terça-feira, 26 de setembro de 2023

Mdic: Brasil registra abertura de 2,7 mi de empresas no ano; saldo é de 1,2 milhão

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O Brasil registrou a abertura de 2,716 milhões de novas empresas de janeiro a agosto deste ano. Com esse dado, o saldo de criação de firmas é positivo em 1,23 milhão, em razão do fechamento de 1,47 milhão de empresas nos primeiros oito meses de 2023. Os dados são do Mapa de Empresas, elaborado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) em parceria com o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).

Segundo a pasta, com o número de janeiro a agosto, são ao total 21,8 milhões de empresas ativas em todo o território nacional. Destas, 93,7% são de microempresas ou empresas de pequeno porte.

Em nota sobre os dados, o Mdic informou que o Maranhão foi o Estado que registrou o maior aumento proporcional no número de novas empresas, de 7,7% em relação ao primeiro quadrimestre, enquanto a Paraíba teve a maior queda proporcional.

O Estado de São Paulo registrou o maior número de empresas abertas (408.116) em números absolutos, seguido por Minas Gerais (147.147) e Rio de Janeiro (115.264). Em média, o tempo gasto para abertura de empresas, no segundo quadrimestre, foi de 1 dia e 5 horas.

De acordo com o Mdic, apenas no segundo quadrimestre do ano foram abertas 1,38 milhão de novas empresas e fechados 738,1 mil negócios – um saldo positivo de 644,5 mil empresas abertas nos últimos quatro meses.

 

Embraer vai apresentar o KC-390 para a poderosa Força Aérea dos Estados Unidos


A empresa brasileira Embraer está interessada em expandir o recente sucesso das vendas às defesas europeias para os Estados Unidos e vai apresentar aos americanos as capacidades do KC-390 Millennium, seu jato multifuncional projetado para servir tanto como transporte de carga quanto como avião-tanque de reabastecimento aéreo, sem quaisquer modificações pós-fábrica, e que pode ser a solução certa para vários tipos de missão.

Devido à versatilidade e aos baixos custos de manutenção, o KC-390 foi selecionado por Portugal, Hungria, virtualmente a Holanda (ainda pendente de assinar o contrato) e um projeto de compra anunciado pela Áustria em 20 de setembro.

Com isso, Federico Lemos, Diretor Comercial da Embraer Defesa e Segurança, acredita que as ofertas militares da Embraer atingem o alto desempenho a um bom valor, atendem os requisitos complexos das melhores forças aéreas, como as dos Estados Unidos, e têm os menores custos de ciclo de vida, informou uma matéria do site FlightGlobal.

Na prática, o jato supera o concorrente mais próximo, o C-130J-30 Super Hercules da Lockheed Martin, em vários indicadores importantes, incluindo carga útil, velocidade de cruzeiro mais rápida e teto de serviço mais alto. O jato oferece decolagem e pouso em pistas curtas e de condições ruins, um atributo que pode atrair a estratégia Ágil em Combate da Força Aérea dos EUA.

Hoje, a Embraer está comercializando o KC-390 para operações especiais, reabastecimento aéreo e missões de transporte de carga para todas as forças na América do Norte. Até o momento não houve discussão aberta sobre a aquisição do KC-390 pelo Pentágono, mas a Embraer está fornecendo informações a todos os potenciais clientes.

Num indicador importante, o KC-390 da Força Aérea Brasileira, atual operadora do modelo, registrou uma taxa de prontidão da aeronave de 80% e uma taxa de conclusão da missão de 99,7% durante o período após a capacidade operacional inicial.

A Embraer acredita que o investimento nos EUA dará resultados, pois a empresa foca na capacidade a preços acessíveis. Ao mesmo tempo, a pressão continua sobre os gigantes da aviação, Boeing e Lockheed, mas a luta é de titãs.

 https://aeroin.net/embraer-vai-apresentar-o-kc-390-para-a-poderosa-forcas-aerea-dos-estados-unidos/

 

Otimismo exagerado é principal barreira de ação contra mudanças climáticas, aponta pesquisa

Foto de cima de cidade em Alagoas com ruas alagadas e casas cobertas parcialmente de água.

O otimismo exagerado de que será possível evitar as piores consequências das mudanças climáticas é a principal barreira para uma ação decisiva contra elas, aponta a pesquisa “Social Intelligence for Climate Action” (Inteligência Social para a Ação Climática, em tradução livre) realizada pela consultoria Capgemini, em parceria com a empresa de tecnologia Dassault Systemes e a startup de análise de dados Bloom.

O levantamento, feito a partir de coletas de dados nas redes sociais, também apontou outras quatro barreiras relevantes: falta de informação, medo de consequências ruins das ações ambientais, delegação de autoridade e falta de esperança.

A pesquisa foi feita com dados da internet em língua inglesa, por meio de plataformas como Facebook, Instagram, TikTok, YouTube e X (antigo Twitter). A ideia foi chegar ao máximo de países e regiões do globo e captar os sentimentos e o vocabulário utilizados pelas pessoas para falar sobre o tema. Foram analisados mais de 480 milhões de ações e engajamentos, de 330 milhões de pessoas, em 14 milhões de documentos agregados sobre as mudanças climáticas.

Entre as principais descobertas, estão as de que as preocupações ambientais aparecem em diversos países – embora, pelas limitações da pesquisa, as nações de língua inglesa tenham aparecido mais. Também foi indicado que o grupo mais jovem a participar, entre 16 e 34 anos, é o mais engajado no tema, e que as pessoas estão prestando atenção na comunicação das empresas.

Atualmente, a grande maioria das pessoas confia nas companhias – apenas 3% acredita que elas comunicam demais sobre sustentabilidade sem causar um impacto realmente positivo. É necessário que haja honestidade, para evitar que essa parcela venha a aumentar. Por outro lado, cerca de 30% das interações sobre as mudanças climáticas são negativas, porcentual considerado alto e que demonstra que o tema também sofre com a polarização.

Cinco barreiras

Nos posts, a principal conclusão foi a identificação das cinco barreiras, com destaque para o otimismo exagerado. “É um otimismo até por falta de informação, impensado, quando você está cego e não vê a realidade”, avalia Emanuel Queiroz, diretor de sustentabilidade da Capgemini no Brasil.

O relatório cita o perigo do “greenwashing”, quando as empresas vendem como sustentável uma ação ou produto que não tem efeito ou é prejudicial; o tecno-otimismo, uma aposta de que novas tecnologias irão solucionar o problema, e a utilização de ideias antigas em vez de buscar novas soluções.

Na sequência, a própria falta de informações aparece como uma barreira relevante, que leva à falta de confiança e causa a sensação de falta de poder entre as pessoas.

“A situação é agravada pelos principais afetados pela crise climática muitas vezes não terem como fazer sua voz chegar ao mundo todo”, afirma Queiroz. Segundo ele, como os mais afetados são principalmente os mais pobres e moradores de países considerados periféricos, muitas vezes eles não falam línguas como o inglês e suas histórias são mais difíceis de serem compartilhadas.

O medo de consequências ruins das ações ambientais é outro obstáculo para a ação. Mais regulações podem complicar o mercado para pequenas e médias empresas, e trabalhadores de setores como os de produção de combustíveis fósseis podem perder os empregos – assim, se torna necessário um plano que garanta recolocação profissional e que as necessidades básicas desses indivíduos e suas famílias sejam atendidas.

A delegação de autoridade é uma atitude na qual os cidadãos deixam apenas a cargo das empresas e governos tomarem atitudes para conter a crise climática. Contudo, a participação das pessoas comuns também é possível e necessária para evitar as piores consequências. “O poder individual menor é potencializado pelo poder coletivo”, cita Queiroz, destacando os boicotes como uma forma de ação. Outras, como protestos e ações judiciais, também são possíveis.

or fim, a falta de esperança leva a pensamentos como “para que agir, se será impossível evitar?”. Assim como seu “oposto”, o otimismo exagerado, a solução é fornecer informações corretas para demonstrar que ainda há possibilidade de evitar o pior. “Uma via é abrir fóruns de discussão, desde que baseado em dados reais, em informações concretas”, diz Queiroz. Ele menciona ainda que, apesar do otimismo aparecer mais na crise climática, a falta de esperança predomina ao se tratar da erradicação da pobreza.

Empresas

Outro estudo da Capgemini, o Climate Tech, lançado em abril, aponta que a maioria das empresas ainda não vê a pauta ambiental como uma chance de investimento, e sim como um gasto. Apenas 21% dos executivos concordam com a afirmação de que “os argumentos econômicos a favor da sustentabilidade são claros”, e para 53%, as iniciativas de sustentabilidade são um encargo financeiro que tem de ser suportado para fazer negócios, ao comentar sobre o hidrogênio verde.

Apenas 11% das organizações foram classificadas como sustentáveis, mas dentre estas, a margem de lucro líquido foi 9% maior em comparação com a média, e 83% tiveram receitas mais elevadas por empregado em comparação com a média. “Temos que apresentar business cases que fogem dos tradicionais”, comenta Queiroz. Ele alerta que o custo de uma empresa não se preocupar com a sustentabilidade, no futuro, é ir à falência.

“Hoje, as empresas não aplicam a sustentabilidade na estratégia de crescimento como um todo, tem apenas iniciativas no marketing, na comunicação com a sociedade. Enquanto não levar como um pilar da estratégia de crescimento, não vai trazer retorno”, projeta o especialista da Capgemini.

A melhor estratégia para conseguir isso é entranhar a sustentabilidade na cultura da empresa, desde os mais altos cargos, que devem ter suas remunerações e bônus atrelados ao resultado alcançado no tema, até o operacional. Contratar funcionários com habilidades relacionadas a temas ambientais é um passo, assim como treinar os que já estão na empresa. Criar um portal colaborativo ajuda.

A pesquisa “Social Intelligence for Climate Action” aponta ainda outras ações possíveis: transmitir as mensagens corporativas de forma eficiente e sem greenwashing, lidar também com as ações sociais, e assumir responsabilidades. “Não adianta um setor empurrar a responsabilidade para outro”, adverte Queiroz. Mesmo para as empresas brasileiras, há oportunidades – o Brasil pode ser um grande solucionador de questões ambientais e climáticas, devido aos seus recursos naturais e expertise no assunto.

 

Acelen e Bunker One fecham parceria estratégica para abastecimento de navios

A Bunker One, líder na comercialização de bunker (combustíveis marítimos), e a Acelen, controladora da Refinaria de Mataripe, fecharam acordo para oferecer operação de abastecimento em ancoragem externa no Brasil. A partir deste mês, embarcações como grandes cargueiros e petroleiros podem ser abastecidas na região de fundeio do Porto do Itaqui, na Baía de São Marcos, no Maranhão.

Segundo comunicado das duas empresas, o local foi escolhido por ser um centro estratégico para o comércio internacional, principalmente para exportações de matérias-primas, como ferro e soja, e para distribuição de produtos petrolíferos no mercado interno. “A nova opção de abastecimento atende a todos os tipos de embarcação e a diversas rotas, entre elas as que têm como origem e destino Europa e Estados Unidos”, informaram as companhias.O abastecimento é realizado por um tanker (navio-tanque) sem necessidade de ancoragem interna, o que pode reduzir o tempo de permanência no porto e os custos com taxas portuárias, já que os navios são abastecidos enquanto aguardam a entrada na área interna para operar. Será possível atender até dois navios por dia, levando em consideração o tempo de cada operação e as particularidades de cada abastecimento.

“Essa parceria vai proporcionar um crescimento da nossa operação no Brasil em cerca de 30%. E não se trata apenas de mais uma linha de atuação ou área geográfica coberta, mas o início de uma promissora aliança, que tem o potencial de oferecer novas soluções para a indústria de shipping na América Latina”,segundo o CEO da Bunker One Brasil, Flavio Ribeiro.

A Bunker One é uma subsidiária do grupo dinamarquês Bunker Holding. O fornecimento de combustíveis marítimos na região vai aumentar o potencial do complexo portuário de Itaqui, que cresceu em média 9% ao ano nos últimos cinco anos.

De acordo com o vice-presidente Comercial, Trading e Shipping da Acelen, Cristiano da Costa, a parceria comercial suporta o crescimento da região, aumentando a oferta e competitividade do Brasil como opção de hub de abastecimento de combustíveis marítimos. “É uma excelente parceria, capaz de trazer competitividade ao abastecimento de bunker na região de São Luís do Maranhão”, afirmou.

Para conhecer profundamente a área de atuação nas operações de abastecimento em Itaqui, as duas empresas investiram em dois estudos: um meteoceanográfico das áreas de fundeio e outro de aproximação e amarração das embarcações nas operações de abastecimento.

Para garantir excelência nas condições de operação, o estudo utilizou dados nacionais e internacionais para análise de vento e rajada, de ventos e ondas, assim como de correntes. O conhecimento detalhado das condições meteorológicas permite que sejam realizadas operações no mais alto padrão de fornecimento, informaram as companhias.

 

S&P eleva previsão para crescimento do PIB do Brasil em 2023, de 1,7% para 2,9%

 


Produto Interno Bruto do Brasil.

Por outro lado, a agência cortou a estimativa para o PIB do Brasil em 2024, de 1,5% para 1,2%. (Crédito: Arquivo/Agência Brasil)

A S&P Global Ratings aumentou a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto brasileiro (PIB do Brasil) este ano, de 1,7% para 2,9%, como resultado da força na produção agrícola e do impacto de medidas de estímulos fiscais nos gastos das famílias.

Por outro lado, a agência cortou a estimativa para a expansão da atividade brasileira em 2024, de 1,5% para 1,2%, sob a expectativa de que esses fatores devem arrefecer.+Alta da gasolina responde sozinha por cerca de 72% do IPCA-15 de setembro

Em 2025, o avanço seria de 1,8% e em 2026, de 2,0%.

A instituição também projeta que o Banco Central cortará a Selic de 12,75% atualmente a 12,25% até o fim do ano, antes de reduzi-la a 9% até o final de 2024 e mantê-la nesse nível até pelo menos 2026.

O movimento seria possibilitado pelo arrefecimento da inflação ao consumidor a uma média de 4,9% este ano, 3,9% no próximo, 3,7% em 2025 e 3,5% em 2026. No câmbio, a S&P vê o dólar a R$ 5,05 no fim de 2023 e R$ 5,25 no fim de 2024.

segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Transpetro faz reforma administrativa e sobe para 48% número de mulheres em cargos de liderança

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A Transpetro aumentou em 48% o número de mulheres em posições gerenciais, dentro de uma reforma administrativa que teve por objetivo deixar a subsidiária da Petrobras mais diversa. Com isso, o número de mulheres com cargos de liderança subiu de 65 em 2022 para 96 este ano, informou a companhia. A empresa também elevou em 17% o número de profissionais que se autodeclaram pretos, pardos, indígenas ou amarelos em postos de comando e criou uma Gerência Setorial de Diversidade.

“Nossa força de trabalho própria possui 18% de mulheres e, agora, o porcentual feminino em posições de liderança é de 24%. Estamos incentivando a capacitação das nossas trabalhadoras, oferecendo turmas de liderança com foco específico para elas, por exemplo. O aumento de representatividade nas novas designações faz parte de um rol de iniciativas de diversidade e inclusão que estamos promovendo”, disse em nota o gerente executivo de Recursos Humanos da Transpetro, Alexandre Almeida.

Entre essas iniciativas está a criação de cartilhas educativas visando a promoção da diversidade, inclusão e no combate à violência no ambiente de trabalho, material que poderá ser distribuído para outras estatais e entidades. Segundo a Transpetro, para ressaltar a importância das mudanças será realizada uma cerimônia na próxima quinta-feira, 28, na sede da companhia, no Rio de Janeiro.

“Inclusão e diversidade são compromissos sociais da Transpetro. As indicações para a nova estrutura são um passo importante para formalizar nossa responsabilidade com essa agenda e demonstrar nossa capacidade de atender às demandas da sociedade por mais diversidade e inclusão nas empresas”, ressaltou o presidente da empresa, Sérgio Bacci.

A Transpetro é a maior subsidiária da Petrobras e opera 49 terminais no País, sendo 28 aquaviários e 21 terrestres. Tem ainda cerca de 8,5 mil quilômetros de dutos e 36 navios e atende mais de 180 clientes, além da Petrobras.

 

EUA: SEC multa unidade de investimentos do Deutsche Bank por lavagem de dinheiro

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A SEC acusou a DWS, uma subsidiária de consultoria de investimentos do Deutsche Bank com sede em Nova York, em duas ações de execução publicadas hoje. A DWS não admitiu nem negou as acusações, mas concordou com duas ordens de suspender as atividades relacionadas às violações de combate à lavagem de dinheiro e às distorções ESG. O DWS concordou em pagar US$ 25 milhões no total.

Segundo uma denúncia de 2021, a DWS pintou um quadro mais otimista do que a realidade para os investidores. Um porta-voz do DWS disse que a empresa já tomou medidas para resolver as deficiências em seus processos e procedimentos identificados na ordem da SEC.

Um porta-voz do DWS disse que está “comprometido em manter uma estrutura robusta de gestão de risco” e que a empresa tomou medidas para melhorar seus processos de combate à lavagem de dinheiro para seus negócios de fundos mútuos nos EUA desde 2020.

Fonte: Dow Jones Newswires