Fatia de países emergentes no ‘top 10’ global deve crescer;
primeiras posições ficam com China, Índia, Estados Unidos e Indonésia.
A PriceWaterhouseCoopers (PwC) divulgará hoje estudo que projeta o ranking das maiores economias do mundo para as próximas décadas. Apesar de passar atualmente por uma recessão, a previsão é que o Brasil chegue a 2050 como a 5.ª maior economia global – duas posições à frente da colocação atual e atrás somente de China, Índia, Estados Unidos e Indonésia.
O estudo, com o título Visão de Longo Prazo: Como a Ordem
Econômica Global Mudará até 2050, mostra que as grandes economias
emergentes poderão crescer a um ritmo médio mais intenso, de 3,5%, nas
próximas décadas, enquanto as maiores nações desenvolvidas deverão se
expandir em 1,6%. O levantamento leva em conta o Produto Interno Bruto
(PIB) pelo método de paridade do poder de compra.
Segundo o estudo,
em 2015 o tamanho das economias desenvolvidas e o porte das emergentes
tornaram-se equivalentes. Ao redor de 2040, a economia dos países
emergentes deverá ser equivalente ao dobro do porte das nações
desenvolvidas.
Se isso realmente ocorrer, entre 2016 e 2050, o número
de emergentes no “top 10” da economia global passaria de cinco para
seis. O México, que hoje está na 11.ª posição, faria parte deste “clube”
já a partir de 2030, segundo a PwC.
Dentre as grandes economias
emergentes, a Indonésia tem o maior salto em posições previsto nos
próximos 34 anos, subindo do 8.º para o 4.º lugar. O PIB do país, hoje
em US$ 3 trilhões, poderia superar US$ 10 bilhões em 2050. O Brasil
teria expansão mais modesta – crescendo de US$ 3,1 trilhões para US$ 7,5
trilhões, no mesmo período.
Entre as dez maiores economias, países
desenvolvidos como Estados Unidos, Japão, Alemanha e Reino Unido devem
perder posições no ranking nas próximas décadas. Porém, a previsão é que
um único país deixe “top 10”: a França. Em 2050, deve ser o 12.º maior
PIB mundial.
Escala
Escala
O desempenho atual da economia brasileira é
mencionado no estudo da PwC. No período entre 2016 e 2020, a economia
brasileira deverá avançar cerca de 1,5% ao ano, nas contas da
consultoria. Nas três décadas seguintes, o cenário melhora, variando
entre 2,5% e 3% ao ano entre 2030 e 2050.
Entre os países
latino-americanos, a Colômbia deverá ser o país com o maior avanço ao
longo das próximas três décadas. O PIB do país pode mais do que
triplicar de tamanho até 2050. Isso, porém, será insuficiente para que a
Colômbia ganhe posições no ranking. Hoje na 30.ª posição, ela passaria
para o 31.º lugar em 34 anos.
A Argentina também deve perder posições
nas próximas décadas. Embora o PIB argentino também deverá avançar
consideravelmente, o país retrocederia do 25.º para 29.º lugar, na
comparação entre 2016 e 2050.
(O Estado de S.Paulo, 7/2/17)
Nenhum comentário:
Postar um comentário