País entrou em moratória após o fracasso das negociações com os fundos especulativos que litigaram em tribunais americanos
Buenos Aires - Um total de 44,2% dos argentinos responsabiliza o governo da presidente Cristina Kirchner de levar o país à moratória,
após o fracasso das negociações com os fundos especulativos que
litigaram em tribunais americanos, segundo uma pesquisa divulgada nesta
quinta-feira.
De acordo com uma pesquisa realizada pela empresa de consultoria
Management & Fit, 17,6% das pessoas culpam o juiz americano Thomas
Griesa pela nova moratória da Argentina, e apenas 9% afirma que os
responsáveis são os fundos especulativos, chamados pelo Governo
argentino como "fundos abutre".
Segundo o estudo publicado pelo jornal econômico "El Cronista
Comercial", 60% dos argentinos avaliaram negativamente as gestões feitas
pelo Governo para pagar os detentores de bônus reestruturados e evitar
que o país entrasse na quinta moratória de sua história.
Por outro lado, 34,2% dos entrevistados qualificou de maneira positiva o
desempenho da equipe econômica liderada pelo ministro da Economia
argentino, Axel Kicillof.
Segundo a pesquisa, 38% dos entrevistados opinam que a aceleração
inflacionária será a principal consequência de um "default", 23%
consideram que o maior problema será uma recessão mais profunda,
enquanto 16% acreditam que uma moratória causará tensões cambiais.
A pesquisa, da qual não se especifica a margem de erro, foi feita com
1.054 pessoas, de entre 16 e 70 anos, entre os dias 23 e 29 de julho
através de enquetes por telefone e presenciais.
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