CURITIBA - A
geóloga Venina Velosa da Fonseca está depondo, nesta sexta-feira, junto
à força tarefa da Operação Lava-Jato que investiga os esquemas de
desvios de dinheiro da Petrobras. Ela está sendo ouvida por procuradores
da República ao lado de seu advogado, Ubiratan Mattos.
O depoimento de Venina deve trazer novas informações a respeito das irregularidades na Petrobras. A geóloga conduziu uma auditoria na área de comunicação da Diretoria de Abastecimento da estatal em que descobriu desvios de pelo menos R$ 58 milhões. O dinheiro foi repassado a empresas da área de comunicação que não prestaram os serviços. Venina tem documentos, cópias de e-mails e notas fiscais comprovando essas irregularidades. Todo esse material será entregue à força tarefa.
O esquema de desvios na área de comunicação do Abastecimento foi descoberto por Venina quando Paulo Roberto Costa comandava essa diretoria na estatal, entre 2008 e 2009. Venina era subordinada a Paulo Roberto e foi reclamar com o então chefe a respeito do esquema. Na ocasião, ele apontou o dedo para o retrato do presidente Lula e perguntou se ela estava “querendo derrubar todo mundo”. Acusado de diversas irregularidades, Costa foi preso e fez um acordo de delação premiada com o Ministério Público no qual se comprometeu a entregar provas dos crimes em troca de redução de pena.
Esse esquema envolveu o desvio de verbas para o PT da Bahia, o grupo político do então presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli. Em 3 de abril de 2009, Venina enviou um e-mail pedindo ajuda para Graça Foster, então diretoria de Gás e Energia, para concluir um texto sobre as descobertas que fez de desvios milionários na área de comunicação. A mensagem foi enviada às 3h50 daquele dia, o mesmo do relatório final da comissão. Graça não respondeu.
A Petrobras informou, em nota, que demitiu o funcionário responsável pelos desvios, Geovanne de Morais. No entanto, como ele estava sob licença médica, a estatal manteve-o no cargo por mais quatro anos. Ao verificar que Geovanne não foi demitido, Venina obteve um parecer jurídico determinando o desligamento do funcionário, mesmo sob licença médica. Ela encaminhou esse parecer aos superiores, pois achava absurdo que o funcionário pego em desvios continuasse sob a folha de pagamento da estatal. Mas Geovanne não foi desligado de imediato. Demorou mais de quatro anos, informação atestada em nota recente da própria Petrobras.
Venina deve apresentar provas desse e de outros casos. A geóloga batalhou contra a aprovação de aditivos que elevaram os custos da refinaria Abreu e Lima, em 2009, e denunciou desvios feitos por negociadores de combustível de navio em unidades da Petrobras no exterior. Ao todo, ele obteve mais de mil comunicações entre “traders” e esse material está sendo encaminhado ao Ministério Público.
O depoimento de Venina deve trazer novas informações a respeito das irregularidades na Petrobras. A geóloga conduziu uma auditoria na área de comunicação da Diretoria de Abastecimento da estatal em que descobriu desvios de pelo menos R$ 58 milhões. O dinheiro foi repassado a empresas da área de comunicação que não prestaram os serviços. Venina tem documentos, cópias de e-mails e notas fiscais comprovando essas irregularidades. Todo esse material será entregue à força tarefa.
O esquema de desvios na área de comunicação do Abastecimento foi descoberto por Venina quando Paulo Roberto Costa comandava essa diretoria na estatal, entre 2008 e 2009. Venina era subordinada a Paulo Roberto e foi reclamar com o então chefe a respeito do esquema. Na ocasião, ele apontou o dedo para o retrato do presidente Lula e perguntou se ela estava “querendo derrubar todo mundo”. Acusado de diversas irregularidades, Costa foi preso e fez um acordo de delação premiada com o Ministério Público no qual se comprometeu a entregar provas dos crimes em troca de redução de pena.
Esse esquema envolveu o desvio de verbas para o PT da Bahia, o grupo político do então presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli. Em 3 de abril de 2009, Venina enviou um e-mail pedindo ajuda para Graça Foster, então diretoria de Gás e Energia, para concluir um texto sobre as descobertas que fez de desvios milionários na área de comunicação. A mensagem foi enviada às 3h50 daquele dia, o mesmo do relatório final da comissão. Graça não respondeu.
A Petrobras informou, em nota, que demitiu o funcionário responsável pelos desvios, Geovanne de Morais. No entanto, como ele estava sob licença médica, a estatal manteve-o no cargo por mais quatro anos. Ao verificar que Geovanne não foi demitido, Venina obteve um parecer jurídico determinando o desligamento do funcionário, mesmo sob licença médica. Ela encaminhou esse parecer aos superiores, pois achava absurdo que o funcionário pego em desvios continuasse sob a folha de pagamento da estatal. Mas Geovanne não foi desligado de imediato. Demorou mais de quatro anos, informação atestada em nota recente da própria Petrobras.
Venina deve apresentar provas desse e de outros casos. A geóloga batalhou contra a aprovação de aditivos que elevaram os custos da refinaria Abreu e Lima, em 2009, e denunciou desvios feitos por negociadores de combustível de navio em unidades da Petrobras no exterior. Ao todo, ele obteve mais de mil comunicações entre “traders” e esse material está sendo encaminhado ao Ministério Público.
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