A Bayer planeja vender ativos para conseguir aprovação regulatória para a aquisição da gigante de sementes Monsanto por US$ 66 bilhões
Londres/Frankfurt – A BASF e a Syngenta estão entre as companhias que apresentaram ofertas preliminares pelos ativos que a Bayer planeja vender para conseguir aprovação regulatória para a aquisição da gigante de sementes Monsanto por US$ 66 bilhões, segundo pessoas com conhecimento do assunto.
As duas companhias mostraram interesse preliminar na aquisição dos
negócios, que incluem canola, sementes de algodão e a linhagem
resistente a herbicidas LibertyLink e seu herbicida de glufosinato,
disseram as pessoas, que pediram anonimato porque as deliberações são
privadas.
A Bayer também poderá vender as operações de alho e sementes de
pimenta separadamente ou como parte do pacote completo, disseram as
pessoas. No total, as operações vendidas poderão chegar a US$ 2,5
bilhões a US$ 3 bilhões, disseram.
Executivos da BASF e da Syngenta haviam dito anteriormente que
buscariam apresentar ofertas pelos ativos que a Bayer está vendendo para
concluir a fusão com a Monsanto neste ano.
As discussões estão em fase inicial e as disposições ainda poderão
demorar alguns meses para serem concluídas, disseram as pessoas. Nenhuma
decisão final foi tomada e as companhias ainda poderiam decidir não
avançar com as propostas, disseram.
Representantes da BASF, da Syngenta e da Bayer preferiram não comentar.
A Bayer colocou os ativos à venda no início do ano e convidou os
interessados a apresentarem ofertas pelo pacote completo ou por negócios
individuais, possivelmente se antecipando às preocupações das
autoridades antimonopolistas em meio à consolidação dos setores de
sementes e de pesticidas, disseram anteriormente pessoas com
conhecimento do assunto.
A BASF não tem participado da onda de compras da indústria
agroquímica até o momento, mas a Syngenta passa por um processo de venda
para a China National Chemical Corp., um negócio de US$ 43 bilhões.
A DuPont fechou acordo para venda de seus ativos de proteção de
safras à FMC em março para conseguir a aprovação da fusão com a Dow
Chemical pelos órgãos reguladores.
Para a BASF, a decisão de adquirir os ativos de sementes da Bayer
também seria um distanciamento em relação a sua estratégia atual, focada
na proteção de lavouras.
A unidade de soluções agrícolas da companhia registrou 5,57 bilhões
de euros (US$ 6,25 bilhões) em receita no ano passado, 4,3 por cento
menos que no ano anterior.
A Bayer está reforçando seu balanço antes da aquisição planejada da
Monsanto. Neste mês, a empresa levantou cerca de 2,1 bilhões de euros
vendendo ações e títulos conversíveis da fabricante de produtos químicos
Covestro, lucrando com o rápido aumento do preço das ações desde a
separação da unidade, em 2015.
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