quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Cardozo chama de episódico rebaixamento da Petrobras


Valter Campanato
 
Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo

José Eduardo Cardozo: ministro negou o uso da máquina pública na atual eleição
Mariana Sallowicz, do Estadão Conteúdo

Rio de Janeiro - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta quinta-feira, 23, que o rebaixamento da nota de crédito da Petrobras recentemente pela agência de classificação Moody's é "meramente episódico".

"A Petrobras é uma grande empresa, sólida, que tem um futuro longo pela frente com o pré-sal. Não se pode depreciar uma empresa como a Petrobras, com a perspectiva que ela tem dentro de si e que os brasileiros esperam dela", declarou a jornalistas no Windsor Barra, hotel na zona oeste do Rio onde a equipe de campanha da presidente Dilma Rousseff está concentrada.

Cardozo irá participar nesta quinta de reuniões com a equipe de campanha para definir estratégias para o debate eleitoral de amanhã, pela TV Globo. 

Ele se hospedou no hotel, enquanto a candidata está no Windsor Barra com a sua equipe mais próxima desde terça-feira.

A campanha da petista, segundo ele, fará um debate "propositivo" e "bem elucidativo". "Estamos muito confiantes de que sairemos com a vitória do debate". 

A avaliação é de que o governo atual tem propostas para uma análise comparativa do histórico dos governos petista e tucano.

A respeito do acordo feito na Justiça Eleitoral entre as campanhas de Dilma e Aécio Neves (PSDB) para que se faça um debate propositivo no horário eleitoral, disse que trata-se de "um dos primeiros casos de mediação que existiu".

O ministro negou o uso da máquina pública na atual eleição. "Aliás, o Tribunal (Superior Eleitoral) está aí para coibir. Se houver uso da máquina que se puna", disse. 

A respeito de inaugurações que estão sendo feitas por ministros, disse ser "natural".
"É absolutamente natural dentro de um processo de administrativo. Quem não pode participar são candidatos. O ministro tem que participar, tem que inaugurar, tem que fazer".

Sobre informações de que o governo federal está segurando a divulgação de dados que podem afetar a campanha de Dilma, ele afirmou que não se trata de atraso, mas uma questão de metodologia.

"Há toda uma situação e em fase eleitoral há muita especulação sobre as coisas, os nervos ficam a flor da pele, as pessoas acabam não vendo as coisas como são. Isso está devidamente explicado. Não há nenhuma tentativa de ocultar ou de ausência de transparência de nada", disse.

Após a presidente ter tido problemas com a voz ontem, o ministro afirmou que Dilma tem saúde de ferro, com "determinação inabalável".

O ministro disse ser "absolutamente natural" esse tipo de problema durante campanhas eleitorais.
"Quem já disputou, sabe o que significa fazer uma campanha, especialmente para a voz. Eu, que nunca fui candidato a presidente, mas a deputado, perdi a voz com muita facilidade", disse.

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