Resultado é o menor para o mês em três anos, informa Ministério da Economia
A queda nas exportações fez a
balança comercial fechar março com o menor saldo positivo em três anos.
No mês passado, o Brasil exportou US$ 4,99 bilhões a mais do que
importou. O saldo representa recuo de 22,2% em relação ao superávit de
US$ 6,42 bilhões registrado em março do ano passado e é o menor para o
mês desde 2016. No mês passado, o país exportou US$ 18,12 bilhões, queda
de 1% em relação a março do ano passado pelo critério da média diária.
As importações somaram US$ 13,130 bilhões, com ala de 5,1% também pela
média diária.
Com o
resultado de março, a balança comercial acumula superávit (exportações
menos importações) de US$ 10,889 bilhões nos três primeiros meses do
ano, com recuo de 11,1% na comparação com o mesmo período de 2018,
quando o superávit tinha atingido US$ 12,243 bilhões. Nos três primeiros
meses do ano, as exportações somaram US$ 53,026 bilhões, retração de 3%
em relação ao mesmo período de 2018 pelo critério de média diária. As
importações totalizaram US$ 42,138 bilhões, recuo de 0,7% na mesma
comparação.
Em
março, as exportações de produtos básicos aumentaram 7,9% em relação ao
mesmo mês do ano passado, com destaque para algodão bruto (+123,6%),
milho em grãos (+86,7%), fumo em folhas (+38,9%) e farelo de soja
(+30,2%). A venda de produtos semimanufaturados caiu 0,5%, puxada por
açúcar bruto (-34,6%), celulose (-12%) e couros e peles (-10,8%). A
principal queda nas exportações ocorreu com os produtos manufaturados,
cujas vendas caíram 6,5% em relação a março do ano passado. As maiores
retrações foram na venda de veículos de carga (-68,2%), óleos
combustíveis (-49,6%), automóveis de passageiros (-41,4%) e autopeças
(-13,4%). A maior parte dessa queda é efeito da crise na Argentina,
principal comprador de produtos industrializados do Brasil e terceiro
maior parceiro comercial do país. Somente em março, as exportações para o
país vizinho caíram 48,4%.
Depois
de o saldo da balança comercial ter encerrado 2018 em US$ 58,959
bilhões, o segundo maior resultado positivo da história, o mercado
estima um superávit menor em 2019 motivado principalmente pela
recuperação da economia, que reativa o consumo e as importações. Segundo
o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras
divulgada pelo Banco Central, os analistas preveem superávit de US$
50,25 bilhões para este ano. O Ministério da Economia ainda não fez
projeções oficiais para o saldo da balança comercial em 2019.
http://www.amanha.com.br/posts/view/7304
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