segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Uma saída para a supersafra?





Os silos bolsas podem ser uma alternativa para aumentar a capacidade de estocagem


Da Redação
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 Os silos bolsas podem ser uma alternativa para aumentar a capacidade de estocagem

Em 2016, o déficit de armazenagem de grãos da região Sul chegou a 11,6 milhões de toneladas. O índice pode crescer 13% na safra atual, considerando a previsão da colheita de 76,6 milhões de toneladas de grãos e a capacidade estática para armazenagem da região de apenas 63,5 milhões de toneladas – o maior déficit das últimas cinco safras, segundo diagnóstico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Uma alternativa para aumentar a capacidade de estocagem são os silos bolsas (foto) – tubos plásticos flexíveis que permitem o armazenamento de até 200 toneladas de grãos. O sistema vem conquistando adeptos no Brasil, mas ainda não ultrapassou 10% da produção nacional de grãos, apesar do investimento ser até 70% menor que os métodos convencionais. 

O custo operacional do sistema, incluindo mão de obra, aquisição do silo bolsa e das máquinas auxiliares, é, em média, de R$ 11,90 por tonelada armazenada. Já no silo convencional (de metal ou de alvenaria), o preço estimado pode chegar a R$ 300 por tonelada armazenada somente para o custo da estrutura. Em armazéns terceirizados, de acordo com informações do mercado, esse valor gira em torno de R$ 80 por tonelada armazenada.

Além do baixo investimento, a grande vantagem apontada pelos fabricantes é que o silo bolsa permite escolher o melhor momento de vender a produção, conforme a valorização do mercado, aumentando o lucro dos produtores. “É viável tanto do ponto de vista técnico quanto do econômico, já que é de fácil instalação e reduz o custo operacional, agilizando a logística da colheita e melhorando a capacidade de armazenamento”, afirma Gustavo Bazzano, diretor comercial da Pacifil – fabricante do produto. O sistema pode ser instalado na própria lavoura, e conta com tecnologia de resfriamento que mantém a qualidade dos grãos estocados. A estimativa da empresa gaúcha é que para a safra 2016/2017 sejam utilizadas 90 mil unidades das bolsas em todo o Brasil.

Na visão de Bazzano, o silo bolsa não é um concorrente direto do sistema convencional. “Há produtores, que, mesmo tendo boa capacidade de estoque em silos, utilizam o silo bolsa para melhorar o desempenho, aumentar a produtividade, reduzir custos e acentuar a rentabilidade. É um sistema para complementar e eliminar o déficit de armazenagem do Brasil”, explica.



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