SÃO
PAULO (Reuters) - O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou
nesta segunda-feira que, caso a reforma da Previdência não seja
aprovada, o país não terá mais “credibilidade para continuar se
financiando”.
Por
meio da conta do ministério no Twitter, o ministro disse ainda que a
dívida pública pode chegar a 100 por cento do Produto Interno Bruto
(PIB) em 2021. Em outubro, a relação da dívida bruta com o PIB atingiu
74,4 por cento, de acordo com o Banco Central.
O governo do
presidente Michel Temer tem enfrentado dificuldades para conquistar
apoio político à reforma da Previdência, considerada essencial para
colocar as contas públicas em ordem. Além de liberar recursos para
emendas parlamentares, Temer também mexeu no primeiro escalão ao indicar
o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) como ministro da Secretaria de
Governo e agradar sobretudo os parlamentares do centrão.
O
plano do governo é colocar a reforma em discussão nesta semana na
Câmara dos Deputados, para que a votação ocorra na próxima semana.
“A
Previdência é a razão do déficit fiscal, representando 57 por cento do
total das despesas primárias”, afirmou o ministro do Planejamento. “Por
isso, a aprovação da reforma é indispensável para consolidarmos a
retomada do crescimento e reequilibrar as contas públicas”, acrescentou.
Oliveira buscou mostrar que a reforma
beneficiará o trabalhador de menor renda e que acabará com os
privilégios. O ministro disse que “deputados, senadores, juízes e
servidores públicos terão seus benefícios previdenciários públicos
limitados ao teto do INSS (5.531,31 reais), assim como ocorre com os
trabalhadores do setor privado”.
Além disso,
argumentou que mais de 63 por cento dos trabalhadores já se aposentam
por idade e que, no caso dos homens, a idade é de 65 anos.
“No Norte e Nordeste, a proporção de trabalhadores que já se aposenta por idade é superior a 85 por cento.”
Oliveira
disse ainda que as regras para os trabalhadores rurais não vão mudar,
bem como o tempo mínimo de contribuição para os trabalhadores do setor
privado se aposentarem, permanecendo em 15 anos.
https://br.reuters.com/article/businessNews/idBRKBN1E51MQ-OBRBS
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