A SP Ventures, gestora de fundos de investimento com foco em
empreendimentos inovadores, acaba de fazer um aporte de R$ 2,2 milhões
na Bart Digital, fintech voltada para soluções no agronegócio
brasileiro.
A startup, criada em abril de 2016 por quatro empreendedores, usa,
entre outras tecnologias, o blockchain para atuar no barter – troca de
insumos por grãos entre o produtor e agroindústrias.
Segundo a
sócia-fundadora Mariana Bonora, trata-se de um sistema que facilita e dá
celeridade à aprovação das operações, integrando os envolvidos.
"Tradicionalmente, as operações de barter ocorrem via e-mail – uma série de e-mails", diz ela, advogada com experiência na análise de documentação para operações de barter na indústria de agroquímicos. "É um processo demorado, burocrático e com riscos. Isso me fez pensar que havia espaço para uma solução".
A solução foi inicialmente pensada durante o hackathon (maratona de programação) SmartAgro, realizado em Londrina (PR) no ano passado. Ali, Mariana conheceu seus atuais sócios – Renato Girotto, Guilherme Costa e Thiago Zampieri, um mix de trajetórias dentro do próprio agronegócio e em TI. Em menos de um ano, a startup se formalizou, foi incubada na Esalqtec, acelerada e passou por um programa de empreendedorismo da IBM, até fincar sua sede em Indaiatuba.
A digitalização, compartilhamento e validação de todos os documentos – o sistema permite assinaturas eletrônicas para o fechamento de acordos, ao contrário do "leva e traz" dos processos atuais – permitirão um ganho significativo de tempo. Tradicionalmente, um acordo de troca de insumos por grãos pode se estender em até 160 dias para ser firmado. Com a solução da startup, são 40. O uso da tecnologia blockchain, por sua vez, visa evitar fraudes.
Outro diferencial, diz a empreendedora, é o monitoramento por satélite que a Bart Digital promete: os credores poderão acompanhar o plantio e desenvolvimento da lavoura, de forma de mitigar riscos. O monitoramento assegura também que o produtor inicie o plantio na hora certa e no local exato acertado no momento da emissão das CPRs (cédulas de produto rural).
Conforme Mariana, o aporte da SP Ventures dará fôlego para a estruturação da Bart para o atendimento de grandes clientes, incluindo contratação de pessoas e investimento em tecnologia. No momento, a empresa ainda roda projetos-pilotos em grande escala. A intenção é começar a vender comercialmente a solução a partir de março de 2018.
Para Thiago Lobão, da SP Ventures, o aporte é ainda um "seed money", a primeira camada de investimento depois do investimento-anjo, mas com possibilidade de chegar a R$ 15 milhões. "É a primeira fintech do agronegócio investida por um fundo brasileiro", ele lembra. "É uma solução que nos interessou porque ajuda a evitar fraudes e possibilita a inclusão do barter para os produtores menores"
(Assessoria de Comunicação, 23/10/17)
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