Subsecretário do MDIC destacou ações do governo em palestra no Sul
Ao palestrar no lançamento
oficial da 47ª edição do Prêmio Exportação RS, promovido pela Associação
dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Rio Grande do Sul (ADVB/RS), em
Porto Alegre, o subsecretário de inteligência e estatísticas de
comércio do MDIC exaltou a fusão dos ministérios da área econômica. A
partir do início do governo de Jair Bolsonaro, o Ministério da Fazenda, o
do Planejamento, o da Indústria e Comércio e parte do Trabalho foram
fundidos no Ministério da Economia. “A junção afasta a possibilidade de
pensamentos e políticas divergentes travarem o desenvolvimento das
ações, há uma maior coesão da equipe. A área de Inteligência e
Estatística é nova e tem o importante papel de servir de apoio às
tomadas de decisões, baseado em fatos concretos, não impressões ou
suposições”, explicou Herlon Brandão (foto).
O
subsecretário falou ainda sobre ações que estão sendo desenvolvidas pelo
novo governo. “O Brasil vem caindo no ranking de participação na
exportação mundial e isso também passa por acordos comerciais não
concluídos. Nossa expectativa é focar apenas em negociações que já estão
abertas, algumas há muitos anos, para criarmos novas oportunidades”,
destacou. Outra referência feita pelo palestrante foi a alta carga
tarifária aplicada no Brasil que, segundo ele, está no radar do governo.
“O Brasil é um dos países com a economia mais fechada do mundo, não
podemos manter barreiras que dificultam o desenvolvimento das empresas. O
governo não exporta, quem exporta são as empresas e, para que isso
ocorra, precisamos criar condições favoráveis e que gerem
competitividade”, defendeu.
Em
entrevista, Brandão afirmou não ver prejuízos na aproximação do Brasil
com o Estado de Israel e o desconforto que o fato tem provocado nas
relações comerciais com os países do Oriente Médio. “Somos um grande
produtor de alimentos. Somos o maior exportador de carne de frango do
mundo, por exemplo, e um dos maiores exportadores de carne bovina. E
esses países têm necessidade de importar. Nos negócios, eles costumam
ser muito pragmáticos e eu não vejo as relações comerciais sendo
prejudicadas. O Brasil é um grande competidor, pode oferecer produtos de
qualidade, mantém preços acessíveis e continuará sendo muito
demandado”, crê Brandão.
Rafael Biedermann, presidente da
ADVB-RS, tem uma expectativa positiva sobre as exportações brasileiras
neste ano. “Acho que com o patamar de dólar que temos hoje [próximo de R$ 4]
e com as reformas que estão se construindo, principalmente a da
Previdência, serão injetados novos recursos no Brasil e isso
potencializará as exportações aqui no Rio Grande do Sul também”, prevê. A
cerimônia de entrega da 47ª edição do Prêmio Exportação RS será dia 6
de junho. Antes disso, a entidade promoverá em maio o café de divulgação
dos vencedores. Considerado o maior evento do segmento do país, o
Prêmio Exportação RS distingue empresas que obtiveram os melhores
resultados mercadológicos e desenvolveram estratégias inovadoras para
expor e comercializar seus produtos no mercado internacional.
http://www.amanha.com.br/posts/view/7424
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