Haddad: governo definirá nesta terça solução para o rombo de R$ 36 bi no Orçamento de 2026
'Tudo que nós não queremos é chegar ano que vem com problema de emenda, de interrupção de obra', disse Haddad
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em cerimônia no Palácio do Planalto 25/08/2025 (Crédito: REUTERS/Adriano Machado)
O ministro do Fazenda, Fernando Haddad, disse que até o início da tarde desta terça-feira (21) o governo deve ter uma definição sobre o encaminhamento do Orçamento de 2026, após ter solicitado na véspera o adiamento da votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do próximo ano na Comissão Mista de Orçamento.
Em conversa com jornalistas na chegada ao ministério nesta manhã, Haddad disse que representantes da Casa Civil e da Fazenda estão reunidos para “processarmos o que foi discutido com os líderes” do Congresso na segunda-feira (20), após a perda da validade da Medida Provisória 1303, que previa novas taxações a aplicações financeiras e bets, além de medidas de cortes de despesas.
Cálculos da Fazenda apontam que a MP teria impacto fiscal de R$14,8 bilhões em 2025 e de R$36,2 bilhões em 2026, e o governo busca agora formas de recompor essas perdas.
“Essas leis todas têm que estar harmonizadas, quanto vai ser de receita, de despesa, a LDO e o Orçamento, no fundo é uma coisa só, essas coisas precisam dialogar uma com a outra, senão teremos problemas de execução orçamentária”, disse Haddad.
“Tudo que nós não queremos é chegar ano que vem com problema de emenda, de interrupção de obra. Não tivemos nada disso durante três anos, porque nós vamos, em função do calendário eleitoral, trazer problemas para o país?”
Questionado sobre críticas do presidente da CMO, senador Efraim Filho (União-PB), à dificuldade do governo em cortar gastos, Haddad afirmou que o União Brasil é o partido que “menos vota” propostas de redução de despesas. Ele citou como exemplos propostas de alteração na aposentadoria dos militares, restrições a supersalários e a indexação do fundo do governo do Distrito Federal.
“Não estou querendo apontar o dedo para ninguém, mas as pessoas precisam reconhecer que nós mandamos para lá cortes de gastos, eles não votam”.
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