Ontem, EUA e Canadá retomaram negociações para reformular o Tratado
Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta, na sigla em inglês), um dia
depois de americanos e mexicanos anunciarem um acordo comercial
bilateral.
A incerteza é se o Canadá conseguirá preservar o acordo
tripartite com EUA e México, em vigor desde 1994. O presidente dos EUA,
Donald Trump, já alertou que poderá seguir adiante apenas com o México e
impor tarifas a produtos canadenses se Ottawa não aceitar uma revisão
dos termos do pacto.
Continuam no radar também as desavenças comerciais entre EUA e
China. Discussões bilaterais ocorridas na semana passada em Washington
aparentemente terminaram sem qualquer avanço.
“Poderemos ver rápidos acordos (dos EUA) com México, Canadá e
UE (União Europeia), mas a discussão com a China parece ter raízes mais
profundas”, comentou Kiran Ganesh, chefe de consultoria para
investimentos do UBS Global Wealth Management.
Nos últimos meses, os EUA puniram com tarifas bilhões de dólares em
produtos chineses, levando Pequim a retaliar contra bens americanos na
mesma medida.
A Itália também permanece no foco, em meio a temores de que
Roma não conseguirá cumprir sua meta de déficit orçamentário. Segundo o
jornal La Stampa, um representante do governo italiano teria pedido ao
Banco Central Europeu (BCE) que aprove um novo programa de compras de
bônus soberanos – conhecido como QE – para proteger a dívida do país de
movimentos especulativos. Desta forma, a Itália poderia evitar um
eventual rebaixamento de sua nota de crédito. Há expectativa de que a
Fitch revise o rating italiano na sexta-feira (31).
Na agenda de indicadores da Europa, destaque para o Produto
Interno Bruto (PIB) da França, que cresceu 0,2% no segundo trimestre
ante os três meses anteriores, segundo revisão publicada hoje que
confirma estimativa preliminar de cerca de um mês atrás. Na Alemanha, o
índice de confiança do consumidor elaborado pelo instituto GfK caiu a
10,5 na pesquisa de setembro, de 10,6 na leitura de agosto. Apesar da
leve queda, o indicador mostra que a confiança do consumidor na maior
economia europeia continua em nível elevado.á a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, chega hoje à
Nigéria como parte de uma turnê por três países africanos. Ontem, na
África do Sul, May prometeu que seu país se tornará o maior investidor
do mundo desenvolvido na África até 2022. Em meio à viagem de May, que
incluirá ainda o Quênia, surgiram relatos hoje sobre uma possível
extensão das conversas sobre o “Brexit” – como é conhecido o processo
para a retirada do Reino Unido da UE -, fator que estaria ajudando a dar
sustentação à libra nos negócios da manhã.
Às 7h17 (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 0,60%,
pressionada por ações de mineradoras, enquanto a de Paris recuava 0,02% e
a de Frankfurt perdia 0,04%. Já os mercados em Milão, Madri e Lisboa
tinham respectivas perdas de 0,08%, 0,71% e 0,24%. No câmbio, a libra
avançava a US$ 1,2899, de US$ 1,2870 no fim tarde de ontem, mas o euro
se enfraquecia, cotado a US$ 1,1672, ante US$ 1,1698 da véspera.
Com
informações da Dow Jones Newswires.
https://www.istoedinheiro.com.br/preocupadas-com-comercio-bolsas-europeias-operam-com-vies-negativo/
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