Com mais de 20 milhões de clientes em todo o mundo, grupo espera crescimento de 19,5% para este ano
São Paulo – O Grupo IWG, de escritórios
corporativos, aproveitou a crise econômica para aumentar sua atuação no
Brasil. Em expansão nos últimos anos, a previsão para 2017 é de
crescimento de 19,5%.
O grupo oferece escritórios flexíveis,
e a empresa locatária pode alugar o espaço durante anos, ou apenas por
poucos dias, o que não é possível em contratos de locação tradicionais. O
IWG também aluga serviços e locais independentes, como salas de
reunião, impressoras e auditórios.
Com mais de 3.200 unidades em todo o mundo, o grupo já trouxe duas de
suas seis marcas ao Brasil, com 56 escritórios. A Regus, com ambiente
mais corporativo, e o Spaces, co-working voltado a startups ou negócios
mais jovens.
No Spaces são 20 mil clientes em todo o mundo. Na Regus são 20 mil apenas no Brasil e 20 milhões em todo mundo.
O grupo atende desde startups e pequenas empresas a grandes
multinacionais que acabaram de chegar ao Brasil. Google e Salesforce são
alguns dos exemplos de companhias que, antes de inaugurar seu primeiro
escritório no país, alugaram espaços do grupo IWG.
Há também a opção de alugar um escritório virtual. O empreendedor
pode usar o endereço de um Spaces ou Regus para colocar no cartão de
visitas, receber encomendas e até como endereço postal.
Telefonistas
atendem o telefone e repassam para o empreendedor, que também pode usar
as salas de reunião do local, para passar uma impressão mais confiável.
Essa opção é muito buscada por empreendedores que estão começando seu negócio, afirma Tiago Alves, CEO da IWG para o Brasil.
De carona na crise
O presidente diz que as crises econômica e imobiliária não
atrapalharam o negócio, pelo contrário. Foram justamente uma ajuda para
deslanchar a operação no país. Em 2014, o grupo tinha 43 escritórios na
cidade. Em 2016, já eram 46 e, no final de 2017, serão 62 das duas
marcas, com crescimento de 19,5% no ano em área.
Com a crise, muitas empresas reduziram suas equipes e,
consequentemente, o tamanho dos escritórios. Em vez de continuar pagando
aluguel de grandes locais, parcialmente vazios, algumas optaram por
ambientes flexíveis, afirma Alves. “O espaço vazio é o mais caro que
existe”, diz.
Por conta da flexibilidade no tempo de contrato, as companhias podem
aumentar e diminuir o tamanho de suas equipes e escritórios com mais
facilidade, informa ele.
A crise também fez com que muitas companhias buscassem formas de
reduzir custos. Os espaços do grupo IWG, por concentrarem diversas
empresas, conseguem contratos melhores de condomínio, energia e
infraestrutura. Assim, podem oferecer uma economia nas despesas.
O momento difícil impactou principalmente o setor imobiliário. Como
muitos deixaram de investir, as construtoras, que vinham de um momento
de bonança, de repente tinham vários prédios recém-lançados, mas vazios.
Para o grupo, essa era uma ótima oportunidade. Conseguiu contratos
melhores com os proprietários dos prédios, que queriam ocupar os espaços
vagos. O grupo aluga andares inteiros e os divide em recintos menores,
mais acessíveis para empresas que estão reduzindo seu espaço físico.
Novo momento
Hoje, o cenário é outro e o país aos poucos se recupera da crise
econômica. Mesmo assim, Alves não se preocupa e afirma que há espaço
para ainda mais unidades.
“Em Londres temos 120 centros e, em Nova York, 80. São Paulo tem
apenas 27, mas como cidade grande e internacional tem potencial para
mais aberturas”, afirmou ele.
Além disso, o grupo prevê um aumento de demanda por escritórios
flexíveis. Hoje, menos de 1% dos espaços corporativos do mundo são
flexíveis. Até 2030, a previsão é que 30% dos ambientes corporativos
serão flexíveis, incluindo espaços de coworking, incubadoras e
aceleradoras, de acordo com uma pesquisa da JLL, empresa de serviços em mercado imobiliário e investimentos, e da consultoria de gestão UnWork.
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