segunda-feira, 8 de julho de 2013

Dilma banca articulação política e refuta entregar ministérios de 'porteira fechada'


Contra crise que abala a coalizão, petistas e peemedebistas propõem que presidente deixe nas mãos dos partidos aliados as nomeações de todos os cargos nas pastas que comandam, mas ouvem: 'Se forem essas as concessões, não vou fazer'

08 de julho de 2013 | 2h 05

Vera Rosa - O Estado de S.Paulo
 
BRASÍLIA - Pressionada a fazer uma reforma na equipe para garantir a governabilidade, a presidente Dilma Rousseff avisou ao PT e ao PMDB que não entregará ministérios com "porteira fechada" a nenhum partido da base aliada e disse não ter pressa para mudanças na equipe. A fórmula que permite a ocupação linear de todos os cargos de um ministério pela mesma legenda foi sugerida a Dilma como forma de compensar eventual corte de pastas, em resposta aos protestos de rua, mas ela não deu chance para a cobrança.
Aliados já não garantem apoio à reeleição em 2014 - Divulgação
Divulgação
 
Aliados já não garantem apoio à reeleição em 2014
"Se forem essas as concessões, não vou fazer. Podem tirar o cavalinho da chuva", disse Dilma durante reunião com 22 deputados que compõem a coordenação da bancada do PT na Câmara, na sexta-feira. 

Inconformada com as críticas à articulação política do governo, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, fez um desabafo a um colega, logo após a reunião. "Esse pessoal critica a articulação política do governo, mas vive deixando um currículo e um pedido de cargo na minha mesa. Eu não faço esse tipo de articulação política."

A redução do número de ministérios - hoje em 39 - foi proposta a Dilma por congressistas e dirigentes do PT e do PMDB, nos últimos dias, por ser considerada uma medida de marketing para adoçar a opinião pública. O PMDB do vice Michel Temer reclama de estar sub-representado na Esplanada, com seis ministérios - Minas e Energia, Agricultura, Previdência, Turismo, Aviação Civil e Defesa - enquanto o PT controla 18.

Mesmo assim, em conversas reservadas, peemedebistas dizem que aceitam trocar ministérios menos robustos por diretorias da Petrobrás, de Furnas e da Eletrobrás. Querem, ainda, autonomia para nomear seus indicados "de cima até embaixo" nas pastas que comandam.

Dilma, porém, se recusa tanto a cortar ministérios, nesse momento, como a conceder o que no jargão político se chama de "porteira fechada", incluindo as diretorias de estatais. Até agora, ela prefere insistir no plebiscito sobre a reforma política para reverter o desgaste a investir na redução do tamanho da máquina pública.

Mesmo com a ameaça de partidos aliados, como o PSB, o PDT e o PRB, de não apoiarem o projeto de reeleição presidencial, em 2014, Dilma vem dizendo que não se "intimidará" com pressões por estar em queda nas pesquisas. "Não pensem que estou acuada", afirmou ela na reunião com os petistas, conforme revelou o Estado na semana passada. Até governadores do PSB que rejeitavam a candidatura do colega de Pernambuco, Eduardo Campos, agora dizem ser preciso examinar melhor o quadro político antes de fechar com o PT.

Dilma não confia em que os partidos queiram mesmo cortar na própria carne com a redução de ministérios. Na avaliação da presidente, esse é apenas um discurso para a plateia, nesse momento de crise, tanto que a proposta de "porteira fechada" já ressurge como uma espécie de "contrapartida".

Desastre. Escaldada por sofrer desgaste após chamar de volta para a Esplanada representantes de partidos alvejados pela faxina ética de 2011 - que abateu seis ministros -, Dilma diz ter feito as mudanças justamente para agregar adesões à campanha do segundo mandato. Diante desse quadro, afirmam assessores, não será agora que fará fusões de ministérios.

"Os problemas do governo não são os políticos, mas os tecnocratas, que não têm compromisso com o projeto", afirmou o deputado André Vargas (PT-SP). "Não estamos pedindo cargos nem andamos com currículo na mão para entregar em gabinetes, mas achamos que a articulação política do governo e a comunicação são um desastre."

Para o senador Jorge Viana (AC), o PT precisa arquivar o coro do "Volta Lula" e se unir no apoio a Dilma, que, no seu diagnóstico, deve melhorar urgentemente a relação com o Congresso. "Antecipar a campanha de 2014 já foi um erro. Agora, esse discurso do "Volta Lula" não cabe aqui, porque isso prejudica o governo que está em curso", insistiu Viana, que é amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A cobrança por cargos e emendas ao Orçamento voltará a ser apresentada nesta semana, quando entra em votação no Congresso a derrubada dos vetos presidenciais a projetos que causam forte impacto nas contas públicas, como o do fim do fator previdenciário.

O tema foi discutido ontem em duas reuniões de Dilma com ministros, no Palácio da Alvorada. O titular da Fazenda, Guido Mantega, disse não haver mais espaço para desonerações do setor produtivo e defendeu um bloqueio na casa dos R$ 15 bilhões em gastos do Orçamento.

Da primeira reunião com Dilma, ontem, participaram os ministros Gleisi, Ideli Salvatti (Relações Institucionais), Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), Aloizio Mercadante (Educação), Paulo Bernardo (Comunicações) e José Eduardo Cardozo (Justiça).Na segunda estavam Mantega, Gleisi, Miriam Belchior (Planejamento) e Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário), além do senador José Sarney (PMDB).

Gleisi é uma das que vão deixar a equipe de Dilma para ser candidata do PT ao governo do Paraná. Embora a presidente negue mudanças no primeiro escalão, é provável que ela promova uma reforma até dezembro, antes do prazo estabelecido por lei para que candidatos com cargos no Executivo deixem as pastas, em abril de 2014.

No Palácio do Planalto, auxiliares de Dilma calculam que dez dos 39 ministros podem sair no fim do ano. Na lista dos pré-candidatos do PT, dois são dados como praticamente certos na disputa dos maiores colégios eleitorais: Alexandre Padilha (Saúde), em São Paulo, e Fernando Pimentel (Desenvolvimento), em Belo Horizonte.

A maior preocupação de Dilma ao negar a reforma imediata foi abafar rumores sobre a troca de Mantega num momento de alta da inflação, expectativa de novo aumento dos juros e desconfiança do mercado sobre o compromisso do governo com o ajuste fiscal.

Ritmo de contratações deve desacelerar, aponta pesquisa da FGV

 Curiosidades e Definições Teóricas


SÃO PAULO  -  O mercado de trabalho segue apertado, mas o ritmo de queda do desemprego deve desacelerar nos próximos meses, de acordo com duas sondagens mensais realizadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), que busca antecipar a tendência do mercado de trabalho – recuou 1,3% em junho, na comparação com maio, feitos os ajustes sazonais. “Depois de avançar em maio, o indicador retorna à tendência declinante apresentada em abril, resultado que sinaliza desaceleração do ritmo de contratações de mão de obra nos meses seguintes”, diz a FGV, em nota.

Os componentes que mais contribuíram para a queda do IAEmp foram os indicadores que mensuram as expectativas dos empresários em relação às tendências dos negócios e o grau de satisfação das empresas com a situação atual, ambos retirados da Sondagem da Indústria de Transformação, com variação de -3,9% e -3,1%, respectivamente.

O IAEmp é construído como uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor.

Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), que mostra a situação atual do mercado de trabalho, recuou 2,5% em junho, ante maio, um resultado que, segundo a FGV, sinaliza queda na desocupação no mês passado.

O ICD apura a confiança do brasileiro em quatro classes de renda familiar em relação à oferta de emprego na cidade onde vive. Os dados são extraídos da Sondagem do Consumidor.

As classes que mais contribuíram para a queda do ICD em junho foram a dos consumidores com renda familiar entre R$ 2.100,00 e R$ 4.800,00, que variou -5,2%; e a dos que possuem renda familiar superior a R$ 9.600,00, com variação de -2,6%.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informa a taxa de desemprego de junho daqui a duas semanas.
(Valor)

Dilma lança hoje edital para contratação de médicos estrangeiros

Por Bruno Peres | Valor
 
BRASÍLIA  -  A presidente Dilma Rousseff afirmou na manhã desta segunda-feira, em seu programa semanal de rádio, que o governo "não vai medir esforços" para melhorar os serviços públicos oferecidos à população brasileira. A declaração da presidente foi dada a poucas horas do lançamento do programa "Mais Médicos", em elaboração pelo governo desde março e que prevê edital para a contratação de médicos estrangeiros, além da abertura de novas vagas para cursos de Medicina pelo país. O lançamento do programa será às 15h, em cerimônia no Palácio do Planalto.

Segundo a presidente, o pacto voltado para a saúde, em resposta à onda de protestos que tomou o país, contempla a aceleração dos investimentos já contratados para melhorar a estrutura da rede pública do Brasil. De acordo com Dilma, o governo está investindo R$ 7,4 bilhões na construção, reforma e compra de equipamentos para postos de saúde, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e hospitais. Serão investidos em 2014 mais R$ 5,5 bilhões em novas unidades de atendimento.

"Para que tudo isso funcione bem e para que possamos dar um tratamento digno e eficiente à população, vamos precisar de mais médicos para trabalhar, principalmente nas periferias das grandes cidades, no interior do país e nas regiões Norte e Nordeste, onde mais faltam médicos", afirmou.

"Nós sabemos que os nossos médicos estão comprometidos com a qualidade do serviço público, mas, infelizmente, eles ainda são em número insuficiente para garantir atendimento em toda a rede pública de saúde", acrescentou a presidente, classificando como "um problema muito sério" essa falta de médicos pelo país na medida em que haverá um aumento nos investimentos na saúde com a construção de novas unidades de atendimento.

De acordo com a presidente, nos últimos dois anos e meio foram criadas 2.400 novas vagas nos cursos de Medicina. "E isso é só o começo, porque nós vamos continuar aumentando as oportunidades para os nossos jovens brasileiros", afirmou. Segundo ela, serão abertas mais 11 mil vagas nos cursos de graduação e 12 mil vagas na residência médica para formar especialistas que estão em falta no Brasil. Também serão construídos 14 novos hospitais, com um investimento de R$ 2 bilhões até 2017, fora todos os hospitais privados que, porventura, também sejam construídos, enfatizou a presidente.

Dilma voltou a destacar o caráter emergencial da seleção de médicos estrangeiros e assegurou que as contratações ocorrerão prioritariamente onde há mais falta de profissionais da área. A presidente afirmou ainda que caberá aos municípios, após seleção por meio de edital para contratação de médicos estrangeiros, o compromisso de acelerar investimentos na construção e reforma de unidades de atendimento de saúde.  Haverá também um controle rigoroso por parte do governo da atuação de médicos estrangeiros .

“Daremos prioridade aos nossos médicos, aos médicos formados aqui no Brasil, que são altamente qualificados. Mas, infelizmente, não existem em número suficiente para atender toda a nossa população. Isso significa que ninguém vai tirar o emprego de ninguém. Aliás, a contratação de médicos estrangeiros é muito comum em vários países que têm excelentes sistemas de saúde”, afirmou a presidente. “Ninguém precisa temer, eu jamais tiraria emprego de nossos profissionais ou arriscaria a saúde da população”, disse Dilma.
(Bruno Peres | Valor)

Mercado reduz projeção para expansão do PIB e mantém aposta para juros

 

 

SÃO PAULO  -  Os analistas de mercado mantiveram suas expectativas para a Selic ao fim de 2013 e de 2014 em 9,25%, de acordo com a mediana das expectativas expressa no boletim Focus, do Banco Central (BC). Enquanto isso, veem a economia ainda mais fraca e uma inflação salgada.

O Comitê de Política Monetária (Copom) informa na quarta-feira sua decisão sobre a taxa básica de juros, atualmente em 8% ao ano. Levantamento feito pelo Valor Data mostra que os analistas esperam, em média, aumento de 0,50 ponto percentual na Selic. Até o fim do ano, portanto, haveria um ajuste adicional de 0,75 ponto.

O momento é delicado para a condução da política monetária, já que a inflação se mantém salgada e a economia continua a dar sinais de fragilidade. Embora a alta do IPCA de junho tenha ficado bem abaixo do esperado (0,26%), a inflação em 12 meses subiu para 6,70%, segundo o IBGE, acima do teto da meta de 6,50% perseguida pelo BC. Enquanto isso, a produção industrial de maio surpreendeu para baixo: caiu 2%, quando se esperava recuo de 1,1%, ante abril.

No Focus divulgado nesta segunda-feira, a projeção para o IPCA em 2013 foi suavizada - passou de 5,87% para 5,81% de avanço. A continuar nesse patamar, a inflação deste ano ficaria abaixo da do ano passado, de 5,84%, algo que vem sendo defendido como fato pelo governo e pelo BC. Para 2014, contudo, as expectativas pioraram - saíram de 5,88% para 5,90% de aumento. A inflação alta, na visão do mercado, deve continuar um problema.

Ao mesmo tempo, os analistas revisaram para baixo suas previsões para a produção industrial e para a economia em geral. No primeiro caso, a mediana das projeções saiu de 2,49% para 2,34% em 2013 e de 3,20% para 3% em 2014. Já a estimativa para a expansão do PIB em 2013 caiu pela oitava semana consecutiva, passando de 2,40% para 2,34%. Para 2014, a expectativa agora é de um crescimento de apenas 2,80%, ante 3% estimados no documento anterior.

Top 5

O grupo Top 5 – que reúne os analistas que mais acertam as projeções – seguiu o movimento geral e baixou sua estimativa para o IPCA neste ano, de 6,09% para 6,02%, mas a elevou para 2014, de 6,05% para 6,30%. Quanto à Selic, o grupo continua a ver taxa de 9,50% ao fim de 2013, mas elevou a mediana do juro em 2014 de 9,50% para 9,75%.
(Ana Conceição | Valor)

Estrangeiros atuam em 58,5% das ofertas de ações no 1º semestre no Brasil



 
 
Os investidores estrangeiros tiveram participação de 58,5% em 11 ofertas de ações no primeiro semestre do ano, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Foram seis ofertas públicas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês) e cinco ofertas subsequentes (follow-ons), que movimentaram R$ 14,85 bilhões e R$ 2,86 bilhões, respectivamente.

Abriram capital: BB Seguridade (foto), Smiles, Senior Solution, Linx, Biosev e Alupar. 

Fizeram nova captação Iguatemi, Abril Educação, Estácio, BHG e Multiplan.

As atividades foram mais intensas do que na primeira metade do ano passado, quando sete ofertas, entre IPOs e follow-ons, giraram R$ 8,6 bilhões.Da fatia de investidores estrangeiros, 66,4% são dos Estados Unidos, 20,7% da Europa, 8,1% da Ásia, 4% da América Latina, 0,5% de outros países da América e 0,4% da Oceania. Do total de investidores, 27,7% são institucionais e 13,8% pessoas físicas.Dos 11 emissores de ações, sete estão no segmento Novo Mercado da BM&FBovespa, segundo a Anbima. Em relação à participação no volume total movimentado e à classificação setorial, 64,7% corresponderam ao segmento de seguradoras, 7,6% à educação, 6,4% à administração de shopping e fidelização (cada), 4,8% à energia elétrica, 4,5% ao agronegócio, 3,3% à TI e Telecom e 2,1% a outros.

Fonte: IG e Anbima

Brasil reage à espionagem de empresas e cidadãos brasileiros pelos EUA









 
A presidente Dilma determinou neste domingo que fossem pedidas explicações aos EUA sobre a revelação, feita pelo jornal O GLOBO, de que os serviços de inteligência e espionagem norte-americanos monitoraram milhões de e-mails e telefonemas de empresas e cidadãos brasileiros.

A Polícia Federal e a Anatel já iniciaram investigação sobre a denúncia de colaboração de empresas brasileiras com a espionagem.

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota (foto), disse que o Itamaraty recebeu com “grave preocupação” a notícia de que contatos eletrônicos e telefônicos brasileiros estariam sendo monitorados e que entrou entrou em contato com o embaixador norte-americano no Brasil, Thomas Shannon, para cobrar esclarecimentos sobre o assunto e pediu à embaixada brasileira em Washington para que fizesse o mesmo em relação à Casa Branca.

Segundo Patriota, o governo brasileiro vai propor às Nações Unidas a criação de uma regulação internacional para evitar abusos e por mais segurança cibernética, para evitar esse tipo de comportamento por parte de outros países.

Ele adiantou que o Brasil pretende pedir à União Internacional de Telecomunicações (UIT), em Genebra, na Suíça, o aperfeiçoamento de regras multilaterais sobre segurança das telecomunicações. 

De acordo com o ministro de Comunicações Paulo Bernardo, o governo já acompanhava o caso de espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) dos EUA no exterior. “Agora a história muda de patamar”, disse. 

Ele acrescentou que se isso realmente ocorreu, configura crime contra a legislação brasileira e a Constituição. "Se tiver empresa brasileira mancomunada com empresas estrangeiras para quebrar sigilo telefônico e de dados, é um absurdo", disse o ministro.

Bernardo afirmou, no entanto, duvidar da existência desses contratos; ele aposta na captura de dados via cabos submarinos. Dilma tomou a decisão de como reagir depois de reunião no Palácio da Alvorada, em Brasília, com Paulo Bernardo, ministro das Comunicações, Gleisi Hoffmann, ministra da Casa Civil, Ideli Salvatti, de Relações Institucionais, José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, Aloizio Mercadante, da  
Educação  e Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência.

A reunião foi acompanhada pelo ministro Patriota, que se encontrava fora da 
capital federal.O presidente nacional do PSOL (Partido Socialista), Ivan Valente, anunciou que pretende apresentar um requerimento até esta terça-feira convidando o embaixador Shannon a participar da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, para prestar esclarecimentos. 

Valente afirmou que a conduta dos EUA é “inaceitável e invasora” e que “as ruas devem execrar e repudiar a atitude de polícia do mundo dos norte-
americanos".O escândalo sobre o monitoramento das comunicações privadas de cidadãos e empresas de dentro e de fora do país pelo governo dos EUA veio à tona após o ex-técnico em segurança digital da CIA (agência de inteligência norte-americana), Edward Snowden, revelar a prática.

Os dados eram vigiados por meio do Prism, programa de vigilância eletrônica altamente secreto mantido pela NSA. O GLOBO desta segunda-feira traz outra revelação grave: equipes da NSA e da CIA teriam trabalhado em conjunto em Brasília, onde teria funcionado uma das 16 bases que os EUA mantiveram para a coleta de informações através de satélites. 



Fontes: Agência Brasil e O Globo. 
 




   


sábado, 6 de julho de 2013

Imposto de Importação de insumos básicos pode cair para conter inflação








O  Imposto de Importação de algumas matérias-primas básicas poderá cair para conter a inflação, disse nesta sexta-feira (5/7) o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele confirmou que o governo estuda antecipar a redução das alíquotas, que ocorreria em setembro, para compensar os efeitos da alta do dólar nas últimas semanas.

Em setembro do ano passado, o governo elevou a tarifa sobre insumos como aço, fertilizante, produtos químicos, vidros e laminados por 12 meses para estimular a produção nacional dessas matérias-primas e facilitar a competição com os importados. No entanto, de acordo com Mantega, o dólar mais caro diminuiu a necessidade da medida protecionista.

“O dólar está flutuando, mas, neste momento, está mais valorizado do que naquela época [setembro do ano passado]. Desta maneira, ele acaba criando uma defesa natural para esse tipo de insumo”, disse o ministro. Segundo ele, ainda não se definiu qual será a redução das alíquotas. “Isso vai depender do comportamento do dólar e será discutido com cada setor.”

O ministro ressaltou que a medida não será imediata e que o governo precisa ainda verificar em qual nível a moeda norte-americana vai se estabelecer com as perspectivas de que o Federal Reserve (Fed), o Banco Central norte-americano, aumente os juros e reduza as injeções de dólares na maior economia do planeta. 

“Vamos observar. Daqui até setembro, vamos ver se o dólar se fixa em outro patamar e, a partir disso, vamos definir para onde vai o Imposto de Importação”, explicou.

Em relação à inflação, Mantega disse que, quando o governo decidiu aumentar as tarifas dos insumos importados, negociou com os setores o compromisso de que os empresários nacionais não elevariam os preços. “Dois fenômenos aconteceram. Primeiro, algumas empresas reajustaram os preços de fato [descumprindo o acordo]. Segundo, a turbulência causada pelo Fed está desvalorizando o real”, declarou o ministro.

Fonte: Agência Brasil