terça-feira, 9 de julho de 2013

Alemanha bate recorde de geração de energia solar (de novo)


O país é a nação mais solar do planeta, respondendo por 35% de toda energia produzida a partir dessa fonte no mundo

Getty Images
Usina solar na Alemanha

Cerca de 1,4 milhão de sistemas de energia solar instalados em casas e empresas de todo o país
São Paulo - A energia solar está em franca expansão na Alemanha. De acordo com um estudo da SMA Solar Technology, o país estabeleceu um novo recorde mundial na produção de energia a partir dessa fonte renovável.

Sua produção de energia solar aumentou do impressionante recorde de 22,4 GW, atingido em junho, para gritantes 23,9 GW durante o horário de pico no último sabado.

A produção de energia solar maciça é atribuída a existência de aproximadamente 1,4 milhão de sistemas de energia solar instalados em todo o país, onde cerca de 8,5 milhões de pessoas vivem em edifícios que incorporam sistemas solares para produzir eletricidade.

O país é a nação mais solar do planeta, respondendo por 35% de toda energia solar produzida no mundo. Tal título foi alcançado graças a uma forte política de tarifas fixas ou Feed-in Tariffs (FITs) e incentivos para estimular a energia solar e instalação de equipamentos em casas particulares e empresas.

FMI reduz crescimento do Brasil para 2,5% em 2013 e para 3,2% em 2014


Por Sergio Lamucci | Valor
 
WASHINGTON  -  O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu significativamente as projeções de crescimento do Brasil para 2013 e 2014, segundo relatório divulgado nesta terça-feira. Para este ano, o FMI passou a estimar uma expansão do PIB de 2,5%, abaixo dos 3% previstos em abril, quando foi divulgado o Panorama Econômico Mundial (WEO, na sigla em inglês) . Para o ano que vem, o corte foi ainda maior, de 4% para 3,2% de expansão.

Apesar das revisões para baixo, o Fundo ainda espera um crescimento mais forte do que os analistas ouvidos pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus, que projetam uma expansão de 2,34% em 2013 e de 2,8% em 2014.

Em entrevista divulgada na página eletrônica do FMI, o economista-chefe do Fundo disse que o investimento baixo parece ser um dos motivos para a perda de fôlego da economia brasileira.  “Nós reduzimos a projeção de crescimento de todos os Brics (o grupo de países formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) em alguma medida”, disse Olivier Blanchard.

“Se você olha país por país, parece haver um motivo específico para cada um deles. Na China, parecem os investimentos improdutivos, no Brasil, o investimento baixo, na Índia, incertezas administrativas e sobre políticas. Mas você se pergunta se não há algo por trás disso.”

Para Blanchard, o que estaria por trás desse movimento é uma desaceleração do crescimento potencial (aquele que não acelera a inflação) e não do “componente cíclico”. “Está claro que esses países não vão crescer a mesma taxa que cresciam antes da crise.”

Ao comentar os efeitos sobre a economia global dessa desaceleração dos emergentes, Blanchard disse que o FMI fez algumas simulações que mostram o potencial da perda de fôlego dessas economias. “Se o crescimento dos Brics ficar 2,0% abaixo do que projetamos, o impacto sobre os EUA seria de 0,5%. É algo que realmente tem importância”, afirmou.

O FMI passou a projetar um crescimento de 5% para o grupo de emergentes em 2013 e de 5,4% em 2014. Em abril, as estimativas eram de 5,3% e 5,7%, pela ordem. “Isso significa expectativas mais fracas em todas as regiões”, aponta o relatório. “Na China, o crescimento vai ficar em 7,75% na média de 2013 e 2014”, diz o FMI, projetando expansão de 7,8% neste ano e de 7,7% no ano que vem, 0,25 e 0,5 ponto abaixo do projetado em abril.

Na Rússia, o corte foi mais profundo. O FMI estima agora crescimento de 2,5% neste ano (contra 3,4% previstos em abril) e de 3,3% no ano que vem (contra 3,8%). “As perspectivas para muitos exportadores de commodities (incluindo aqueles entre os Brics) também se deterioraram devido aos preços de commodities mais baixos.”
(Sergio Lamucci | Valor)

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Senado quer explicações de autoridades sobre espionagem estrangeira no Brasil

 
 
 
A Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado prepara para amanhã (9/7) uma reunião extraordinária que vai analisar as denúncias de espionagem, pelos Estados Unidos, a cidadãos brasileiros. Também será analisado o funcionamento em Brasília, até 2002, de uma estação da Agência de Segurança Nacional (NSA). 

O presidente da comissão, Ricardo Ferraço (PMDB-ES), disse à Agência Brasil que pretende chamar autoridades brasileiras e o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon (foto), para esclarecerem o assunto.

Ferraço disse que devem ser ouvidos os ministros Antonio Patriota, das Relações Exteriores; Celso Amorim, da Defesa; Paulo Bernardo, das Comunicações; e José Elito Carvalho Siqueira, Gabinete de Segurança Institucional (GSI); além do embaixador norte-americano. “Temos que verificar a veracidade das informações que vieram à tona. Se confirmadas, é tudo gravíssimo”, disse à Agência Brasil.
 
 Informações, publicadas pelo jornal O Globo, dizem que houve um escritório da NSA, em Brasília, que atuava em conjunto com a Agência de Inteligência dos Estados Unidos (CIA). Ontem, vieram à tona as informações que contatos eletrônicos e telefônicos de seus cidadãos estariam sendo monitorados pelos norte-americanos.  
 
No Congresso, os parlamentares reagiram às denúncias e querem providências. “Queremos saber especialmente do chefe da Abin [Wilson Trezza] que absurdo é esse de ter uma base estrangeira a poucos quilômetros da capital do país, espionando, e o nosso governo não ter conhecimento de nada”, disse o líder do PSOL do Senado, Randolfe Rodrigues (AP). 
 
Patriota admitiu que recebeu com “grave preocupação” as informações que contatos eletrônicos e telefônicos de seus cidadãos estariam sendo monitorados. O ministro disse que o governo brasileiro lançará iniciativas na Organização das Nações Unidas (ONU) pelo estabelecimento de normas claras de comportamento para os países, quanto à privacidade das comunicações dos cidadãos e a preservação da soberania dos demais Estados. 
 
O Itamaraty pretende, ainda, pedir à União Internacional de Telecomunicações (UIT), em Genebra, na Suíça, o aperfeiçoamento de regras multilaterais sobre segurança das telecomunicações. As informações sobre espionagem a cidadãos brasileiros vieram à tona há três meses da primeira visita de Estado da presidenta Dilma Rousseff aos Estados Unidos. A visita da presidenta está prevista para 23 de outubro e foi confirmada pelas autoridades. 
 
A visita de Estado é considerada pelos norte-americanos como especial por ser autorizada apenas a alguns parceiros. Fonte: Agência Brasil
 

Venda externa do agronegócio brasileiro supera pela 1ª vez USS 100 bilhões



 
 
As vendas internacionais do agronegócio brasileiro ultrapassaram, pela primeira vez na história, a cifra dos US$ 100 bilhões de dólares anuais. O Brasil exportou o montante de US$ 100,61 bilhões em produtos agropecuários durante a safra 2012/13 (entre julho de 2012 e junho deste ano), o que representou crescimento de 4,2% em relação ao mesmo período da safra anterior. O superávit comercial do setor também atingiu um novo recorde, somando US$ 83,91 bilhões. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (8/7), pela Secretaria de Relação Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SRI/Mapa).

“O setor mostra mais uma vez porque é fundamental na economia brasileira. O resultado deve-se ao crescimento das vendas externas dos principais complexos agropecuários, como carnes e sucroalcooleiro, e principalmente de cereais, que aumentaram 115% no período”, afirmou o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade. Em relação aos cereais, destaque para o aumento de 211,5% das vendas de milho, que passaram de 8,47 milhões de toneladas na safra 2011/12 para 26,44 milhões de toneladas na temporada 2012/13.

As exportações também bateram recorde no primeiro semestre deste ano, alcançando US$ 49,57 bilhões, incremento de 10,7% em relação às vendas do primeiro semestre de 2012 (US$ 44,78 bilhões). O superávit do período chegou a US$ 41,26 bilhões. “Este resultado confirma o quanto o agronegócio tem sido importante para a balança comercial do Brasil, já que, no período, foi registrado um déficit global de US$ 3 bilhões, o que significa que os demais setores tiveram um déficit de US$ 44,3 bilhões”, explicou o ministro.

Ainda de acordo com Antônio Andrade, nos primeiros seis meses do ano, as vendas somadas de soja em grão, açúcar e milho apresentaram altas significativas, somando US$ 21,67 bilhões, o que significou uma expansão de US$ 4,96 bilhões em relação ao mesmo período de 2012. O resultado deve-se as 13,5 milhões de toneladas de grãos a mais embarcadas no período.

Em relação aos principais compradores, destaque para as exportações destinadas à China, que atingiram o montante recorde de US$ 13,02 bilhões entre janeiro e junho deste ano, crescimento de 21,8% em relação aos US$ 10,69 bilhões obtidos no mesmo período de 2012. Com o resultado, a China ultrapassou a União Européia pela primeira vez como maior mercado importador de produtos do agronegócio brasileiro no primeiro semestre do ano.

Clique aqui para baixar a nota da balança comercial do mês de junho.
 

Alta do dólar é ótima para o Brasil e para a JBS, segundo Wesley Batista



 
 
A alta do dólar é “ótima” para o Brasil e para a JBS e é um movimento que vai persistir pelos próximos anos, avalia o presidente da gigante global de proteína animal, Wesley Batista. 
 
Para o empresário, o JBS entrou em um ciclo de valorização do dólar, reflexo da recuperação recente da economia americana em decorrência da melhora na balança comercial e da mudança da matriz energética dos EUA, entre outros fatores.

Segundo ele, foram 10 anos de perda de valor do dólar em relação a outras moedas. Nesse período em que o dólar perdeu terreno, os EUA ganharam competitividade – o que permite a atual recuperação – enquanto os países emergentes, entre eles, o Brasil “ficaram caros”.

O JBS, que anunciou em junho a compra da Seara Brasil do Marfrig, aproveitou o dólar estava fraco e fez aquisições nos EUA, como a Swift Foods em 2007 e a Pilgrim’s Pride em 2009. Batista diz que compraram ativos que estavam depreciando-se lá fora.

Dessa forma, como boa parte das operações do JBS fica nos EUA, a fatia da receita em dólar é elevada, um dado favorável em tempos de alta da moeda americana. Hoje, segundo Batista, 65% das receitas da companhia são em dólar. O índice inclui as exportações feitas a partir do Brasil, que também ficaram mais competitivas, lembra o empresário.

Mas se favorece a receita, a alta do dólar também tem impacto nas dívidas em moeda americana, o que no caso do JBS alcança 70% do endividamento líquido, que era de R$ 15,678 bilhões no fim do primeiro trimestre deste ano. O presidente assevera que existe política de hedge na empresa, e afirma que tem uma boa gestão sobre a exposição cambial do grupo.

A empresa, aliás, foi questionada recentemente pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre o elevado volume de operações com derivativos no mercado. Sobre o tema, Batista disse que o JBS continuará com a administração de riscos, utilizando instrumentos que o mercado oferece.

A mudança no cenário do câmbio não é o único assunto que entusiasma o empresário, que entre 2007 e o início de 2011 comandou a JBS USA, nos Estados Unidos. A recente aquisição da Seara Brasil, que elevará o faturamento anualizado da JBS a R$ 100 bilhões, virou um dos temas mais importantes no dia a dia de Batista.

A compra da companhia, por meio da assunção de dívidas de R$ 5,85 bilhões do Marfrig, amplia a alavancagem (relação entre Ebitda e dívida líquida) do JBS, o que acentuou o mau humor dos investidores na bolsa, num momento em que o mercado estava em queda generalizada. 

Desde o dia anterior ao anúncio da aquisição (7 de junho) até ontem, as ações da empresa recuaram 8,7%, ainda que tenha havido alguma recuperação nos últimos dias. No mesmo período, o Ibovespa caiu 11,34%.

Em referência à valorização dos papéis da empresa na bolsa a partir da última semana de junho, Batista disse que as ações estão voltando. Ele afirma ver com “naturalidade” os movimentos de baixa do mercado que se seguem a aquisições. O presidente exemplifica outra aquisição feita pelo JBS, mais desafiadoras do que a Seara: a Pilgrim’s (em 2009), a ação dela estava em US$ 5. Agora está em US$ 15, de acordo com Batista.

Ele avalia que, à medida que o investidor vai entendendo o negócio, isso se reflete nas ações, referindo-se ao compromisso de desalavancagem do JBS. O indicador era de 3,4 vezes no fim do primeiro trimestre deste ano, mas alcança 4,4 vezes atualmente, conforme relatório do Bradesco sobre o setor de alimentos. O JBS já informou que buscará renegociar as condições da dívida do Marfrig que assumiu junto a bancos.

Convencer o investidor de que a Seara é um bom negócio é só mais um dos desafios da empresa. Outra tarefa é enfrentar a concorrente BRF. No mercado, fala-se que a Seara nas mãos do JBS deve ser uma empresa muito mais forte e competitiva do que era quando estava sob o controle do Marfrig.

Questionado se a empresa pode disputar de igual para igual com a BRF no mercado doméstico, onde esta lidera em industrializados de carnes, Batista afirma que toda empresa, de qualquer setor tem potencial para ganhar espaço de outra, mas isso é fruto do que se faz todos os dias. Não é de um dia para outro que se conquista o consumidor.

No mercado externo, porém, o JBS consolida sua posição como a maior exportadora de carne de frango do mundo após a aquisição da Seara e vai usar sua ampla plataforma internacional para comercializar os produtos da empresa. Com a aquisição da Seara, o JBS terá mais 39 unidades de produção no Brasil, entre frango, peru, suínos e alimentos processados. O número eleva a cerca de 120 o total de plantas da empresa só no Brasil. Segundo o presidente do JBS, ainda é cedo para concluir se serão necessários ajustes na operação da Seara.

Fonte: BeefPoint (texto baseado no jornal Valor Econômico)
 

FMI e OCDE alertam para desaceleração da economia brasileira

Para número 2 do Fundo Monetário Internacional, Brasil segue tendência mundial e sugere que o governo amplie reformas para garantir crescimento

08 de julho de 2013 | 7h 36

Jamil Chade
 
GENEBRA - O Fundo Monetário Internacional e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) alertam para a desaceleração da economia brasileira e sugerem que o governo amplie reformas estruturais para garantir que a expansão do PIB possa voltar a ocorrer.


Em declarações em Genebra, o número 2 do FMI, Min Zhu, deixou claro que a situação no Brasil segue uma tendência mundial de perda de fôlego. "Há uma desaceleração no Brasil", disse. Para ele, as políticas adotadas pelo governo permitirão que haja uma estabilização da situação no segundo semestre do ano. 

Mas ele alerta que a volta de um crescimento robusto apenas viria com novas reformas. "Vemos um crescimento estável nos próximos seis meses. Mas é importante adotar novas políticas. Como um país emergente, o Brasil precisa se preparar para uma queda na demanda doméstica", disse Zhu.

No fim de semana, o FMI admitiu que está revisando para baixo o crescimento da economia mundial. No início do ano, a projeção do Fundo era de que o Brasil teria um crescimento de 3%. Mas o próprio Banco Central já fala em uma taxa de apenas 2,5%. O governo chegou a garantir que a expansão seria de mais de 4%.

Angel Gurria, secretário-geral da OCDE, também deixou claro que o Brasil está sofrendo como resultado da queda da expansão na economia mundial. "Ninguém está isento", disse. "Quando a corrente é contrária, remar fica difícil e nesse caso há apenas uma solução, que é justamente remar mais rápido", declarou o mexicano. 

Hoje, um informe da OCDE revelou que Brasil e Rússia estão em uma situação de desaceleração do crescimento entre as maiores economias do mundo. 

Questionado sobre o que o governo poderia fazer, Gurria insistiu que apenas reformas profundas poderão dar espaço para uma nova taxa de crescimento. "As reformas precisam ocorrer e cada vez mais", declarou.
Gurria ainda destacou as manifestações que tomaram as ruas do Brasil nas últimas semanas. "A palavra manifestação diz tudo. O que ocorreu foi a manifestação de algo que temos que passar a escutar com atenção", alertou.

À espera do Copom, analistas mantêm projeções para Selic em 8,5% em julho

Projeção para a taxa básica de juros no final de 2013 está em 9,25% ao ano, estimativa feita um mês antes era de 8,75%

08 de julho de 2013 | 9h 12
 
CÉLIA FROUFE - Agencia Estado
 
BRASÍLIA - Na semana que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central tomará mais uma decisão sobre o rumo da Selic, atualmente, em 8,00% ao ano, analistas do mercado financeiro informaram que projetam o mesmo patamar de 9,25% ao ano para a taxa ao final de 2013. Segundo relatório de mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 08, pelo BC, a estimativa feita um mês antes era de uma taxa de 8,75% ao ano. 

Para o curto prazo, os economistas também não fizeram alteração no prognóstico de que o BC elevará agora os juros em 0,50 ponto porcentual. Assim como na semana passada, a mediana das previsões para a Selic em julho segue em 8,50%, mesmo nível também visto há um mês. 

No caso de 2014, a Focus revelou que a mediana das projeções para a Selic também seguiu inalterada em 9,25% ao ano de uma semana para outra. Há um mês, a taxa estava em 8,75% a.a. 

Na média deste ano, segundo esses profissionais, os juros ficarão em 8,25% ao ano, como o aguardado uma semana. Um mês antes, a mediana das previsões era de uma taxa média de 8,09%. Já para 2014, a Selic deve ficar, em média, em 9,25% ao ano. No Focus da semana passada, estava em 9,14% e no de um mês antes, em 8,75%.

PIB menor

Os analistas voltaram a revisar para baixo suas projeções para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) deste e do próximo ano. De acordo com o levantamento, a atividade brasileira crescerá 2,34% em 2013. Na pesquisa anterior, a projeção era de uma expansão de 2,40% e, na de quatro semanas atrás, de 2,53%. Esta é a oitava semana consecutiva que analistas reduzem suas estimativas para esse indicador. 

O BC também revisou para baixo sua estimativa, agora de 2,7%, mas ainda segue mais otimista do que o mercado. Um dado que ajuda a explicar a expectativa dos economistas é a previsão para a produção industrial deste ano. Segundo a Focus, o setor deve crescer 2,34% em 2013, e não mais 2,49% como esperavam na pesquisa anterior ou 2,53% no levantamento feito um mês atrás. 

Para 2014, o quadro é semelhante. Os economistas revisaram de 3,00% para 2,80% a mediana das projeções para o crescimento do País, que há um mês era aguardado em 3,20% e um dos motivos que levaram à mudança foi a alteração do humor em relação ao setor manufatureiro, que deverá se expandir apenas 3,00% no ano que vem, e não mais 3,20%, como era prpjetado no levantamento anterior. Quatro semanas atrás, a mediana das estimativas para a indústria era de um crescimento de 3,00%.

Câmbio em alta

Os analistas voltaram a elevar suas estimativas para o câmbio ao final do ano. De acordo com eles, o dólar encerrará 2013 cotado a R$ 2,20, e não mais em R$ 2,15, como esperavam antes. Há um mês, o prognóstico era o de que a moeda terminasse 2013 em R$ 2,10. 

Para o fim de 2014, a mediana das projeções para esse indicador passou de R$ 2,20 para R$ 2,22. Quatro semanas atrás, a perspectiva era de uma taxa de câmbio em R$ 2,15 ao final de dezembro do ano que vem.
Com estas alterações, a estimativa para o câmbio médio praticado no País em 2013 subiu de R$ 2,11 para R$ 2,13. Há um mês estava em R$ 2,07. Da mesma forma, o câmbio médio para 2014 avançou de R$ 2,18 para R$ 2,20 - ante R$ 2,10 visto há um mês.