domingo, 2 de junho de 2024

Fusão entre Azul e Gol deve ocorrer se for positiva para o mercado, diz presidente da Iata

 


Compra da GOL pela Azul seria boa para credores, mas ruim para o consumidor, dizem analistas

Eventual fusão entre Azul e a Gol avança (Crédito: Montagem/GOL/Azul/Divulgação)

Uma eventual fusão entre e Azul e Gol ainda está em negociação e é preciso aguardar os próximos desdobramentos. No entanto, a operação deve ocorrer caso se prove positiva para o mercado, segundo o vice-presidente regional da Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata) para as Américas, Peter Cerdá.

Na avaliação do executivo, a combinação de aéreas não é uma novidade no setor e tem se mostrado uma tendência global.

“A consolidação faz parte da nossa evolução como indústria e tem acontecido de forma relevante nos Estados Unidos e na Europa. Por que não pode ocorrer também no Brasil?”, questiona Cerdá.

O vice-presidente da Iata pondera que a fusão entre a Azul e Gol dependeria do aval regulatório, o que inclui a participação do Estado. No entanto, defende que este tipo de operação deve ocorrer de “forma orgânica e natural, sem imposições”.

“Apesar de estar envolvido no assunto, o foco do governo brasileiro precisa estar em tornar a aviação mais competitiva e não em uma possível concentração de mercado”, diz o executivo.

Entre os pontos que exigem atenção do poder público para impulsionar o setor aéreo no Brasil, Cerdá cita, por exemplo, a necessidade de reduzir impostos e o índice de judicialização. “O que está faltando para a indústria brasileira é reduzir custos e a burocracia”, afirma.

Cerdá conversou com jornalistas das Américas neste domingo, 2, durante o encontro anual da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), promovido nos próximos dias em Dubai, nos Emirados Árabes.

*A repórter viajou a convite da Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata)

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