quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Neurociência pode elevar produtividade no trabalho

O tema foi debatido no primeiro encontro do LIDERARH 2018

 

Da redação

 

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Entender como funciona o cérebro humano pode ajudar não só nos relacionamentos interpessoais, como nos processos práticos e na produtividade dentro de uma organização. Esse foi o mote do painel “Neurociência no cotidiano: emoções, estresse e bem-viver”, conduzido pelo professor Carlos Alexandre Netto (foto), Doutor em Neurociência pela London School e ex-reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A atividade foi realizada na sede da BSBios, em Passo Fundo (RS), na tarde de quinta-feira (25), e faz parte do ciclo 2018 de palestras do Projeto LIDERARH, iniciativa do Instituto AMANHÃ com o apoio da IMED e da Localiza – Gestão de Frotas. Cerca de 120 profissionais e de empresários da região norte do Estado participaram do evento.

“Será que se pode fortalecer o cérebro? Fazer com que funcione mais e melhor?”, lançando essa pergunta, Netto explanou sobre os princípios do funcionamento cerebral e abordou como o estresse a ansiedade se tornaram os grandes vilões da modernidade. Para aumentar a produtividade e elevar o bem-estar dos funcionários, a resposta também está no cérebro: a neuroplasticidade. É uma forma de “reprogramação do sistema” a partir de novas experiências, como viver algo diferente ou aprender um idioma. “Já que, ao contrário do fígado, o cérebro não se regenera, a neuroplasticidade é capacidade do sistema nervoso de mudar e se adaptar quando sujeito a coisas novas”, explicou. O reflexo, é claro, é direto nas organizações. A cooperação entre distintos grupos de pessoas impulsiona a criatividade e intensifica a confiança, segundo o professor. Dessa forma, melhora-se a tomada de decisões e a produtividade a partir do aumento da dopamina e serotonina, neurotransmissores relacionados à regulação do humor.

Para a coordenadora de gestão de pessoas da BSBios, Emanuele Milani, melhorar o fluxo de comunicação, engajar mais as equipes e aproveitar os recursos tecnológicos são algumas formas de fazer a diferença na gestão de recursos humanos. Emanuele apresentou as práticas internas e comentou os indicadores estratégicos da área. “Por meio de programas como Educação Continuada, Qualidade de Vida no Trabalho e Criando Laços, atraímos e mantemos um quadro funcional qualificado. Temos orgulho de ter uma baixa taxa de rotatividade”, celebra a coordenadora.  Maior produtora brasileira de biodiesel, a BSBios é responsável por 15 mil empregos diretos e indiretos. Detentora de duas usinas produtoras de biodiesel, em Passo Fundo (RS) e em Marialva (PR), tem capacidade de produção de 288 mil metros cúbicos anuais de biodiesel. Presidente-executivo da empresa, Erasmo Carlos Battistella ressaltou a importância da integração entre conhecimentos acadêmicos e as empresas e complementou: “Muito se fala de tecnologia, mas o que há por trás dela são os profissionais. Só chegamos na liderança porque valorizamos as pessoas”. 

A primeira edição do LIDERARH teve, ainda, a participação de grandes marcas da região, como Metasa, Credeal, Stara e Intecnial Instaladora Técnica Industrial, além da participação do secretário de Desenvolvimento Econômico da prefeitura de Passo Fundo, Carlos Eduardo Lopes da Silva, e do ex-reitor da Universidade de Passo Fundo (UPF), José Carlos Carles de Souza. Parceiro do projeto, o diretor geral da IMED, Eduardo Capellari, destacou a necessidade dos meios de comunicação olharem para o interior do estado. “Passo Fundo é a sexta economia mais rica do Rio Grande do Sul e isso precisa ser notado. Por isso nos aproximamos do Grupo AMANHÃ, pois acreditamos que a renovação da economia gaúcha só acontecerá se estreitarmos o relacionamento entre os centros empresariais”, afirmou. Para Jorge Polydoro, presidente do Grupo AMANHÃ, o evento é um importante espaço para compartilhamento de experiências. “O LIDERARH não é um evento voltado somente para CEOs de empresas, mas também para os líderes internos”, destacou.

O próximo encontro será no dia 22 de novembro, em Caxias do Sul, na Marcopolo. No dia 27 de novembro, o Sicredi será palco da edição do LIDERARH 2018, em Porto Alegre. Encerrando o ciclo, no dia 6 de dezembro, a cooperativa Languiru, de Lajeado, receberá os gestores de RH do Vale do Taquari na quarta e última edição do LIDERARH.






















Da esquerda para a direita: Carlos Alexandre Netto (palestrante); Eduardo Capellari (diretor geral da IMED); Erasmo Carlos Battistella (presidente executivo da BSBios); Emanuele Milani (coordenadora de gestão de pessoas da BSBios); Jorge Polydoro (presidente do Grupo AMANHÃ) e o público


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terça-feira, 30 de outubro de 2018

Maior encontro sobre diversidade no Brasil



Maior encontro sobre diversidade no Brasil
A diversidade ajuda a construir uma sociedade mais justa e igualitária para todos

São Paulo sediará, em dezembro, o “Fórum Brasil Diverso” no Museu da Imagem e do Som (MIS). Com formato inovador e criado a partir de uma iniciativa pioneira sobre inclusão racial e de gênero, o evento tem como objetivo incentivar empresas brasileiras a implementar esse tema no seu cotidiano.

Annie Jean-Baptiste, líder global de inclusão da Google dos Estados Unidos
 
O Brasil é um dos 15 países com maior desigualdade do mundo e no ambiente corporativo a situação não é diferente. A falta de representatividade de negros em cargos estratégicos apenas faz com que o mercado mantenha esse ciclo de exclusão racial. Tenho alertado aqui neste blog o longo caminho que o País ainda precisa percorrer para que a igualdade de raça e gênero alcance patamares aceitáveis para o pleno desenvolvimento humano.

Andrea Assef, diretora de marketing e vomunicação da J. Walter Thompson Brasil
 
Nesta primeira edição do “Fórum Brasil Diverso” nomes de peso nacionais e internacionais estarão discutindo o que vem ocorrendo de mais relevante nessa questão no mundo do trabalho. Nomes como: Annie Jean Baptiste, dos Estados Unidos, responsável pela área de diversidade do Google no mundo, será uma das palestrantes do encontro que também contará com as presenças de Norman Barclift, diretor de marketing da Bayer América Latina e Estados Unidos; Maria Cristina Sampaulo, vice-presidente de Recursos Humanos do Goldman Sachs Brasil, entre outros.

São esperadas cerca de 200 pessoas, entre elas, presidentes das organizações, profissionais da área de recrutamento e especialistas.

Norman Barclift, diretor de marketing da Bayer América Latina e EUA
 
Um dos mediadores do encontro, Theo Van der Loo, ex-presidente da Bayer, é enfático ao dizer que: “Se mais de 50% da população é negra, é justo que haja um reflexo do que é a sociedade nas corporações, sobretudo nos cargos de comando.”

Maria Cristina Sampaulo, vice-presidentew de Recursos Humanos da Goldman Sachs Brasil
 
Conscientizar as empresas brasileiras é o primeiro passo para conseguir eliminar os problemas decorrentes do escravismo, e, com isso, levar empresas a entenderem a importância da equidade racial e de gênero. Mostrar que não há distinção de riqueza de talento e capacidade entre brancos e negros é essencial para fortalecermos a economia e criar uma sociedade mais justa. Esse pensamento parece ser uma unanimidade neste fórum.

Governo autoriza 100% de capital estrangeiro nas fintechs

Governo autoriza 100% de capital estrangeiro nas fintechs




As fintechs de crédito no Brasil poderão contar com 100% de aporte de capital estrangeiro, a partir apenas de autorização do Banco Central para operar dentro do Sistema Financeiro Nacional (SFN). O decreto nº 9.544, assinado pelo presidente Michel Temer e publicado no Diário Oficial da União, abriu essa possibilidade ao declarar o interesse do Brasil a essa participação. 

“A medida incentiva a entrada de novas instituições, estimulando a concorrência, e promove o processo de inovação”, informou o Banco Central na nota. A medida desta terça-feira faz parte da Agenda BC+, de ações da autarquia no pilar “Sistema Financeiro Mais Eficiente”. 

De acordo com o BC, o decreto reconhece que é de interesse do governo brasileiro a participação estrangeira, em até 100%, no capital social de todas as instituições que forem constituídas como Sociedades de Crédito Direto (SCD) e Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP) e que apresentarem pedido ao BC para funcionar.

Atualmente, a participação de estrangeiro no capital de instituições financeiras somente é possível se ela for reconhecida como de interesse do Brasil. “Dessa forma, cada instituição que pretende se instalar no País e que tenha participação de capital estrangeiro, além de passar por um processo de autorização no Banco Central, precisa esperar a manifestação de interesse do governo, por meio de decreto assinado pelo presidente da República”, informou o BC. 

Em abril deste ano, o Conselho Monetário Nacional (CMN) criou a SCD e a SEP como denominações a serem usadas pelas fintechs de crédito para operar no Brasil. Na prática, as fintechs com participação estrangeira também estariam sujeitas ao reconhecimento do interesse do governo.
“Com o decreto, o processo de autorização se torna mais célere, de maneira compatível com a natureza dos investimentos estrangeiros em fintechs, produzindo benefícios para o País”, defende o BC. “A realização de investimentos estrangeiros nas fintechs é fundamental para fomentar avanços contínuos em inovações tecnológicas e para permitir que tais instituições ampliem o leque de produtos financeiros diferenciados e inovadores”, acrescentou a autarquia. 

A SCD é uma instituição que realiza operações de empréstimo, financiamento e aquisição de direitos creditórios por meio de plataforma eletrônica, com o uso de capital próprio. Já a SEP viabiliza a realização de operações de empréstimo e de financiamento entre pessoas por meio eletrônico – é o chamado peer-to-peer (ponto-a-ponto).



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Gastos da União com estatais superam receitas em R$ 9,3 bilhões

Prejuízo da União com estatais é superior a receita em R$ 9,3 bilhões

A União gastou, no ano passado, R$ 9,3 bilhões a mais com empresas estatais do que arrecadou, divulgou hoje (29) o Tesouro Nacional. Segundo o Boletim das Participações Societárias da União de 2017, o Tesouro recebeu R$ 5,5 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio das estatais federais no ano passado, mas desembolsou R$ 14,8 bilhões em gastos com pessoal, investimento ou custeio (manutenção) dessas empresas. 
 
A arrecadação melhorou em relação a 2016, quando essas receitas tinham somado R$ 2,8 bilhões. Para 2018, o Tesouro projeta ingressos de R$ 7,1 bilhões. As despesas, no entanto, subiram de R$ 13,3 bilhões, em 2016, para R$ 14,8 bilhões no ano passado. Desde 2012, quando totalizaram R$ 6,5 bilhões, os gastos com a subvenção de estatais saltaram 127% em valores nominais e 44,44% descontando a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Segundo o Tesouro, os gastos superaram as receitas das estatais em todos os anos de 2012 a 2017, com a exceção de 2014. O boletim mostrou que as subvenções (repasses do Tesouro) correspondem a mais de 80% da receita total em 14 estatais, sendo que, em quatro delas, os aportes somam 100% da receita.

O relatório recomenda a redução da dependência das estatais, com aumento de receitas e redução de custos. “Os benefícios sociais devem ser mais bem quantificados e explicitados para possível avaliação da melhor forma de intervenção do setor público”, destaca o documento.

Patrimônio

 

Conforme o boletim, cinco empresas – Banco do Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Caixa, Eletrobras e Petrobras – concentravam 90% do patrimônio líquido das estatais (quando se subtraem as obrigações, os passivos, dos ativos). No entanto, nove empresas apresentaram patrimônio líquido negativo, das quais os Correios estão em pior situação.
A Empresa Brasialeira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que também tinha patrimônio líquido negativo, saiu do grupo no ano passado depois de receber um aporte de capital da União.

Estatísticas

 

No fim do ano passado, o governo federal tinha participação em 148 estatais controladas direta e indiretamente. Desse total, 47 empresas são de controle direto, número igual ao do fim de 2016.

Das estatais de controle direto, 20 empresas são sociedades de economia mista, 26 empresas públicas e uma de controle compartilhado. E há mais 98 estatais que são controladas indiretamente por outras estatais, cinco empresas a menos do que em 2016.
Em dezembro de 2017, a União detinha 58 participações minoritárias em empresas, além de cotas em sete fundos de natureza especial e em 14 organismos internacionais.

Na divisão por ramos de atuação, 17% das empresas sob controle direto da União atuavam em energia e outras 17% em portos. Em seguida, vêm bancos e serviços financeiros, com 13%.

“Ao todo, para 14 empresas, as subvenções do governo respondem por mais de 80% de sua receita total. Para quatro delas, as subvenções somam 100% de sua receita”, diz o levantamento.

De acordo com o levantamento, realizado pelo segundo ano consecutivo, a situação do Tesouro Nacional exige a redução dessa dependência.
“Os benefícios sociais devem ser melhor quantificados e explicitados para possível avaliação da melhor forma de intervenção do setor público”, diz o documento.


 https://www.istoedinheiro.com.br/gastos-da-uniao-com-estatais-superam-receitas-em-r-93-bilhoes/

Governo encaminhará projeto para dar independência ao BC, reafirma Guedes

Governo buscará independência para o BC, afirma Paulo Guedes

O economista Paulo Guedes, principal assessor econômico do presidente eleito Jair Bolsonaro, reafirmou nesta terça-feira, 30, que o futuro governo mandará um projeto para dar independência ao Banco Central (BC). Segundo Guedes, a atual transição de governo será a última em que haverá incerteza sobre o comando da autoridade monetária. 

“Daqui para a frente, como vamos aprovar a independência do Banco Central (BC), saberemos que essa fonte de incerteza o comando do BC será eliminada. Essa é a ultima transição que tem essa incerteza”, afirmou Guedes, em entrevista a jornalistas pouco antes de entrar na casa do empresário Paulo Marinho, no Rio, onde está reunido com Bolsonaro. 

Guedes frisou que a independência do BC será aprovada em projeto de lei. “A essência desse projeto são mandatos não coincidentes”, disse o economista. 

O assessor de Bolsonaro, já indicado como ministro da Fazenda, elogiou o atual presidente do BC, Ilan Goldfajn. 

Guedes disse, porém, que um convite para sua permanência no cargo ainda não foi feito.


 https://www.istoedinheiro.com.br/governo-encaminhara-projeto-para-dar-independencia-ao-bc-reafirma-guedes/

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Pesquisas revelam que mulheres em cargos de liderança aumentam o lucro de empresas

Segundo estudos da McKinsey, companhias com mulheres em seus conselhos tem retorno financeiro 15% acima da média nacional de sua indústria

 

Pesquisas revelam que mulheres em cargos de liderança aumentam o lucro de empresas
Cristina Kerr, idealizadora do evento, durante Fórum Diversidade no Conselho


Aconteceu na última terça-feira (23) a primeira edição do Fórum Diversidade no Conselho. O evento divulgou diversos dados sobre a participação de mulheres em cargos de conselho de empresas. Os resultados comprovaram que além da responsabilidade social, a diversidade de gênero e raça também importa na hora da performance financeira.

Segundo estudos da McKinsey, companhias que incentivam a diversidade de gênero em seus conselhos em retorno financeiro 15% acima da média nacional de sua indústria. O número é ainda maior para empresas que buscam diversidade de raça, que chegam a ter 35% a mais de lucro que a média nacional de seus setores.

Já o retorno sobre o patrimônio líquido das empresas com mulheres em cargos de liderança também foi 44% maior do que nas companhias que não tem esse tipo de prática. Quando o assunto é rentabilidade, organizações que aumentaram a presença de mulheres em até 30% nos cargos de alta liderança cresceram 15% de acordo com pesquisa do Instituto Peterson de Economia Internacional.


https://www.istoedinheiro.com.br/pesquisas-revela-que-mulheres-em-cargos-de-lideranca-aumentam-o-lucro-de-empresas/

Vendas no Tesouro Direto superam resgates em R$ 839,3 milhões


Os títulos mais procurados pelos investidores foram os vinculados à taxa Selic, cuja participação atingiu 40,8%

Por Agência Brasil

redacao@amanha.com.br
Vendas no Tesouro Direto superam resgates em R$ 839,3 milhões


As vendas do Tesouro Direto superaram os resgates em R$ 839,3 milhões em setembro. De acordo com os dados do Tesouro Nacional, as vendas do programa atingiram R$ 1,761 bilhão no mês passado. Já os resgates totalizaram R$ 921,9 milhões. Todos os resgates são de recompras de títulos públicos. Não houve resgates relativos a vencimentos, ou seja, quando o prazo do título acaba, e o Tesouro precisa reembolsar o investidor com juros.

Os títulos mais procurados pelos investidores foram os vinculados à taxa Selic (juros básicos da economia), cuja participação nas vendas atingiu 40,8%. Os títulos corrigidos pela inflação (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA) corresponderam a 32,9% do total das vendas, enquanto os prefixados, com juros definidos no momento da emissão, foram 26,3%. O estoque total do Tesouro Direto alcançou R$ 51,6 bilhões no fim de setembro, um aumento de 2,32% em relação a agosto (R$ 50,4 bilhões) e de 8,36% em relação a setembro do ano passado (R$ 47,6 bilhões).

Em relação ao número de investidores, 133.877 novos participantes cadastraram-se no programa no mês passado. O número total de investidores atingiu 2.660.585. Nos últimos 12 meses, o total de investidores acumula alta de 60%. O número de investidores ativos (com operações em aberto) chegou a 696.514, aumento de 28,5% em 12 meses. A utilização do Tesouro Direto por pequenos investidores pode ser observada pelo considerável número de vendas até R$ 5 mil. Foram realizadas, no mês de setembro, 275.564 operações de venda de títulos a investidores, sendo que 82,9% correspondem a essa faixa de investimento. O valor médio por operação foi de R$ 6.391,30. Os investidores continuam preferindo papéis de prazo mais curto. Os títulos de um a cinco anos concentraram 46,9% das vendas. Os papéis de cinco a dez anos corresponderam a 36,4%, e os de mais de dez anos de prazo representaram 16,7% das vendas.

O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 para popularizar esse tipo de aplicação e permitir que pessoas físicas pudessem adquirir títulos públicos diretamente do Tesouro Nacional, via internet, sem intermediação de agentes financeiros. O aplicador só precisa pagar uma taxa à corretora responsável pela custódia dos títulos. A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor com um adicional que pode variar de acordo com a Selic, índices de inflação, câmbio ou uma taxa definida antecipadamente no caso dos papéis prefixados. Desde o fim de maio, as vendas do Tesouro Direto têm sido paralisadas por diversos períodos. O ritmo, entretanto, vem diminuindo. Em setembro, foram apenas três paralisações para atualização de preços e taxas. Segundo o Tesouro Nacional, a suspensão dos leilões é necessária para proteger os investidores das turbulências do mercado.


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Renner destaca retomada do bom ritmo de vendas


Rede de lojas soma receita de R$ 4,8 bilhões até setembro, enquanto lucro salta quase 45% 

 

Por Marcos Graciani

 

graciani@amanha.com.br
Renner destaca retomada do bom ritmo de vendas entre julho e setembro


No acumulado do ano, a Lojas Renner (foto) alcançou crescimento de receita líquida de 11,7%, para R$ 4,8 bilhões. Já as vendas em mesmas lojas avançaram 5,1%. "Essa performance evidencia consistentes ganhos de participação de mercado ao longo do ano, uma vez que o setor recuou 1,6% entre janeiro e agosto, conforme dados do Índice PMC - Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE, para vestuário e calçados", destaca a Renner. 

Segundo a companhia, o terceiro trimestre foi marcado pela retomada do bom ritmo de vendas e também ao mix de produtos adequado à transição da coleção. "As vendas em mesmas lojas voltaram aos patamares do início do ano, mesmo com os níveis de confiança do consumidor ainda influenciados pelo ambiente macroeconômico", avalia a Renner em suas demonstrações financeiras divulgadas nesta quinta-feira (25). 

O lucro líquido entre janeiro e setembro soma R$ 580,4 milhões, valor 44,8% maior da soma alcançada em igual período do ano passado. Já  no terceiro trimestre, a última linha do balanço totalizou R$ 194,2 milhões, valor 38,4% maior do total alcançado entre julho e setembro de 2017. Em continuidade com o plano de expansão da companhia, foram inauguradas 14 lojas no trimestre, sendo três da Renner, seis da Camicado, duas da Youcom e três da Ashua Curve & Plus Size. Assim, em setembro, a Renner operava 340 unidades, incluindo cinco no Uruguai e três da Ashua, a Camicado, 107 lojas, e a Youcom, 90 unidades.


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terça-feira, 23 de outubro de 2018

‘Brasil deve ficar neutro em guerra comercial’, diz Marcos Troyjo



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Conselheiro para temas de economia internacional e comércio do eventual superministro de Jair Bolsonaro, Paulo Guedes, o professor da Universidade Columbia Marcos Troyjo recomenda que o Brasil se mantenha neutro na guerra comercial entre Estados Unidos e China. Em vez de escolher um lado, deve explorar as oportunidades oferecidas pelos dois.
 
“A suposta guerra comercial é mais um movimento de acomodação do que algo que vá escalar outras áreas para além da economia e, portanto, tornar necessário fazer algum tipo de alinhamento”, disse. “Ter de escolher lados de maneira automática e irreversível não é olhar esse quadro de maneira realista.”

Troyjo ressaltou, ao conversar com o jornal O Estado de S. Paulo, que expressava suas opiniões pessoais e não as da equipe de um eventual governo de Jair Bolsonaro. Ele relativizou o peso da visita que o candidato fez, no início do ano, a Taiwan, ilha que não reconhece o predomínio da China continental. A iniciativa foi criticada numa carta enviada pela embaixada da China no Brasil ao DEM e publicada nas redes sociais pelo vereador César Maia (RJ).

“Duvido que ter uma boa relação com Taiwan vá criar obstáculos mais elevados na relação com Pequim”, disse o professor, que é codiretor do laboratório dos Brics na universidade. Ele acrescentou que a Alemanha, por exemplo, tem excelentes relações com Pequim e intensas trocas comerciais com Taiwan.
Troyjo disse ainda que os chineses “não estranhariam” caso o Brasil viesse a impor limites à presença estrangeira em determinadas áreas. “Eles também fazem isso”, observou. A proibição, porém, teria de ser aplicada a todos os países, e não à China especificamente.
O candidato do PSL já fez restrições à compra pelos chineses dos ativos de geração de energia da Eletrobrás. Há também preocupação com a compra de terras por investidores do país asiático. Segundo auxiliares de Bolsonaro, é a esse problema que ele se referia quando disse que os chineses estão “comprando o Brasil.”


Metamorfose


Para o professor, é importante não perder de vista que a China tem passado por uma “metamorfose”. De geradora de grandes superávits comerciais, ela tem transitado para um outro perfil de atuação: a de fonte de empréstimos governo a governo, origem de investimentos estrangeiros diretos. “Não vamos descuidar da parte comercial, mas temos de prestar atenção nas outras coisas”, disse. “Há um casamento entre oportunidade e necessidade na área de infraestrutura no Brasil em que vamos ter de lidar com os chineses.”
Troyjo acha, por exemplo, que o Brasil deveria ter um escritório na China para vender as oportunidades de investimento no setor. Hoje, só as grandes empresas estão presentes lá.

Para eles, as prioridades de uma política em relação à China deveriam ser: adensar a relação, sofisticar a pauta de exportação, aumentar o fluxo de investimentos e, eventualmente, criar “uma ou outra seletividade, para resguardar o interesse nacional.” E o mesmo deveria ser feito em relação aos EUA, afirmou. “Não existe maior deseconomia no mundo do que o baixo volume de intercâmbio comercial entre os EUA e o Brasil.”

Na sua avaliação, a declaração do presidente Trump que o País tem tarifas elevadas e “está entre os mais duros do mundo, talvez o mais duro” é, na verdade, um “convite para melhorar” a relação comercial. Não um passo no fechamento do mercado, como pode parecer. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

CNI defende a manutenção do MDIC


Pasta faria parte de superministério em eventual governo do PSL

 

Por Agência Brasil 

 

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Porto de Paranaguá, no Paraná


A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nota nesta segunda-feira (22) defendendo a manutenção do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). O presidente da entidade, Robson Braga de Andrade, lembrou que a pasta é importante para elaborar, executar e coordenar as políticas públicas para o setor industrial e monitorar seus impactos. “A indústria não pode estar ligada a uma área que tem como prioridades o aumento de receitas e a redução de despesas. Os ministérios da Fazenda e do Planejamento desempenham papéis específicos. Quem vai defender as políticas industriais?”, questionou Andrade em nota.

A manifestação da CNI é fruto da possibilidade de incorporação das atribuições do MDIC pelo Ministério da Economia, criado em um eventual governo Jair Bolsonaro. De acordo com programa de governo do PSL, o Ministério da Economia incorporaria as atuais estruturas e atribuições dos ministérios da Fazenda, Planejamento, Indústria e Comércio e a Secretaria do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI).

Para justificar a importância do MDIC na estrutura do Executivo, Andrade afirmou que o setor industrial contribui com R$ 1,2 trilhão para a economia brasileira e emprega 9,6 milhões de trabalhadores. Além disso, a indústria responde por mais da metade (51%) das exportações e 25% da arrecadação previdenciária. “Para a indústria brasileira, o próximo governo tem o desafio de colocar o Brasil de volta no caminho do desenvolvimento econômico e social. Precisamos avançar nas reformas, garantir investimentos em infraestrutura e desburocratizar a economia de modo geral”, concluiu Andrade. 


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Brasil gera 137,3 mil postos de trabalho em setembro

No Sul foram criados 18.063 novos empregos formais, de acordo com dados divulgados pelo Caged 

 

Da Redação

 

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No Sul foram criados 18.063 novos empregos formais, de acordo com dados divulgados pelo Caged  

O emprego continua a crescer no Brasil. O mês de setembro fechou com saldo positivo de 137.336 novas vagas no mercado formal, um acréscimo de 0,3% em relação ao mês anterior. Esse desempenho foi resultado de 1.234.591 admissões e de 1.097.255 desligamentos. Com isso, o estoque de empregos chegou a 38.507.474 vínculos. O saldo de janeiro a setembro teve um acréscimo de 719.089 vagas, um crescimento de 1,9%. Nos últimos 12 meses, o aumento foi de 459.217 postos, uma variação de 1,2%. As informações são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta segunda-feira (22).

Todas as cinco regiões do Brasil registraram crescimento no emprego formal em setembro. Os melhores resultados foram registrados no Nordeste, onde foram abertas 62.177 vagas, um acréscimo de 1% em relação ao estoque de agosto, e no Sudeste, que abriu 38.933. No Sul foram gerados 18.063 novos empregos formais, um crescimento de 0,2%, e, no Norte, 10.262 vagas, um aumento de 0,5%. No Centro-oeste, o saldo do mês ficou positivo em 7.901 postos, um aumento de 0,2% em relação ao estoque do mês anterior.  Houve abertura de vagas em 26 das 27 unidades federativas. 

Sete dos oito setores econômicos registraram crescimento em setembro. O melhor desempenho foi no setor de Serviços, que abriu 60.961 novos postos. Os principais responsáveis por esses resultados foram os subsetores do Comércio e administração de imóveis, Valores mobiliários e serviço técnico (25.872 postos), Serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção e redação (13.168 postos); Serviços médicos, odontológicos e veterinários (6.997 postos); Transportes e comunicações (6.561 postos) e Ensino (6.537 postos). O segundo melhor desempenho foi da Indústria da transformação, que fechou setembro com saldo positivo de 37.449 vagas, abertas principalmente no subsetor da Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico (29.652 postos). O terceiro melhor saldo foi no Comércio, que teve criação de 26.685 postos, puxado tanto pelo Comércio varejista quanto pelo atacadista. 


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quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Magazine Luiza se torna rede de varejo mais valiosa do Brasil ao ultrapassar Carrefour e Renner


A rede vem em trajetória ascendente desde 2015, quando seu valor era de R$ 300 milhões. Naquele ano a Magazine Luiza atingiu sua mínima histórica, negociando papéis a R$ 0,96. Desde então acumulou 16,75% de valorização

 

 

Magazine Luiza se torna rede de varejo mais valiosa do Brasil ao ultrapassar Carrefour e Renner
A Magazine Luiza (MGLU3) fechou o pregão desta quarta-feira (17) em alta de 1,6%, precificando suas ações em R$ 161,75, transformando a rede na varejista mais valiosa do Brasil, ultrapassando o Carrefour Brasil (CRFB3) e as Lojas Renner (LREN3). Com o valor fechado no pregão, a empresa de Luzia Helena Trajano atingiu valor de mercado de R$ 30 bilhões, ante o valor de R$ 29,1 bilhão da varejista francesa, que encabeçava a lista, e R$ 25,3 bilhões da loja de roupas fundada no sul do País.
A rede vem em trajetória ascendente desde 2015, quando seu valor era de R$ 300 milhões. Naquele ano, a Magazine Luiza atingiu sua mínima histórica, negociando papéis a R$ 0,96. Desde então, acumulou 16,75% de valorização até chegar no patamar atual.

Grande parte do crescimento da empresa se deu por sua entrada no mundo da tecnologia, aplicando conceitos de omni-chanel, integrando lojas físicas e virtual. O grande ponto de virada da Magazine Luiza foi quando Frederico Trajano acumulou os postos de CEO e presidente do grupo. De cara o primogênito de Luiza Helena modernizou processos e cortou diversos custos, como viagens executivas, renegociou contratos de lojas, realizou novos acordos com sindicatos e até cortou gastos de energia.

Em 2016, um relatório da Credit Suisse colocou a Magazine Luiza na lista de sete empresas de varejo que conseguiriam sobreviver ao apocalipse do setor graças a sua atuação e integração em diversos canais. Hoje o e-commerce da marca já representa um terço do total de vendas da varejista.



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Paris se prepara para ser sede financeira pós-Brexit

  

Capital francesa é a que mais vem atraindo bancos e fundos de investimentos que deixarão Londres

 

 

 Andrei Netto, Correspondente / Paris, O Estado de S.Paulo 

 

 

Paris está a um passo de se tornar o novo centro do mercado financeiro na Europa continental, após o Brexit, o divórcio entre Londres e Bruxelas. Ponto forte da economia do Reino Unido, a City começa a viver os efeitos dramáticos da separação. Mais de 5 mil postos de trabalho em bancos, seguradoras e fundos de investimento deverão ser fechados em Londres e transferidos para a capital francesa e Frankfurt, na Alemanha, já a partir de 29 de março, quando a separação será confirmada. 

Para o governo britânico, as perdas decorrentes da migração devem chegar a € 82 bilhões (R$ 359 bilhões) só em impostos sobre serviços financeiros que deixarão de existir. 

 Estima-se que 3,5 mil postos de trabalho podem ser transferidos para Paris depois do Brexit
Estima-se que 3,5 mil postos de trabalho podem ser transferidos para Paris depois do Brexit Foto: REUTERS/Charles Platiau




A questão é crucial para a relevância do mercado londrino porque 20% da receita das instituições vem da venda de seus produtos financeiros no Espaço Econômico Europeu (EEE), que será abandonado por Londres com o divórcio. Desde que o plebiscito ocorreu, em junho de 2016, autoridades britânicas lutam para não perder instituições financeiras e postos de trabalho. Paris e Frankfurt disputam o espólio. 

Desde que atraiu a Autoridade Bancária Europeia (EBA), cuja sede se situava em Londres, a França teria sido escolhida pelo gestor de fundos BlackRock e pelo JP Morgan Chase, segundo o jornal britânico Financial Times, e estaria perto de confirmar a transferência de efetivos do Bank of America e do Citigroup para Paris. Nomura, Morgan Stanley, Goldman Sachs e Wells Fargo são outros exemplos de instituições que se preparam para uma transferência parcial para Paris. 

Contatadas pelo Estado, instituições financeiras que estariam deixando Londres alegam que não podem se pronunciar em razão das negociações do Brexit ainda em curso, mas as transferências são dadas como certas ou bem encaminhadas no meio parisiense. 

Mais de 70 empresas de gestão de ativos, grandes ou pequenas, já pediram autorização da EBA para atuar a partir de Paris. E dados divulgados na semana passada pelo secretário britânico do Tesouro, John Glen, confirmam os prognósticos mais sombrios previstos pelo Banco da Inglaterra - o banco central britânico. De acordo com a autoridade monetária, no primeiro dia após o desligamento do Reino Unido da União Europeia 5 mil empregos terão sido fechados pelas instituições na City. Reunidas, as maiores empresas financeiras em Londres somam 15 mil trabalhadores. 


Centro de trading

 

Nesse cenário, a disputa entre Paris e Frankfurt pela “herança” de Londres começa a se inclinar em favor da capital francesa, que tende também a se transformar na “capital das finanças” da Europa. Segundo o Financial Times, “Paris está a um passo de triunfar como o centro de trading da Europa pós-Brexit”. 

Nos últimos meses, os sinais dessa transição se multiplicam. De acordo com o monitoramento criado pela consultoria em administração Sia Partners, Frankfurt estaria ficando para trás na escolha das direções de empresas de finanças. Até aqui, a consultoria agrega 2.482 postos de trabalho em curso de mudança para Paris e 1.946 para a cidade alemã. Dublin, na Irlanda, com 903 postos, é o terceiro destino preferido, à frente de Amsterdã, na Holanda, com 355 vagas transferidas.
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O dia do Brexit no Reino Unido

“Os bancos e gerentes de fundos tentarão concentrar suas operações de corretagem em um único local da União Europeia”, entende Christian Noyer, ex-presidente do Banco Central da França e hoje um dos líderes da campanha em favor de Paris. “Isso não significa que Londres não será o maior centro financeiro. Mas Paris poderia se tornar o maior polo de corretagem da Europa Ocidental.” 

Europlace, o lobby público-privado que trabalha em favor da divulgação da capital francesa, projeta que 3,5 mil postos de trabalho poderão ser transferidos de Londres para Paris, a maior parte para o distrito de negócios de La Défense, na periferia oeste parisiense. Uma parte do sucesso francês diz respeito ao repatriamento de postos de trabalho abertos nas últimas décadas por filiais de instituições do país em Londres, casos dos bancos BNP Paribas, Société Générale e Credit Agricole. HSBC também decidiu reforçar seus efetivos na capital francesa, que vai agregar outros 200 trabalhadores na sede da Autoridade Bancária Europeia. 

“A chegada dessa instituição reforça ainda mais a posição de La Défense como verdadeira porta de entrada internacional. Nossa política em matéria de atratividade já vem dando frutos”, comemora Patrick Devedjian, presidente do departamento de Hauts-de-Seine, onde La Défense se localiza.


 https://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,paris-se-prepara-para-ser-sede-financeira-pos-brexit,70002546471

Juventude e ousadia mudam o campo em todo o Sul


Várias startups estão surgindo no entorno das cooperativas em uma das regiões mais vocacionadas para a agricultura

 

Com reportagem de Italo Bertão Filho

 

italo@amanha.com.br
Frísia, de Carambeí (PR), realiza a DigitalAgro, uma feira que apresenta soluções inovadoras para as cooperativas de produção do estado



É madrugada, a cidade ainda dorme, mas, faça chuva ou tempo bom, o produtor rural tem de acordar para medir a temperatura dos animais da criação e só depois é que pode voltar ao sono dos justos. Sediada em Chapecó, no oeste catarinense, a startup Gravitwave quer acabar com essa rotina de milhares de agricultores brasileiros. O principal produto da companhia é o Coopig, um sistema web que possibilita controlar a produtividade de animais. O software congrega indicadores de temperatura e mortalidade, consumo de água e ração, aplicação de medicamentos e ocorrência de doenças, entre outras variáveis.

Para Iskailer Rodrigues, cofundador da empresa, o Coopig possibilita que as indústrias e cooperativas tenham acesso em tempo real aos dados de produção, e assim possam fazer uma gestão mais eficiente dos recursos. “Administrar uma fazenda é como dirigir um carro. As empresas guiavam olhando o retrovisor. Acabavam olhando para o passado, para 15 ou 20 dias atrás, e não para um dado atualizado diariamente”, explica Rodrigues. O empreendedor catarinense teve de investir R$ 100 mil para o começo das operações em 2016, após ganhar um prêmio do programa Sinapses da Inovação, iniciativa do governo de Santa Catarina. E o cheque bancou 60% do valor de que ele precisava para o pontapé inicial na sua agrotech, ou agtech, como são em geral conhecidas as startups do agronegócio. 

O sistema lançado por Rodrigues dá ao agricultor a possibilidade de controlar remotamente a propriedade. Ocorrendo qualquer alteração na produção, uma notificação é enviada ao seu celular. Todas as pontas – produtor, técnicos agropecuários e cooperativas de produção – estão integradas em um mesmo site de informações. Utilizado por 42 produtores rurais, o Coopig também gerencia uma etapa da linha de produção da Cooper A1, de Palmitos, município situado na divisa entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A startup já prepara o lançamento do Cocoricó, voltado à avicultura, para este ano. 

A Gravitwave negocia a implantação do novo sistema nas operações da Copagril, cooperativa de produção sediada em Marechal Cândido Rondon (PR). A partir do novo sistema, Rodrigues estima que a empresa terá uma base de 240 produtores utilizando o software, dos quais 140 têm foco na produção de aves. Na visão dele, a avicultura tem urgência no controle da produtividade das granjas. “Se você deixa um suíno três horas abaixo da temperatura ideal, ele diminui a produtividade. Se o mesmo ocorre com a ave, ela morre. O impacto é mais evidente. Por isso os avicultores têm maior aceitação com a tecnologia porque eles não têm apenas prejuízo e, sim, perda total”, exemplifica.  

Para Lara Moraes, supervisora de agribusiness da PwC Brasil, as cooperativas estão atentas e são as principais difusoras da inovação no seu raio de atuação. “Elas têm papel fundamental na promoção de tecnologias disruptivas, pois é imperativo fazer com que o produtor passe a utilizar inovações no campo”, defende. Para Ernani Carvalho da Costa Neto, coordenador do Núcleo de Estudos de Agronegócio da ESPM-Sul, as startups ligadas ao cooperativismo ainda estão pulverizadas. “Até este momento, não há um movimento claro. As cooperativas que perceberem isso antes poderão se aproveitar desse pioneirismo. Quem está fazendo esse investimento hoje são grandes empresas de tecnologia”, analisa o professor. “Essa postura será mais exigida no tempo competitivo que vivemos. O sucesso de hoje não assegura o de amanhã”, adverte. Ainda que em uma velocidade insuficiente, o campo tem atraído a atenção de jovens empreendedores. De acordo com estimativas da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), as agetechs crescem, em média, 70% ao ano, em um mercado que movimenta aproximadamente R$ 15 bilhões. Em menos de dois anos surgiram no Brasil mais de 75 novos negócios do gênero – 15% deles com receita anual superior a R$ 300 mil.

Historicamente um estado fomentador do agronegócio brasileiro, o Rio Grande do Sul também vem desenvolvendo múltiplas iniciativas de empreendedorismo tecnológico aplicado à economia rural. Um levantamento realizado pela ABStartups aponta o Rio Grande em quarto lugar em número de filiadas à entidade, superado apenas por São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Voltando-se ao promissor mercado das startups, o Sebrae-RS criou o programa StartupRS Agrotech para fomentar as empresas que desenvolvem soluções para o agronegócio. Em sua primeira edição, o programa selecionou dez startups de diferentes regiões do estado para aprimorarem o trabalho entre junho e outubro de 2018. “Os dispositivos conectados e o uso de inteligência artificial e big data são algumas das tecnologias aplicadas para resolver problemas reais dessa cadeia que vai do campo à mesa. É uma revolução para o agronegócio brasileiro”, pontua Debora Chagas, coordenadora estadual de startups e economia digital do Sebrae-RS.

O Sicredi também vem trabalhando soluções digitais para integrar e aproximar suas atividades, tradicionalmente voltadas ao financiamento rural. Em março, a cooperativa de crédito inaugurou um núcleo de inovação no Tecnosinos, parque tecnológico instalado no campus central da Unisinos, em São Leopoldo (RS), para partilhar o mesmo ambiente das startups instaladas no local. Em julho, o Sicredi lançou o Inovar Juntos, programa que reunirá startups para apresentar soluções para desafios, como conectar associados pessoa jurídica e pessoa física (market place) e coleta de dados para perfil de investidor, por exemplo. A instituição financeira selecionará até 20 startups para um Pitch Day, em setembro, em que as empresas apresentarão suas propostas. As escolhidas passarão para as fases seguintes e, por fim, haverá uma avaliação dos resultados para possível parceria comercial.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deu um empurrão que pode alavancar o desenvolvimento de startups no país. A instituição criou o BNDES Garagem, que destinará R$ 10 milhões para apoiar a criação e aceleração de startups neste e no próximo ano. O banco fez, em julho, uma chamada pública para convidar empresas que dão apoio às startups, chamadas de aceleradoras. Depois dessa fase, a empresa vencedora selecionará, em novembro, 60 startups inovadoras. Em setembro do ano que vem, mais 60 serão escolhidas. Na seleção, a prioridade será dada àquelas que apresentarem soluções relacionadas ao planejamento estratégico do BNDES, como educação, saúde, segurança, economia criativa e meio ambiente. O objetivo do banco é reunir em um único espaço programas de criação de startups e de aceleração de negócios inovadores, local de coworking (compartilhamento de espaço e de recursos), laboratórios de inovação, universidades e escolas de negócios, gestores de fundos de investimentos e grandes empresas de tecnologia.


Inspiração no Vale do Silício


O Paraná está logo atrás do Rio Grande do Sul no ranking da ABStartups, ocupando o quinto lugar. Com auxílio técnico do Massachusetts Institute of Technology (MIT), o Sindicato e Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) lançou em abril o Programa de Inovação do Cooperativismo Paranaense visando a disseminar práticas inovadoras dentro das cooperativas. “Queremos fazer com que as cooperativas do Paraná tenham acesso às tecnologias de diagnóstico de competências e metodologias de implantação da inovação em seus ambientes”, projeta José Roberto Ricken, presidente do Ocepar. Em agosto, um grupo de presidentes de cooperativas deve viajar a Boston, nos Estados Unidos, para um período de imersão no MIT, como também em startups da região.

Desde o ano passado, a Frísia Cooperativa Agroindustrial, de Carambeí (PR), realiza a DigitalAgro (foto), uma feira que apresenta soluções inovadoras para as cooperativas de produção do estado. A iniciativa foi fruto de uma viagem dos dirigentes da Frísia ao Vale do Silício, na Califórnia. “Vimos que era praticamente impossível ter sucesso na agricultura e na pecuária sem ter essas inovações por perto. Quando retornamos, começamos a discutir que precisávamos ter um evento voltado à agricultura”, relembra Emerson Moura, superintendente da cooperativa.

Com aporte de R$ 5 milhões em sua segunda edição, a Digital Agro não pretende concorrer com feiras já consolidadas como a Expodireto, de Não-Me-Toque (RS), por exemplo. Tanto é que o conceito é totalmente diferente: o objetivo é ser reconhecida como a primeira feira agrícola 100% voltada para inovação no Brasil. Moura percebe que eventos como a Digital Agro são essenciais para a modernização do modelo do cooperativismo, que é desenvolvido da mesma forma há décadas. “Se não tiver aplicação das novas tecnologias que fazem revigorar suas margens e aumentar a rentabilidade, e se continuar alocada na produção em que os custos vêm aumentando e as margens vêm diminuindo bastante, a cooperativa está fadada a desaparecer”, analisa. 

A Digital Agro faz parte de um projeto maior da cooperativa, o Centro de Inovação Frísia, que pretende discutir com as startups novas tecnologias que possam ser aplicadas às atividades da agroindústria. No que depender da vontade dos cooperativistas empreendedores do Paraná, Carambeí pode se tornar, quem sabe, a capital do “Vale do Silício” rural que começa a fincar raízes em toda a região Sul. 


Um hub para startups

 Com diversas ramificações, a área da saúde foi um dos setores mais impactados pelo advento das startups. Uma das healthtechs mais conhecidas do país é a Dr. Consulta, sistema que conecta uma rede de centros médicos, oferecendo consultas e exames que podem ser realizados até no mesmo dia da solicitação. É uma alternativa para pessoas que não podem investir muito em saúde, pois não há mensalidade: os pacientes pagam apenas pelo serviço que recebem. Atenta ao movimento do setor, a Unimed Porto Alegre (foto) lançou, no ano passado, o programa de aceleração Bem Startup Unimed, em parceria com a aceleradora Grow+. O programa consiste em alocar uma empresa dentro da estrutura da cooperativa durante seis meses para que a startup possa auxiliar a Unimed em seus processos e também ganhar know-how e experiência de mercado. É como se a cooperativa fosse um hub de startups, emprestando sua credibilidade às pequenas empresas. Além disso, a Unimed também investe R$ 100 mil na startup – metade em consultoria com profissionais especializados em administração de empresas e novos negócios. 

O grande desafio da Unimed tem sido mudar sua cultura organizacional para a inserção de uma startup nas rotinas de trabalho. “Todas as empresas tradicionais trabalham com um formato próprio. A novidade gera um desconforto na medida em que se começa a trazer startups para dentro e fazer com que elas trabalhem juntamente com os funcionários”, revela o médico Salvador Gullo Netto, diretor de provimento e líder do programa. Para dar início à primeira edição do projeto, a Unimed Porto Alegre alocou apenas uma empresa em suas operações. A startup realiza a análise técnica de exames laboratoriais de rotina realizados pela cooperativa. A opção por ter apenas uma investida é momentânea, pois faz parte da estratégia abranger sucessivamente mais empresas ao longo dos anos. A segunda edição do programa está em fase final de preparação, e outras duas devem ocorrer em 2019. “Não estamos muito preocupados com o número de empresas, mas sim com o resultado que as healthtechs podem nos proporcionar, no sentido de mexer com a cultura da cooperativa médica”, avalia Gullo Netto.

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Registro de transferência de titularidade precisa de publicação no Inpi, fixa STJ

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Ainda que a transferência de titularidade de uma marca seja feita entre as partes, com assinatura do documento de cessão, o ato só é válido perante terceiros depois da averbação e publicação na Revista de Propriedade Industrial. Isso porque o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) é o órgão oficial para analisar direitos relativos à propriedade industrial.

O entendimento foi fixado pela 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça ao reformar acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo e autorizar a penhora de marca. A decisão garantirá créditos em processo de execução, devido a ausência de publicação do ato de transferência da marca pela autarquia.

De acordo com a relatora, ministra Nancy Andrighi, os artigos 136 e 137 da Lei de Propriedade Industrial dispõem que a cessão de marca deve ter anotação pelo Inpi.

No caso, a ministra afirmou que não houve controvérsia sobre a ausência de decisão de acolhimento do pedido de anotação da cessão. Na verdade, segundo ela, há elementos que indicam que o requerimento formulado pelos devedores no Inpi não foi deferido porque faltaram esclarecimentos sobre o objeto social da empresa.

“Não tendo havido publicação da anotação da cessão do registro marcário em questão (lembre-se que o pedido dos recorridos sequer foi deferido pela autarquia), é de se reconhecer a possibilidade da penhora da marca conforme postulado pelos recorrentes, pois a transferência, em razão do não cumprimento do disposto no artigo 137 da LPI, não operou efeitos em relação a eles”, disse  a ministra.


Penhora 

 
As partes firmaram acordo em que foi reconhecida dívida de R$ 400 mil, acerca de prestação de serviços advocatícios. Como o débito não foi pago, os credores ajuizaram execução em que pleitearam a penhora da marca de titularidade dos devedores.

Em primeiro grau, o magistrado considerou que havia provas de que os executados cederam e transferiram a titularidade da marca a terceiros em 2006, com pedido de anotação junto ao Inpi em 2007.

O pedido de penhora foi negado e a decisão foi mantida pelo TJ-SP, sob o argumento de que não seria possível deferir pedido de penhora da marca que não pertence mais aos executados. Com informações da Assessoria de Imprensa do STJ.


Clique aqui para ler o acórdão.
REsp 1761023


 https://www.conjur.com.br/2018-out-14/registro-troca-titularidade-publicacao-inpi

Industrializados perdem participação nas exportações em 2018


As vendas de automóveis para o exterior caíram 13,8% de janeiro a setembro, revela MDIC 

 

Por Agência Brasil 

 

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As vendas de automóveis para o exterior caíram 13,8% de janeiro a setembro, revela MDIC


Mesmo com a recuperação significativa das exportações nos últimos anos, os produtos industrializados continuam a perder participação nas vendas externas brasileiras. Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), a fatia dos manufaturados nas exportações caiu de 36% nos nove primeiros meses de 2017 para 35,2% no mesmo período deste ano. 

Em valores absolutos, a venda de bens industrializados acumula alta de 6,8% nos nove primeiros meses do ano na comparação com os mesmos meses de 2017, totalizando US$ 63,2 bilhões. Este é o maior valor para o período desde 2013. As vendas de produtos básicos, no entanto, têm apresentado melhor desempenho neste ano, reduzindo o peso dos manufaturados na balança comercial. Beneficiadas pela alta da cotação internacional do petróleo e da soja, as exportações de produtos básicos saltaram 15,7% nos nove primeiros meses do ano. A participação dos bens primários nas exportações totais subiu de 47,6% de janeiro a setembro do ano passado para 50,4% nos mesmos meses de 2018.

As exportações de manufaturados têm sido beneficiadas pela alta do dólar, que subiu 21,9% de janeiro a setembro. O câmbio torna mais competitiva a venda de produtos industrializados, enquanto as exportações de commodities (bens primários) dependem mais das cotações internacionais de minérios e de produtos agropecuários. Segundo o MDIC, o bom desempenho das exportações de manufaturados em 2018 concentra-se em cinco produtos. A maior alta, de 353%, foi registrada nas vendas de plataformas para extração de petróleo na comparação entre os nove primeiros meses de 2018 e os mesmos meses do ano passado. Em seguida, vêm partes de motores e turbinas para aeronaves (101,2%), óleos combustíveis (70,2%), motores para veículos e partes (24,7%) e máquinas para terraplanagem (22,9%).

As vendas externas de produtos industrializados poderiam registrar desempenho melhor não fosse a situação nos países vizinhos. A crise cambial na Argentina, o terceiro maior parceiro comercial do Brasil, prejudicou as exportações de veículos. De janeiro a setembro, o valor das vendas de automóveis de passageiros caiu 13,8%. As exportações de veículos de carga recuaram 14,2%. A Argentina é um dos principais compradores de veículos brasileiros.



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quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Dólar recua em linha com exterior e favoritismo de Bolsonaro no Datafolha


O dólar opera em queda ante o real na manhã desta quinta-feira, 11, pressionado pela desvalorização da divisa dos EUA no exterior e após a pesquisa Datafolha divulgada na noite de quarta-feira (10) indicar um favoritismo de Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno da eleição presidencial – com 58% dos votos válidos ante seu adversário Fernando Haddad (PT), com 42%.

A perspectiva do feriado nacional de sexta-feira, 12, no entanto, pode ainda apoiar alguma demanda defensiva durante a sessão, por precaução.

Ainda que essa sondagem venha reforçar a percepção no mercado de que a eleição de Bolsonaro pode estar bem encaminhada, a correção de baixa do dólar ante o real está mais discreta. Isso porque estão surgindo dúvidas em relação à agenda liberal do presidenciável do PSL, que não participará de nenhum debate até o dia 18, por determinação médica.

Bolsonaro vem mudando o tom de seu discurso sobre privatizações e reformas. Passou a defender um processo de reforma da Previdência mais moderado do que o esperado e já sinalizou ser contrário às privatizações do setor elétrico e de bancos estatais, como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. 

Também já indicou restrições à venda de ativos da Petrobras e defendeu nesta quarta-feira a adoção de 13º salário a beneficiários do programa Bolsa Família. Neste caso, ele quer atrair votos sobretudo no Nordeste do País, região onde ele perdeu para seu adversário Fernando Haddad no primeiro turno.
Na noite de quarta-feira, Bolsonaro afirmou em entrevista à RecordTV que o economista Paulo Guedes, que o assessora, tem carta branca para formular propostas, mas que somente “bate o martelo” depois de falar com ele. 

O mercado está de olho em Guedes, que está sendo investigado pelo Ministério Público, e poderá, se o capitão reformado for eleito, ser seu ministro da Fazenda. O “chefe” pediu medidas no sentido de ter um “dólar compatível e uma taxa juros menor possível”. Para isso, o time econômico da campanha de Bolsonaro prepara estudo detalhado para medidas de estímulo ao mercado de capitais e desoneração dos investimentos no setor produtivo.

Haddad, por sua vez, conseguiu nesta quarta apoios importantes do PDT, da Rede e da corrente “esquerda para valer”, do PSDB, que reúne cerca de 5 mil militantes nas redes sociais e deve participar de um ato público com o candidato nesta Quinta-feira.
Também na quarta, o ex-ministro e ex-governador Jaques Wagner (PT), senador eleito pela Bahia e um dos coordenadores da campanha de Haddad, afirmou que nomes de ministros de um eventual governo petista podem começar a ser anunciados antes da eleição a fim de acalmar os eleitores desconfiados com o partido.

Segundo Wagner, essa preocupação tem sido demonstrada por Haddad e, por isso, as pastas da Educação, Fazenda e Justiça podem ter divulgados “nomes que tranquilizem a população”.

Os investidores tende a monitorar as próximas pesquisas, propostas econômicas e os nomes de ambos os lados que poderão eventualmente compor os futuros governos.

No exterior, o ambiente negativo generalizado reflete receios de aperto monetário mais rigoroso nos EUA, além de maiores tensões comerciais entre EUA e China e perspectivas de expansão econômica global mais fraca. 

Às 9h52 desta quinta-feira, o dólar à vista caía 0,83%, a R$ 3,7322. O dólar futuro de novembro recuava 0,60%, a R$ 3,7405.