Extinção antecipada de contrato com a Âmbar de fornecimento de gás para uma termelétrica em Cuiabá ocorreu devido à violação de cláusula anticorrupção
São Paulo – A Petrobras vai extinguir antecipadamente um contrato de gás com a Âmbar, empresa de energia da holding J&F,
e ainda cobrará multa de 70 milhões de reais, devido à violação de
cláusula contratual que trata de legislação anticorrupção, segundo
comunicado da estatal nesta quinta-feira.
A J&F é também controladora da empresa de alimentos JBS.
Segundo a petroleira, a cobrança será feita a título de indenização
pelo descumprimento do contrato, que havia sido fechado para o
suprimento da termelétrica Mário Covas, em Cuiabá.
O contrato entre as companhias foi celebrado em abril deste ano e
possuía uma cláusula em que a Âmbar se comprometia com o não pagamento
ou oferecimento de vantagens indevidas a qualquer autoridade pública.
“Entretanto, a Petrobras tomou conhecimento das gravações de delações
premiadas de executivos do grupo J&F, de que cometeram atos que
violam a legislação anticorrupção vigente”, disse a petroleira.
O término original do contrato entre a Petrobras e a Âmbar seria em 31 de dezembro deste ano.
O ex-assessor especial da Presidência e ex-deputado federal Rodrigo
Rocha Loures foi preso em 3 de junho acusado por executivos da JBS de
negociar 15 milhões de reais em propina para tentar influenciar uma
disputa no Cade entre a JBS e a Petrobras em benefício da empresa dos
irmãos Batista. O caso ainda não foi decidido pelo Cade.
Após colaboração de executivos da JBS com as autoridades, Loures foi
seguido pela Polícia Federal e filmado recebendo uma mala com 500 mil
reais em uma pizzaria em São Paulo. O dinheiro foi devolvido à Polícia
Federal.
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