sexta-feira, 23 de junho de 2023

Alckmin: Não há oposição do governo ao BC nem ao Copom

Geraldo Alckmin nega oposição ao Banco Central, mas critica decisão sobre  Selic | Exame

O presidente em exercício Geraldo Alckmin negou que haja uma oposição direta do governo contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o Comitê de Política Monetária (Copom), após a decisão pela manutenção da Selic em 13,75%. Em sua visão, contudo, é difícil entender a decisão da instituição monetária.

“É importante destacarmos que não há oposição do governo ao BC nem ao Copom”, declarou Alckmin, em coletiva de imprensa a jornalistas nesta quinta-feira, 21. “Mas a crítica é importante”, acrescentou, justificando que qualquer instituição pública pode ser criticada.

De acordo com Alckmin, a manutenção da taxa Selic não prejudica apenas a atividade econômica, na medida que inibe investimento e dificulta o comércio, mas também apresenta impacto fiscal.

“Não há nada pior para questão fiscal do que uma Selic desnecessariamente elevada”, declarou. O problema, na visão de Alckmin, é manter por muito tempo a taxa elevada. “Fica difícil de entender (decisão do Copom)”, emendou.

Questionado sobre uma politização de Campos Neto, indicado pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, Alckmin se esquivou a responder. “É difícil penetrar na consciência das pessoas, eu não vou fazer, mas vou mostrar fatos: o mesmo Banco Central em 2020, com inflação de 4%, tinha 2% de taxa Selic, hoje temos quase 14%”.

Sobre um possível apoio do governo pelo convite a Campos Neto para prestar esclarecimentos ao Senado, o presidente em exercício disse que o objetivo das críticas feitas “não é esse “.

Alckmin também foi questionado sobre uma possível prorrogação do programa de automóveis. O presidente em exercício também se esquivou a responder e disse que o programa está “indo muito bem” e apresentando uma procura enorme.

 

quinta-feira, 22 de junho de 2023

Teixeira: Plano Safra será ‘feminista’; incentivos serão na agricultura dirigida por mulheres

Veja quem é Paulo Teixeira, futuro ministro do Desenvolvimento Agrário |  Política | Valor Econômico

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, disse que o Plano Safra 2023/24 para a Agricultura Familiar será “feminista”. “Os estímulos vão estar centrados na agricultura que é dirigida por mulheres, na agroecologia, nos quintais produtivos, na produção de máquinas menores que sejam mais passíveis de (serem) trabalhadas pelas mulheres e o crédito para as mulheres vai ser muito subsidiado também na agroecologia. Vai ser um plano safra feminista”, disse Teixeira, em discurso ao receber a pauta de reivindicações da Marcha das Margaridas no Palácio do Planalto. O Plano Safra para Agricultura Familiar será lançado na próxima quarta-feira, 28, às 10h pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O ministro citou também outros programas voltados às mulheres entregues pelo governo este ano, como o fomento de R$ 50 milhões para assistência técnica e extensão rural para as produtoras rurais mulheres. “A metade do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) tem de ser comprada onde a agricultura seja liderada por mulheres”, observou.

De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), a pauta de reivindicações inclui 13 eixos temáticos. São eles: Democracia participativa e soberania popular; Poder e participação política das mulheres; Vida livre de todas as formas de violência, sem racismo e sem sexismo; Autonomia e liberdade das mulheres sobre o seu corpo e a sua sexualidade; Proteção da Natureza com justiça ambiental e climática; Autodeterminação dos povos, com soberania alimentar, hídrica e energética; Democratização do acesso à terra e garantia dos direitos territoriais e dos maretórios; Direito de acesso e uso da biodiversidade, defesa dos bens comuns; Vida saudável com agroecologia e segurança alimentar e nutricional; Autonomia econômica, inclusão produtiva, trabalho e renda; Saúde, Previdência e Assistência Social pública, universal e solidária; Educação Pública não sexista e antirracista e direito à educação do e no campo; e Universalização do acesso à internet e inclusão digital.
“Precisamos trabalhar bem essa pauta para que o governo possa apresentar mais avanços no seu próximo orçamento e, para isso, precisamos convencer o Congresso Nacional”, disse o presidente da Contag, Aristides Santos.

Segundo a confederação, a expectativa é que comecem as negociações com o Executivo e o Legislativo e que a resposta às demandas seja apresentada durante a Marcha das Margaridas, que ocorrerá em 15 e 16 de agosto em Brasília. Pelo governo federal, as negociações serão coordenadas pela ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, e pelo ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo.

 

Pela 1ª vez, São Paulo fica entre as dez cidades mais caras para super-ricos


Pela 1ª vez, São Paulo fica entre as dez cidades mais caras para super-ricos

ma pesquisa realizada pelo grupo suíço Julius Baer revela que a capital paulista subiu para o nono lugar entre os locais mais caros para a elite viver (Crédito: Diogo Moreira / Governo do Estado de São Paulo)

Os chamados super-ricos gastam mais em São Paulo do que em Miami para manter o padrão de vida. Uma pesquisa realizada pelo grupo suíço Julius Baer revela que a capital paulista subiu para o nono lugar entre os locais mais caros para a elite viver. É a primeira vez que a cidade aparece entre as 10 primeiras colocadas.

As cidades mais caras estão na Ásia, revela a quarta edição da pesquisa Global Wealth and Lifestyle Report (Relatório Riqueza Global e Estilo de Vida, na tradução literal). A liderança é de Cingapura, seguida por Xangai e Hong Kong.

Para apurar o custo de vida, a pesquisa leva em conta uma cesta de bens e serviços premium consumida por uma população com patrimônio acima de US$ 1 milhão (cerca de R$ 5 milhões) nas 25 cidades globais mais importantes do mundo. Nessa lista, estão, por exemplo, gastos com uísque, vinho e passagens aéreas em classe executiva. O levantamento foi realizado entre fevereiro e março deste ano.

“Essa (posição de São Paulo) foi a grande surpresa”, afirma Esteban Polidura, chefe de estratégia de investimento nas Américas do Julius Baer. “Há uma combinação de fatores em São Paulo. A mais importante tem a ver com produtos importados. No Brasil, as taxas (para importação) são mais altas do que em outros países.”

São Paulo vem subindo de posição a cada levantamento. Em 2021, ocupava a 21ª colocação e, no ano seguinte, pulou para o 12º lugar.

RECORTES

Em um recorte detalhado, a pesquisa mostra que, São Paulo, por exemplo, tem o custo mais elevado, entre todas as cidades, para comprar bicicleta, bolsa feminina, terno masculino, produtos de tecnologia, relógio e uísque.

Com a presença de Nova York, São Paulo e Miami entre os dez locais mais caros do mundo, a região das Américas passou a figurar como a segunda região que mais demanda recursos financeiros para manter o padrão de vida, superando o grupo de cidades de Europa, Oriente Médio e África e ficando atrás apenas da Ásia.

INFLAÇÃO EM ALTA

No levantamento deste ano, a pesquisa identificou que o custo de vida para os super-ricos, medido em dólar, aumentou 6% nos últimos 12 meses, e subiu 13% nas moedas locais.

No Brasil, o avanço foi de 18,4%. “A alta dos preços em moeda local foi pior, porque o dólar se mostrou forte nos últimos meses”, diz Polidura.

A alta dos preços globais é explicada basicamente por dois fatores. Primeiro, há uma alta de preços das matérias-primas e suprimentos, observada desde o auge da pandemia e influenciada pela desorganização das cadeias produtivas.

E, segundo, há uma demanda por bens e serviços, antes reprimida, e, que com o fim da fase aguda da crise sanitária, começou a ser extravasada. “O mais interessante dessa pesquisa é que ela capta todo o processo inflacionário que temos visto, pelo menos, nos últimos 12 meses”, afirma Polidura.

Essa maior demanda fica evidente quando se olha o aumento de custo medido em dólar de suíte de hotel (15,25%) e passagem de avião de classe executiva (10,13%). Na pandemia, para conter a propagação do coronavírus, os países fecharam as suas fronteiras, prejudicando todo o setor de turismo global.

“As pessoas das nossas pesquisas conseguem salários maiores, mas também estão gastando mais. O resultado líquido disso é que, em relação aos investimentos, elas precisam olhar para melhores retornos (nas suas aplicações)”, diz Polidura. O Julius Baer está presente em 25 países e tem US$ 477 bilhões em ativos sob gestão.

MERCADO

No Brasil, o segmento de luxo está em ascensão. Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Luxo (Abrael), em 2020, mesmo com a pandemia, o mercado de luxo teve um faturamento de US$ 5,2 bilhões (por volta de 25 bilhões). Em 2021, as vendas cresceram 51,74% em relação ao ano anterior e em 2022 também houve um crescimento de mais de 50%.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

Parque Tecnológico São José dos Campos - 35th Space Studies Program

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O Parque Tecnológico de São José dos Campos será palco para a abertura oficial do SSP23 (Space Studies Program), iniciativa organizada pela International Space University (ISU).
O SSP é considerado o mais importante e abrangente programa de treinamento na área espacial, tendo formado cerca de 5.000 profissionais de mais de 100 países. Será a primeira vez que o programa será realizado no Brasil.Durante 9 semanas, São José dos Campos será a capital mundial dos estudos relacionados ao espaço. A cidade receberá cerca de 300 pessoas de 50 países diferentes, incluindo professores, estudantes, astronautas e líderes mundiais de agências espaciais.Além do propósito acadêmico, o SSP representa uma vitrine internacional. Instituições e empresas que atuam na área espacial poderão mostrar suas capacidades, fortalecer contatos e estabelecer acordos comerciais e cooperações internacionais.Durante o período do programa, astronautas e personalidades ilustres do setor irão transitar por São José dos Campos e participarão de eventos abertos ao público em geral, como painéis com astronautas, palestras, competições de robôs e lançamento de foguetes, além de outras atividades voltadas para a popularização da ciência e das atividades espaciais.Para acompanhar a cerimônia de abertura acesse o link: https://lnkd.in/dx94jti9 #pqtecsjc

 

Homens ganhavam, em 2021, 16,3% a mais que mulheres, diz pesquisa

 

cemprebr (@cemprebr) / Twitter

Os homens eram maioria entre os empregados por empresas e também tinham uma média salarial 16,3% maior que as mulheres em 2021, indica a pesquisa Cadastro Central de Empresas (CEMPRE), divulgada nesta quarta-feira (21), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O estudo mostra que, naquele ano, os homens receberam, em média, R$ 3.484,24, enquanto as mulheres, R$ 2.995,07. O salário médio pago pelas empresas teve queda em 2021, passando de R$ 3.353,07 para R$ 3.266,53.

Crescimento

Apesar da desigualdade, o levantamento também sinalizou que a participação feminina no mercado de trabalho voltou a crescer, depois de ter recuado no primeiro ano da pandemia de covid-19 (2020). Em 2021, cresceu de 44,3% para 44,9%. Já os homens ocupavam 55,1% dos postos de trabalho nas empresas naquele ano.

A série histórica – iniciada em 2009 – evidencia um avanço gradual da participação feminina entre os funcionários das empresas. No primeiro ano da pesquisa, as mulheres ocupavam 41,9% das vagas, três pontos percentuais a menos.

Em 2021, o número de empresas e organizações contabilizado pelo estudo cresceu no país 5,8%, chegando a 5,7 milhões, e a quantidade de sócios e proprietários subiu 5,1%, somando 7,7 milhões. Já o total de pessoas ocupadas por essas organizações chegou a 47,6 milhões, avançando 4,9% frente a 2020.

quarta-feira, 21 de junho de 2023

De Saída do Brasil - Makro vende loja em SP para o Grupo Pereira



De Saída do Brasil
  Dono das bandeiras Fort Atacadista e Comper, o Grupo Pereira comprou um ponto comercial do Makro Atacadista localizado em Santos, no litoral de São Paulo. Segundo informações do jornal Estadão, a transação já foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), sem restrições. O imóvel deverá receber a segunda unidade do Grupo Pereira no estado, onde já está presente na cidade de Jundiaí. Atualmente, a empresa soma 104 unidades de negócio distribuídas por Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul, além do Distrito Federal. Em dois anos, a meta do Grupo Pereira é abrir dez lojas em São Paulo, incluindo sua chegada à capital. 

Desmobilização do Makro
 
  O negócio faz parte do movimento de saída do Makro do Brasil. Depois de vender 29 lojas para o Grupo Carrefour Brasil em 2020 e, mais recentemente, 16 imóveis e 11 postos de gasolina para o Grupo Muffato, a rede ficou com oito lojas em São Paulo. Agora, com a venda de um ponto comercial ao Grupo Pereira, restam sete lojas em funcionamento, que seguem à venda. Das sete unidades que ainda pertencem ao Makro, uma fechou as portas na última sexta-feira (16), em Ribeirão Preto. No site da rede, constam apenas os endereços de quatro pontos de venda: Butantã, Vila Maria, Franca e São José dos Campos.

 

Cade inicia julgamento sobre venda da Lubnor pela Petrobras para a Grepar

Cade julga venda da Lubnor para Grepar na próxima quarta (7)

O Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) começou a julgar nesta quarta-feira, 21, a venda da refinaria da Petrobras no Ceará, Lubnor (Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste), para a Grepar Participações. Líder na produção de asfalto no País, a unidade utiliza o petróleo pesado produzido no Espírito Santo e no Ceará, com capacidade de processar 8 mil barris por dia.

O negócio foi fechado com a Grepar há cerca de um ano, por US$ 34 milhões, com pagamento de US$ 3,4 milhões à vista. Em dezembro do ano passado, a Superintendência-Geral do Cade aprovou a operação sem restrições. Houve, contudo, um pedido de revisão da venda por parte das empresas concorrentes, que se sentiram afetadas pela decisão, como a Asfaltos Nordeste.

A Lubnor integra a lista de oito refinarias que a Petrobras se dispôs a vender no governo Bolsonaro para evitar processos de concentração de mercado.

Se o Cade concordar com a venda, esta será a quarta refinaria vendida pela estatal.

No governo Bolsonaro, foram vendidas a Refinaria Landulpho Alves (atual Refinaria de Mataripe), na Bahia; a Refinaria Isaac Sabbá (Remam), no Amazonas; e a SIX, de produção a partir do xisto, no Paraná.