sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Gerdau vê operações no Brasil operando no vermelho, mas mostra otimismo sobre 2026

 

O presidente-executivo da Gerdau, Gustavo Werneck, afirmou nesta sexta-feira, 31, que “boa parte” das operações de produção de aço da empresa no Brasil estão mostrando prejuízo, pressionadas por importações elevadas.

Mas, diferente de comentários feitos meses atrás, o executivo se mostrou mais otimista durante entrevista a jornalistas nesta manhã, com as perspectivas de ações mais concretas do governo federal para conter o fluxo de material que tem chegado ao país, principalmente da China.

“Demora demais a aplicar medidas antidumping, mas temos visto progresso e é uma das possibilidades que enxergamos como mais concretas”, disse o executivo.

Segundo o vice-presidente financeiro da Gerdau, Rafael Japur, a empresa tem visto “de forma concreta” trabalho de técnicos do governo buscando as empresas siderúrgicas do país para avaliar os dados do setor.

“Efetivamente está havendo um avanço do corpo técnico”, disse Japur, acrescentando que as duas principais investigações para a Gerdau – envolvendo fio máquina e bobinas a quente – devem ter decisões de aplicação de antidumping “em meados do final” do segundo trimestre de 2026.

Segundo Werneck, a empresa ainda não conseguiu operar a plena capacidade o novo laminador de bobinas a quente instalado na usina de Ouro Branco (MG) por causa de importações elevadas do produto no Brasil.

A Gerdau inaugurou o equipamento com capacidade de 250 mil toneladas por ano em março deste ano, após investimento de R$1,5 bilhão.

Werneck afirmou que a previsão de importações de aço no Brasil este ano atinge um volume de 6 milhões de toneladas, suficiente para quase 30% da demanda brasileira pela liga.

E se não vier?

O executivo comentou a analistas que caso as expectativas de medidas mais duras de defesa comercial pelo governo brasileiro não sejam cumpridas, a Gerdau precisará “acelerar as medidas de transformação e rever nossas rotas de produção” no país.

Atualmente, a Gerdau produz aço no Brasil a partir de sucata, que utiliza fornos elétricos; a partir de minério de ferro e carvão em usina integrada, e utilizando carvão vegetal. A eventual revisão dos negócios do grupo no Brasil também envolverá a área de mineração, para determinar “se faz sentido continuar crescendo”, afirmou.

“Vamos ter que acelerar as mudanças”, disse o executivo se referindo à possibilidade de importações de aço pelo Brasil continuarem elevadas, tirando mercado nacional de produtores instalados no país.

A área de negócios Brasil da Gerdau teve margem de lucro operacional medida pelo Ebitda de 9,9% no terceiro trimestre, ante 19,8% das operações na América do Norte, que estão se beneficiando da guerra tarifária de Donald Trump. A margem brasileira ficou abaixo até das operações da empresa no restante da América do Sul, que foi 17% de julho a setembro.

Na América do Norte, as medidas de proteção comercial de Trump nos Estados Unidos devem seguir incentivando a indústria local a consumir aço produzido no país com boa rentabilidade. Werneck citou como exemplo o setor de centrais de processamento de dados, que apenas este ano está construindo instalações que ocupam uma área do tamanho de 800 campos de futebol, nas contas do executivo.

No México, onde a empresa resolveu em fevereiro congelar planos para a construção de uma usina de aços especiais de US$600 milhões voltada ao setor automotivo, Werneck afirmou que a empresa não vai “tirar da gaveta” o projeto logo após a revisão do acordo comercial entre EUA, México e Canadá, o USMCA, em 2026.

Segundo ele, “temos que ser cautelosos numa decisão dessas de colocar um valor relevante que depois pode nos criar lentidão em outras alocações de capital que acharmos mais relevantes”.

Voltando ao Brasil, Japur afirmou que os resultados da empresa não “atingiram um piso” após a fraqueza do terceiro trimestre, diante da sazonalidade dos três últimos meses do ano. A empresa também deve realizar algumas paradas de manutenção de instalações no período no país, disse o executivo.

Para o ano que vem, Werneck afirmou que as operações brasileiras devem apresentar desempenho melhor que este ano, por meio de “alguns ganhos adicionais de performance” e pela entrada em operação do projeto de mineração da empresa em Minas Gerais, cujo minério de alta concentração de ferro (65%) ajudará em redução de custos de carvão e produzirá excedente para venda a terceiros. O projeto está em fase pré-operacional com início de operação previsto para o atual trimestre. “Vai trazer benefício importante para nosso Ebitda”, afirmou. Atualmente, a produção de minério da Gerdau é para consumo próprio na usina de Ouro Branco (MG).

Ação da Amazon dispara com boom da IA impulsionando crescimento da AWS

 

As ações da Amazon saltavam quase 12% nas negociações de antes da abertura do pregão nesta sexta-feira, depois que o forte crescimento em sua unidade de nuvem e uma perspectiva de vendas otimista aliviaram os temores de que a gigante da tecnologia estivesse ficando para trás em relação aos rivais na corrida pela inteligência artificial.

A receita da Amazon Web Services, que é o principal foco dos recentes investimentos da empresa em IA, cresceu 20% no terceiro trimestre, comparada com 40% do Microsoft Azure e 34% do Google Cloud.

No entanto, analistas afirmaram que a aceleração representou um potencial ponto de virada para a Amazon.

Amazon Web Services

A receita trimestral da empresa no segmento de serviços em nuvem, de US$33 bilhões, é mais do que o dobro da receita do Google, de US$15,16 bilhões.

“Definitivamente, havia a preocupação de que a AWS perdesse participação de mercado para o Microsoft Azure e o Google Cloud”, disse Jed Ellerbroek, gerente de portfólio da Argent Capital.

A empresa sediada em Seattle tem contado com a forte demanda de nuvem para compensar as pressões sobre o comércio eletrônico, à medida que os gastos dos consumidores diminuem em meio à incerteza tarifária e à inflação.

Ainda assim, as preocupações com seu ritmo mais lento na conquista de grandes negócios de IA pesaram sobre as ações, que subiram apenas 1,6% este ano, tornando-se o pior desempenho entre as “Sete Magníficas”.

Megaoperação é apoiada por 87,6% dos moradores de favelas do Rio, diz Atlas

 


Quando é analisado o grupo de pessoas que moram em favelas no Brasil todo, 80,9% aprovam ação

 

Operação deixou 121 mortos no Rio de Janeiro
Operação deixou 121 mortos no Rio de Janeiro Foto: REUTERS/Ricardo Moraes

Pesquisa Atlas divulgada nesta sexta-feira, dia 31, mostra que 87,6% dos moradores de favelas da cidade do Rio de Janeiro apoiam a megaoperação contra Comando Vermelho que ocorreu esta semana e que causou 121 mortes na capital fluminense — incluindo quatro policiais. Quando é analisado o grupo de pessoas que moram em favelas no Brasil todo, 80,9% aprovam a operação.

A ofensiva policial divide mais as opiniões entre aqueles que não vivem em comunidades. Na capital do Rio de Janeiro, 55% são a favor e 40,5% contrários à megaoperação; a nível nacional, são 51,8% a 45,4%. De uma forma geral, a população da cidade do Rio aprova a ação policial (62,2%). Os que desaprovam somam 34,2% e aqueles que não sabem são 3,6%. No Brasil como um todo, 55,2% aprovam a operação e 42,3% desaprovam. 2,5% não souberam responder.

Os entrevistados também foram questionados se testemunharam algum crime ou incidente de segurança pública nos últimos três meses. Na cidade do Rio de Janeiro, 57,6% disseram que sim e 42,4% afirmaram que não. Em todo o País, a maioria da população (73,8%) não testemunhou nenhum delito. No entanto, 26,2% disseram que sim. Em relação aos moradores de favelas, 64,8% afirmaram que testemunharam algum crime nos últimos três meses. A situação é parecida com a enfrentada por moradores de favelas do restante do Brasil: 70,3% disseram que viram algum incidente de segurança pública no último trimestre.

A população também fez uma avaliação a respeito do nível de criminalidade em suas cidades neste momento. Na cidade do Rio de Janeiro, 70% avaliou o nível como muito alto. 25,1% disse ser alto e 3,2% afirmou ser regular. 1,7% considera o nível muito baixo e 0,1% considera baixo. No Brasil, a população avaliou esse nível como regular (38,7%) ou alto (23,5%), em sua maioria. Além disso, 17,8% das pessoas entrevistadas acham que o nível é baixo e 11,1% entendem que é muito alto. 8,9% responderam que o nível é muito baixo.

Moradores do município do Rio afirmam também que acreditam que a situação da criminalidade na cidade está piorando (83,8%). No Brasil, essa percepção é bem menor (48%). Além disso, 79,6% da população da cidade do Rio teve medo no dia da megaoperação por conta da violência na região. Porém, a opinião de 34,4% da população do Rio é a de que o impacto da ação será muito positivo sobre a segurança pública do Rio de Janeiro. 19,3% afirmam que será positivo.

Por outro lado, 17% dos entrevistados acreditam que o impacto será muito negativo e 9,5% acreditam que será negativo. 15,6% estão enxergando a situação como de pouco ou nenhum impacto, enquanto 4,2% não souberam responder. A pesquisa ouviu 1.089 pessoas adultas e brasileiras durante os dias 29 e 30 de outubro. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.

Avaliação de Castro na segurança supera a de Lula no RJ, diz Atlas

 


A aprovação do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), é ainda pior do que a do presidente


O governador Cláudio Castro e o presidente Lula: caminhos políticos cruzados após megaoperação policial
O governador Cláudio Castro e o presidente Lula: caminhos políticos cruzados após megaoperação policial
Foto: Ricardo Stuckert/PR

O desempenho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na gestão da segurança pública é aprovado por 27% na capital fluminense, que consideram a gestão ótima ou boa, e desaprovado por 59%, que pensam que a gestão é ruim ou péssima. Aqueles que acreditam que ela é regular somam 12%. Isso é o que mostra a pesquisa Atlas divulgada nesta sexta-feira, dia 31.

O levantamento também mostrou que a aprovação do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) supera a do petista na cidade. 36% da população local disse considerar o desempenho dele ótimo ou bom. 45% disse que ele é ruim ou péssimo e 17% considera a gestão do político regular. A aprovação do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), é ainda pior do que a de Lula: 13% consideram seu trabalho na área ótimo ou bom, enquanto 38% avaliam a gestão como ruim ou péssima e 45% acreditam ser regular.

A pesquisa foi feita depois da megaoperação contra o Comando Vermelho que ocorreu esta semana e que causou 121 mortes na capital fluminense, incluindo quatro policiais. O levantamento ouviu 1.089 pessoas adultas e brasileiras durante os dias 29 e 30 de outubro. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.

 O estudo também pediu para a população fazer uma avaliação a respeito do nível de criminalidade em suas cidades neste momento. Na cidade do Rio de Janeiro, 70% avaliou o nível como muito alto. 25,1% disse ser alto e 3,2% afirmou ser regular. 1,7% considera o nível muito baixo e 0,1% considera baixo. No Brasil, a população avaliou esse nível como regular (38,7%) ou alto (23,5%), em sua maioria. Além disso, 17,8% das pessoas entrevistadas acham que o nível é baixo e 11,1% entendem que é muito alto. 8,9% responderam que o nível é muito baixo.

Moradores do município do Rio afirmam também que acreditam que a situação da criminalidade na cidade está piorando (83,8%). No Brasil, essa percepção é bem menor (48%). Além disso, 79,6% da população da cidade do Rio teve medo no dia da megaoperação por conta da violência na região. Porém, a opinião de 34,4% da população do Rio é a de que o impacto da ação será muito positivo sobre a segurança pública do Rio de Janeiro. 19,3% afirmam que será positivo. Por outro lado, 17% dos entrevistados acreditam que o impacto será muito negativo e 9,5% acreditam que será negativo. 15,6% estão enxergando a situação como de pouco ou nenhum impacto, enquanto 4,2% não souberam responder.

Número de desempregados no Brasil é o mais baixo já registrado pelo IBGE

 

O número de desempregados no Brasil renovou o piso da série histórica iniciada em 2012, descendo a 6,045 milhões de pessoas no trimestre terminado em setembro. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ao mesmo tempo, a população ocupada registrou o maior contingente já registrado, com 102,433 milhões de trabalhadores.

O número de desempregados caiu 3,3% (ou menos 209 mil pessoas) na comparação com o trimestre anterior e 11,8% (menos 809 mil pessoas) em um ano.

No início do terceiro mandato do presidente Lula, o total de brasileiros desempregados somava 9,2 milhões. O maior número da série histórica foi registrado no primeiro trimestre de 2021, quando o contingente chegou a quase 15 milhões. Veja gráfico abaixo:

Evolução do número de desempregados no Brasil (Crédito:Divulgação/IBGE)

Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, “o nível da ocupação em patamares elevados nos últimos meses, indica a sustentabilidade da retração do desemprego ao longo de 2025”.

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 5,6% no trimestre encerrado em setembro. Esta taxa repetiu o patamar do trimestre terminado em agosto, mantendo-se assim no menor resultado em toda a série histórica da Pnad Contínua.

A taxa composta de subutilização da força de trabalho foi de 13,9%, a mais baixa da série iniciada em 2012. A população subutilizada ficou somou 15,804 milhões de pessoas, a menor desde o trimestre terminado em dezembro de 2014.

O contingente de subocupados por insuficiência de horas foi de 4,535 milhões, o mais baixo desde o trimestre até abril de 2016.

Quem o IBGE considera desempregado?

Pela metodologia do IBGE, são classificadas como desocupadas as pessoas sem trabalho (que geram rendimentos para o domicílio) e que tomaram alguma providência efetiva para conseguir uma ocupação nos últimos 30 dias, e que estavam disponíveis para trabalhar na sema de referência da pesquisa.

Também são classificadas como desocupadas as pessoas que não procuraram trabalho no mesmo período porque já haviam acertado algum início de ocupação em futuro próximo (máximo de 3 meses após o último dia da semana de referência).

Massa de rendimento bate novo recorde

A massa de rendimento médio real bateu novo recorde, chegando a R$ 354,6 bilhões com estabilidade no trimestre e alta de 5,5% (mais R$ 18,5 bilhões) no ano.

O rendimento médio real habitual dos trabalhadores também foi recorde, ficando estatisticamente estável no trimestre e crescendo 4% no ano.

Adriana Beringuy observa que “mesmo em estabilidade no trimestre atual, a massa de rendimento registra valor recorde devido a ganhos de rendimento real e expansão do contingente de trabalhadores alcançados no primeiro semestre de 2025”.

Com informações da Agência Estado

P&G Brasil anuncia novas lideranças femininas

 

Imagem destaque: P&G Brasil anuncia novas lideranças femininas


  A P&G Brasil, detentora de marcas como Pantene, Downy, Gillette, Pampers e Always, anunciou promoções internas estratégicas de lideranças femininas. Marjorie Teixeira retorna ao país como Diretora de Hair Care Brasil e Talkability. A executiva, que ocupava o cargo de Líder de Comunicação Corporativa e de Marca na P&G América Latina, trabalha na companhia há 14 anos, passando por cadeiras como Diretora de Comunicações e Operações de Marca, Gerente de Comunicação de Marcas e Gerente de Produto da Pantene Brasil. Já Thaís Torritani passa a ocupar o cargo de Diretora Sênior de Compras. 

A profissional está na companhia há 13 anos e foi responsável pela integração de cidadania corporativa em Compras globalmente. Thaís é a primeira mulher brasileira a ocupar a posição. Por fim, Érica Visnadi é a nova Diretora Sênior de Finanças. Há 11 anos na companhia, a executiva fez carreira em finanças comercial.

 

 https://gironews.com/informacoes-de-fornecedores/pg-brasil-realiza-promocoes-internas-estrategicas-de-liderancas-femininas/

Volkswagen vai produzir seu 1º carro híbrido flex no Brasil em 2026

 

A Volkswagen do Brasil anunciou nesta sexta-feira (31) que seu primeiro carro híbrido flex será lançado no próximo ano. “A partir de 2026, todo novo Volkswagen desenvolvido pela nossa Engenharia e fabricado na Região América do Sul terá versões eletrificadas. Vamos oferecer híbridos em todas as modalidades possíveis: híbridos leves, híbridos e híbridos plug-in”, garantiu Ciro Possobom, presidente e CEO da fabricante alemã.  


VW Tera TSI manual – Foto: Lucca Mendonça

Volkswagen não informa qual modelo

O primeiro híbrido da marca no Brasil será construído sobre a plataforma MQB37 e produzido na fábrica da Anchieta, a mais antiga da empresa no País. A marca não abriu qual será o modelo estreante da tecnologia, que combina eletricidade à motorização bicombustível. 

“Estamos atuando para impulsionar a indústria nacional, que desenvolve e produz carros aqui, gerando empregos e acelerando a economia”, acrescentou o executivo.  

Volkswagen
Linha de produção do novo VW Golf (Divulgação) (Crédito:Estadão Conteúdo)

O anúncio contou com a presença do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin; do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante; e do chairman executivo da Volkswagen Região América do Sul, Alexander Seitz.  

Aporte de R$ 2,3 bilhões

De acordo com a empresa, para impulsionar as exportações e desenvolver novas tecnologias de eletrificação, a Volkswagen do Brasil adquiriu linhas de crédito de R$ 2,3 bilhões junto ao BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social). O aporte também inclui o desenvolvimento de tecnologias de ADAS (Advanced Driver Assistance Systems, em português Sistemas Avançados de Assistência ao Condutor) e de conectividade (infotainment). 

Fábrica de Anchieta, em São Bernardo do Campo – Crédito: Divulgação

“O apoio do BNDES à inovação de empresas brasileiras está no cerne da política industrial do governo do presidente Lula. Uma indústria mais inovadora, capaz de desenvolver tecnologias aliadas à descarbonização no setor automotivo é uma indústria que olha para o futuro. E o futuro é a transição energética”, declarou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. 

Alckmin já teve vários Volks

“Estamos em uma fábrica com F maiúsculo. Por que não apenas fabrica, mas planeja. Aqui está um exemplo da nova indústria do Brasil. Estamos à beira da COP30, e o Brasil é um exemplo de sustentabilidade” , disse Alckmin. 

Volkswagen
Encontro de executivos na coletiva do Inovar Aqui – Foto: Rodrigo Mora

“Eu tive a minha vida inteira Fusca. Vários. Depois Variant, Passat, Gol e por último, Polo”, declarou o vice-presidente da República. 

quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Água com proteína? JBS fecha acordo com Mamba Water, marca de Letícia Bufoni e Pedro Scooby

 

A maior processadora de proteína animal do mundo está entrando em um novo segmento, mas como fornecedora de ingredientes. A JBS fechou um acordo para fornecer colágeno para a Mamba Water, marca de água enlatada do surfista Pedro Scooby e da skatista Letícia Bufoni.

A marca de água está colocando no mercado a primeira água enlatada com proteína do Brasil, a Mamba Water Protein. Serão 20 gramas de proteína de colágeno em cada lata, que está chegando ao varejo ao longo do mês de outubro.

“A Mamba Protein é um produto para quem tem um estilo de vida ativo, que une duas necessidades do nosso corpo: a hidratação e a ingestão de proteína. Sabemos que nem sempre consumimos a quantidade ideal de água e proteína diariamente, e essa é uma união perfeita que se encaixa para quem busca essas metas diárias de consumo,” afirma Felipe Della Negra, CEO da Better Drinks, empresa controladora da Mamba Water.

“Estamos felizes com a escolha da Better Drinks em ter o nosso ingrediente, pois graças à tecnologia Peptide Profile Tailoring by JBS conseguimos entregar um produto de alta qualidade e padronização em todos os lotes, garantindo maior versatilidade na aplicação em bebidas”, disse Ricardo Gelain, diretor-executivo da Genu-in, marca de colágeno da JBS.

Neste ano, a empresa dos irmãos Wesley e Joesley Batista já havia anunciado a entrada no segmento de saúde e beleza com sua marca de colágeno. A empresa lançou o Genu-in Life Skin, vendendo o produto diretamente ao consumidor em farmácias e lojas de suplementos.

 

 

É muito caro errar no Brasil e ter uma estratégia mais agressiva, diz CEO da Zenvia

 

Para o CEO e fundador da Zenvia, Cassio Bobsin, a maior pedra no sapato de empresas brasileiras de tecnologia – e um grande obstáculos para termos big techs nacionais – é o custo de capital elevado.

Ao Dinheiro Entrevista, o empresário aponta que esse fator macroeconômico faz com que as companhias que nascem no Brasil tenham uma filosofia mais conservadora do que pares internacionais que são mais livres para queimar caixa e serem mais agressivas.

“A capacidade tecnológica de quem está aqui no Brasil operando hoje, ela é muito equivalente…..em software, especialmente IA, a qualquer outro lugar do mundo. O Brasil não fica para trás em condições de criar empresas. O problema é que o dinheiro no Brasil é muito caro, então é muito caro errar no Brasil, é muito caro fazer uma estratégia mais agressiva de crescimento”, aponta.

 


 “Com um dinheiro de economias como a americana ou qualquer outra economia mais estável se permite errar muito mais. Então no Brasil não tem espaço para erro. Você tem que nascer já eficiente, tem que nascer reduzindo a quantidade, o risco que você tem de queimar dinheiro à toa”, completa.

Bobsin frisa que essa dinâmica é relativamente perpétua e que mesmo que alguns ciclos façam com que o ecossistema de venture capital jogue dinheiro no mercado, isso ‘seca absurdamente’ – palavras que usa para descrever o cenário atual do mercado de tecnologia, inovação e startups.

“Existe pouco dinheiro disponível para tomar risco no Brasil, e isso já faz um bom tempo. Desde 2021-22 secou esse dinheiro. Então, como é que se empreende? Se o ecossistema governamental, tributário, burocrático é difícil e você tem pouco um dinheiro disponível.”

Atualmente a taxa básica de juros, a Selic, está em 15% e pode permanecer neste mesmo patamar até o primeiro ou segundo trimestre de 2026. Trata-se do maior nível de juros básicos para os últimos 19 anos.

Além disso, o patamar de incertezas – inclusive sobre o campo fiscal – tem reduzido o apetite a risco. Ainda que a bolsa de valores esteja no patamar recorde, desde 2021 nenhuma companhia abriu seu capital no Brasil.

O cenário é ainda mais drástico quando o recorte fica com empresas com estratégias de crescimento mais agressivas, como startups e algumas companhias do ramo de tecnologia.

O movimento é reflexo direto da mudança global no ciclo monetário, após anos de abundância de liquidez e juros baixos que haviam impulsionado o setor entre 2018 e 2021.

O custo de capital subiu de forma expressiva, tornando mais caro captar recursos e reduzindo o fluxo de investimentos em empresas inovadoras. Fundos de venture capital passaram a ser mais seletivos, priorizando negócios com caixa equilibrado e trajetórias de lucro mais próximas. Startups em fase inicial, que dependem fortemente de aportes para crescer, foram as mais afetadas.

As consequências dessa retração foram visíveis: rodadas de investimento encolheram, valuations despencaram e diversas empresas tiveram de reestruturar operações, com cortes de pessoal e fusões – gigantes do ramo que antes levantavam bilhões em aportes passaram a focar na rentabilidade e na preservação de caixa.

O chamado “inverno das startups” tornou-se um marco de ajuste para o ecossistema brasileiro de inovação.

O que faz a Zenvia

A Zenvia é líder de mercado na América Latina e tem sua operação principal seja no Brasil. O core business da empresa é fornecer uma plataforma de experiência do cliente (CX) e relacionamento, operando com Software as a Service (SaaS), com soluções ponta-a-ponta para que empresas gerenciem a jornada do cliente (marketing, vendas, atendimento) através da plataforma “Zenvia Customer Cloud”, e Communication Platform as a Service (CPaaS), Fornecendo APIs (interfaces de programação) que permitem às empresas integrar canais de comunicação (como SMS, WhatsApp e Voz) em seus próprios sistemas.

A empresa é listada na Nasdaq desde 2021. Seu valor de mercado fica na casa dos US$ 73 milhões. No seu resultado mais recente, referente ao segundo trimestre de 2025, a receita total consolidada da Zenvia foi de R$ 285,7 milhões.

PF faz operação contra hackers que desviaram R$ 800 milhões do sistema PIX

 


Os investigados podem responder por crimes de organização criminosa, invasão de dispositivo informático, furto mediante fraude eletrônica e lavagem de dinheiro


Divulgação/ Polícia Federal
Foto: Divulgação/ Polícia Federal

A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira, 30, a segunda fase da Operação Magna Fraus, para desarticular um grupo criminoso especializado em fraudes bancárias. Segundo as autoridades, o esquema desviou mais de R$ 813 milhões de contas usadas por bancos e instituições de pagamento para gerenciar transferências PIX de seus clientes.

No total, agentes cumprem 42 mandados de busca e apreensão e 26 de prisão (19 preventivas e 7 temporárias) nas cidades de Goiânia (GO), Brasília (DF), Itajaí (SC), Balneário Camboriú (SC), São Paulo (SP), Praia Grande (SP), Belo Horizonte (MG), Betim (MG), Uberlândia (MG), João Pessoa (PB) e Camaçari (BA). Também foram determinadas medidas de bloqueio de bens e valores, na ordem de até 640 milhões de reais.

“Parte dos investigados encontra-se no exterior, e as prisões internacionais estão sendo executadas simultaneamente, com apoio da Interpol, da Brigada Central de Fraudes Informáticos da Polícia Nacional da Espanha e de órgãos policiais da Argentina e de Portugal, por meio de cooperação policial internacional”, informou a PF.

Os investigados podem responder por crimes de organização criminosa, invasão de dispositivo informático, furto mediante fraude eletrônica e lavagem de dinheiro.

 

 https://istoe.com.br/pf-faz-operacao-contra-hackers-que-desviaram-r-800-milhoes-do-sistema-pix

P&G Brasil realiza promoções internas estratégicas de lideranças femininas

 Imagem destaque: P&G Brasil realiza promoções internas estratégicas de lideranças femininas


    

  A P&G Brasil, empresas detentora de marcas como Pantene, Downy, Gillette, Pampers e Always, anunciou uma série de promoções internas estratégicas de lideranças femininas. Thaís Torritani passa a ocupar o cargo de Diretora Sênior de Compras. A executiva está na companhia há 13 anos e já foi responsável pela integração de cidadania corporativa em Compras globalmente. Thais é a primeira mulher brasileira a ocupar o cargo na P&G Brasil. Érica Visnadi é a nova Diretora Sênior de Finanças da P&G Brasil. Há 11 anos na P&G, iniciou sua carreira como estagiária em Finanças na fábrica em Louveira (SP). Além disso, Marjorie Teixeira retorna ao Brasil como Diretora de Hair Care Brasil e Talkability. A executiva, que ocupava o cargo de Líder de Comunicação Corporativa e de Marca na P&G América Latina trabalha na companhia há 14 anos, passando por cadeiras como Diretora de Comunicações e Operações de Marca, Gerente de Comunicação de Marcas e Gerente de produto da Pantene Brasil.

Trump e Xi Jinping discutiram retomada de negócios com a Nvidia

 Trump cita 'aprovação' de acordo do TikTok após conversa com ...

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reuniu nesta quinta-feira (30) com o líder chinês, Xi Jinping. Além de reduzir as tarifas de importação sobre produtos chineses, Trump anunciou que a China deve iniciar conversas com a fabricante americana de chips Nvidia sobre a compra de semicondutores, embora sem incluir os modelos mais avançados de inteligência artificial da série Blackwell.

“Nós fazemos ótimos chips. A Nvidia é líder mundial”, afirmou o presidente, que destacou a disposição de Pequim em negociar diretamente com empresas americanas do setor.

O encontro entre Trump e Xi, que durou 1 hora e 40 minutos, encerrou a viagem do presidente por três países asiáticos e marcou uma tentativa de reduzir as tensões comerciais entre Washington e Pequim. Após a reunião, Trump anunciou a redução das tarifas sobre produtos chineses de 57% para 47%, em troca do compromisso da China de conter o envio de precursores do fentanil aos Estados Unidos e encerrar restrições à exportação de terras-raras.

Trump afirmou ainda que a China voltará a comprar soja americana e classificou o encontro como “excelente”, dizendo que “em uma escala de 1 a 10, seria um 12”. O republicano confirmou que não houve discussão sobre Taiwan e revelou planos de visitar a China em abril, com uma visita de Xi aos EUA prevista em seguida, num sinal de reaproximação diplomática entre as duas potências. Fonte: Associated Press.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Trump reduz tarifas da China após acordo sobre fentanil e terras raras, mas trégua é vista como frágil

 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira, 30, que concordou com o presidente chinês, Xi Jinping, em reduzir as tarifas sobre a China em troca de Pequim reprimir o comércio ilícito de fentanil, retomar as compras de soja dos EUA e manter o fluxo de exportações de terras raras.

As conversas cara a cara de Trump com Xi na cidade sul-coreana de Busan, as primeiras desde 2019, marcaram o final de uma viagem pela Ásia, na qual ele também promoveu avanços comerciais com a Coreia do Sul, o Japão e as nações do Sudeste Asiático.

“Foi uma reunião incrível”, disse Trump a repórteres a bordo do avião presidencial Força Aérea Um logo após deixar a Coreia do Sul, classificando as negociações como “12 de 10”.

Trump disse que as tarifas sobre as importações chinesas serão reduzidas de 57% para 47%, diminuindo pela metade, para 10%, a taxa de tarifas relacionadas ao comércio de medicamentos precursoras de fentanil.

Xi trabalhará “duro para interromper o fluxo” de fentanil, um opioide sintético que é a principal causa de mortes por overdose nos Estados Unidos, disse Trump.

A China concordou em pausar os controles de exportação revelados este mês sobre terras raras, elementos com papéis vitais em carros, aviões e armas que se tornaram a fonte mais potente de alavancagem de Pequim em sua guerra comercial com os Estados Unidos.

A pausa durará um ano, disse o Ministério do Comércio da China em um comunicado.

O comunicado acrescentou que os dois lados também chegaram a um consenso sobre a expansão do comércio agrícola e trabalharão para resolver questões relacionadas ao aplicativo de vídeos curtos TikTok, que Trump procura colocar sob o controle dos EUA.

Reação discreta dos mercados

A reação foi discreta nos mercados acionários globais. As bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em baixa.

“A resposta dos mercados tem sido cautelosa, em contraste com a caracterização entusiasmada de Trump sobre a reunião”, disse Besa Deda, economista-chefe da empresa de consultoria William Buck.

Entre os principais parceiros comerciais dos EUA, apenas o Brasil e a Índia ainda estão sujeitos a tarifas mais altas.

No período que antecedeu a reunião, os mercados acionários mundiais, de Wall Street a Tóquio, bateram recordes com a expectativa de um avanço na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, que interrompeu as cadeias de oferta e abalou a confiança dos empresários globais.

Trump falou repetidamente sobre as perspectivas de chegar a um acordo com Xi, já que os negociadores dos EUA disseram no domingo que haviam fechado uma base de acordo com a China para evitar 100% das tarifas dos EUA sobre seus produtos e suspender as restrições de exportação da China sobre terras raras.

A reunião cordial entre os líderes, em uma base aérea sul-coreana à margem do fórum da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, durou mais de uma hora e meia.

O que disse Xi

É normal que os dois lados tenham atritos de vez em quando, disse Xi a Trump por meio de um tradutor no início da reunião.

“O desenvolvimento e a revitalização da China não são incompatíveis com o objetivo do presidente Trump de ‘Tornar a América Grande Novamente'”, acrescentou Xi.

Eles também concordaram em pausar as taxas portuárias sobre o transporte marítimo, projetadas para impedir o domínio na construção naval, frete marítimo e logística.

A China iniciará o processo de compra de energia dos EUA, disse Trump em uma postagem no Truth Social nesta quinta-feira, dando a entender um grande negócio no Alasca, onde seu governo vem divulgando uma proposta de gasoduto de GNL de US$ 44 bilhões.

A Casa Branca sinalizou que espera que a reunião seja a primeira de várias entre os líderes no próximo ano. Trump disse que viajará para a China em abril, antes de receber Xi nos Estados Unidos.

A mídia estatal chinesa retratou a reunião com Trump como um triunfo da política de Xi. “Temos a confiança e a capacidade de enfrentar todos os tipos de riscos e desafios”, disse ele segundo a agência de notícias oficial Xinhua.

Trégua frágil

O acordo alcançado, em linhas gerais, retorna os laços ao status anterior à ofensiva do “Dia da Libertação” de Trump, em abril. Mas pode não passar de uma trégua frágil em uma guerra comercial cujas causas ainda não foram resolvidas, dizem analistas.

Trump disse que não discutiu o chip Blackwell de última geração da Nvidia com Xi, em mais um golpe para as expectativas da empresa de manter sua presença no mercado de IA de US$50 bilhões da China.

A questão polêmica de Taiwan, a ilha democrática reivindicada pela China, que é parceira dos EUA e uma potência de alta tecnologia, também não veio à tona nas conversas, disse Trump.

Porém, minutos antes de iniciar a reunião, Trump ordenou que os militares dos EUA retomassem os testes de armas nucleares após um intervalo de 33 anos, apontando para os arsenais crescentes da Rússia e da China.

O Ministério das Relações Exteriores da China disse nesta quinta-feira esperar que os EUA mantenham uma moratória nos testes nucleares.

App de delivery Keeta inicia operação no Brasil com entregas em Santos e São Vicente

 

O aplicativo de delivery Keeta, braço internacional da chinesa Meituan, inicia as operações nesta quinta-feira, 30, nas cidades de Santos e São Vicente, no litoral paulista. A empresa afirma contar com mil restaurantes cadastrados e 2 mil entregadores habilitados para fazer entregas.

É  a primeira operação da empresa no país. O plano é que a cidade de São Paulo seja a próxima a receber o serviço, o que deve acontecer antes do final de 2025.

Em nota, a empresa afirma que o início no litoral paulista possibilitará “mapear a interação de consumidores, restaurantes e entregadores parceiros com o aplicativo, para aprender mais sobre as necessidades locais”, para assim “calibrar a tecnologia e aplicar os aprendizados” em outros pontos do país.

Keeta promete descontos e tecnologia nova

Para atrair novos cadastros em sua plataforma, a Keeta está oferecendo quatro cupons com descontos totalizando até R$100. Outros cupons de até 60% de desconto ficarão disponíveis, não limitados aos primeiros pedidos.

A Keeta afirma ainda contar com uma tecnologia capaz de calcular rotas inteligentes, para assim garantir que a comida chegará mais rápida ao seu destino. Também diz que oferecerá suporte humano 24 horas para auxiliar os estabelecimentos, entregadores e clientes em possíveis problemas.

Guerra do delivery

Com investimento anunciado de R$ 5,6 bilhões, a Keeta entra no Brasil em um momento de acirramento da disputa pelo mercado de delivery. Neste ano, o 99Food retornou ao país após quase três anos do encerramento de sua primeira operação, com um investimento de R$ 2 bilhões e a promessa de chegar a 100 cidades até junho de 2026.

Já em operação no país, o Rappi afirma que investirá R$ 1,4 bilhão para expandir sua força no segmento de entrega de comida pronta. Já o iFood, líder do segmento com mais de 80% das entregas via aplicativo no país, tem investimentos planejados de R$ 17 bilhões até março de 2026.

 

 https://istoedinheiro.com.br/keeta-inicia-delivery-santos-e-sao-vicente

 

Juros do consignado chegam a dobrar na comparação entre bancos, alerta Procon-SP

 

A diferença nas taxas de juros do empréstimo consignado entre os principais bancos do país pode ultrapassar o dobro, dependendo da instituição e do perfil do consumidor, alerta o Procon-SP.

O mais recente levantamento do órgão de defesa do consumidor, feito em 10 de outubro, comparou as taxas cobradas para contratos de 12 e 48 meses entre seis bancos que oferecem crédito consignado a servidores públicos, aposentados do INSS e funcionários da iniciativa privada.

Em um empréstimo com 48 parcelas, por exemplo, um trabalhador da iniciativa privada pode pagar juros de 2,66% ao mês em um banco ou 5,39% ao mês em outro — uma variação de 2,73 pontos percentuais, que representa uma diferença superior a 100%, considerando a taxa de juros mais baixa.

Como mostra a tabela abaixo, a taxa média de juros mais baixa, entre os seis tipos de vínculos pesquisados do empréstimo consignado, para prazo de contrato de 12 meses, é de 1,84% ao mês (aposentado INSS) e a taxa média mais alta é de 4,47% ao mês (funcionário de empresa privada).

Já para prazo de contrato de 48 meses, a taxa média mais baixa é de 1,84%, (aposentado INSS) e a mais alta 4,06% mês (funcionário de empresa privada).

 

Lembrando que o trabalhador ou pensionista pode contratar o empréstimo consignado autorizando o desconto das parcelas do empréstimo diretamente na folha de pagamento, ou do benefício, no caso de aposentadoria/pensão.

O estudo também mostra que as taxas médias subiram em relação à edição de outubro de 2024, especialmente para aposentados do INSS (+0,18 p.p.) e funcionários de empresas privadas (+0,17 p.p.). Desde março deste ano, o limite para o empréstimo consignado no INSS com desconto no benefício passou para 1,85%.

As médias das taxas praticadas em outubro/25 na comparação com as taxas médias da pesquisa anterior (junho/25), revela que nos contratos de empréstimos com prazo de 12 meses, oferecidos ao servidor público estadual SP, ocorreu uma redução da taxa cobrada pelos bancos de 0,19 p.p. Com relação à taxa média para aposentados do INSS a taxa permaneceu inalterada, por outro lado, para funcionário de empresa privada ocorreu um aumento na taxa média de 0,52 p.p.

O Procon destaca que na pesquisa de junho/25, as taxas praticadas no empréstimo consignado, na categoria programa de crédito ao trabalhador, apresentou taxas médias significativamente superiores às taxas praticadas na modalidade funcionário de empresa privada. Foi de 4,32% ao mês e 3,95% ao mês, respectivamente. Contudo, na pesquisa atual (out/25), houve uma aproximação do valor das taxas cobradas nas duas modalidades acima descritas. Respectivamente, 4,41% ao mês e 4,47% ao mês.

E na comparação out/25 com out/24 dos contratos de empréstimo consignado de 12 meses, oferecidos para aposentado do INSS e funcionário de empresa privada, apresentaram leve aumento das taxas médias de juros de 0,18 p.p. e 0,25 p.p., respectivamente. Em relação ao servidor público estadual ocorreu redução da taxa média de juros de 0,13 p.p.

Taxa média por banco e por público:

Procon-SP alerta para golpes que miram aposentados

O empréstimo consignado é um dos principais alvos de fraudes, sobretudo contra aposentados e pensionistas do INSS, diz o Procon-SP. Segundo o órgão, muitos consumidores têm relatado descontos indevidos em seus benefícios por contratos que não foram solicitados nem autorizados.

O Procon orienta para que os segurados diquem atentos a propostas que chegam por telefone, aplicativos de mensagens ou redes sociais. “Nenhum banco pode conceder crédito sem autorização expressa do cliente”, diz.

Recomendações do Procon-SP aos consumidores

  • Pesquise e compare as taxas entre diferentes bancos, sempre nas mesmas condições (valor, prazo e perfil do tomador);
  • Evite contratar empréstimos por telefone ou mensagem; prefira o contato direto com o banco ou aplicativo oficial;
  • Acompanhe mensalmente o extrato do INSS (via app meu INSS ou site oficial) para verificar se há descontos desconhecidos;
  • Desconfie de ofertas “sem consulta” ou com liberação imediata;
  • Em caso de desconto indevido, registre imediatamente reclamação no Procon-SP (para residentes do estado de SP) e junto ao INSS para bloqueio do benefício e apuração da fraude.

Sobre o levantamento

O Núcleo de Pesquisas (NP) da Escola de Proteção e Defesa do Consumidor do Procon-SP efetua o levantamento das taxas de juros do empréstimo consignado desde 2022, a partir de junho de 2025 foram incluídas 3 modalidades: servidor público municipal-SP, servidor público federal-SP e crédito do trabalhador, tomando como base a metodologia adotada pelo NP na Pesquisa de Juros Bancários (Empréstimo Pessoal e Cheque Especial).

 

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McCain anuncia investimento de R$ 1,8 bilhão em Araxá (MG)

 

 Imagem destaque: McCain anuncia investimento de R$ 1,8 bilhão em Araxá (MG)

 

A McCain, especializada em batatas pré-fritas congeladas, anuncia a expansão de sua unidade fabril em Araxá, Minas Gerais, com um investimento de R$ 1,8 bilhão – o maior da história da empresa na região. O projeto inclui uma nova linha de produção de batatas fritas e uma linha de produtos pré-formados. A previsão é iniciar as operações no segundo semestre de 2027, ampliando a capacidade da McCain de atender clientes em todo o Brasil, com foco nos canais de varejo, cash & carry e food service, incluindo o segmento de fast food.

Mercado Estratégico

  “O Brasil caminha para se tornar o terceiro maior mercado de batatas fritas congeladas do mundo, posicionando-se como uma prioridade estratégica para a McCain. Esse investimento reforça a importância do mercado brasileiro para o nosso negócio e nossa ambição de crescer de forma consistente e responsável”, afirma Aluízio Periquito Neto, diretor-geral da McCain Brasil.

Expansão Local

  A expansão também contempla a construção de novos armazéns dedicados ao armazenamento de batatas in natura. Ainda, a capacidade da câmara fria para armazenagem dos produtos congelados será ampliada. Nos últimos anos, a McCain tem fortalecido sua presença no Brasil por meio de investimentos como a inauguração da planta de Araxá em 2022 e a aquisição total da Forno de Minas em 2023.

 

 https://gironews.com/informacoes-de-fornecedores/mccain-anuncia-investimento-de-r-18-bi-em-fabrica-de-araxa-mg/

Tarifas sobre o café do Brasil fazem preços dispararem nos EUA

 

Torrefadores de café dos Estados Unidos estão revirando seus estoques enquanto aguardam o resultado das negociações comerciais entre os EUA e o Brasil, que podem determinar se terão que pagar preços muito mais altos por fontes alternativas de café.

O café brasileiro, que responde por um terço dos grãos consumidos pelos EUA, maior consumidor de café do mundo, foi afastado do mercado norte-americano desde agosto, quando o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, impôs uma tarifa de importação de 50% sobre os grãos do Brasil, em um caso que misturou comércio e política.

Trump acusou o Supremo Tribunal Federal do Brasil de tratamento injusto contra seu aliado, o ex-presidente Jair Bolsonaro.

A tarifa comercial sobre o café, entre outros produtos brasileiros, foi amplamente vista como uma punição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sucessor de Bolsonaro. Mais tarde, Bolsonaro foi considerado culpado de organizar um plano de golpe de Estado.

Até o momento, a taxa exorbitante causou estragos no setor cafeeiro dos EUA, que movimenta US$ 340 bilhões, deixando os importadores com cargas de café brasileiro paradas, torrefadoras pagando taxa para cancelar entregas e consumidores gastando até 40% a mais em sua bebida matinal.

Os estoques devem atingir níveis mínimos em dezembro, aumentando a pressão sobre os torrefadores e as cadeias de café para que encontrem substitutos a preços que ainda lhes permitam algum lucro.

Algumas torrefadoras tiveram que pagar a tarifa de 50% sobre os embarques de café brasileiro que já estavam reservados quando o novo imposto de importação foi anunciado. Outros estão enviando café destinado aos Estados Unidos para outros países para evitar as tarifas.

“O que acontece com essa tarifa é que não se trata de reciprocidade ou comércio, é punitiva, política e pessoal. É entre Trump e Lula”, disse Steven Walter Thomas, proprietário da importadora norte-americana Lucatelli Coffee. “O Brasil não está pagando, eu estou — eu e meus clientes.”

Redirecionamento para o Canadá para evitar tarifas

A Lucatelli Coffee carregou US$ 720.000 em café brasileiro quando a nova tarifa já estava em vigor.

Quando o café chegou, a empresa o armazenou em Jacksonville, na Flórida, em um armazém alfandegado, onde a carga pode ser mantida temporariamente sem a incidência de impostos de importação. Mas se a Lucatelli decidir vendê-lo nos EUA, o imposto de importação de 50% será cobrado.

Thomas, cujos clientes incluem cadeias de restaurantes de médio porte, como a Brooklyn Water Bagel Company, da Flórida, disse que está enviando parte desse café brasileiro para o Canadá, pagando pesados custos adicionais de transporte, mas evitando a tarifa de 50% dos EUA.

“É um dilema: esperar e torcer por um acordo comercial ou tomar um banho de sangue na logística para redirecionar o café para fora dos Estados Unidos”, disse ele.

Alternativas caras

Várias torrefadoras norte-americanas chegaram a um acordo para cancelar os pedidos de café brasileiro, disse um trader no Brasil que trabalha para um comerciante de café alemão, que pediu para não ter seu nome revelado alegando uma cláusula de privacidade no contrato comercial.

A taxa que tiveram de pagar para cancelar esses negócios, segundo ele, foi de cerca de US$ 20 a US$ 25 por saca de café de 60 kg, que atualmente vale cerca de US$ 515,00, sem incluir as tarifas.

Com isso, os torrefadores evitaram o pesado imposto de importação de 50% sobre uma carga que custa cerca de US$250.000 por contêiner, mas acabaram ficando sem café.

“Temos estoques, mas eles estão se esgotando rapidamente”, disse Michael Kapos, executivo de vendas e marketing da Downeast Coffee Roasters, em Rhode Island, que abastece pequenas e médias cadeias de café e mercearias na Costa Leste dos EUA.

A Downeast Coffee Roasters foi uma das empresas que conseguiu cancelar alguns pedidos, mas não todos.

Os termos do contrato dizem que o comprador é responsável por quaisquer custos adicionais, como tarifas, que tenham sido impostos após o fechamento do negócio. Ambos os lados precisam concordar antes que um contrato possa ser cancelado, o que pode ser difícil se a carga já tiver sido carregada.

A empresa está experimentando outros cafés que poderiam substituir os grãos brasileiros em suas misturas, disse Kapos, mas isso custaria mais caro.

Os preços de alternativas ao café brasileiro, incluindo grãos colombianos, mexicanos ou centro-americanos, subiram até 10% desde que os EUA anunciaram a tarifa em 9 de julho, devido ao aumento da demanda, enquanto os preços dos grãos brasileiros caíram cerca de 5%.

As torrefadoras norte-americanas estão evitando os grãos brasileiros o máximo que podem, disse um negociante de café europeu que trabalha para uma grande trading internacional, que também pediu para não ser identificado.

“Vemos, é claro, menos café saindo do Brasil e indo para os EUA, isso é muito claro, e os torrefadores estão usando todas as sacas que têm”, disse o comerciante.

Café impulsiona inflação nos EUA

Os preços do café no varejo nos EUA têm aumentado constantemente desde o ano passado, quando os preços globais do café subiram 70%, e devem subir ainda mais devido à escassez de oferta.

Os preços do café moído e torrado nos supermercados dos EUA subiram 41% em setembro em relação ao ano anterior, para uma média de US$9,14 por libra-peso, de acordo com dados do Bureau of Labor Statistics, ajudando a alimentar a inflação local de alimentos.

Parte desse aumento de preços tem a ver com o aumento dos preços de referência do café devido à escassez de oferta causada pela menor produção após problemas climáticos, e parte se deve às tarifas.

Os futuros do café arábica na bolsa ICE foram recentemente negociados perto de um recorde histórico.

Os consumidores perceberam.

“Não estou mais olhando muito para as marcas. Estou procurando as ofertas”, disse Sherryl Legyin, 52 anos, caixa de North Bergen, Nova Jersey, enquanto examinava o corredor de café de um supermercado em um dia de outubro.

“Gosto deste”, disse a agente de viagens Yasmin Vazquez, 40 anos, mostrando um pequeno pacote de café instantâneo Nescafé. “Costumava custar US$ 6 ou US$ 7, mas agora está sendo vendido por US$ 11. E parece que ficou menor”, disse ela.

Comerciantes acreditam que o nível dos estoques nos EUA se tornará crítico por volta de dezembro.

“Acho que eles têm cerca de 4 milhões de sacas em estoque no momento. Em dezembro, serão de 2,5 a 3 milhões, o que está próximo dos níveis mínimos”, disse o trader europeu.

Os EUA usam cerca de 25 milhões de sacas de 60 quilos por ano, e o Brasil normalmente fornece cerca de 8 milhões dessas sacas.

O presidente brasileiro disse esta semana que estava otimista quanto às perspectivas de um acordo comercial com os EUA, acrescentando que isso poderia acontecer “mais rápido do que qualquer um pensa”

Trump, no entanto, disse: “Não sei se algo vai acontecer, mas vamos ver”.

Enquanto isso, é provável que o preço de uma xícara de café nos EUA continue alto