Sam Altman, CEO da OpenAI e Milei, presidente da Argentina (Forbes Argentina)
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A OpenAI e a Sur Energy, empresa especializada em desenvolvimento de infraestrutura digital, anunciaram na sexta-feira (10) a assinatura de uma Carta de Intenções (LOI) para a construção do primeiro Stargate da América Latina, localizado na Argentina.
O projeto prevê a criação de um data center de grande escala com capacidade de até 500 MW, preparado para hospedar a próxima geração de inteligência artificial. O investimento total deve chegar a US$ 25 bilhões, realizado pela Sur Energy em parceria com uma empresa líder em infraestrutura de nuvem. Segundo as empresas, “o Stargate Argentina posicionará o país como um ator relevante no cenário digital e energético global, promovendo crescimento econômico, benefícios sociais e acesso equitativo a tecnologias avançadas”.
A Sur Energy será responsável pela implementação do projeto e pela gestão de todo o ecossistema do data center, garantindo que ele seja alimentado por fontes de energia seguras, eficientes e sustentáveis. A OpenAI atuará como comprador principal da capacidade do centro, assumindo o papel de “offtaker”.
A parceria também visa expandir a adoção da tecnologia OpenAI em todo o território argentino, começando pelo governo local. Espera-se que a iniciativa auxilie funcionários públicos, pesquisadores e instituições governamentais a agilizar processos, reduzir custos e oferecer serviços mais eficientes à população.
Abaixo 6 motivos que fizeram a OpenAI escolher a Argentina:
Regime de incentivos fiscais — RIGI (Regime para Investimentos em Grande Escala)
O projeto Stargate está sendo estruturado sob o “RIGI”, um regime de incentivos que entrou em vigor recentemente no país. Esse regime oferece benefícios fiscais atraentes para grandes investimentos em tecnologia.
Potencial energético renovável e fontes sustentáveis
A Argentina (especialmente a região de Patagônia) tem abundância de recursos naturais para gerar energia limpa — ventos fortes, sol, possibilidade de hidrelétricas ou outras fontes renováveis — que ajudam a alimentar centros de dados de alta demanda de energia.
Custo de eletricidade competitivo
Comparado a outros países da América Latina, a Argentina oferece tarifas industriais de energia relativamente baixas — isso reduz significativamente os custos operacionais (energia + refrigeração são os gastos mais altos num data center desse porte).
Talento local e mercado em expansão em nuvem / computação digital
Argentina já tem um crescimento rápido no uso de serviços em nuvem e computação digital, tanto no setor privado como no governo. Muitas empresas e startups estão migrando cargas de trabalho para nuvem, o que aumenta a demanda e a relevância de infraestruturas locais para reduzir latência, custos de tráfego de dados etc.
Infraestrutura de conectividade
A Argentina possui uma crescente rede de cabos submarinos (submarine cables), o que melhora a conectividade internacional — importante para centros de dados que precisam trocar grandes volumes de dados globalmente. Também há investimento em conectividade entre cidades, e melhora das redes internas de fibra óptica, o que ajuda na dispersão de latência e na expansão de serviços.
Apoio governamental e estratégia de país
O governo argentino está buscando tornar o país um hub de IA, tecnologia e infraestrutura digital. Um projeto desse porte ajuda a atrair investimento estrangeiro, criação de emprego qualificado, inovação, pesquisa & desenvolvimento.
Leia mais em: https://forbes.com.br/forbes-tech/2025/10/por-que-a-openai-escolheu-a-argentina-e-nao-o-brasil-para-construir-seu-mega-data-center/
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