sábado, 27 de julho de 2013

Múltis reclamam de economia fraca do Brasil, manifestações e câmbio

Resultados no 2º tri de gigantes como Coca-Cola são afetados por desaceleração brasileira
Empresas já começam a reduzir estimativas de crescimento; outros emergentes também enfrentam problemas.
TATIANA FREITAS DE SÃO PAULO
 
O aumento do consumo dos brasileiros perdeu a vez nos resultados das multinacionais que atuam no país e deu lugar a queixas sobre baixo crescimento econômico, inflação, depreciação cambial e os impactos dos protestos nas vendas de junho. 

As reclamações sobre o Brasil marcam o tom dos balanços do segundo trimestre e das entrevistas a analistas de gigantes como Coca-Cola, Electrolux, Whirlpool, Unilever e Lexmark. Muito diferente dos anos anteriores, quando o gasto crescente dos brasileiros era comemorado. 

Até o empresário Eike Batista foi citado: a derrocada de seu conglomerado afetou o lucro líquido da norte-americana General Electric. A empresa registrou uma baixa contábil de US$ 108 milhões no balanço do segundo trimestre por causa de um investimento de US$ 300 milhões feito no grupo EBX. 

QUEIXAS
 
A Coca, cuja taxa de aumento de vendas na América Latina caiu à metade entre o primeiro e o segundo trimestre (de 4% para 2%), citou "desafios macroeconômicos" nos principais mercados --leem-se Brasil e México--, como nível de endividamento, inflação e protestos no país.

"A taxa de crescimento da indústria de bebidas está de 1,5 a 2 pontos percentuais abaixo da média dos últimos quatro anos na América Latina", disse Muhtar Kent, presidente da Coca, durante teleconferência com analistas. 

A desaceleração do setor afetou também a Ingredion, fornecedora de insumos para os fabricantes de bebidas. 

"A economia brasileira está, de certa forma, estagnada e as nossas vendas para a indústria de cerveja continuam fracas", disse Ilene Gordon, presidente da Ingredion. 

Em companhias com custos em dólar, a depreciação cambial afetou os balanços. "Nossos resultados foram impactados por aumento de custos. A valorização do dólar ante o real tornou matérias-primas mais caras", afirmou a analistas Keith McLoughlin, presidente da Electrolux. 

A rival Whirlpool, dona da Brastemp, reduziu a sua estimativa de crescimento para o setor. "Vimos uma desaceleração da indústria, principalmente em junho, devido aos protestos no Brasil. Então decidimos reduzir nossa expectativa para a demanda na região", disse Jeff Fettig, presidente da empresa. 

A maioria dos problemas, no entanto, não é exclusiva do Brasil. A desaceleração no consumo é destacada em vários países emergentes. Por outro lado, as multinacionais comemoram a recuperação dos Estados Unidos. 

"Após uma desaceleração da indústria em junho, devido aos protestos, reduzimos a nossa expectativa para a demanda na região"

Jeff Fettig, presidente da Whirlpool

Brasil discutirá no Mercosul novos ingredientes na cerveja, tipo mel e chocolate


 
 
 


 
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento elaborou uma instrução normativa, para posterior discussão no Mercosul, que permitirá receitas de cerveja com adição de matérias-primas como mel, chocolate e especiarias. Além disso, o texto autorizará a produção com cereais diferentes do lúpulo e da cevada.

A primeira versão da instrução normativa será apresentada a representantes do setor nos dias 20 e 21 de agosto. Depois o texto passará por mais discussões, tanto no mercado interno quanto no Mercosul. A expectativa do governo é que as alterações passem a vigorar em 2015.

Atualmente, para ser considerada cerveja, a bebida precisa ter, no mínimo, 55% de cevada malteada e adição de lúpulo na fórmula. É proibida a adição de produtos de origem animal.  As regras estão na Instrução Normativa 54, de 2001. A flexibilização é uma demanda dos fabricantes de cerveja.
Em fevereiro, o governo promoveu audiência pública e reuniu propostas dos representantes de cervejarias, usadas na construção do texto da nova instrução normativa.

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (Cervbrasil), a intenção é que os criar mais variedades. “A decisão do consumidor está cada vez mais relacionadas a atributos que vão além do preço, como produtos sensoriais de diferenciação. Por isso, uma das solicitações é a ampliação das opções de ingredientes, como especiarias, frutas e mel”, informa a entidade.

O chefe da Divisão de Bebidas do Ministério da Agricultura, Marlos Vicenzi, lembra que o Brasil importa diversos tipos de cerveja que a legislação não permite fabricar. Assim, a flexibilização dos ingredientes traria competitividade à indústria nacional. Ele destaca que a permissão de mais itens na fórmula beneficiaria as cervejarias artesanais. “Nos últimos anos, houve crescimento expressivo de pequenas empresas que necessitam muito de liberdade para ter um diferencial no mercado”, pondera.

As alterações na regulamentação precisam ser discutidas com o Mercosul porque as normas da indústria da cervejaria funcionam de forma harmonizada no bloco. Segundo Marlos Vicenzi, as propostas de mudança serão debatidas na Comissão de Alimentos do grupo. “A gente já fez a solicitação de revisão. A Argentina já mostrou que concorda. Venezuela e Uruguai estão analisando”, informa. O Paraguai encontra-se suspenso do bloco. De acordo com Vicenzi, o Brasil deve concluir as discussões internamente e em 2014 iniciá-las no Mercosul. “A intenção é, no começo de 2015, ter isso [a nova instrução normativa] publicado”, declarou.

De acordo com informações da Cervbrasil, no ano passado, o país produziu 13,7 bilhões de litros de cerveja. Este ano, de janeiro a junho, fabricou 6,2 bilhões de litros da bebida. A maior parte desse volume é para consumo interno. Muito reduzidas, as exportações destinam-se principalmente aos países do Mercosul.

Fontes: Agência Brasil e Ministério da Agricultura

         

sexta-feira, 26 de julho de 2013

O que é isso, Dona Dilma ?

O que é isso, Dona Dilma ?

25/7/2013 14:14
Por Rui Martins, de Genebra -

Política brasileira de emigração é um fiasco, Dilma precisa rever e dar autonomia política aos emigrantes.
Política brasileira de emigração é um fiasco, Dilma precisa rever e dar autonomia política aos emigrantes.


O clima de insatisfação e de reivindicações não é só no Brasil, se manifesta também no Exterior, onde até agora não existe uma verdadeira política de emigração e o Itamaraty mantém sua tutela sobre os emigrantes, garantida pela assinatura recente da presidenta Dilma, sem dúvida mal informada e mal assessorada nessa questão. A política de ressuscitar o inútil CRBE, sob tutela e sem verba para funcionar, é um retrocesso. É só para fingir se estar fazendo alguma coisa pelos emigrantes. 

As líderanças emigrantes, desvinculadas de grupos religiosos, despachantes ou beneficiários do mercado dos emigrantes, querem a autonomia política dos emigrantes e sua representação parlamentar em Brasília, como acontece nos países mais experimentados em emigração. E esperam que o atual clima de revisões, anunciadas pelo governo, inclua igualmente a política brasileira de emigração. Segue o comentário.
Alguns amigos me telefonaram do Brasil me aconselhando: olha Rui você já disse que entrava em recesso, não adianta ficar insistindo, o pessoal que conhece a presidenta Dilma manda avisar. Se ela já assinou, nunca mais irá voltar atrás. Ela é assim, os ministros podem confirmar. Mais fácil mudar uma montanha de lugar que ela mudar de opinião.

Porém, me perdoem, é difícil de aguentar sem estrilar. O fajuto Conselho de Representantes dos Brasileiros no Exterior, CRBE, já era ruim, mas agora, no novo Decreto da presidenta, fica péssimo.
Enquanto isso, o mesmo pessoal comprometido com interesses ligados ao mercado de emigrantes, sejam interesses de despachantes, de empregos, de escolas, de igrejas e mesmo políticos não esconde sua satisfação – Dilma resssuscitou o CRBE, enganoso, inútil, emasculado como antes, sem verba, sob tutela, à mercê dos diplomatas que estão se lixando para os emigrantes !

E eu me pergunto se devo mesmo, no ano que vem, pagar 50 dólares de ida e volta, de trem, para ir a Zurique, votar em quem ajudei a eleger em 2010. Essa política brasileira de emigração, revista pela Subsecretaria-geral das Comunidades Brasileiras no Exterior cria uma falsa realidade e só dá a impressão de se estar fazendo alguma coisa pelos emigrantes.

Senão vejamos algumas observações sobre o Decreto de Dilma que ressuscita o CRBE.
As alterações constam do Decreto 7987, assinado dia 17 de abril, mostram um retrocesso e uma ampliação dos poderes do Itamaraty sobre os emigrantes. 

1. Antes o Decreto de Lula falava em Conferências Brasileiros do Mundo anuais, o Decreto de Dilma nada fixa, ou seja, a periodicidade das Conferências dependerá da vontade do Itamaraty

2. Fica também vago se haverá reuniões de trabalho do novo CRBE. Na verdade, o novo Decreto se adapta à realidade, pois o Itamaraty desrespeitou o Decreto de Lula e não realizou Conferências nos anos de 2011 e 2012 e nem reuniões de trabalho em 2011.

3. Antes o Decreto de Lula permitia a todos os emigrantes participarem das Conferências Brasileiros no Mundo, agora elas se fecham – só participam os membros do novo CRBE e convidados.

4. Antes o Itamaraty deveria apresentar anualmente o balanço das ações governamentais implementadas em benefício das comunidades brasileiras no exterior, agora não há nenhuma regra, pois no lugar de anualmente se colocou periodicamente, em outras palavras, o Itamaraty decide quando quiser.

5. Antes o CRBE tinha 16 membros, agora o número de membros está ainda para ser definido pelo Itamaraty sem ouvir os emigrantes. Deverá ser igualmente definido pelo Itamaraty, sem ouvir os emigrantes, o funcionamento e as atribuições do novo CRBE.

6. Antes diversos parágrafos falavam na modalidade das eleições, agora não se fala mais em eleições, porém em seleção dos membros do CRBE. Ou seja, isso confirma que não haverá eleições diretas por voto universal para a escolha dos membros do CRBE, mas voto indireto.

7. Tudo agora vai depender dos conselhos de cidadania, representados por seus membros no CRBE e nas Conferências Brasileiros no Mundo. Pena que os conselhos de cidadania não tenham sido emancipados e estejam também sob a tutela do consul local. Em outras palavras, adota-se uma política aparentemente de representação da base, mas na verdade se amplia a tutela dos emigrantes pelos diplomatas.

Nossa conclusão – houve um retrocesso e aumentou o poder da tutela dos emigrantes pelo Itamaraty. O controle agora é total. Os cônsules controlam os conselhos de cidadãos que vão escolher os participantes das Conferências Brasileiros no Mundo e que, por sua vez, irão eleger os membros do CRBE. 

Denunciamos esse retrocesso, queremos autonomia política para os emigrantes.
Um encontro com o responsável pela Subsecretaria-geral das Comunidades Brasileiras no Exterior, embaixador Sérgio Danese, em Brasília, há um mês, nos confirmou essas primeiras impressões acima citadas.

Os Conselhos de Cidadania (em mãos dos que controlam o mercado emigrante) e sob a presidência do Consul local, vão indicar o membro que irá à Conferência Brasileiros no Mundo.

Ora, Uma rápida pesquisa nos revela que estarão de volta os mesmos de sempre e outros representantes dos donos do mercado emigrante. E serão eles que comporão, de maneira indireta, na Conferência Brasileiros no Mundo, sem consulta, portanto, o novo CRBE. 

Está na hora do governo acabar com a enganação do CRBE e conceder autonomia política para os emigrantes sem tutela dos diplomatas do Itamaraty. E de sua bancada obter no Congresso igualmente representação parlamentar para os emigrantes, com emigrantes deputados-senadores eleitos pelos emigrantes, conforme projeto por nós já publicado.

Como já fazem outros países experientes em matéria de emigração. E como o próprio PT já se manifestou a respeito no Eptex de Havana.

(Publicado originalmente no site Direto da Redação)
Rui Martins, jornalista, escritor, correspondente em Genebra.

Brasil e Peru ganham apoios na luta contra uso do domínio ".amazon"


 
 
 
Os governos do Brasil e Peru conseguiram que o Comitê de Aconselhamento de Governos (GAC) se pronunciasse contra a criação do domínio  $escape.getQuote().amazon",  uma extensão cujos direitos haviam sido solicitados pela Amazon.

O GAC, vinculado à Corporação de Atribuição de Nomes e Números na Internet (Icann), empresa privada responsável pelos domínios, pronunciou-se contra o registro em reunião em Durban (África do Sul).

Brasil e Peru opõem-se à criação por entenderem que o domínio se refere à Amazônia e, portanto, não deveria ser registrado por empresa. O Icann decidirá a favor ou contra o registro dessa extensão em um prazo de 60 dias. Para a sentença, o organismo levará em conta a opinião do comitê.

A empresa americana, cujo nome significa "amazônia" em inglês, havia solicitado o registro de ".amazon" como um domínio de topo, ou seja, a última parte de um endereço de internet como ".com".

Os países alegaram que o registro de ".amazon" abriria uma lacuna na proteção de nomes geográficos e culturais da região amazônica.

O secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência e Tecnologia, Virgílio Almeida, disse no comunicado que depois da decisão, a corporação provavelmente rejeitará o pedido da Amazon. Recentemente, o GAC pronunciou-se contra o registro de $escape.getQuote().africa", e o ICANN negou a proposta por se referir a um ponto geográfico.

Por outro lado, Peru e Brasil consideram que a concessão da extensão a uma empresa privada priva o conjunto dos povos da Amazônia de seu direito de usar essa denominação. Os dois governos registraram sua objeção no fim do ano passado através do Comitê Assessor Governamental da Icann.

De acordo com um porta-voz do Itamaraty, os dois países contam com o apoio do restante dos integrantes da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), composta por Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Suriname e Venezuela. O conselho consultivo do Icann recomendou que o organismo acate o pedido do Brasil e do Peru para vetar a concessão do domínio ".amazon" à gigante do varejo pela internet.

O GAC (Comitê de Aconselhamento de Governos) do Icann acatou o pedido. Agora, a sugestão será encaminhada ao Conselho Geral do Icann para bater o martelo.
"O GAC concordou com o argumento de que a concessão do registro seria contrária aos interesses públicos da região amazônica", explica Virgílio. O Conselho Geral do Icann deve deferir sobre o pedido do Brasil e do Peru em cerca de 60 dias. A expectativa do governo brasileiro é que o pedido do registro ".amazon" seja oficialmente negado em última instância pelo Icann.


Fonte: GAC e ICANN

Brasileiros devem gastar R$ 2,6 bilhões em sites estrangeiros neste ano



 
 
A variedade de produtos e preços mais baratos fazem com que muitos brasileiros optem por compras on-line em sites estrangeiros: segundo pesquisa Rotas Modernas daEspeciarias, da empresa de pagamentos on-line PayPal, o montante gasto por brasileiros deve atingir R$ 2,6 bilhões no e-commerce internacional em 2013.

Com a economia mundial em recuperação, empresas e exportadores podem alavancar seus negócios com vendas online internacionais. Ao todo, serão mais de 94 milhões de pessoas realizando compras online em sites estrangeiros, totalizando um faturamento de US$ 105 bilhões, em 2013. levantamento analisa os gastos com compras online em sites estrangeiros e o comportamento do consumidor em seis grandes mercados: Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Austrália, China e Brasil. 

Os destinos internacionais do e-commerce mais populares são: Estados Unidos com 45%, Reino Unido com 37%, China continental com 26%, Hong Kong com 25%, Canadá com 18%, Austrália com 16% e Alemanha com 14%. Já os brasileiros optam primeiro pelos Estados Unidos com 79%, seguido pela China com 48%, Hong Kong com 17% e Reino Unido com 17%. 

As principais categorias de compras para os compradores transnacionais nestes seis mercados são: vestuário, calçados e acessórios atingindo US$12,5 bilhões; remédios e cosméticos com US$7,6 bilhões; joias e relógios chegando a US$5,8 bilhões; eletrônicos pessoais como tablets e smartphones com US$6 bilhões; computadores e hardware com cerca de US$6 bilhões; e eletroeletrônicos com US$5,4 bilhões.

Até 2018, haverá um aumento de quase 200% no volume transacionado, totalizando US$307 bilhões em faturamento com 130 milhões de consumidores. No Brasil, este aumento será de 546%, totalizando o montante de quase R$ 17 bilhões. 

Esta é uma das descobertas da pesquisa do PayPal, empresa de pagamentos online, intitulada Modern Spice Routes: The Cultural Impact of Cross-Border Shopping, em português, Rotas Modernas das Especiarias: Impacto Cultural das Compras Transnacionais, realizada pelo Instituto Nielsen.

Os sites norte-americanos e os chineses são os destinos internacionais mais populares entre os brasileiros, representando 79% e 48% do total de transações, respectivamente. Hong Kong e Reino Unido representam 17% cada.

Os brasileiros estão nesta lista dos que mais buscam produtos em sites norte-americanos: o estudo estima que os consumidores daqui movimentem R$ 1.3 bilhão em compras nos EUA até o final de 2013. 

Outro destaque apontando pela pesquisa é que o volume concentrado em sites chineses já atinge R$ 600 milhões, significativamente acima do primeiro mercado europeu na lista, o Reino Unido, com R$ 127 milhões.
No Brasil, até o final deste ano, os americanos gastarão R$ 849 milhões; seguidos dos britânicos, com R$ 115 milhões; alemães, com mais de R$ 88 milhões; australianos, com cerca de R$ 9,5 milhões; chineses, com R$ 400 milhões. Ao todo, até o final deste ano, serão mais de 88 milhões de estrangeiros consumindo em sites brasileiros, movimentando R$ 1,5 bilhão. Até 2018, este montante deverá atingir os R$ 4 bilhões. 

O estudo  destacou as principais preocupações dos consumidores de e-commerce. Para 94% dos brasileiros, a proteção do comprador é muito importante ao fazer uma aquisição em sites internacionais, sendo que 66% consideram o medo do roubo de identidade e fraude o principal empecilho para comprar em sites estrangeiros.

Fonte: Infomoney
 

Prepare-se para comer hambúrguer de carne clonada; 1ª degustação será em Londres, dia 5



 
 
Após anos de produção com células tronco, o pesquisador da Universidade de Maastricht, Mark Post, finalmente está pronto para servir o hambúrguer, cuja pesquisa custou US$ 320 mil, feito a partir do crescimento de carne em uma placa de cultura, a carne in vitro. A degustação será conduzida em frente a uma audiência de convidados em Londres em 5 de agosto.

O evento incluirá uma breve explicação da ciência por trás do hambúrguer antes de ele ser cozido e saboreado, segundo informações divulgadas pela agência de relações públicas, Ogilvy Public Relations.

Post e seus colegas holandeses vêm trabalhando em formas de criar uma carne bovina produzida em laboratório com o cultivo de células tronco de bovinos em uma cuba, transformando-as em dezenas de milhares de tiras finas de células de músculo bovino, moendo-as, então, em pedaços pequenos e as unindo com gordura animal produzida em laboratório para criar um pedaço de “carne”.

Em maio, Post disse ao The New York Times que essa carne tinha um sabor “razoavelmente bom” em testes preliminares, mesmo antes de a gordura ser adicionada. Um doador anônimo colaborou com US$ 320.000 para financiar o experimento. Anya Du Sauzay, da Ogilvy Public Relations, não quis identificar o doador, mas disse que sua identidade seria revelada na degustação.

O objetivo da pesquisa é conseguir que a carne seja produzida sem ter que criar e abater animais – um empreendimento caro que é repugnante para algumas pessoas. A produção de carne ocupa mais da metade da capacidade agrícola estimada mundial e essa proporção deverá crescer devido à maior afluência da China e de outras regiões do mundo.

No ano passado, Post disse que a produção de carne em laboratório em vez de em uma fazenda poderia reduzir o gasto requerido de energia em 40%. Porém, demorou quase uma década de tentativas e erros para chegar tão longe com essa carne e deverá demorar o mesmo tempo para tornar a carne produzida em laboratório comercialmente viável.

A reportagem é do NBCnews.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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Brasil pode cortar tarifas de importação para reduzir custos da indústria

 
 
 
O Brasil está considerando uma redução nas tarifas de importação para diminuir os custos industriais e contrabalançar o impacto da recente depreciação cambial, afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista à Dow Jones Newswires, publicada pelo Estadão.

Os potenciais cortes estão sendo analisados pelo governo e podem ser anunciados nos próximos meses, segundo Mantega.O ministro afirmou que as reduções provavelmente se aplicarão a matérias-primas e componentes usados na manufatura, mas não quis fornecer mais detalhes.

Segundo o ministro, o comércio mundial deverá permanecer fraco até que a economia global retome um crescimento forte, provavelmente em "2015 ou 2016". Enquanto isso, o protecionismo será a norma e recuará apenas quando Europa, EUA e China estiverem crescendo, disse Mantega.

Por outro lado, o Brasil também está tentando estimular seu setor manufatureiro por meio de cortes na folha de pagamento e outros impostos e do fornecimento de estímulos para investimentos em infraestrutura, afirmou o ministro. "Temos uma boa relação comercial com a China e esperamos exportar produtos manufaturados para eles conforme o mercado de consumo chinês crescer", disse.