Governo poderá contratar médicos estrangeiros para regiões com carência de profissionais.
O governo federal estuda a possibilidade de atrair médicos
estrangeiros para o trabalho na área de atenção básica à saúde,
principalmente nas periferias das grandes cidades e nos municípios do
interior. O assunto foi discutido nesta semana pelo ministro da Saúde,
Alexandre Padilha, com integrantes do Ministério da Educação (MEC) e
reitores de universidades.
“Nós continuamos recebendo uma demanda muito forte dos novos
prefeitos e dos governadores em relação a atrair médicos que se formaram
em outros países, sobretudo Portugal e Espanha, para atuar na atenção
básica no país. Estamos analisando essa proposta, que é complexa, e
precisamos analisar o formato”, explicou Padilha. O ministro participou
hoje (02/03/2013) da cerimônia de recepção aos 204 médicos
recém-formados que vão atuar no estado do Rio por meio do Programa de
Valorização do Profissional a Atenção Básica (Provab).
Segundo Padilha, uma possível vinda de médicos estrangeiros não
significa que haverá revalidação automática do diploma, que continuará
passando pelos trâmites necessários. “O médico que se formou em outro
país e queira atuar no mercado de trabalho livre tem que continuar
passando pela principal forma de validação do diploma, que é o Revalida.
Mas estamos discutindo isso com as universidades.”
Segundo o ministro, o bom momento do país está levando a uma grande
demanda por profissionais de medicina. “Temos um mercado muito aquecido
para o profissional médico. O Brasil formou 13.600 médicos em 2011,
quando foram abertos, com registro formal com carteira assinada, de
primeiro emprego, 19 mil vagas
para médicos. Ou seja, o médico quando se forma já tem como oferta pelo
menos um emprego e meio, sem contar a oferta de plantão.” O desafio do
governo federal é justamente levar esses médicos para o interior do país
e para as periferias das grandes cidades.
Vladimir Platonow
(Agência Brasil – 02/03/2013)
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