na compra de três aviões da fabricante de aeronaves Embraer pelas Forças Armadas indianas, em 2008.

O Departamento Central de Investigação da Índia (CBI, na sigla em inglês), apresentou uma denúncia após achar indícios de supostos subornos no valor de aproximadamente US$ 5,7 milhões através de uma suposta subsidiária da empresa brasileira na compra das aeronaves, informou nesta sexta-feira a agência “PTI”.

A acusação vai contra uma empresa NRI (não residente) no Reino Unido que supostamente teria pago através de outra companhia em Cingapura em 2009.

O negócio aconteceu em 2008, quando a Organização de Pesquisa e Desenvolvimento de Defesa (DRDO) adquiriu três aviões ERJ-145, no valor de US$ 208 milhões, após um processo de seleção realizado por um comitê conjunto do próprio DRDO e Força Aérea.

O CBI não confirmou até o momento à Agência Efe a abertura da investigação.

A agência já tinha iniciado uma investigação preliminar no dia 16 do mês passado, onde, de acordo a “PTI”, obteve “material suficiente” para prosseguir com o caso, detalhou.

O DRDO pediu uma explicação da Embraer sobre esta situação e o Ministério da Defesa também pediu ao Ministério das Relações Exteriores indiano para acompanharem o assunto através das missões diplomáticas indianas nos países afetados, segundo veículos de imprensa locais.


“Bolsa Empresário” deve custar R$ 224 bi em 2017, diz jornal


Dinheiro equivaleria aos gastos realizados pela ex-presidente Dilma Rousseff corrigidos pela inflação, segundo a Folha de S.Paulo




São Paulo – A chamada “Bolsa Empresário”, série de subsídios e desonerações tributárias concedidas pelo governo às indústrias, deve custar 224 bilhões de reais em 2017. A informação foi publicada neste domingo (16) pelo jornal Folha de S.Paulo.
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De acordo com o jornal, que analisou a proposta de Orçamento para 2017 enviada pelo governo ao Congresso, a “Bolsa Empresário” foi poupada das medidas do presidente Michel Temer e de sua equipe para ajustar as contas do país.

Os 224 bilhões de reais dos programas de subsídio e desonerações ao setor produtivo equivaleriam, diz a Folha, aos gastos realizados pela ex-presidente Dilma Rousseff corrigidos pela inflação.

A cifra também é bem maior que o valor que será destinado em 2017 ao Bolsa Família, de 29,7 bilhões de reais, e aos investimentos em educação e saúde, de 33,7 bilhões de reais e 94,9 bilhões de reais, nesta ordem.
 

PEC do teto


Os valores destinados a esses programas poderão ter de ser reduzidos caso seja aprovada a proposta de emenda à Constituição 241, conhecida como PEC do teto, que limita os gastos públicos à inflação do ano anterior por 20 anos. Veja seis respostas sobre a proposta.

A postura mais cautelosa do governo Temer em relação aos subsídios à indústria, segundo o secretário de acompanhamento econômico da Fazenda, Mansueto Almeida, visa evitar romper contratos e, com isso, piorar a recessão no país.

É preciso lembrar ainda que o setor produtivo tem apoiado fortemente o governo do presidente Michel Temer e a proposta de ajuste fiscal. Mas a retirada dos benefícios está na agenda do governo, já que eles pesam no Orçamento e envolvem contratos de longo prazo. 


Petrobras e Total ampliam parceria em exploração e produção


Petrobras e Total vão assinar um acordo para consolidar aliança nos segmentos de Exploração e Produção e Gás e Energia

Punições a juízes no Brasil são "deboche à sociedade", diz presidente da OAB



 

















"O problema é que o afastamento da jurisdição ocorre por dois anos remunerados. Isso tem de ser discutido, não é possível! Vira um deboche à sociedade"
 
Brasília – Confira a entrevista do presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, concedida ao portal UOL, sobre as punições previstas na Lei Orgânica da Magistratura, à juízes e juízas que cometem atos ilegais no exercício da função:

O presidente nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil),  Claudio Lamachia, criticou duramente as penas previstas para juízes que cometem atos ilegais no Brasil. Em entrevista ao UOL, ele disse que afastar juízes pagando salário ou aposentadoria é um "deboche à sociedade."

"Acho que, na sua grande maioria, elas representam muito mais um prêmio que uma verdadeira punição", disse, defendendo mudanças nas penas "absolutamente brandas" previstas na Loman (Lei Orgânica da Magistratura Nacional). "Ela precisa ser adaptada e melhorada, dando a ela algo mais atual. Para o cidadão vira um deboche quando ele lê uma noticia de que um determinado magistrado, que agiu de forma arbitrária ou favorecendo à corrupção, é aposentado compulsoriamente recebendo seu salário --mesmo que proporcional." 

Hoje, a perda do cargo de juiz (e consequente cassação de aposentadoria) só ocorre quando há uma condenação penal transitada em julgado.

Lamachia comentou a pena dada à juíza Clarice Maria de Andrade, punida com uma "pena de disponibilidade" imposta pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) por manter uma adolescente de 15 anos em meio a 30 homens por 22 dias em Abaietuba (PA). 

"O problema é que o afastamento da jurisdição ocorre por dois anos remunerados. Isso tem de ser discutido, não é possível! Vira um deboche à sociedade. Durante dois anos vamos pagar alguém que vai ficar em casa, sem exercer sua função pública, mas recebendo religiosamente pelo erário?", questiona.

Lamachia também ataca a diferença no tratamento entre os servidores dos poderes no quesito punição. "Hoje o servidor público do Legislativo ou Executivo, quando é exonerado, perde sua remuneração, inclusive com a cassação de aposentadoria. Por que essa diferenciação?"

O presidente faz questão de ressaltar que a OAB defende a continuidade do princípio da vitaliciedade (que garante que um juiz não deixa sua função em nenhum momento). O princípio foi criado para impedir que a demissão vire uma forma de pressão em julgamentos.

"A vitaliciedade é fundamental! Mas há de se encontrar meios efetivos para destituir magistrados corruptos ou arbitrários da garantia dessa vitaliciedade  Não se pode emprestar a ela um manto que se empresta hoje para abrandar determinadas punições aos magistrados que abusam do poder ou cometem graves infrações", disse.

Para o presidente, a forma como as punições ocorrem no país acabam desestimulando os magistrados que atuam com retidão. "Além da punição nos termos da Loman, ela ainda conspira contra a esmagadora maioria da magistratura brasileira e com a própria classe, que premia maus juízes em detrimento da maioria dos juízes brasileiros. Isso afeta o próprio poder. Os juízes que trabalham um vida inteira de forma correta, íntegra, comprometida veem seus colegas que trabalham na ilegalidade sendo premiados", comentou.


Mudança na lei


O presidente da OAB diz que é preciso mudar a lei para a punição de cassação de aposentadoria seja prevista já na sanção administrativa. "Tenho defendido que possa se cortar a remuneração magistrado já na condenação, claro que respeitando o devido processo legal e direito de defesa. Aqui não é uma crítica ao CNJ, que aplica o limite máximo da lei. Precisamos é mudar a lei", explica.

Claudio Lamachia diz que, além da Loman, será preciso mudar a Constituição. "Teríamos que ter uma alteração também na Emenda Constitucional 45, que alterou o artigo 93, inciso 7, incluindo a condição de exoneração ao magistrado", explicou

Segundo ele, já existem duas PECs (Propostas de Emenda à Constituição) tramitando no Congresso para alterar a lei dos magistrados, mas diz que ainda vai buscar mais informações sobre elas. "Vou fazer um exame, pois pelo que me disseram, [as PECs] não têm esse condão direto permitindo a exoneração sem vencimentos. Vamos examinar e, se elas precisarem de alguma emenda, vou conversar com integrantes da Ordem para ver se vamos fazer alguma coisa", disse.

Uma das ideias defendidas por Lamachia é que o juiz, ao ser condenado administrativamente pelo CNJ, não se aposente, mas tenha direito de, ao ser exonerado, receba de volta as contribuições previdenciárias. "Não precisa tirar tudo, mas ele não pode é contar com uma aposentadoria vitalícia", finalizou.


Conglomerado chinês compra seguradora Genworth Financials


A Genworth, fundada em 1871, tem cerca de quatro milhões de clientes com seguros de vida e também oferece seguros para empréstimos


Um conglomerado chinês anunciou a compra da seguradora americana Genworth Financials, cotada na bolsa de Nova York, por 2,7 bilhões de dólares.

A China Oceanwide Holdings, fundadora e principal acionista do China Minsheng Bank, ofereceu 5,43 dólares por ação, segundo o comunicado conjunto.

A compra é mais uma na onda de aquisições de grandes companhias chinesas no exterior este ano, que incluem o estúdio Hollywood Legendary, o fabricante alemão de robôs Kuka ou a química suíça Syngenta.

A Genworth, fundada em 1871, tem cerca de quatro milhões de clientes com seguros de vida e também oferece seguros para empréstimos.


A oferta representa 4,22% a mais que o valor das ações na sexta, no fechamento.

J&F negocia com Petros e Funcef para adquirir fatia da Eldorado


Holding J&F quer comprar fatia de 17% da Eldorado Celulose que pertence aos fundos Petros e Funcef




São Paulo – A Eldorado Brasil Celulose informou nesta segunda-feira que foi informada por sua controladora J&F Investimentos S.A. de que a mesma iniciou negociação com as fundações Petros e Funcef com o objetivo de adquirir participação na companhia de 17,06 por cento.

O fatia é representada pela totalidade da participação das Fundações no Florestal Fundo de Investimentos em Participações (FIP Florestal), equivalente a 49,50 por cento das quotas do FIP Florestal, que por sua vez detém 34,45 por cento das ações de emissão da Eldorado, de acordo com o fato relevante.

A Petros é o fundo de pensão dos funcionários da Petrobras e o Funcef é o fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica. A J&F, além da Eldorado, também controla a empresa de alimentos JBS.

Ainda de acordo com o fato relevante, a produtora de celulose diz que foi homologado em 21 de outubro de 2016, na 10ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal, aditivo a termo de compromisso celebrado em setembro para substituir garantias constantes no original por garantia de penhor de ações de emissão da Eldorado e quotas de emissão do FIP Florestal de titularidade da J&F, que representem 30 por cento de participação nas ações de emissão da companhia.

“Estas garantias deverão ser constituídas desde já e serão extintas caso a negociação entre J&F e fundações se concretize até 31 de março de 2017, mantendo-se suspensas todas as medidas cautelares que haviam sido impostas à companhia, à J&F e a seus executivos”, diz o comunicado.

Na semana passada, a Eldorado Brasil reportou forte queda no lucro do terceiro trimestre, para 11 milhões de reais, apesar de um recorde de produção no período, pressionada pela queda nos preços da celulose em dólares, combinada com a valorização do real.


Dólar sofre maior desvalorização desde 2009


O Brasil é o país latino cuja moeda mais se fortaleceu no ano




São Paulo — Do começo do ano para cá, o dólar desvalorizou pouco mais de 19%. Essa é a segunda maior depreciação da moeda norte-americana desde a implantação do Plano Real. A maior queda aconteceu em 2009, quando o dólar fechou o ano com variação negativa de 25,49% (veja mais no gráfico abaixo).

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Todos os dados são de um levantamento da consultoria Economatica, que usou o dólar Ptax como base para o estudo. A Ptax é a taxa de câmbio calculada diariamente pelo Banco Central que serve de referência para contratos.


Vizinhos


Na América Latina, o Brasil foi o país cuja moeda mais se fortaleceu no decorrer do ano ante o dólar. Em seguida, aparece a Colômbia, cuja moeda (peso colombiano) valorizou 6,84%, e o Chile, que viu sua moeda (peso chileno) valorizar 5,74% em relação ao dólar.

 
 
 

Variação do dólar Ptax frente ao real ano a ano

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Fonte: Economatica