Curitiba, Cascavel, Cambé, Londrina e Maringá, todas no Paraná, são as melhores colocadas na região Sul, segundo Abes
Todos os requisitos para
ofertar à população um sistema de saneamento básico adequado são
cumpridos por 85 municípios brasileiros, de acordo com o Ranking da
Universalização do Saneamento, divulgado nesta segunda-feira (17) pela
Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes). As
cidades foram avaliadas quanto à oferta de serviços de abastecimento de
água, coleta e tratamento de esgoto, coleta e destinação adequada de
resíduos sólidos. Em cada uma das cinco categorias, as cidades receberam
uma nota que vai até 100. Aqueles que tiveram um desempenho, com a soma
das notas acima de 489, ocuparam o topo do ranking e foram
classificados como municípios Rumo à Universalização. Na outra ponta, na
base do ranking, estão aqueles que obtiveram nota abaixo de 200 e foram
classificados como Primeiros Passos para a Universalização. Ao todo,
251 dos municípios avaliados ficaram nessa faixa. Há mais duas
classificações intermediárias, a de Empenho para Universalização, com
notas entre 200 e 449,99, que concentra a maioria dos municípios
avaliados, 1.308; e a de Compromisso com a Universalização, com 224
municípios que obtiveram notas entre 450 e 489.
As
27 capitais brasileiras estão presentes no ranking. Das capitais,
Curitiba (na foto, a Estação de Tratamento de Água Iguaçu, da Sanepar)
está na categoria Rumo à Universalização, nove capitais na categoria
Compromisso com a Universalização (Porto Alegre entre elas), 16 na
categoria Empenho para a Universalização (Florianópolis se encontra
nessa lista) e Porto Velho na categoria Primeiros Passos para a
Universalização. Os destaques do interior na categoria Rumo à
Universalização, no Sul, são, pela ordem, Cascavel, Cambé, Londrina e
Maringá, todas no Paraná. Foz do Iguaçu (PR), Balneário Camboriú (SC),
Toledo (PR), Guarapuava (PR) e Apucarana (PR) são os cinco melhores
municípios da região na categoria Compromisso com a Universalização. “O
grande ganho do saneamento não está em si próprio, está na redução das
doenças de veiculação hídrica. Esse é o grande ganho que os governantes
têm de entender para poder promover mais obras, mais serviços de
saneamento”, contextualiza Roberval Tavares de Souza, presidente da
Abes.
Ao
todo, participaram do estudo 1.868 municípios, que são os que possuem
os dados necessários para serem ranqueados. Os demais 3,7 mil municípios
brasileiros sequer possuem essas informações. Os dados divulgados nesta
edição do ranking são referentes a 2017. Pelo Plano Nacional de
Saneamento Básico (PNSB), o Brasil tem até 2033 para universalizar o
saneamento básico. “Saneamento é, dentro dos itens da infraestrutura, o
item que tem a pior classificação. O saneamento não é tratado como
prioridade na grande maioria dos municípios. Prioridade de Estado é
palavra-chave para que a gente possa avançar nos indicadores de
saneamento do país”, reafirmou Souza.
O Ranking Abes da Universalização do Saneamento (veja o estudo completo aqui)
é um instrumento de avaliação do setor no Brasil. Ele apresenta o
percentual da população das cidades brasileiras com acesso aos serviços
de abastecimento de água, coleta de esgoto e de resíduos sólidos, além
de aferir o quanto de esgoto recebe tratamento e se os resíduos sólidos
recebem destinação adequada. Desse modo, permite identificar o quão
próximo os municípios estão da universalização do saneamento. O ranking
de 2019 reúne 1.868 municípios, representando 68% da população do país e
mais de 33% dos municípios brasileiros que forneceram ao Sistema
Nacional de Informações de Saneamento as informações para o cálculo de
cada um dos cinco indicadores utilizados no estudo.
http://www.amanha.com.br/posts/view/7691
Nenhum comentário:
Postar um comentário