segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Brasil não terá credibilidade para se financiar sem reforma da Previdência, diz ministro do Planejamento


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SÃO PAULO (Reuters) - O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou nesta segunda-feira que, caso a reforma da Previdência não seja aprovada, o país não terá mais “credibilidade para continuar se financiando”.

Por meio da conta do ministério no Twitter, o ministro disse ainda que a dívida pública pode chegar a 100 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021. Em outubro, a relação da dívida bruta com o PIB atingiu 74,4 por cento, de acordo com o Banco Central. 

O governo do presidente Michel Temer tem enfrentado dificuldades para conquistar apoio político à reforma da Previdência, considerada essencial para colocar as contas públicas em ordem. Além de liberar recursos para emendas parlamentares, Temer também mexeu no primeiro escalão ao indicar o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) como ministro da Secretaria de Governo e agradar sobretudo os parlamentares do centrão. 

O plano do governo é colocar a reforma em discussão nesta semana na Câmara dos Deputados, para que a votação ocorra na próxima semana. 

“A Previdência é a razão do déficit fiscal, representando 57 por cento do total das despesas primárias”, afirmou o ministro do Planejamento. “Por isso, a aprovação da reforma é indispensável para consolidarmos a retomada do crescimento e reequilibrar as contas públicas”, acrescentou. 

Oliveira buscou mostrar que a reforma beneficiará o trabalhador de menor renda e que acabará com os privilégios. O ministro disse que “deputados, senadores, juízes e servidores públicos terão seus benefícios previdenciários públicos limitados ao teto do INSS (5.531,31 reais), assim como ocorre com os trabalhadores do setor privado”. 

Além disso, argumentou que mais de 63 por cento dos trabalhadores já se aposentam por idade e que, no caso dos homens, a idade é de 65 anos. 

“No Norte e Nordeste, a proporção de trabalhadores que já se aposenta por idade é superior a 85 por cento.” 

Oliveira disse ainda que as regras para os trabalhadores rurais não vão mudar, bem como o tempo mínimo de contribuição para os trabalhadores do setor privado se aposentarem, permanecendo em 15 anos. 


 https://br.reuters.com/article/businessNews/idBRKBN1E51MQ-OBRBS



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