sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Burberry venderá coleções imediatamente após desfiles


Suzanne Plunkett / Reuters
Modelos desfilam para o Outono/Inverno 2015 da grife Burberry, dia 23/02/2015
Burberry: esta mudança acontece depois de uma queda das vendas da marca em Hong Kong
 
Da AFP


A grife de roupas de luxo britânica Burberry anunciou nesta sexta-feira que colocará à venda suas novas coleções imediatamente depois dos desfiles, quebrando os hábitos do setor.

A partir de setembro, a grife reduzirá de quatro para dois desfiles anuais, em fevereiro e setembro, juntando as coleções masculina e feminina, com peças para todas as estações.

Esta mudança acontece depois de uma queda das vendas da marca em Hong Kong.

Além do absurdo: advogado defende inépcia de juíza por ser mulher

 

 

Nota de repúdio às palavras de Marcos David Figueiredo de Oliveira, proferidas contra a juíza Eliane da Câmara Leite Ferreira e a promotora Ana Paula Freitas Villela Leite 

 

Publicado por Raphaella Reis

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Alm do absurdo advogado defende inpcia de juza por ser mulher

Veio a público um caso vergonhoso para a advocacia. Tudo começou na audiência de uma ação cautelar ajuizada por Marcos David Figueiredo de Oliveira, em causa própria, onde pedia a guarda do filho.

Conforme transcrição da ata dessa famigerada audiência, que corre pelos portais jurídicos, o advogado começou a gritar com a promotora, dizendo que ela não poderia falar (!). A juíza (claro) pediu que o advogado/parte parasse de gritar e respeitasse a representante do Ministério Público. O advogado/parte então começou a gritar com a juíza, dizendo que lhe daria voz de prisão por estar violando suas prerrogativas de advogado (!).

A magistrada pediu que o advogado se retirasse da sala de audiências, pelo comportamento; ele se recusou, dizendo que era abuso de autoridade pois a audiência é pública (!). A equipe de segurança foi acionada para retirá-lo do recinto.

Estamos acostumados a essas coisas, certo? Cada audiência é uma novela à parte. Casos assim, onde o advogado desconhece o próprio lugar no mundo fazem as anedotas que circulam em sites como o Não Entendo Direito.

O problema é que não acabou aí. O advogado ingressou com uma exceção de suspeição. O argumento jurídico dele? A juíza está louca e tem interesse na causa só por ser mulher. É que “gritaria é coisa de mulher histérica, sobretudo quando está no período de Tensão Pré-Menstrual”. 

Vocês acham que é brincadeira? Então segurem o print na peça da suspeição.
Alm do absurdo advogado defende inpcia de juza por ser mulher

O horror dessa declaração é superado linhas depois. Diz ele que os 30 anos de exercício da advocacia permitiram a constatação de que "os mais graves erros judiciários são cometidos por mulheres juízas, sobretudo em área de família”.

Aí vem a cereja do bolo: “O Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo precisa constituir, urgentemente, uma comissão de jurisconsultos para levantar, classificar e determinar a natureza do erro judiciário. Se fizer isso constatará que as juízas incorrem em mais “erros inescusáveis” do que os homens, o que compromete a eficiência da prestação jurisdicional no Estado Democrático de Direito”.

Alm do absurdo advogado defende inpcia de juza por ser mulher
Alm do absurdo advogado defende inpcia de juza por ser mulher

Alguns locais ainda tem o inteiro teor da peça divulgado. Como alguns dados são sigilosos e expõem a parte contrária, grande parte dos portais retirou a peça e o resto do processo do ar.

A juíza, que tem mais o que fazer – como qualquer magistrado nas Varas do Fórum Central de São Paulo, onde se tem processo pulando a janela de tão lotados que estão os cartórios – deu uma canetada de leve (dessas que a gente dá quando quer dizer “eu sou melhor que você, fazer o quê”) e mandou oficiar o Ministério Público para que as providências cabíveis fossem tomadas. Aguardem que vem denúncia contra esse advogado numa das três irmãs: injúria, calúnia ou difamação. Ou tudo junto, vai que dá. Nada sei de direito penal.

Este é um caso especialmente nefasto. Porque no Ano da Mulher Advogada, quando se tem uma agenda nacional da OAB para valorizar a mulher no exercício da advocacia – e consequentemente, em toda carreira jurídica – é dos nossos pares que saem ofensas desse calibre, para todas.

A juíza teve sua competência questionada unicamente com base em seu gênero. O mesmo ocorreu com a promotora. O advogado passou 35 laudas discorrendo sobre como estas duas operadoras do Direito não podem e nem devem exercer suas funções, meramente por serem mulheres.

Porque como elas são mulheres, ficam de TPM e enlouquecem, estando ineptas para as funções. Porque como elas são mulheres, ficam investidas emocionalmente quando veem outras mulheres como partes, estando ineptas para as funções. E como elas são mulheres, ocupando as funções de homens (sic.), ficam com agressividade excessiva resultando na disfunção hormonal (sic.) conhecida como TPM, o que leva à autodestruição, e por isso elas são ineptas para as funções.

Pela lógica medieval desse advogado, eu não posso pegar um lápis e escrever meu próprio nome. Porque como eu sou mulher, eu tenho TPM, e por isso me falta raciocínio lógico.

(Nessas horas, antes de falarmos de" juízas problemáticas ", acho bom lembrarmos que as decisões mais absurdas da atualidade foram proferidas por homens, de forma monocrática e colegiada)

Todo esse imbróglio é nocivo para a classe advocatícia, num ano em que a OAB se compromete a promover o respeito à dignidade da mulher e o empoderamento das mulheres nos espaços do mundo social, econômico, político e doméstico.

Justamente agora, que estão todos empenhados em políticas de inclusão das mulheres nos espaços de poder e humanização das estruturas judiciárias para as advogadas, bem como na criação de painéis e educativos acerca da igualdade de gênero em suas facetas mais importantes, é um advogado, um desses seres essenciais à administração da Justiça e obrigado pelo Estatuto da Advocacia e pelo Código de Ética a não só respeitar os magistrados e membros do Ministério Público como a se pautar pela urbanidade e pela lhaneza no trato com eles, que perde o senso do ridículo e manda todos esses esforços para a fronteira do absurdo. Acho que bem além dela, inclusive.

As mulheres estão inclusas nisso, mas acho que o causídico não recebeu o memorando da evolução. A meu ver, esta não é uma pessoa idônea para o exercício da advocacia. Porque alguém que consegue ofender a Magistratura, o Ministério Público e cometer discriminação de gênero numa tacada só é completamente inepto para exercer uma carreira que tem o único objetivo de defender a cidadania, a Justiça e a paz social, e que luta para consolidar o respeito às prerrogativas constitucionais de todos.

É inadmissível que uma pessoa como Marcos David Figueiredo de Oliveira continue integrando os quadros da OAB e exercendo a advocacia. Que tipo de Justiça esse homem defende? Com que critérios ele se mobiliza para lutar pela paz social? Quando chegam os clientes no escritório dele, ele faz processo seletivo, pra ver quem merece mais ou menos defesa de direitos?
Alm do absurdo advogado defende inpcia de juza por ser mulher

Imaginem as clientes mulheres, contratando os serviços dele para afastar maridos agressores. A consulta deve seguir a linha “mas a senhora está de TPM? Porque se estiver, este hematoma no seu rosto deve ser algum delírio derivado da sua disfunção hormonal. Não há causa de pedir, seu marido não lhe bateu, é sua imaginação. Acontece, a senhora é mulher”.

Se ele trata as mulheres da forma como descrita na peça dele, elas, que possuem um padrão social minimamente aceito, por favor imaginem como ele trata negros e LGBTs. Tenho até medo do exercício criativo de pensar na consulta que esse homem daria a um casal LGBT que queira lavrar casamento, ou a um homem negro que sofre discriminação no atendimento em um restaurante.

Nós, advogados – mulheres e homens – não podemos tolerar a permanência deste ser na OAB. Cada segundo que passa em que ele ainda pode se dizer advogado é uma mancha indelével no bom nome da advocacia (e dessa vez, não podemos colocar a culpa na Globo). Marcos David Figueiredo de Oliveira desprestigia a classe com essa forma tacanha de pensar e agir no exercício da advocacia.

Apoio a expulsão SUMÁRIA dos quadros. Faço um apelo especial a Kátia Boulos, presidente da Comissão Permanente da Mulher Advogada na OAB-SP: que supervisione o processo disciplinar a que deve ser sujeito este advogado com a máxima diligência. Porque se ele se dirige assim à magistrada e à promotora, como acham que ele trata suas sócias, advogadas empregadas e estagiárias? Como podemos valorizar as mulheres nessa carreira, Dra. Kátia, com alguém dessa estirpe entre nós? Não podemos. Assim, jamais conseguiremos. E isso não pode prosperar.

Ele não merece ser advogado. Não merece estar conosco na luta pela Justiça. Pode ser militar, lá na brigada do Bolsonaro, mas acredito que nós, mulheres e homens essenciais à administração da Justiça e brigando por ela todo dia, estaríamos muito melhor sem ter Marcos David Figueiredo de Oliveira entre nossos pares.

Alm do absurdo advogado defende inpcia de juza por ser mulher

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Cisco vai pagar US$1,4 bi por empresa de Internet das Coisas




Gianluca Colla/Bloomberg
Prédio-sede da Cisco Systems em Rolle, na Suíça:
Prédio-sede da Cisco: a Jasper produz uma plataforma de software que ajuda a monitorar esses dispositivos quando eles estão online.
 
Da REUTERS


A Cisco Systems disse nesta quarta-feira que está comprando a Jasper Technologies, startup que conecta aparelhos como carros e equipamentos médicos à Internet, por 1,4 bilhão de dólares e ações, sua maior aquisição desde 2013.

Companhias de tecnologia tradicionais como a Cisco têm tentado encontrar caminhos para o crescimento enquanto novos desenvolvimentos tecnológicos, como a ascensão da computação em nuvem, ameaçam seu negócio principal.

O campo emergente apelidado de Internet das Coisas oferece à Cisco, conhecida por equipamentos de rede, uma chance de oferecer tecnologia inovadora a seus atuais clientes.
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Além de conectar aparelhos à Internet, a Jasper produz uma plataforma de software que ajuda a monitorar esses dispositivos quando eles estão online.
 
A Jasper é o maior negócio da Cisco desde a aquisição da empresa de segurança Sourcefire por 2,7 bilhões de dólares em 2013

Graças ao México, fusões e aquisições devem crescer na AL


Thinkstock/anyaberkut
Fusões e aquisições
Fusões e aquisições: no mundo todo, operações devem crescer 8% ao longo do segundo trimestre deste ano
 
 


São Paulo - Mesmo com a desaceleração econômica no Brasil, o número de fusões e aquisições na América Latina deve crescer ao longo do segundo trimestre, segundo levantamento da empresa de tecnologia Intralinks.

Os acordos devem ser impulsionados pelo crescimento do México, pela esperada recuperação de toda a região no longo prazo e pela ascensão da classe média local.

“Os negociadores terão de rejeitar o cenário de curto prazo e assumir uma visão de longo prazo. Isso se aplica ao caso do Brasil, que permanece em turbulência com as crises econômica e política, mas vê investidores internacionais comprarem ativos a preços mais baixos, devido à forte desvalorização do real em relação ao dólar”, comenta Cláudio Yamashita, diretor geral da empresa no Brasil, em nota.
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As transações em estágio inicial registradas na AL no último semestre do ano passado, porém, cresceram em ritmo muito menor do que nos três meses anteriores – o avanço passou de 48,6% para 7,4%.

Nas outras três regiões (América do Norte, Ásia-Pacífico, e EMEA – que abrange Europa, Oriente Médio e África), ao contrário, foi observada aceleração do aumento de fusões e aquisições.
 

Visão global


A Intralinks estima que as operações de compra e fusão devem crescer 8% em todo o mundo no segundo trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2015. Os setores de maior consolidação devem ser os de consumo, telecomunicações, saúde, indústria, imobiliário e energia.

Já os segmentos de alta tecnologia, varejo, materiais e mídia e entretenimento devem apresentar redução.
 

Europa, África e Oriente Médio


Na EMEA, os acordos devem principalmente na Zona do Euro, devido à recuperação das economias dos países que compõem a área e das medidas de flexibilização quantitativa por parte do Banco Central Europeu.

Já na África e Oriente Médio, as atividades devem desacelerar por conta da queda da demanda chinesa por commodities, dos preços baixos do petróleo e da instabilidade política.

Em toda a região, as transações em estágio inicial aumentaram 11% no quarto trimestre de 2015. No trimestre anterior, o crescimento foi de 10,4%.
 

América do Norte


Para a América do Norte, é esperado um aumento modesto das fusões e aquisições, um reflexo da política cautelosa do FED (o Banco Central do EUA) quanto a novos aumentos da taxa de juros neste ano.

O crescimento estável da economia do país, os menores custos de matérias-primas e energia, os baixos preços do petróleo e o dólar valorizado também devem pesar.

Na região, as operações em estágio inicial cresceram 5,4% de outubro a dezembro do ano passado, após declínio de 3,2% no terceiro trimestre.
 

Ásia-Pacífico


Já na Ásia-Pacífico, a movimentação será influenciada pelos eventos de mercado da China, que influenciarão todo o resto do mundo. As fusões e aquisições devem aumentar no Japão e no sudeste da Ásia e diminuir no norte e sul do continente e também na Austrália.

Os acordos em estágio inicial nessa região cresceram 9,8% no quarto trimestre de 2015, em comparação a um avanço de apenas 1,8% no trimestre anterior.
 

O cálculo


Desde 2008, a Intralinks divulga o Deal Flow Perdictor (previsor de fluxo de negociações, em tradução livre).

Por meio da coleta dados do mercado, ela monitora transações que estão chegando à fase de duo dilligence – na qual uma companhia investiga informações sobre possíveis parceiras, antes de fazer uma proposta para comprar ou se fundir a elas.

A partir daí, é possível prever os negócios que terão anúncio público dentro dos próximos seis meses, com índice de precisão de 95%.

Fabricante de iPhone faz proposta bilionária por japonesa


Getty Images
26 - Foxconn
Foxconn: valor proposto pela companhia também conhecida como Hon hai Precision Group é de 5,5 bilhões de dólares
 
 
 
São Paulo - A Foxconn, companhia do Taiwan que monta diversos produtos da Apple, fez uma proposta bilionária para a aquisição da Sharp Corp. A companhia japonesa, que fabrica de televisões a telas de smartphones, deverá responder nos próximos dias.

O valor proposto pela Foxconn, companhia taiwanesa também conhecida como Hon hai Precision Group, é de 5,5 bilhões de dólares. Esse seria o maior investimento de uma empresa estrangeira no mercado japonês de tecnologia.

Um fundo governamental de inovação, Innovation Network Corp. of japan, também estava na disputa, mas com uma proposta significativamente menor, diz o Wall Street Journal.
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A Foxconn, com faturamento anual de 125 bilhões de dólares, é uma das maiores fornecedoras da Apple - quase metade do seu faturamento vem da empresa do iPhone.

Ela fornece, ainda, componentes para os chips da Intel, computadores da Dell e HP, peças para os videogames Playstation da Sony e para o Xbox da Microsoft, além de componentes para os celulares da Motorola e da Xiaomi.

A taiwanesa já havia se aproximado da Sharp antes. Em 2012, ela fez uma proposta de comprar 10% de participação na Sharp, mas acabou voltando atrás poucos meses depois.
 
A Sharp, com 44.000 funcionários pelo mundo e presente em 25 países,
 

Acordo Transpacífico é assinado na Nova Zelândia


REUTERS
Líderes se reúnem em assinatura de TPP
Líderes se reúnem em assinatura de TPP: este pretende tornar-se um dos maiores acordos de livre-comércio do mundo
AFP/Arquivos, da AFP

O ambicioso acordo Transpacífico de Cooperação Econômica (TPP) entre doze países, e que pretende tornar-se um dos maiores acordos de livre comércio, foi assinado nesta quinta-feira na Nova Zelândia.

O primeiro-ministro anfitrião, John Kay, e o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Michael Froman, conduziram a cerimônia de assinatura do acordo, do qual participam, entre outros, México, Chile, Peru, Canadá e Japão.

"Hoje é um dia importante não só para a Nova Zelândia, mas também para os outros onze países do acordo Transpacífico", declarou o primeiro-ministro neo-zelandês Key.
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O "TPP vai proporcionar melhor acesso a bens e serviços para os 800 milhões de habitantes dos doze países signatários", que representam 36% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, acrescentou o chefe de governo da Nova Zelândia.

Os países em questão têm dois anos para ratificar o acordo, que foi alcançado em outubro de 2015, depois de cinco dias de uma verdadeira maratona de discussões em Atlanta que terminaram com sete anos de negociações complexas.
 

Dúvidas


Além de Estados Unidos, Canadá, México, Peru e Chile, são signatários Austrália, Brunei, Japão, Malásia, Nova Zelândia, Cingapura e Vietnã.

Mas, em alguns casos, há dúvidas, e a cerimônia desta quinta-feira foi marcada por vários protestos organizados por manifestantes que temem o impacto deste acordo sobre o mercado de trabalho.

Eles bloquearam as ruas em frente ao Centro de Convenções de Sky City.

Na semana passada também houve vários protestos que reuniram milhares de pessoas na Malásia.

Da parte dos governos e legislativos, também há dúvidas, como é o caso do novo governo liberal do Canadá, que já alertou, através de sua ministra do Comércio Chrystia Freeland, que "muitos canadenses ainda não se decidiram a respeito do TPP e que muitos ainda têm dúvidas". Portanto, o governo realizará uma análise completa antes de ratificar o acordo.

No governo mexicano a visão é diferente, e a chanceler Claudia Ruiz Massieu afirmou há algumas semanas em uma entrevista à AFP que o acordo "é um complemento à nossa estratégia de consolidar-nos como uma das economias mais abertas do mundo por meio de tratados de livre comércio".
 

Obama comemora assinatura


Em Washington, o presidente Barack Obama comemorou a assinatura do acordo.

"O TPP irá permitir que os Estados Unidos - e não países como a China, que está fora do acordo - definam as regras de circulação (comercial) no século XXI, o que é especialmente importante em uma região tão dinâmica quanto Ásia-Pacífico", ressaltou Obama em um comunicado.

Em uma tentativa de fazer com que o tratado faça parte de seu legado presidencial, Obama almoçou com líderes republicanos do Congresso na terça-feira, tendo o TPP entre os temas em discussão.

No entanto, o líder da maioria do Senado, Mitch McConnell, se recusou a se comprometer em uma votação sobre o acordo comercial antes das eleições de novembro.

A ratificação do tratado seria uma grande vitória para a política externa de Obama, razão pela qual os republicanos parecem tão relutantes em facilitá-lo.

"Vou continuar a trabalhar com democratas e republicanos no Congresso para promulgar uma lei o mais rapidamente possível, para que a nossa economia possa começar a se beneficiar imediatamente das dezenas de bilhões de dólares em novas oportunidades de exportação", ressaltou Obama.

Economia da China deve desacelerar sem pouso forçado, diz FMI


Kim Kyung-Hoon/Reuters
Logo do Fundo Monetário Internacional (FMI)
Logo do Fundo Monetário Internacional: a dirigente do FMI ressaltou ainda que as mudanças na política econômica precisam ser bem comunicadas, sobretudo ao mercado financeiro
Altamiro Silva Junior, do Estadão Conteúdo

Nova York - A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, prevê que a China deve seguir em desaceleração, com um nível menor de crescimento econômico do que no passado, mas não espera um pouso forçado da segunda maior economia do mundo, afirmou a jornalistas nesta quinta-feira, 4, em uma entrevista pela internet.

"A China está passando por uma ampla e multifacetada transição. Não esperamos um pouso forçado", afirmou Lagarde, destacando que país asiático precisa aceitar a realidade de que as taxas de crescimento serão menores e que é preciso continuar com as reformas estruturais.

A dirigente do FMI ressaltou ainda que as mudanças na política econômica precisam ser bem comunicadas, sobretudo ao mercado financeiro.
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A transição da economia chinesa terá um grau de dificuldade e obstáculos e deve gerar volatilidade, mas pode ocorrer sem um pouso forçado, avalia a diretora.

Mais cedo, em seu discurso na Universidade de Maryland, Lagarde ressaltou que a mudança do modelo de crescimento da China é "necessária", pois vai levar o país a um nível de crescimento mais sustentado, beneficiando a própria China e a economia mundial.

"A China embarcou em um ambicioso rebalanceamento de sua economia, da indústria para serviços, das exportações para o mercado doméstico e do investimento para o consumo. Além disso, está se movendo em direção a um sistema financeiro mais orientado ao mercado", afirmou Lagarde.

"No curto prazo, essa mudança vai levar um crescimento menor e essa desaceleração tem contágios", disse ela, ressaltando que esse efeito pode se dar pelos fluxos internacionais de comércio, pela queda da demanda por commodities e pelo mercado financeiro.