quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

BNDES planeja dobrar recursos tecnológicos até 2020


Alvo é chegar a um volume de R$ 50 bilhões nos próximos três anos

 

Da Redação

 

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NDES planeja dobrar recursos tecnológicos até 2020, revela Paulo Rabello de Castro



O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro (foto), se comprometeu a aumentar os recursos destinados a projetos de alta tecnologia já neste ano, para R$ 22 bilhões (cerca de 4% dos desembolsos), e mais que dobrar o montante até 2020. Ele também reconheceu, durante a abertura do Congresso Brasileiro de Indústria 4.0 na terça-feira (5) na sede da Fiesp, que o Brasil está no fim da fila do processo de inovação industrial em relação aos outros países desenvolvidos.  “O valor de R$ 22 bilhões é pouco diante da necessidade de entrarmos no jogo”, argumentou, reiterando que o compromisso do banco é chegar a um volume de R$ 50 bilhões nos próximos três anos. 

O presidente do BNDES afirmou que a área de tecnologia e inovação é muito afetada pela descontinuidade do apoio aos projetos, que nascem com algum fôlego financeiro, mas depois são esquecidos. Outra falha é que programas bem-sucedidos não são replicados em outras regiões do país. Rabello de Castro citou, como exemplo, o Porto Digital de Recife (PE). “Esse polo criou, sozinho, 8 mil empregos. Por que ele não foi levado para outros lugares?”, questionou Rabello. O economista lembrou ainda a primeira fábrica de chips em Ribeirão das Neves (MG), que obteve um aporte de mais de R$ 1 bilhão. A unidade já está pronta, porém até hoje não opera devido à burocracia.  

De acordo com levantamento do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp (Decomtec), enquanto em 2015 os brasileiros enfrentavam a pior crise da história do país, outras nações caminhavam rumo a novas tecnologias. A China adquiriu nesse mesmo ano 68,6 mil robôs. Na Coreia do Sul, foram 38,3 mil, e no Japão, pouco mais de 35 mil. O Brasil ficou em último lugar no ranking, com apenas 1,4 mil aquisições, atrás de Índia e Tailândia.  


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