Avaliação foi apoiada na perspectiva de alguma melhora na economia e de maior capacidade de produção da empresa, após resultados afetados por parada na produção
São Paulo - A Klabin
espera um terceiro trimestre mais favorável que os três meses
anteriores, em uma avaliação apoiada na perspectiva de alguma melhora na
economia e de maior capacidade de produção da empresa, após parada para manutenção ter afetado seus resultados de abril a junho.
A manutenção programada para aumento de capacidade de papel cartão da
máquina número 9 da Klabin em Monte Alegre (PR) levou mais tempo que o
esperado e impactou o volume de vendas do produto no segundo trimestre,
principalmente a parcela direcionada à exportação.
"Passou o segundo trimestre complicado e conseguimos nos virar bem em
um cenário difícil. Obviamente torna-se mais fácil operarmos com as
fábricas em ordem e capacidade elevada de cartões, o que nos dá mais
ferramentas de trabalho", disse o diretor-geral da produtora de papel e
embalagens, Fabio Schvartsman, em teleconferência para comentar os
resultados divulgados na véspera.
Questionado por um analista se o Ebitda (lucro antes de juros,
impostos, depreciação e amortização) da companhia poderá voltar a um
crescimento de dois dígitos, Schvartsman preferiu não dar estimativas,
uma vez que ainda considera a economia brasileira "muito volátil". Ele,
porém, garantiu que haverá avanço no atual trimestre.
"Depende de quanto vamos vender no mercado interno e como enfrentaremos
a situação... mas posso garantir que, em qualquer caso, teremos
elevação do Ebitda (no terceiro trimestre)", acrescentou. Caso o mercado
interno ande de lado, a expectativa é de elevação das exportações.
No segundo trimestre, o Ebitda ajustado da empresa veio praticamente em
linha com o esperado pelo mercado, a 334 milhões de reais.
A reforma da máquina de cartões em Monte Alegre resultou em capacidade adicional de 50 mil toneladas por ano para a empresa.
A Klabin ainda espera mais ampliações de capacidade com a nova máquina
de papel reciclado de Goiana (PE), de 110 mil toneladas por ano, e os
desgargalamentos das máquinas de Piracicaba (SP) e Angatuba (SP), que
adicionarão 50 mil toneladas por ano de papel reciclado. Para o segmento
de sacos industriais, Schvartsman disse que "o mercado de sacos está
fraco e não vejo perspectivas a curto prazo de reversão".
Já com relação à construção da primeira fábrica de celulose da empresa,
o executivo reiterou a previsão de entrada em operação do projeto no
Paraná em março de 2016, acrescentando que, apesar dos investimentos, os
limites de endividamento da Klabin devem ser cumpridos.
"Por enquanto, apesar de já termos desembolsado quase 1 bilhão de reais
no Projeto Puma, nosso endividamento líquido (sobre Ebitda) continua em
1,7 vez. Os níveis de endividamento serão cumpridos ou ficaremos abaixo
deles", disse o executivo.
As units da companhia exibiam queda de 0,36 por cento às 13h17, a 11,22
reais, enquanto o Ibovespa tinha recuo de 2,26 por cento.
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