quinta-feira, 13 de março de 2014

Kroton e Anhanguera negociam soluções com Tribunal do Cade


Informação foi antecipada pelo blog Primeiro Lugar, da Revista EXAME

Kiko Ferrite/EXAME.com
Sala de aula da Anhanguera, em São Paulo

Sala de aula da Anhanguera, em São Paulo: Cade recomendou impugnação do processo de fusão entre as empresas de educação em dezembro

Rio de Janeiro - A Kroton Educacional e a Anhanguera buscam soluções negociadas com o Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no que se refere à aprovação da associação entre as companhias, disseram as redes de ensino privado nesta quarta-feira.

As companhias informaram que procuram "remédios para as preocupações concorrenciais" relativas ao ensino superior presencial e ao ensino à distância, visando aprovação da fusão pelo Cade dentro do prazo legal.

Em dezembro, a Superintendência Geral do Cade recomendou impugnação do processo de fusão entre as empresas de educação, citando preocupação concorrencial decorrente da operação que pode criar a maior empresa do setor no mundo.

O caso foi então submetido ao tribunal da autarquia para a avaliação de solução para os problemas concorrenciais identificados.

A Procuradoria Federal Especializada junto ao Cade emitiu, em 6 de março, parecer indicando que a transferência de mantença de instituição de ensino seria uma solução para as preocupações concorrenciais identificadas pela Superintendência-Geral em relação ao acordo de associação no segmento de graduação à distância.

Cromossomo adquire um total de 48,35% do capital da Dasa


A aquisição ocorreu após a conclusão da oferta pública e o fim do período de 30 dias subsequentes

EXAME
Laboratório de análises da Dasa

Laboratório da Dasa: em fevereiro, a oferta pública havia encerrado o leilão na Bovespa com adesão de 38,34% dos acionistas 

São Paulo - A Cromossomo Participações adquiriu um total de 48,35 por cento do capital da Dasa com a conclusão da oferta pública e o fim do período de 30 dias subsequentes, informou a empresa de diagnósticos na noite de quarta-feira.

Segundo carta da Cromossomo enviada à companhia, nos 30 dias subsequentes à oferta feita em fevereiro, foram adquiridas no mercado ações remanescentes ao mesmo preço da oferta, de 15 reais cada papel, elevando o total para 150,769 milhões de ações.

Em fevereiro, a oferta pública havia encerrado o leilão na Bovespa com adesão de 38,34 por cento dos acionistas da companhia.

Avião da Malaysia voou por 4 horas após sumiço, dizem EUA


Boeing da Malaysia Airlines teria voado por horas após alguém desligar propositalmente o transponder, evitando a detecção pelos radares

REUTERS/Kham
Missão de resgate de avião desparecido na Malásia

Missão de resgate de avião desparecido na Malásia: avião poderia ter voado por horas após sumiço

São Paulo – Para investigadores americanos, o voo 370 da Malaysia Airlines, desaparecido desde o dia 7, voou por mais quatro horas após sumir dos radares.

Segundo o Wall Street Journal, investigações nos EUA apontam que, após dar a sua última coordenada de localização, cerca de uma horas após a decolagem de Kuala Lumpur, o Boeing ainda teria voado por horas.

As informações foram passadas por duas pessoas anônimas, muito próximas das investigações.
Para eles, o avião voou um total de cinco horas, baseado nos dados enviados automaticamente para a BoeingCo.

Durante os voos, as aeronaves mandam dados automáticos para a companhia, que os utiliza para um programa de monitoramento e manutenção.

Isso poderia explicar por que nenhuma pista do avião foi encontrada até agora, mesmo com uma extensa área de busca na região da Malásia, Vietnã e China.

Se ele se desviou da rota durante quatro horas, teria se afastado muito da atual região.

Oficiais americanos da unidade de contraterrorismo trabalham com a possibilidade de que o piloto ou outra pessoa a bordo desviou o avião da rota propositalmente após desligar o transponder, evitando a detecção pelos radares.

Para eles, a rota foi desviada “com a intenção de se usar isso posteriormente, para outro fim”. Algo poderia ter dado errado depois disso.


A companhia nega


A Malaysia Airlines, por sua vez, negou as informações do Wall Street Journal imediatamente, já que eles seguem outra linha de investigação.

A companhia garante que o avião não enviou mais dados após sumir dos radares. 

Contudo, somente a Rolls Royce, que fabrica os motores da aeronave, poderia negar ou confirmar as informações do jornal, pois este diz que os dados automáticos dos motores foram enviados à BoeingCo., não que dados do voo foram enviados diretamente à companhia aérea.

Por enquanto, a Rolls Royce não se manifestou sobre as informações.


Pistas


Ontem, um trabalhador de uma plataforma de petróleo na costa do Vietnã mandou um email às autoridades relatando que viu um avião em chamas no ar.

Um satélite chinês também fotografou três objetos boiando no mar, indicando que poderiam ser pedaços do avião. Mas as autoridades disseram que checaram a área e não encontraram nada.

Netshoes está à venda



OPERAÇÃO DA NETSHOES: venda do controle está na mesa


A empresa de comércio eletrônico brasileira Netshoes abriu negociações para sua venda. O banco americano Morgan Stanley conduz o processo, que atrai gigantes como as varejistas Walmart e Amazon. O processo foi iniciado porque a Netshoes, que já recebeu aportes de fundos como o americano Tiger e a Temasek, de Singapura, precisa de mais uma injeção de capital. 

Como está difícil emitir ações em bolsa, a empresa decidiu procurar outros fundos de investimento. Em paralelo, porém, convidou companhias estrangeiras a fazer propostas pelo controle da empresa. As negociações estão em seu início e ainda é impossível dizer se o caminho escolhido pelos donos da Netshoes será a capitalização ou a venda. Procurada, a empresa não comentou.

Conquistas do Plano Real em risco, economia sob grande perigo e política econômica esquizofrênica

Rodrigo Constantino


Fonte: GLOBO

Esse foi o tom do evento ocorrido ontem para celebrar os 20 anos do Plano Real, aquele mesmo que os principais petistas rejeitaram e que conseguiu finalmente derrotar a hiperinflação brasileira.

Armínio Fraga, o ex-presidente do Banco Central, foi o que fez as críticas mais duras: o mercado já rebaixou o Brasil, e a política macroeconômica do governo federal é “esquizofrênica”.

Para Armínio, a “economia vive um momento de grande frustração e grave perigo”. Ele resumiu:
Os problemas de hoje vêm desde o segundo mandato do presidente Lula quando se abandonou um modelo mais equilibrado na direção do que se chama hoje de nova matriz, com política macro mais frouxa, muito foco no consumo e pouco foco na produtividade em geral. 

Gustavo Loyola também foi enfático no diagnóstico:
Houve sim retrocessos e é preciso retomar o fio da meada que foi perdido lá atrás. É preciso consertar o que foi feito de errado. A partir da crise de 2008 o Brasil começou a flertar com políticas muito heterodoxas de politica econômica que não tinham nada de novidade. A rigor era a volta ao passado: o inflacionismo brasileiro. 

Para Loyola, o governo é “gastador”, e o país precisa avançar, fazendo reformas tributária, da previdência, do estado, além de retomar a questão da autonomia formal do Banco Central. Gustavo Franco chamou o modelo atual de “dogmático e populista”.

Quem acompanha meus artigos sabe como sou crítico ao PSDB. Considero os tucanos tímidos demais como oposição, e esquerdistas demais como governo. Defendem uma social-democracia ainda muito distante do liberalismo que eu prezo.

Mas é inegável a distância que os separa dos petistas, em todos os aspectos. Há um abismo intransponível entre eles, seja pelo viés autoritário e bolivariano do PT, ausente no PSDB, seja pelo quadro técnico de seus principais economistas.

O PSDB demonstra ter uma equipe preparada para encarar reformas importantes e necessárias para o Brasil. Não seriam aquelas ideias do ponto de vista liberal, naturalmente. Mas em política, o ideal pode ser inimigo do bom. Quem não tem cão, caça como gato.

Foram esses economistas de certa forma que criaram o Plano Real e tiveram mérito em criar o maior programa social brasileiro desde a redemocratização: uma moeda sólida. O imposto inflacionário é o mais cruel, especialmente para os mais pobres.

Como comparar esses nomes ao de Guido Mantega, Arno Augustin ou Aloizio Mercadante? Não dá nem para o começo. Por isso fico espantado, confesso, com muitos colegas mais liberais que colocam o PT e o PSDB no mesmo saco podre e pregam o voto nulo. Isso, não custa repetir, é o mesmo que escolher o PT, muito pior do que o PSDB.

E estou, aqui, falando apenas de economia, para nem entrar em outras questões, como Foro de São Paulo, aparelhamento de toda a máquina estatal, mensalão (não venham falar do “mensalão” mineiro, pois uma coisa não tem nada a ver com a outra), ideologização do Mercosul, importação de milhares de escravos cubanos, tentativa de controlar a imprensa, etc. A lista é longa.

O foco é apenas economia nesse texto, o que já seria suficiente para expor o enorme contraste entre ambos. Se você está satisfeito com o nacional-desenvolvimentismo que tem afundado nossa economia, então não posso fazer nada; há masoquistas que celebram a mediocridade ou mesmo o caos.

Mas se você acha que o Brasil pode mais, muito mais, então não resta dúvida de que esse time de economia presente nesse seminário sobre os vinte anos do Plano Real está bem mais capacitado para tocar as nossas políticas macroeconômicas.


Rodrigo Constantino

quarta-feira, 12 de março de 2014

Empresa desenvolve conexão 1.000 vezes mais veloz do que 4G


A Artemis está trabalhando em uma tecnologia chamada pCell, conexão que deve ser até mil vezes mais veloz do que o 4G

Divulgação
Imagem mostrando como as pWaves devem ser instaladas pela cidade
Imagem mostrando como as pWaves devem ser instaladas pela cidade

São Paulo – A primeira experiência usando 4G, rede móvel de alta velocidade, é algo surpreendente. Páginas carregando imediatamente, vídeos começando a tocar no mesmo momento em que o dedo chega ao play. Imagine então uma rede mil vezes mais veloz do que o 4G. É exatamente isso que pCell promete ser. Mas o que é a pCell afinal de contas?

A ideia está sendo desenvolvida por uma empresa chamada Artemis, nos Estados Unidos. Ela vai, basicamente, na direção contrária das torres de telefonia atual. Hoje, cada torre precisa ficar longe o suficiente de outras (para evitar interferências), mas perto o suficiente para que o usuário não fique sem sinal ao se locomover. A pCell quer descomplicar o cálculo e seguir a regra: quanto mais, melhor.

Ao invés das grandes antenas, pequenas caixas parecidas com roteadores caseiros seriam instaladas pela cidade e emitiriam um tipo diferente de ondas de rádio. Sem interferência entre as ondas, o sinal chegaria com muito mais força aos dispositivos, o que seria capaz de fornecer uma conexão até mil vezes mais veloz do que o 4G. A grande jogada, inclusive, é que com maior sobreposição das ondas, melhor ficaria o sinal.

Com a aplicação da ideia, os smartphones passariam a gastar muito menos bateria procurando por sinal. A estrutura de instalação também seria muito mais simples do que as torres convencionais usadas hoje, o que facilitaria para as operadoras.

Mas a melhor notícia de todas é: não será preciso comprar um novo aparelho para usar a rede. A equipe desenvolvedora fez com que a rede seja compatível com aparelhos 4G. Basta, portanto, ter um dispositivo com essa tecnologia para acessar a internet.

Os primeiros testes usando o pCell devem acontecer ainda este ano. A cidade que servirá como base será, é claro, São Francisco, nos Estados Unidos. A empresa Artemis está trabalhando para instalar caixas de sinal em 350 prédios da cidade. O presidente-executivo da empresa afirmou, em uma palestra, que a tecnologia deverá estar pronta para uso mundial no final de 2015.

Veja aqui o presidente-executivo da empresa demonstrando a velocidade em testes de laboratório:

 http://www.youtube.com/watch?v=4eMBBVG-MNY

Por 5 A 2, STF reconhece direito à indenização da Varig


União deverá arcar com a indenização em decorrência de perdas por causa da política de congelamento de preços do governo José Sarney

Ricardo Brito e Mariângela Gallucci, do
Paolo Fridman/Bloomberg
Avião Boeing 737 da Varig decolando do aeroporto de Congonhas, em São Paulo

Avião da Varig decolando do aeroporto de Congonhas: decisão favorável à empresa beneficia trabalhadores da ativa quando a Varig entrou em recuperação judicial

Brasília - Por cinco votos a dois, o Supremo Tribunal Federal (STF) definiu nesta quarta-feira, 12, que a União é obrigada a arcar com a indenização para a Varig em decorrência de perdas financeiras por causa da política de congelamento de preços das passagens aéreas durante o governo José Sarney. A Corte rejeitou o recurso da União, que, pelas contas da Advocacia Geral da União no ano passado, poderá ter de arcar com uma conta estimada em R$ 3 bilhões.

A decisão do Supremo favorável à empresa, que fechou as portas em 2006, beneficia trabalhadores da ativa quando a Varig entrou em recuperação judicial, além de aposentados e pensionistas do fundo de pensão Aerus. O caso chegou ao Supremo em 2007, mas se arrastava na Justiça havia 21 anos. A decisão não vai ser imediatamente cumprida, uma vez que ainda cabem alguns recursos judiciais.

A maioria dos ministros seguiu o voto apresentado em maio do ano passado pela relatora do caso, ministra Cármen Lúcia. Na tarde desta quarta, acompanharam o voto de Cármen: Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski. Foram contrários ao pedido de indenização o presidente da Corte, Joaquim Barbosa, e o ministro Gilmar Mendes.

O placar do julgamento foi baixo. Dos 11 ministros, apenas sete votaram no processo. Os ministros Teori Zavascki e Dias Toffoli declararam-se impedidos. O primeiro, por ter apreciado o caso no Superior Tribunal de Justiça, e o segundo, porque atuou na causa como advogado-geral da União. Além disso, o ministro Marco Aurélio Mello estava em viagem.

No voto que formou a maioria, o ministro Celso de Mello, o mais antigo em atividade no tribunal e indicado para o Supremo por José Sarney, argumentou que a política de congelamento de preços, na época do Plano Cruzado, gerou uma "insuficiência tarifária" que acarretou prejuízo à companhia aérea. "A empresa ora recorrida, autora da ação, não poderia se esquivar das diretivas dos órgãos, notadamente do Ministério da Fazenda", destacou.

O presidente da Corte, que ficou vencido no julgamento, considerou ser "altamente improvável" que o congelamento de tarifas aéreas causasse o prejuízo para a extinta companhia aérea. Segundo ele, o congelamento não afetou exclusivamente a companhia aérea. Segundo ele, as consequências do ajuste foram sentidas em vários setores da economia, bem como de todos os cidadãos economicamente ativos do país.