País latino-americano não consegue acessar no momento os mercados globais devido a disputas sobre dívida não paga
Cristina Kirchner: presidente argentina e seu colega chinês, Xi Jinping, assinarão 19 acordos
Buenos Aires - A Argentina assinará nesta sexta-feira acordos para tomar emprestados 7,5 bilhões de dólares da China,
afirmou o chefe do gabinete argentino, Jorge Capitanich, num momento em
que o país latino-americano não consegue acessar os mercados globais
devido a disputas sobre dívida não paga.
Entre os 19 acordos a serem assinados, a presidente Cristina Kirchner e
seu colega chinês, Xi Jinping, firmarão acordo para empréstimo de 4,7
bilhões de dólares do Banco de Desenvolvimento da China para a
construção de duas hidrelétricas na Patagônia.
O banco chinês também deve conceder empréstimo de 2,1 bilhões de
dólares para ajudar a financiar um projeto de ferrovias há muito adiado,
que tornaria mais eficiente o transporte de grãos das planícies
agrícolas da Argentina a seus portos.
"Sobre o montante total, é de cerca de 7,5 bilhões de dólares,
incluindo acordos de cooperação para financiar projetos de
infraestrutura e esse acordo de comércio bilateral", disse o chefe do
gabinete argentino, Jorge Capitanich, a jornalistas.
A Argentina é o terceiro maior exportador do mundo de soja e milho. A China é a principal consumidora da soja argentina.
Xi, o primeiro presidente chinês a visitar a terceira maior economia da
América Latina em uma década, também vai assinar acordo para uma
operação de troca de 11 bilhões de dólares entre os bancos centrais dos
países ao longo de três anos que permitirá que a Argentina pague por
importações chinesas usando o iuan.
"Isso permitirá que o fluxo de reservas se estabilize", disse Capitanich.
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